O texto seguinte foi extraído de um artigo do Jornal de Negócios.
«Quando o Sport Lisboa e Benfica se estreou em campo na temporada de futebol do ano passado, as acções em bolsa estavam a negociar nos 2,5 euros. Um ano depois, um dia antes da estreia na época 2011/2012, os títulos acumulam uma perda de mais de metade desse valor, nos 1,03 euros.
A desvalorização de 59% desde Agosto de 2010 dos encarnados é a maior entre os três grandes do futebol nacional, mas nem o Futebol Clube do Porto (FCP) nem o Sporting Clube de Portugal (SCP) evitaram perdas superiores a 30% no período de um ano.
Esta semana, a 9 de Agosto, as acções da SAD liderada por Luís Filipe Vieira desceram para um mínimo histórico, nos 0,92 euros. Desde que está em bolsa, os títulos nunca tinham deslizado abaixo da "barreira" de 1 euro. A queda seguiu-se às dúvidas relativas à venda do guarda-redes Roberto ao Saragoça por 8,6 milhões de euros, que levaram até à suspensão das suas acções. Aliás, Roberto foi um dos protagonistas de uma temporada que não correu bem à equipa da Luz. O colectivo teve de se contentar com um segundo lugar e ficou sem dois dos jogadores de maior destaque no plantel. David Luiz viajou para o Chelsea por 25 milhões de euros (na época de transferências de Janeiro) e Fábio Coentrão passou para os quadros do Real Madrid, numa transferência de 30 milhões de euros (em Julho).
O Porto começa a época com um novo treinador - Vítor Pereira, após a saída de André Villas Boas -, com a participação garantida na Liga dos Campeões e com o título de campeão nacional. Mas, na bolsa, o desempenho não corre tão bem.
A 13 de Agosto de 2010, quando a bola começou a rolar na liga de futebol que viria a ganhar, as acções do FCP estavam nos 1,03 euros. Ontem, encerraram a sessão nos 0,7 euros. Uma perda de 32% num período de 12 meses. E, à semelhança do SLB e de várias cotadas na bolsa nacional, também a SAD liderada por Pinto da Costa registou um custo por acção que nunca tinha marcado nas últimas semanas. A 21 de Julho, as acções azuis e brancas caíram para 0,65 euros.
Por sua vez, o SCP terminou ontem nos 0,67 euros. Há um ano, cotava nos 1,10 euros. Cada acção cedeu 39% num ano. A temporada 2010/2011 foi difícil para os leões e as acções sofreram as consequências.
Em Março, Godinho Lopes assumiu a presidência da SAD, em substituição de José Eduardo Bettencourt, mas foi incapaz de evitar um deslize, em Maio, para os 0,51 euros, um mínimo histórico da cotada.
Contudo, com o anúncio da chegada de Domingos Paciência à liderança do colectivo, vindo de um Braga prometedor, as acções têm recuperado. Desde o fim da temporada passada, a 14 de Maio, as acções já subiram quase 20%.
Apesar de ter registado a maior desvalorização desde Agosto de 2010, o Benfica continua a ser o campeão em termos de capitalização bolsista. Com as cotações de fecho de ontem, os encarnados têm um valor de mercado de 15,45 milhões de euros. Os dragões seguem, neste aspecto, no segundo lugar, com 14,07 milhões de euros, ao passo que o Sporting apresenta uma capitalização em bolsa de 10,5 milhões de euros.
Já se analisarmos a média de transacções de acções dos últimos seis meses, o Porto ocupa o primeiro lugar do pódio, embora com uma magra diferença. Transaccionaram, em média, 1.771 acções por sessão, enquanto trocaram de mãos 1.766 títulos do SLB. Os leões apresentam-se distantes, com um volume de 788 acções por dia.»
in www.jornaldenegocios.pt
A capitalização bolsista da FC Porto SAD é inferior ao que o Chelsea pagou para contratar André Villas-Boas e equivale a 1/3 da cláusula de rescisão de Radamel Falcao!
Sinceramente, perante o desempenho bolsista que tiveram desde que entraram em Bolsa (não estamos a falar apenas dos últimos 12 meses), faz algum sentido que as SAD's dos três grandes estejam cotadas na Bolsa?
Nota: Os destaques no texto a negrito são da minha responsabilidade.
«Quando o Sport Lisboa e Benfica se estreou em campo na temporada de futebol do ano passado, as acções em bolsa estavam a negociar nos 2,5 euros. Um ano depois, um dia antes da estreia na época 2011/2012, os títulos acumulam uma perda de mais de metade desse valor, nos 1,03 euros.
A desvalorização de 59% desde Agosto de 2010 dos encarnados é a maior entre os três grandes do futebol nacional, mas nem o Futebol Clube do Porto (FCP) nem o Sporting Clube de Portugal (SCP) evitaram perdas superiores a 30% no período de um ano.
Esta semana, a 9 de Agosto, as acções da SAD liderada por Luís Filipe Vieira desceram para um mínimo histórico, nos 0,92 euros. Desde que está em bolsa, os títulos nunca tinham deslizado abaixo da "barreira" de 1 euro. A queda seguiu-se às dúvidas relativas à venda do guarda-redes Roberto ao Saragoça por 8,6 milhões de euros, que levaram até à suspensão das suas acções. Aliás, Roberto foi um dos protagonistas de uma temporada que não correu bem à equipa da Luz. O colectivo teve de se contentar com um segundo lugar e ficou sem dois dos jogadores de maior destaque no plantel. David Luiz viajou para o Chelsea por 25 milhões de euros (na época de transferências de Janeiro) e Fábio Coentrão passou para os quadros do Real Madrid, numa transferência de 30 milhões de euros (em Julho).
O Porto começa a época com um novo treinador - Vítor Pereira, após a saída de André Villas Boas -, com a participação garantida na Liga dos Campeões e com o título de campeão nacional. Mas, na bolsa, o desempenho não corre tão bem.
A 13 de Agosto de 2010, quando a bola começou a rolar na liga de futebol que viria a ganhar, as acções do FCP estavam nos 1,03 euros. Ontem, encerraram a sessão nos 0,7 euros. Uma perda de 32% num período de 12 meses. E, à semelhança do SLB e de várias cotadas na bolsa nacional, também a SAD liderada por Pinto da Costa registou um custo por acção que nunca tinha marcado nas últimas semanas. A 21 de Julho, as acções azuis e brancas caíram para 0,65 euros.
Por sua vez, o SCP terminou ontem nos 0,67 euros. Há um ano, cotava nos 1,10 euros. Cada acção cedeu 39% num ano. A temporada 2010/2011 foi difícil para os leões e as acções sofreram as consequências.
Em Março, Godinho Lopes assumiu a presidência da SAD, em substituição de José Eduardo Bettencourt, mas foi incapaz de evitar um deslize, em Maio, para os 0,51 euros, um mínimo histórico da cotada.
Contudo, com o anúncio da chegada de Domingos Paciência à liderança do colectivo, vindo de um Braga prometedor, as acções têm recuperado. Desde o fim da temporada passada, a 14 de Maio, as acções já subiram quase 20%.
Apesar de ter registado a maior desvalorização desde Agosto de 2010, o Benfica continua a ser o campeão em termos de capitalização bolsista. Com as cotações de fecho de ontem, os encarnados têm um valor de mercado de 15,45 milhões de euros. Os dragões seguem, neste aspecto, no segundo lugar, com 14,07 milhões de euros, ao passo que o Sporting apresenta uma capitalização em bolsa de 10,5 milhões de euros.
Já se analisarmos a média de transacções de acções dos últimos seis meses, o Porto ocupa o primeiro lugar do pódio, embora com uma magra diferença. Transaccionaram, em média, 1.771 acções por sessão, enquanto trocaram de mãos 1.766 títulos do SLB. Os leões apresentam-se distantes, com um volume de 788 acções por dia.»
in www.jornaldenegocios.pt
A capitalização bolsista da FC Porto SAD é inferior ao que o Chelsea pagou para contratar André Villas-Boas e equivale a 1/3 da cláusula de rescisão de Radamel Falcao!
Sinceramente, perante o desempenho bolsista que tiveram desde que entraram em Bolsa (não estamos a falar apenas dos últimos 12 meses), faz algum sentido que as SAD's dos três grandes estejam cotadas na Bolsa?
Nota: Os destaques no texto a negrito são da minha responsabilidade.
Já agora (off topic), será este um passo maior que a perna?
ResponderEliminarhttp://www.ojogo.pt/27-224/artigo940745.asp
"Daqui a dois meses será colocada a primeira pedra no "Dragon Force Brasil", academia do FC Porto naquele país idealizada há alguns meses e recentemente formalizada com todas as assinaturas necessárias para que a construção comece. O projecto custará 44 milhões de euros aos dragões e será comparticipado pela prefeitura de Pará de Minas Gerais, cidade onde as instalações se erguerão."
Porque não?
ResponderEliminarAcções cotadas implica maior qualidade na informação financeira.
E a falta de liquidez seria um argumento muito melhor que a performance. Aliás, seria o único razoável. A saída do mercado devido a quedas no preço não faz muito sentido.