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«Enfim, não adianta dizer mais nada. Repito que a culpa não é sequer de Vítor Pereira: ele faz o que pode e o que sabe. O problema é que isso, obviamente, não chega, nem chegará nunca. A culpa também não é de Pinto da Costa, que também fez o que pôde nas circunstâncias que teve de enfrentar. A culpa é apenas e só do Dragão de Ouro André Villas Boas e da sua deserção»
Miguel Sousa Tavares
in A Bola, 22/11/2011
O futebol, vivido intensamente, provoca muitas irracionalidades e, quando se escreve mais com o coração do que com a cabeça, de vez em quando saem coisas como este parágrafo da Nortada de ontem do MST. Gosto, particularmente, do “apenas e só”…
Mas, pondo de lado o exagero irracional do MST, o texto anterior é uma espécie de corolário de diversas opiniões que se podem ler na bluegosfera, as quais são baseadas em dois pressupostos:
i) Pinto da Costa, Antero Henrique e a “Estrutura” foram todos apanhados de surpresa com a saída de André Villas-Boas;
ii) a SAD não teve tempo para procurar uma alternativa que não fosse o Nº 2 de AVB.
I. A tese da surpresa
As exibições e resultados alcançados pelo FC Porto ao longo da época, fizeram a Europa do futebol (e não só) olhar atentamente para o jovem treinador dos dragões, ex-adjunto do special one, com a comunicação social a fazer eco do interesse de vários clubes.
Um exemplo elucidativo é um artigo da autoria do jornalista Hugo Daniel Sousa, publicado no dia 22 de Maio de 2011, na Revista Pública (suplemento do jornal Público), do qual transcrevo o seguinte extracto:
«Ao tornar-se no mais jovem treinador a vencer uma competição europeia de futebol (33 anos e 213 dias), André Villas-Boas accionou os radares da curiosidade em toda a Europa. O Chelsea de Roman Abramovich já o tem debaixo de olho, faltando saber se o russo consegue convencer o treinador a deixar o clube do coração e se está disposto a pagar os 15 milhões de euros previstos na cláusula de rescisão de contrato. O interesse deve-se não só aos títulos conquistados (Supertaça, campeonato português e Liga Europa), mas também à ligação a José Mourinho e ao facto de estar a repetir o início de carreira vitorioso do seu antigo patrão — se conquistar a Taça de Portugal ao Vitória de Guimarães, até ultrapassará aquilo que Mourinho fez na primeira temporada ao serviço do FC Porto.
O Wall Street Journal já lhe chamou o “rapaz genial” e o Guardian fala de um “treinador em ascensão” que “transforma tudo o que toca em troféus”.»
Reparem que o jornalista do Público não fez o que na altura era habitual, isto é, falar no interesse em abstracto de outros clubes, ou apresentar uma lista de pretendentes para “a noiva”. Não, o texto refere unicamente o Chelsea, sendo dito que faltava apenas duas coisas: convencer o ex-colaborador de José Mourinho e saber se Abramovich estava disposto a pagar 15 milhões de euros.
Este artigo foi publicado um mês antes da SAD portista enviar o comunicado à CMVM, precisamente a confirmar a saída de André Villas-Boas para o… Chelsea!
É verdade, o AVB não saiu para o Liverpool, nem para o Inter, nem para o AC Milan. Foi mesmo para o clube de Roman Abramovich. Que coincidência…
Perante isto, ainda há quem acredite que a estrutura da SAD (a célebre estrutura do futebol portista!) foi apanhada desprevenida com a saída de André Villas-Boas?
E o mais engraçado é que alguns dos que defendem esta tese, são os mesmos que se fartam de elogiar o Antero Henrique e de dizer (com razão) que o Pinto da Costa sabe mais a dormir que os outros dirigentes todos acordados. Em que é que ficamos?
Mais. No dia 21 de Junho de 2011, durante a apresentação do sucessor de AVB, Pinto da Costa afirmou:
“Queria publicamente desejar ao Vítor Pereira as maiores felicidades. É uma sucessão natural, inclusive já prevista há algum tempo. Aquilo que aconteceu faz parte da vida e do futebol. Nós admitíamos isso. Já tínhamos a garantia do professor Vítor Pereira que, se isso acontecesse, ele estaria disponível”.
“Quando o nosso treinador [André Villas-Boas] foi passar um fim-de-semana a Londres, há um mês e tal, falei com o professor [Vítor Pereira] a questionar a sua disponibilidade. Ele disse-me que sim e fiquei descansado. Na sexta-feira [17 de Junho], alertei o professor que isso seria uma realidade”.
E para que não ficassem dúvidas, na mesma ocasião Vítor Pereira afirmou:
“A decisão foi-me sendo colocada ao longo da época. Colocaram-me a hipótese de assumir a equipa se um dia acontecesse este tipo de situação. É uma opção pensada pela direcção e por mim. Há um mês a esta parte fui confrontado com a possibilidade de isto acontecer”.
No dia 13 de Julho de 2011, num evento realizado no Casino da Figueira, Pinto da Costa afirmou:
“No dia em que se consumou a saída [de André Villas-Boas] dormi bem porque já tinha tudo previsto. A rescisão do Villas-Boas caiu às 16 horas no fax e às 17h já estava a apresentar o substituto. Eu já tinha o Vítor Pereira de prevenção. Antes do próprio Villas-Boas saber que ia sair, eu já desconfiava da sua saída”.
Surpresa? Mas qual surpresa? Só se o Pinto da Costa (que já era chefe do departamento de futebol do FC Porto antes do AVB nascer) estivesse a dormir e mesmo assim…
Para mim, surpreendente é ver portistas, com acesso a todos estes dados e que presumo de boa fé, a continuarem a defender e insistir na tese da surpresa.
II. A tese da inexistência de tempo para contratar outro treinador
17 Junho 2011 – Pinto da Costa informou Vítor Pereira que seria o novo treinador principal do FC Porto.
21 Junho 2011 – Formalização da saída de AVB e promoção de Vítor Pereira a treinador principal.
30 Junho 2011 – Arranque dos trabalhos da época 2011/12.
6 Julho 2011 – FC Porto x Tourizense (7-0), jogo treino disputado no Olival.
10 Julho 2011 - FC Porto x FC Gutersloh (10-1), primeiro jogo particular no estágio da pré-temporada, contra uma equipa de amadores. Rolando foi o único titular do ano transacto que jogou de início.
24 Julho 2011 – FC Porto x Peñarol, jogo de apresentação no Estádio do Dragão.
7 Agosto 2011 – FC Porto x Vitória Guimarães, Supertaça Cândido Oliveira.
Mesmo entre os adeptos portistas que partem da inverosímil tese da surpresa, basta fazer as contas para verificar que, desde o dia 17 de Junho, havia duas semanas até ao arranque da temporada e 51 dias (!) até ao primeiro jogo oficial. Como é óbvio, era tempo mais do que suficiente para pessoas com a experiência e conhecimentos de Pinto da Costa e de Antero Henrique, se quisessem, terem contratado um treinador que não fosse Vítor Pereira.
Aliás, basta recordar o que esta mesma administração da FC Porto SAD fez aquando da saída intempestiva (e essa sim de surpresa) de Co Adriaanse.
9 Agosto 2006 – A FC Porto SAD informou que "Jacobus Adriaanse apresentou a sua demissão de treinador da equipa principal do F.C. Porto" e nomeou Rui Barros treinador interino.
15 Agosto 2006 – O Boavista anunciou a rescisão do contrato com Jesualdo Ferreira, informando que a mesma irá implicar o "pagamento de uma forte indemnização" à SAD axadrezada.
19 Agosto 2006 – Supertaça Cândido Oliveira, 1º jogo oficial da época 2006/07. O treinador principal do FC Porto neste jogo foi Rui Barros, com Jesualdo Ferreira a assistir na bancada.
Perante estes factos, datas e declarações dos principais protagonistas, penso que não existe espaço para sustentar as duas teses anteriores mas, claro, vivemos num país onde a opinião é livre.
Miguel Sousa Tavares
in A Bola, 22/11/2011
O futebol, vivido intensamente, provoca muitas irracionalidades e, quando se escreve mais com o coração do que com a cabeça, de vez em quando saem coisas como este parágrafo da Nortada de ontem do MST. Gosto, particularmente, do “apenas e só”…
Mas, pondo de lado o exagero irracional do MST, o texto anterior é uma espécie de corolário de diversas opiniões que se podem ler na bluegosfera, as quais são baseadas em dois pressupostos:
i) Pinto da Costa, Antero Henrique e a “Estrutura” foram todos apanhados de surpresa com a saída de André Villas-Boas;
ii) a SAD não teve tempo para procurar uma alternativa que não fosse o Nº 2 de AVB.
I. A tese da surpresa
As exibições e resultados alcançados pelo FC Porto ao longo da época, fizeram a Europa do futebol (e não só) olhar atentamente para o jovem treinador dos dragões, ex-adjunto do special one, com a comunicação social a fazer eco do interesse de vários clubes.
Um exemplo elucidativo é um artigo da autoria do jornalista Hugo Daniel Sousa, publicado no dia 22 de Maio de 2011, na Revista Pública (suplemento do jornal Público), do qual transcrevo o seguinte extracto:
«Ao tornar-se no mais jovem treinador a vencer uma competição europeia de futebol (33 anos e 213 dias), André Villas-Boas accionou os radares da curiosidade em toda a Europa. O Chelsea de Roman Abramovich já o tem debaixo de olho, faltando saber se o russo consegue convencer o treinador a deixar o clube do coração e se está disposto a pagar os 15 milhões de euros previstos na cláusula de rescisão de contrato. O interesse deve-se não só aos títulos conquistados (Supertaça, campeonato português e Liga Europa), mas também à ligação a José Mourinho e ao facto de estar a repetir o início de carreira vitorioso do seu antigo patrão — se conquistar a Taça de Portugal ao Vitória de Guimarães, até ultrapassará aquilo que Mourinho fez na primeira temporada ao serviço do FC Porto.
O Wall Street Journal já lhe chamou o “rapaz genial” e o Guardian fala de um “treinador em ascensão” que “transforma tudo o que toca em troféus”.»
Reparem que o jornalista do Público não fez o que na altura era habitual, isto é, falar no interesse em abstracto de outros clubes, ou apresentar uma lista de pretendentes para “a noiva”. Não, o texto refere unicamente o Chelsea, sendo dito que faltava apenas duas coisas: convencer o ex-colaborador de José Mourinho e saber se Abramovich estava disposto a pagar 15 milhões de euros.
Este artigo foi publicado um mês antes da SAD portista enviar o comunicado à CMVM, precisamente a confirmar a saída de André Villas-Boas para o… Chelsea!
É verdade, o AVB não saiu para o Liverpool, nem para o Inter, nem para o AC Milan. Foi mesmo para o clube de Roman Abramovich. Que coincidência…
Perante isto, ainda há quem acredite que a estrutura da SAD (a célebre estrutura do futebol portista!) foi apanhada desprevenida com a saída de André Villas-Boas?
E o mais engraçado é que alguns dos que defendem esta tese, são os mesmos que se fartam de elogiar o Antero Henrique e de dizer (com razão) que o Pinto da Costa sabe mais a dormir que os outros dirigentes todos acordados. Em que é que ficamos?
Mais. No dia 21 de Junho de 2011, durante a apresentação do sucessor de AVB, Pinto da Costa afirmou:
“Queria publicamente desejar ao Vítor Pereira as maiores felicidades. É uma sucessão natural, inclusive já prevista há algum tempo. Aquilo que aconteceu faz parte da vida e do futebol. Nós admitíamos isso. Já tínhamos a garantia do professor Vítor Pereira que, se isso acontecesse, ele estaria disponível”.
“Quando o nosso treinador [André Villas-Boas] foi passar um fim-de-semana a Londres, há um mês e tal, falei com o professor [Vítor Pereira] a questionar a sua disponibilidade. Ele disse-me que sim e fiquei descansado. Na sexta-feira [17 de Junho], alertei o professor que isso seria uma realidade”.
E para que não ficassem dúvidas, na mesma ocasião Vítor Pereira afirmou:
“A decisão foi-me sendo colocada ao longo da época. Colocaram-me a hipótese de assumir a equipa se um dia acontecesse este tipo de situação. É uma opção pensada pela direcção e por mim. Há um mês a esta parte fui confrontado com a possibilidade de isto acontecer”.
No dia 13 de Julho de 2011, num evento realizado no Casino da Figueira, Pinto da Costa afirmou:
“No dia em que se consumou a saída [de André Villas-Boas] dormi bem porque já tinha tudo previsto. A rescisão do Villas-Boas caiu às 16 horas no fax e às 17h já estava a apresentar o substituto. Eu já tinha o Vítor Pereira de prevenção. Antes do próprio Villas-Boas saber que ia sair, eu já desconfiava da sua saída”.
Surpresa? Mas qual surpresa? Só se o Pinto da Costa (que já era chefe do departamento de futebol do FC Porto antes do AVB nascer) estivesse a dormir e mesmo assim…
Para mim, surpreendente é ver portistas, com acesso a todos estes dados e que presumo de boa fé, a continuarem a defender e insistir na tese da surpresa.
II. A tese da inexistência de tempo para contratar outro treinador
17 Junho 2011 – Pinto da Costa informou Vítor Pereira que seria o novo treinador principal do FC Porto.
21 Junho 2011 – Formalização da saída de AVB e promoção de Vítor Pereira a treinador principal.
30 Junho 2011 – Arranque dos trabalhos da época 2011/12.
6 Julho 2011 – FC Porto x Tourizense (7-0), jogo treino disputado no Olival.
10 Julho 2011 - FC Porto x FC Gutersloh (10-1), primeiro jogo particular no estágio da pré-temporada, contra uma equipa de amadores. Rolando foi o único titular do ano transacto que jogou de início.
24 Julho 2011 – FC Porto x Peñarol, jogo de apresentação no Estádio do Dragão.
7 Agosto 2011 – FC Porto x Vitória Guimarães, Supertaça Cândido Oliveira.
Mesmo entre os adeptos portistas que partem da inverosímil tese da surpresa, basta fazer as contas para verificar que, desde o dia 17 de Junho, havia duas semanas até ao arranque da temporada e 51 dias (!) até ao primeiro jogo oficial. Como é óbvio, era tempo mais do que suficiente para pessoas com a experiência e conhecimentos de Pinto da Costa e de Antero Henrique, se quisessem, terem contratado um treinador que não fosse Vítor Pereira.
Aliás, basta recordar o que esta mesma administração da FC Porto SAD fez aquando da saída intempestiva (e essa sim de surpresa) de Co Adriaanse.
9 Agosto 2006 – A FC Porto SAD informou que "Jacobus Adriaanse apresentou a sua demissão de treinador da equipa principal do F.C. Porto" e nomeou Rui Barros treinador interino.
15 Agosto 2006 – O Boavista anunciou a rescisão do contrato com Jesualdo Ferreira, informando que a mesma irá implicar o "pagamento de uma forte indemnização" à SAD axadrezada.
19 Agosto 2006 – Supertaça Cândido Oliveira, 1º jogo oficial da época 2006/07. O treinador principal do FC Porto neste jogo foi Rui Barros, com Jesualdo Ferreira a assistir na bancada.
Perante estes factos, datas e declarações dos principais protagonistas, penso que não existe espaço para sustentar as duas teses anteriores mas, claro, vivemos num país onde a opinião é livre.
Vítor Pereira:
ResponderEliminarQuestionado sobre a sua possível saída do FC Porto caso o resultado não satisfaça as pretensões dos dragões, o técnico foi afirmativo: "Acredito e confio no trabalho, no talento e no carácter da equipa".
Dragaoatento: Depois de tantas exibições medíocres, caso a equipa apareça hoje a jogar em grande, concluo o seguinte: das duas uma!
Ou a equipa está bem preparada e vai dar uma resposta à altura do seu nível, e nesse caso significa que tem andado a gozar com a cara do seu Líder, ou então a equipa devido a estar mal preparada vai exibir-se dentro da normalidade actual, quero dizer: rendimento medíocre.
Discordo totalmente da tese, suportada pelo MST e por outros, de que a culpa pelas más exibições e resultados desta temporada sejam do André VB. Suponhamos o seguinte: o André VB tenha qualquer acidente (de aviação, AVC, enfarte, etc) que o impossibilitava de continuar a treinar o FC Porto, íamos responsabilizá-lo pela sua saída abrupta de treinador? Claro que uma coisa é sair de livre vontade e para surpresa de todos, e outra coisa é um acidente natural, independente da vontade humana, impossibilitar o AVB de ser treinador do FC Porto, mas a consequência - no final aquilo que realmente conta - é a mesma: ficarmos sem treinador. Mas estavamos à espera que AVB fosse treinador da nossa equipa até se reformar? Mais tarde ou mais cedo ele iria receber propostas do estrangeiro e querer testar as suas capacidades lá fora, ora tal situação aconteceu mais cedo do que os adeptos esperavam.
ResponderEliminarNa minha opinião a responsabilidade pelos maus resultados é do Vítor Pereira, que ainda não possui competência e capacidades para treinar uma equipa como a do FC Porto. Essa responsabilidade passa a ser totalmente da Administração/SAD quando se torna evidente a incompetência do treinador e a mesma não corrige e emenda a escolha inicial, porque se se entende e é compreensível uma má escolha já é totalmente irresponsável continuar a apostar num treinador errado para o cargo.
ResponderEliminarNão acredito na história de que a Administração/SAD não foi apanhada de surpresa pela saída do AVB, claro que tinham equacionado a possível saída do treinador mas acreditaram sempre, e até à proposta do Chelsea chegar, que o AVB ia ficar esta temporada.
ResponderEliminarO Presidente deu uma entrevista, não me lembro ao certo do dia e não sei se foi no decurso da temporada passada ou se no fim desta, ao Jornal "o Jogo" a afirmar que o AVB ia ficar mais 2 anos, ora a ideia dominante na SAD era que apesar de surgirem propostas o AVB continuaria como treinador do FC Porto.
Não acredito, e podem chamar-me os nomes que quiserem, que o Vítor Pereira tenha sido abordado um mês antes da saída do AVB para uma possível substituição. O discurso - previamente ensaiado e preparado, quer do Vítor Pereira quer do Presidente na apresentação do sucessor daquele - posterior é que oficializou essa versão, mas na minha opinião essa abordagem do Vítor Pereira um mês antes da saída do AVB é "invenção" para dar entender que estava tudo preparado para uma eventual saída deste.
O que me pareceu irracional e incompreensível foi o endeusamento e os rasgados elogios com que Vítor Pereira foi apresentado sucessor do AVB. Muita entronização para alguém que nunca tinha sido treinador na I Liga e apenas um ano como adjunto de um treinador principal da Liga portuguesa e apenas 1 ano de experiência nas provas europeias. E mais absurdo foi, na minha opinião, colocar uma cláusula de rescisão de 18 M de € sem provas dadas, por esse valor só a alguém com experiência comprovada ou então quando se suspeita - com indícios muitos evidentes - de que temos um génio a formar-se.
ResponderEliminarO problema do FC Porto não se resume ao treinador, o preparador fisico também me parece pouco produtivo (basta ver a condição fisica de algunos dos nossos jogadores), a observação dos adversários também é limitada (o ano passado eu pelo menos tinha a sensação que os jogadores do Porto sabiam por onde tinham que pressionar e como reduzir o jogo da equipa adversária). E finalmente falta claramente uma referência de qualidade a ponta-de-lança. Se eu mandasse não tinha duvidas de quem comprar o Rudnev é um crack e custa 5 milhões de euros. Espero sinceramente que o FC Porto ganhe hoje, tenho muitas dúvidas em relação à minha esperança. Espero que depois do jogo com o Braga o Pinto da Costa substitua a equipa técnica (pelo menos 3 elementos dela) e contrate um treinador com provas dadas e com tomates para agarrar este plantel.
ResponderEliminarDaniel Gonçalves disse…
ResponderEliminarNão acredito, e podem chamar-me os nomes que quiserem, que o Vítor Pereira tenha sido abordado um mês antes da saída do AVB para uma possível substituição. O discurso - previamente ensaiado e preparado, quer do Vítor Pereira quer do Presidente na apresentação do sucessor daquele - posterior é que oficializou essa versão, mas na minha opinião essa abordagem do Vítor Pereira um mês antes da saída do AVB é "invenção" para dar entender que estava tudo preparado para uma eventual saída deste.
Nesse caso, caro Daniel Gonçalves, terá de concluir que o presidente e o treinador principal do FC Porto são dois mentirosos.
E, já agora, qual o interesse, particularmente de Vítor Pereira, em inventar uma mentira sobre este assunto?
Mais. Na conferência de imprensa do dia 21 de Junho, Vítor Pereira também afirmou que tinha sido convidado por AVB para o acompanhar e integrar a equipa técnica do Chelsea e que ele, Vítor Pereira, tinha recusado por já ter o referido compromisso com Pinto da Costa.
ResponderEliminarEsta afirmação também será mentira?
Existe outro pormenor no qual eu não acredito: que tenha sido a Administração/SAD a dar o passo inicial e a abordar o Vítor Pereira para suceder a AVB. Suspeito que foi o Vítor Pereira que se foi insinuar face à SAD para suceder a André VB e "fazer-se" ao lugar de treinador do FC Porto após a saída confirmada do AVB. Vítor Pereira viu aí a sua oportunidade e saltar para a ribalta, afinal sempre era preferível ser treinador do FC Porto, e defrontar o Barça na Supertaça Europeia e participar na Champions, do que ir para a Liga inglesa e representar um lugar secundário como adjunto do AVB no Chelsea.
ResponderEliminarOra a SAD, face a esta "proposta" do Vítor Pereira para suceder a AVB, preferiu compreensivelmente e racionalmente apostar em alguém que assegurava a continuidade táctica de uma equipa que permanecia praticamente a mesma.
Daniel Gonçalves disse…
ResponderEliminarNão acredito na história de que a Administração/SAD não foi apanhada de surpresa pela saída do AVB, claro que tinham equacionado a possível saída do treinador mas acreditaram sempre, e até à proposta do Chelsea chegar, que o AVB ia ficar esta temporada.
Mesmo partindo deste pressuposto (com o qual não concordo), não lhe parece que se “tinham equacionado a possível saída do treinador”, isso significa que a SAD podia (devia) ter vários nomes em carteira?
Ou seja, por mais voltas que se dê, é muito difícil sustentar a tese de que para a SAD foi inevitável a escolha de Vítor Pereira, quer seja por falta de tempo ou de possíveis nomes alternativos.
José Correia "Nesse caso, caro Daniel Gonçalves, terá de concluir que o presidente e o treinador principal do FC Porto são dois mentirosos". Considero que na vida social é muitas vezes necessário ocultar certas coisas e mentir sobre outras, mas mentir por necessidade e não por natureza compulsiva. Qual é o problema em possuir um pouco de "maquiavelismo" no trato político/diplomático/instituiconal, a vida institucional actual não é para santos.
ResponderEliminarJosé Correia, vai-me dizer que acredita que o Presidente Pinto da Costa nunca se viu forçado a mentir, a dissimular ou a ocultar algo. Pois eu não deixo de ter em elevada consideração e alta estima o Presidente do meu clube se em qualquer circunstância ele se viu obrigado a não dizer a verdade. Eu faria o mesmo, reconheço-o.
"E, já agora, qual o interesse, particularmente de Vítor Pereira, em inventar uma mentira sobre este assunto?" Como eu disse para dar a entender que estava tudo planeado na eventualidade da saída do AVB.
ResponderEliminar"é muito difícil sustentar a tese de que para a SAD foi inevitável a escolha de Vítor Pereira, quer seja por falta de tempo ou de possíveis nomes alternativos." Aqui concordo consigo José Correia, não era uma escolha inevitável o Vítor Pereira, havia tempo para analisar prudentemente e friamente a sucessão do AVB e escolher outro treinador, mas compreendo a aposta da SAD no Vítor Pereira, era uma escolha que assegurava a continuidade táctica da equipa, o que não quer dizer que fosse ter bons resultados.
ResponderEliminarUma lição que tiramos desta situação é que treinar uma equipa de futebol não é o mesmo que programar um computador/máquina. Liderar e organizar tacticamente uma equipa de futebol depende de muitos factores, e os mais importantes desses factores - equipas adversárias diferentes, motivação, estado de espírito dos jogadores, alterações tácticas, etc - são mutáveis e inconstantes e sempre em alteração, não permanecem inalteráveis, quando surgem dados novos é necessário efectuar reajustes e reprogamar a equipa, portanto pode não ser suficiente colocar um adjunto que se limita a "copiar" e a decalcar a estratégia do antecessor e os ensinamentos deste.
Nao tenho a mínima dúvida que a SAD nao foi apanhada desprevenida no caso do AVB.
ResponderEliminarSe esse tivesse sido o caso, voce acredita mesmo, caro Daniel Goncalves, que PdC ia escolher 1 treinador ao fim de um dia? Sabendo ele tudo o que estava em jogo nesta época? Nao nao...nao com este Presidente.
Eu tenho um enorme receio que a única razao pela qual VP ainda se senta no banco de treinador é somente de ordem financeira. A situacao de Mangala e Defour foi muito grave e os portistas parece-me que nao deram a devida atencao ao que se passou.
Receio bem que PdC esteja a espera da reabretura do mercado em Janeiro para vender jogadores e só entao mudar de treinador.
Estou completamente de acordo com a análise extraída dos factos feita pelo José Correia.
ResponderEliminarNa verdade, e não pretendendo ofender ninguém, considero que só um incauto é que poderá pensar que a SAD não ponderou atempadamente a possibilidade de Villas Boas sair.
O que sucede é que a SAD do Porto, dada a experiência que teve pós Mourinho, onde contratou de rajada dois treinadores estrangeiros que com os resultados que se conhecem, optou, e bem, por seguir uma política de continuidade com alguém que já conhecia a casa, os hábitos e os jogadores. Naquela altura, eu próprio dizia que tinha sido a melhor opção. O problema é que, por vezes, os treinadores são como os melões... E este, confesso, não é de boa qualidade. A SAD, não tenho dúvidas, conecedeu-lhe o benefício da dúvida até certo ponto convicta que o rumo das coisas iria mudar. Não mudaram e, pior do que isso, só pioraram. Por isso, estou profundamente convicto que o Vitor Pereira só não saiu no domingo por causa destes dois jogos importantíssimos que temos pela frente. Mas não duvido que o seu sucessor já esteja definido... segunda feira veremos...
Essa é uma visão redutora e muito ao tipo de MST, sempre excessivo nas considerações e atitudes, relativamente ao futebol. Era o que faltava se o FCP ficasse refém de um treinador, embora reconheça que o “treinador de hoje” é, provavelmente, o sujeito mais importante na estrutura do futebol. Mourinho tem provado isso e o seu lado perverso : depois dele o terreno que antes era fértil parece quase tão produtivo como um deserto.
ResponderEliminarÉ provável que se esteja a passar um pouco do mesmo, após a saída de AVB. A saída de JM foi bastante traumática e haveria que não cair em idêntico facilitismo na substituição de um técnico que igualmente tinha ganho tudo e que, em função disso, passou a merecer um estatuto muito próximo do insubstituível.
Podemos igualmente considerar que quando os jogadores não querem não há nada a fazer.
Havia notícias do desejo de muitas saídas, que quando não concretizadas são potenciadores de descontentamento e “afastamento” do espírito colectivo que enforma as grandesv equipas, nomeadamente quando as coisas correm mal. O individualismo toma conta do carácter das vedetas, que passam a considerar estar acima do valor da equipa : querem mai$ e melhor.
Quando Artur Jorge saiu do FCP, na condição de campeão europeu, a situação era bastante diferente. Nessa época o SLB tinha ganho o campeonato e a taça e havia muito quem o quisesse despachar no plantel. PdC fez o que entendo mais recomendável numa situação destas : contratar um treinador estrangeiro de algum prestígio e manter o treinador adjunto principal. Não tenho dúvidas que a continuidade de Octávio foi provavelmente decisivo para que a transição se processasse de forma relativamente calma e recheada de êxitos.
O descontentamento rompeu na época seguinte com o Quinito que não foi capaz de domar as feras. Só o regresso de Artur Jorge e Octávio e a limpeza de balneário subsequente permitiram colocar o FCP na calha e recuperar o folgo de campeão.
Aliás o FCP foi sempre um pouco palco de “lutas internas” depois de grandes vitórias. Foi com Yustrich, Bella Gutmann, Pedroto (por duas vezes), Ivic (por duas vezes), Mourinho e AVB. Com jogadores predominantemente da casa ou de fora, como é o caso actual. O que tem feito a diferença no passado próxima é a figura de PdC que amortece as raivas e vai servindo de escudo para que essas sucessões não se transformem em”tragédias”.
Mais uma vez espero que o nosso Presidente faça a leitura correcta (depois da controversa escolha da actual equipa técnica) e tome as medidas convenientes. Seria um perigo juntar à crise soberana – que vai dificultar muito a vida aos clubes, nomeadamente no acesso ao crédito – que o FCP entrasse em plano de derrapagem no plano desportivo.
Os próximos jogos serão decisivos. Pessoalmente não vislumbro como a equipa pode sair deste limbo em que caiu : só hipotecou a taça (que se lixe a taça) mas não acredito na vitalidade do grupo e na capacidade de superação para ultrapassar as dificuldades sem que haja mudanças em algumas peças do xadrez e, muito provavelmente, em quem as move.
José Correia «Mesmo partindo deste pressuposto (com o qual não concordo), não lhe parece que se “tinham equacionado a possível saída do treinador”, isso significa que a SAD podia (devia) ter vários nomes em carteira?»
ResponderEliminarEu não me considero sabedor de tudo ou um " sábio iluminado" e quando tiver de dar o braço a torçer, dou-o, e sendo assim o Presidente e o actual treinador podem ter falado verdade quando referiram os contactos prévios de um mês para a sucessão. Apenas me pareceu sem precedentes no passado a história de escolher um adjunto para liderar a equipa numa senda vitoriosa e logo com dimensão europeia. Olhando para o passado porque é que não se escolheu o António Morais em 1984 para suceder a José Maria Pedroto? Porque é que não se apostou, em 1987, no Octávio Machado para suceder ao Artur Jorge, após Viena? Porque é que não se apostou no Valdemar Brito em 2004 para suceder a Mourinho, e aqui já era certa a saída do Specional One com mais de um mês de antecedência. As circunstâncias eram semelhantes, mas em 2011 a SAD decidiu apostar num adjunto com pouca experiência na I Liga e nas provas europeias.
Invicturioso "voce acredita mesmo, caro Daniel Goncalves, que PdC ia escolher 1 treinador ao fim de um dia?" Já disse que me posso ter enganado quando referi que foi "invenção" ou mentira tal facto, mas também me veio à cabeça a ideia de que foi o Vítor Pereira que se fez, e se foi fazendo quando suspeitou da possível saída do AVB, ao lugar de treinador do FC Porto e dando a entender à SAD que dava conta do recado na saída do AVB.
Mário Faria, excelente, a sua análise preza pela clarividência e sabedoria.
ResponderEliminarDeixe-me só sublinhar estes pormenores "Quando Artur Jorge saiu do FCP, na condição de campeão europeu, a situação era bastante diferente. Nessa época o SLB tinha ganho o campeonato e a taça..." Sim, mas toda a gente percebeu, sobretudo os benfiquistas, que foi mais demérito do FC Porto - com a presença na Taça dos Campeões levando a ter uns percalços internos - do que mérito do SLB naquelas conquistas, e daí os benfiquistas terem despachado, logo no final dessa temporada, o treinador que conquistou a dobradinha, porque perceberam que o FC Porto era melhor equipa.
"PdC fez o que entendo mais recomendável numa situação destas : contratar um treinador estrangeiro de algum prestígio e manter o treinador adjunto principal. Não tenho dúvidas que a continuidade de Octávio foi provavelmente decisivo para que a transição se processasse de forma relativamente calma e recheada de êxitos." Era exactamente isto que se devia ter feito esta temporada, manter o Vítor Pereira a adjunto e contratar um treinador veterano e experiente. Aliás já falei na possibilidade de "despromover" o Vítor Pereira - caso ele aceite - a adjunto e contratar um treinador mais experiente e com mais "calo" para lidar com o balneário da nossa equipa.
As minhas perpectivas para o jogo de logo contra o Shaktar, na Champions, baseiam-se na célebre afirmação: espero o melhor, mas preparo-me para o pior.
ResponderEliminarParece-me que neste momento olhar para trás não vai trazer qualquer benefício...o que importa é o futuro e a verdade é que o erro da escolha pode ser corrigido. Também me parece ridículas as afirmações de todos aqueles que apontam o jogo do Braga como o jogo decisivo para a permanência do treinador. Então acham que mesmo com a vitória com o Braga (que até é provável de acontecer) as coisas vão mudar completamente e o Porto vá começar a jogar à bola?
ResponderEliminarEste treinador é péssimo, depois do que vi no jogo com o Feirense tive a certeza da sua mediocridade... isto só vai passar com a mudança de equipa técnica e aí o Presidente vai ter de mostrar (mais uma vez) a sua enorme categoria e contratar alguém de peso e que se sobreponha ao ego da equipa...
Está claro que não houve surpresa nenhuma; Houve foi um grande erro de casting; E agora esse erro vai ter de ser corrigido, por muito que custe a quem decide.
ResponderEliminarMesmo que AVB não tivesse id passar um fim-de-semana a Londres e com isso deixar as antenas da direcção da SAD arrebitadas, mesmo que Abramovich pagasse a cláusula no dia do Jogo com o Barcelona (Supertaça Europeia), isso não desculparia uma eventual falta de preparação no sentido de estar precavido para TODAS as eventualidades.
ResponderEliminarQuem duvida de que o Presidente e o Director Geral para o Futebol têm os numeros de telefone/telemovel de variadíssimos treinadores portugueses e etrangeiros? Ou dos seus agentes/representantes?
Há um perfil de treinador que se adequa ao modelo do FC Porto.
Dentro desse perfil excluem-se treinadores que queiram assumir toda a gestão do plantel (e já aqui e noutros lugares discutimos os méritos e deficiências do modelo do "Manager" à inglesa) porque pura e simplesmente o nosso modelo "garante" que falhando a "peça" do treinador o clube não fica à deriva porque existe toda uma "estrutura" de suporte por detrás.
Ora no caso de AVB, tendo ou não desertado, com mais ou menos aviso, era a função da "Estrutura" a de identificar potenciais substitutos atempadamente, o que ao que tudo indica, fez.
Escolheram Vitor Pereira em consciencia do risco, tal como escolheram AVB conscientes do risco, e o Professor Benfiquista Jesualdo Ferreira idem aspas.
Os últimos treinadores a serem escolhidos "sem" risco, foram Co Adriaanse, Victore Fernandez e Luigi Del Neri.
Antes deles PdC também tinha "arricado" em José Mourinho.
Então meus caros ^^ digam là que o FC Porto não nasceu com o rabo virado para a lua? Têm seguido o que se passa em São Petersburgo? Jogo interrompido devido aos actos dos adeptos (nomeadamente foguetes e fumos).
ResponderEliminarNormalmente nestas situações a UEFA não brinca e é bem capaz de expulsar o Zenith da Champions... Mas pronto sabendo das relações que o Platini tem com o futebol português e em especial com o FC Porto, nada é garantido (sobretudo que de nada isto vale se o FC Porto perder na Ucrania).
E se a culpa for dos 3 meses de salários em atraso??
ResponderEliminarEsta é uma das razões dadas pelo o Hulk a um conhecido meu...
Segundo ele, para o FCP não ter problemas com a UEFA no caso Defour/Mangala, o presidente optou por pagar o que devia e deixar os jogadores sem o salário...
Claro que estas hipóteses não saem cá para fora, pois como sempre estamos muito bem blindados.
Mas entre amigos... pode haver um deslize nas conversas.
Ainda corre o risco do senhor AVB ir primeiro dar uma volta do que o senhor VP.
ResponderEliminarQuando os meninos querem correr, até o frio vencem. Uma reacção bem digna e com final feliz, continuamos a depender de nós e o APOEL, tão fraquinho que era, já se qualificou matematicamente.
Mas a culpa é sempre do mister.
um abraço
À luz da teoria do Vitor Zenha, a qual considero que possa ter bases de suporte: será que até tem sido útil a desconfiança sobre o Vitor Pereira, para mascarar a situação?
ResponderEliminar‘Nesse caso, caro Daniel Gonçalves, terá de concluir que o presidente e o treinador principal do FC Porto são dois mentirosos.’
ResponderEliminarVamos la’ a ver... nem o PdC nem o Jose’ Correia nasceram ontem. CLARO que volta e meia o PdC mente, o q e’ normal na posicao dele, e o Jose Correia tem perfeitamente conhecimentos de casos no passado; seja para defender os seus interesses ou os do FCP (ou ambos, o que e’ o caso mais frequente).
Isso nao faz necessariamente de alguem ‘mentiroso’ em geral, porque se fosse o caso entao teriamos q concluir q somos TODOS mentirosos – o PdC, eu, o Jose’ Correia, o Daniel, etc etc. Nao existe ninguem no mundo que nunca tenha dito uma mentira na vida (a nao ser os mudos e os bebes).
Nao estou com isto a dizer q foi o q ocorreu neste caso, nao sei, mas sei certamente q nunca na vida o PdC iria admitir em publico que ‘pois e’, eu tinha em mente outros nomes mas nao deu certo e vai ter q ser mesmo o VP como opcao de recurso, infelizmente’.
NATURALMENTE q iria sempre tentar reforcar a imagem de que, seja quem for o escolhido e seja por que razao o tenha sido, tinha sido sempre ‘a opcao desde o inicio’. E acho muito bem.
Alem disso existem tb as ‘meias-mentiras’. Vou dar um exemplo hipotetico: ja’ ouviram falar de ‘hedging your bets’, ou em portugues ‘manter todas as opcoes em aberto’?
O PdC e’ inteligente e muito experiente, e nao me admiraria absolutamente nada que tivesse de facto falado com o VP (ou ate’ mesmo prometido ao homem) na possibilidade de substituir o AVB quando este saisse, de forma a manter essa porta aberta, AO MESMO TEMPO que explorava outras opcoes que considerasse mais interessantes.
Isso seria ser maquiavelico e calculista? Sem duvida. E’ PdC homem para isso? Sem duvida. E’ isso mau? Nao, de todo. Acho muito bem. Nao quero um anjinho ou incauto a presidente.
"Hope for the best, plan for the worst".