Foram quatro golos por outros tantos homens mas bastou apenas
um deles para desbaratar a teia aveirense que Ulisses Morais teceu em volta da baliza
de Rui Rego. O extremo, que na realidade é um playmaker de luxo, James
Rodriguez, multiplicou aos seus companheiros o caminho para golo. Serviu,
marcou e reinou num jogo onde o FC Porto goleou de forma fácil mais uma medíocre
equipa do nosso campeonato. Às vezes torna-se difícil "arranhar" motivação para
enfrentar adversários destes.
E cedo se percebeu o que esta partida tinha para oferecer.
Um visitante acanhado para um dragão mandão. De bola parada saíram os primeiros
frissons do estádio com o guarda-redes oponente a corresponder positivamente. Domínio
evidente apenas mergulhando em lume brando nos vinte minutos subsequentes. Nada
de grande alarve, pois aqui e ali, surtiam uns pequenos ensaios tentadores.
Faltava o génio dos grandes talentos para timbrar estas iniciativas sem rótulo.
Mais encostado ao seu companheiro de área, James foi tentando
até finalmente combinar em pleno com os demais parceiros de ataque. Assim, nessa
sua visionária missão, serviu Jackson Martinez para um grande golo e, nem muito
tempo depois, triangulou de modo perfeito com Varela que dobrou a contagem. Em
meia dúzia de minutos o colombiano partiu a loiça, viu os seus companheiros a
darem sequencia a tudo de bom o que seus pés desenharam e o Porto foi a
descanso, tranquilo e feliz.
Ao regresso, e logo de entrada, veio a retribuição ao miúdo.
Varela cruzou com James a rematar enroscado fazendo a bola rodopiar até ao fundo
das redes de Rui Rego. E aí vão três, que fácil é ganhar neste campeonato português.
Culpa a nós não vem, se aos outros pouco ou nada tem.
Quarenta minutos faltavam até que o Sôr árbitro nos mandasse
ir ver a Casa dos segredos com este jogo que já não come nem dá de comer, venha
de lá, pois, esse Iturbe que tanta tinta escorreu nestes jornais lusitanos de
lana-caprina. Calma, primeiro o que é da nossa horta. E só depois o “Messi”, ou
qualquer coisa parecida com isso. O povo gosta destes bolos, mas eu cá me
diverti mais com paulada de criar bicho que Mangala arreou todo o santo jogo.
Vá de retro mau feitio, que hoje mais uma goleada se deu,
Maicon pôs as contas na ordem e quem agora se vem lembrar de Hulk com este
futebol positivamente mais colectivo? A missão foi cumprida com total e
inteiro sucesso. Aí vão dez pontos no saco e muitas – boas – interrogações para
Vítor Pereira deslindar. Quem vais tu tirar para lá no meio James colocar?
O FCP não jogou com grande intensidade, mas tivemos melhor posse. Circulámos melhor a bola, os jogadores movimentaram-se mais, perdemos menos passes e fomos mais esclarecidos nos movimentos de ruptura, para os quais contámos com a qualidade superior de alguns jogadores.
ResponderEliminarSegui com particular atenção a exibição de Danilo – porque ainda não me tinha convencido – e achei que andou próximo do brilhantismo. Mostrou tudo que gosto num jogador. Não corre como Alvaro mas tem uma qualidade muito superior. Excelente em todos os momentos do jogo e muito inteligente a tomar conta da faixa que lhe cabe. Esteve ao nível de James e Martinez.
Fico à espera que confirme a valia que tem, pois se o fizer com regularidade contamos com mais um elemento que cai que nem canja no modelo de jogo do FCP.
Gostei do que vi, não me senti aborrecido em nenhum momento do jogo e conto que vamos melhorar.
Com a saída do Hulk, a equipa deixa de jogar para apenas um e aposta no coletivo.Noto melhorias na qualidade do passe e menos perdas de bola.As exibições são agradáveis mesmo perante adversários defensivos.Não acho que o adversário seja mediocre, talvez a nossa melhor circulação de bola os obrigue a exibições pálidas.
ResponderEliminarO Mangala é que se esqueceu de tomar os comprimidos. Assim não vai longe, parecia o Javali García hoje.
ResponderEliminarJogo em ritmo de treino que deu para tudo, frente a um adversário fraco que nunca apresentou argumentos nem para assustar.
ResponderEliminarResultado justo num conjunto de exibições agradáveis em alguns momentos.
Um abraço
Ontem provamos o que realmente somos sem Hulk, e que estamos ca para lutar seja contra for. Fizemos um grande jogo e hoje é só esperar um deslize do Benfica.
ResponderEliminarCumprimentos
Que se passou com Mangala?
ResponderEliminarJusto e esperado, destaque para James e para o grande golo de Jackson.
ResponderEliminarBoa Tarde,
ResponderEliminarSomos uma grande equipa, estamos entre as 8 melhores equipas da Europa e já não perdemos no Dragão a precisamente 4 anos. Isso só prova a nossa força. Destaque para a exibição de James e do grande golo de Jackson.
Ainda vamos apenas na 4ª jornada, mas o golaço do Jackson Martinez é um fortíssimo candidato a melhor golo do campeonato.
ResponderEliminarA jogar nesta posição, o James é um desbloqueador dos lances de ataque do FC Porto.
ResponderEliminarCompreendo a explicação que o Vítor Pereira deu no final do jogo mas, na maioria dos jogos em casa, penso que poderia repetir o meio-campo de ontem.
Mesmo a perder por 2 e 3 a zero, o Beira Mar continuou acantonado no seu meio-campo.
ResponderEliminarSão treinadores como Ulisses Morais que tornam desinteressantes grande parte dos jogos do campeonato português.
nota inicial: sou um fã do lucho. lembro-me de dizer a alguém quando ele estava em frança que lucho estava no meu top 3 de jogadores preferidos de sempre do fcp. por tudo, pelo que jogou, carisma, postura, tudo.
ResponderEliminarsobre o jogo: acho que apesar deste beira-mar não apresentar nenhumas dificuldades, foi muito macio, este meio campo demonstrou que é o ideal para a época. Defour sai e entra Fernando e está bom assim. El comandante, para sempre comandante, não tem rotação e é menino para passar 2/3 do jogo a dormir em campo. Enquanto o miudo que não trabalha na recuperação de bolas como disse VP, aguenta um jogo todo em alto rendimento.