É um assunto polémico e que já foi várias vezes discutido neste blogue.
Haverá várias razões que explicam e/ou justificam o facto da FC Porto SAD não adquirir 100% dos passes de todos os jogadores que contrata.
No caso do mexicano Hector Herrera, e de acordo com o presidente do Pachuca, a razão principal parece ter sido porque o clube vendedor pretendeu ficar com uma percentagem do passe.
(O JOGO, 05-07-2013) |
Obviously I would prefer to have 100% of every player but what we have ended up doing is buying a player and then selling part of it for the same price we bought it for. This way we may not need to sell part of him to one of those shady investment companies based in "off shore" countries.
ResponderEliminarOne obvious benefit to this is that should FIFA decide that these investment companies are to be banned then they cannot say anything about shared ownerships between clubs. It also means we can sell to an English club thus situations such as the one with Moutinho and Spurs would not happen. I suppose it was good it happened as he stayed another year but it could have proved costly had the Russian market closed. Where would we have gotten the money to pay back the public loan.
The fewer middlemen in a transaction the better as there will be less mouths to feed.
It may also prove to be beneficial when negotiating with clubs as they may ask for less money with the hope of making more in a future sale. Everybody knows how much we sell our players for and therefore unless they are broke it would prove beneficial for them club within 2/3 years. If we cannot afford to keep 100% of players then I would prefer we dealt with other clubs rather than the plethora of investment funds.
Visto parecer-me uma opinião interessante, tomarei a liberdade de traduzir o comentário deste leitor para quem não entender inglês:
Eliminar"Obviamente que eu preferia ter 100% de cada jogador, mas o que nós acabamos por fazer é comprar um jogador para depois vender uma percentagem do passe [ao mesmo clube] pelo mesmo preço. Deste modo, poderemos evitar vender percentagens àqueles Fundos obscuros que operam em off shores.
Isto seria um benefício óbvio, porque se algum dia a FIFA decidir que estes Fundos serão banidos, ela nada poderá fazer quanto a passes partilhados entre clubes. Isto também significa que poderemos vender a clubes Ingleses e como tal situações como a do Moutinho/Tottenham não se voltariam a repetir. Felizmente isto aconteceu e pudemos manter o Moutinho mais uma ano, mas isso poderia ter sido ruinoso se o Mercado de Transferências na Rússia já tivesse fechado. Onde ìamos buscar o dinheiro para pagar os empréstimos?
Quantos menos intermediários numa transferência, melhor, pois assim teremos menos bolsos para encher.
Negociar com clubes pode igualmente ser benéfico, pois estes podem pedir menos dinheiro com a esperança de fazer mais numa venda futura.
Toda a gente sabe por quanto nós vendemos os nossos jogadores e como tal, amenos que os clubes estejam falidos, negócios deste tipo poderiam ser benéficos para esses clubes num prazo de 2/3 anos.
Se nós não temos capacidade financeira para adquirir jogadores a 100%, então eu prefiro negociar com os clubes em vez de negociar com os tais Fundos."
Porque é que este caramelo vem aqui escrever em estrangeiro??
ResponderEliminarSe calhar tu é que escreves em estrangeiro, já pensaste nisso?
EliminarO que me confunde mais é o facto de o FCP adquirir parte do passe quando o total é X. Entretanto o FCP valoriza o jogador que passa a valer X + Y, e o FCP que o valorizou, pagou salários etc. acaba por pagar uma nova percentagem do passe ao valor de X + Y. Não adquiram 100% do passe do Hulk por cerca de 10M aquando da contratação e depois 90% custou cerca de 20M... É muita areia para a minha camioneta. Quando contratam nunca há dinheiro que chegue, para para a segunda parte do passe o dinheiro brota não se sabe de onde. 13M para mais 40% do passe do Hulk apareceram num passe de mágica...
ResponderEliminarNão é difícil perceber que a parte vendedora, para além de todas as entidades que gravitam junto do atleta, têm todo o interesse em não "venderem" a totalidade dos direitos económicos. E sendo o comprador o Porto, mais interesse ainda têm em manter uma determinada percentagem pois torna-se provável que a médio prazo possam conseguir obter mais algum lucro. O que não se comprende mesmo é haverem ainda adeptos que não percebam ainda que numa negociação de um atleta existam pelo menos 3 partes (o próprio jogador, comprador e vendedor, sendo que o vendedor muitas vezes está dividido em várias outras partes). Muitas das contratações que foram feitas só foram efectivadas e possíveis porque o vendedor (os diversos detentores dos direitos sobre o atleta) aceitou a sua venda na premissa de continuar com parte do passe. E só assim a negociação avançou. Negociar um atleta não é exatamente a mesma coisa que ir a uma qualquer prateleira de um supermercado, ver o preço do produto, estar de acordo, pagar e levar. Nós tentamos defender os nossos interesses até onde for possível, da mesma forma que as outras partes defendem os seus. Quem não compreende isso vive num mundo diferente da realidade.
ResponderEliminarNo caso em que o clube que vende não abdique de parte do passe compreende-se. Mas quando logo após a contratação se vende parte do passe aos Fundos, são estes que obrigam a que assim seja? E depois essa parte do passe é readquirida por 5 ou 6 vezes mais, não podendo haver a garantia absoluta de uma futura transferência pelo valor estimado aquando da recompra da parte do passe aos Fundos. Não estou dentro do assunto, apenas especulo, e fico perplexo quando as comissões chegam aos 30% do valor transaccionado... Por outro lado, seria bom que se tornasse público os nomes de quem está à frente dos Fundos...
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