Como seria de esperar, as reações na bluegosfera à derrota caseira de ontem frente ao Atlético Madrid foram, na maior parte dos casos, de desagrado, desilusão e, em muitos casos, de apreensão em relação ao futuro próximo da equipa portista.
Nesse sentido, após uma vista de olhos por diversos blogues portistas, selecionei partes de alguns artigos/comentários sobre o jogo as quais, na minha opinião, tocam em aspetos pertinentes do atual momento da equipa azul-e-branca.
«Havia poucas ideias mas acima de tudo uma desorganização dolorosa de ver, com médios a sobreporem-se uns aos outros, extremos que não o são a tentarem fazer o que não conseguem através de zonas que não dominam. Os passes simples que falhamos em todos os jogos são ainda mais notados quando há pouco espaço e quando a equipa parece desmoronar com o mínimo de pressão contrária, o que resultou num jogo em que Helton esteve muitos mais minutos com a bola nos pés do que qualquer dos avançados da sua própria equipa. (…) A equipa está em desconstrução, com uma mudança de filosofia depois de três anos a jogar fundamentalmente da mesma forma, com níveis diferentes de velocidade entre Villas-Boas e Vitor Pereira. Paulo Fonseca pode estar a tentar mudar a equipa, mas não o conseguirá a curto-prazo e o FC Porto não consegue aguentar este tipo de mutações tão radicais, sem extremos na linha e com dois médios defensivos que ainda não perceberam onde e como jogar.»
«Neste jogo ficou evidente a menor atenção que esta época o FC Porto deu ao reforço das alas (algo a que todo o adepto mais atento cedo chamou à atenção). Josué e Licá são bons jogadores mas não têm pedigree para a Champions.»
«Paulo Fonseca está a mostrar, algo surpreendentemente para mim, uma assustadora falta de ambição que apenas encontro nos treinadores “tugas” da velha guarda. Aquele tipo de treinador que prefere um empate contra uma boa equipa como mal menor, do que arriscar para ser feliz. Aquele “mister” que põe um Iturbe a dois minutos do fim. Ou um Ghilas no último minuto em desespero de causa. Um Manuel José ou Jaime Pacheco dos tempos modernos. E isso deixa-me muito apreensivo.»
«O FCP não é o Paços de Ferreira. É preciso estudar o adversário, conhecer-lhe as manhas e ser inteligente na gestão emocional do jogo. E, quando necessário, ser rápido e acutilante a mexer na equipa. Quintero não vai resolver sempre. E se o Paços de Ferreira da época passada tinha o efeito surpresa do seu lado, o FCP não o tem.
«Alguém diz ao treinador do Porto que a 2ª parte que ele viu não é mesma que TODOS vimos: uma miserável 2ª parte, sem dois passes certos seguidos ... Perdas constantes de bola... Falta de ideias e faz entrar um avançado aos 90 minutos?! Outra vez? Brincamos!? E aquele 2º golo (apesar de...) nem nos iniciados...»
«Se os jogos tivessem 25 minutos, teríamos boas hipóteses de ganhar a CL. Infelizmente não têm e temo o pior. O que me impressionou mais neste jogo foi o facto do AM ter ganho sem esforço de maior. A segunda parte foi de domínio total do AM: impôs o ritmo, com pressão alta na primeira fase de construção do FCP, ocasionando muitos erros na nossa saída para o ataque e recuperava com grande facilidade fechando os espaços, nas poucas vezes que conseguimos chegar um pouco mais à frente. O AM sofreu alguns pequenos incómodos, na execução das bolas paradas. Uma derrota em que se percebeu que a nossa equipa está mal física e animicamente, e está a perder a confiança em cada jogo que passa. (…) Não percebo e acho que a falta de Moutinho (Herrera serve para reforçar a equipa B?) não explica tudo.»
Apontamento final: Não sei se havia algum estado de graça de Paulo Fonseca entre a generalidade dos adeptos portistas mas, se algum dia existiu, parece-me evidente que terminou ontem. Contudo, e para que fique claro, a não ser que os resultados piorem bastante e se tornem calamitosos (para aquilo que é o padrão habitual do FC Porto), ou que o divórcio entre treinador e jogadores seja evidente, sou completamente contra mudanças de treinadores a meio da época.
Nota: Os destaques no texto a negrito são da minha responsabilidade.
"O futebol tem muitos mitos. Todos dizem que conhecem o futebol e sabem de futebol mas na verdade poucos o conhecem, principalmente quando se fala de treinadores."
ResponderEliminarDeco, jornal Record 30/09/2013
Os tempos estão diferentes, vimos de três anos de glória e não de penúria, mas o Paulo Fonseca parece-me estar cada vez mais perto de um modelo Octávio Machado do que, propriamente, uma reedição do Co Adriaanse ou do Vitor Pereira.
ResponderEliminarO ano passado olhava desesperado para o banco porque não via soluções nos jogadores disponíveis. Este ano olho para o treinador. É sintomático!
Não estou de acordo consigo, Miguel. Acho que PF parece-se obstinadamente com Quinito do que com Octávio. Octávio por todos os defeitos que tinha arriscava muitissimo mais.
EliminarBluesky,
EliminarNão quis citar modelos de treinador mas sim desfechos. O Co Adriaanse e o Vitor Pereira tiveram momentos muito tremidos (a fase de grupos do Co foi vergonhosa) mas aguentaram-se e foram campeões. Com o PF vejo a coisa ainda mais complicada, daquelas que acabam em Janeiro.
Outra coisa é certa, Octávio saiu porque Mourinho estava mortinho para ficar com o lugar. Agora não há ninguém do mesmo perfil!
Não tenho visto muitos jogos porque a distância e a logística tornam esse desejo mais difícil. Mesmo assim arrisco uma opinião com base no que tenho lido. É bastante evidente que o insucesso até ao presente se deve a uma mudança tática que torna os setores mais soltos, dificulta a pressão quando não se tem a bola e torna mais difíceis as linhas de passe.
ResponderEliminarMas a verdade é que isso já seria de esperar quando se trocou de treinador. Aliás quem criticava VP, fazia-o justamente porque não se encantava com a segurança que dá ter os jogadores próximos uns dos outros, com as linhas de passe mais curto, com a construção de jogo mais paciente. Esses críticos (que diga-se têm todo o direito à crítica) sentiam-se insatisfeitos com um tipo de jogo que os fazia adormecer. Eu, diga-se de passagem, nunca fui crítico de VP.
Mas também não vou ser crítico de PF por conta da mudança tática. Posso ser por outras razões. Mas se ele mudou é porque o outro técnico saiu mais por vontade da direção do que por vontade dele. Ou seja o que se pediu a PF foi provavelmente ter um tipo de futebol de menos posse, mas mais direto com linhas mais afastadas. Só que os jogadores ainda estarão habituados a um modelo anterior.
Sinceramente não sei se resultará, mas é evidente que alguns jogadores podem render mais num sistema e outros noutro. Fernando é claramente um jogador que não serve para construir mas é muito útil como pilar defensivo (onde aliás nem precisa de muita ajuda), ou seja é mais útil a um sistema do VP do que a outro do PF.
O que vai acontecer daqui para a frente não tenho como adivinhar, mas parece-me evidente que este técnico já está marcado pela negativa por muita gente, o que não é bom nem sequer é justo. Porque verdade seja dita, passaram dois meses e raramente os primeiros tempos de um treinador são resultado do seu mérito ou capacidade - muitas vezes devem-se a fatores mais externos. Não vou entrar em discussão sobre qual o modelo ideal - gosto de ver o Porto ganhar e de fazer jogo bonito - isso pode-se conseguir com passes de risco e menos posse, ou pode-se conseguir com mais posse e jogo mais trabalhado. Independentemente da escolha tática, espero que o técnico consiga pelo menos o que VP conseguiu.
Pedro Carriço
Ghilas a titular já! Iria revolucionar o jogo atacante do Porto. É o avançado do tipo móvel que pode muito bem caír numa linha, como Derlei o fazia... Já que não temos um extremo de jeito (e nós que nos últimos 25 anos tivemos tantos e bons) seria uma solução que poderia muito bem resultar, aumentaria pelo menos o poder de fogo.
ResponderEliminarDistribuir certificados de incompetência a torto e a direito é uma das especialidades dos "exigentes" adeptos portistas.
ResponderEliminarCo Adriaanse por pouco que não apanhava um enxerto de porrada. Os três títulos de Jesualdo Ferreira nao lhe valeram muito, pois a sua aposta nas transições rápidas era uma calamidade. Villas-Boas é um simples mercenário, apesar dos títulos conquistados que enchem de orgulho esses mesmos que o assim apelidam. Vítor Pereira achou melhor refugiar-se nas Arábias após vários anos ao serviço do FC Porto em que contribuiu para a conquista de oito títulos nacionais. Era um morcão, segundo um autor deste blogue. Quanto a Paulo Fonseca, o guião já está escrito na blogosfera.
O Porto não sabe gerir um resultado. Nos últimos 3 jogos, estivemos sempre ganhar, e só vencemos um dos jogos - graças ao Proença. Ontem, aos 50 mins, e a vencer por 1-0, continuavam a atacar como se estivessem a perder - não sabem gerir um resultado, controlar uma partida - e isso é responsabilidade do treinador, mesmo que lhe falte o Moutinho.
ResponderEliminarNão achei nada que estivessem a atacar como se estivessem a perder. Estavam mais a dormir como se não estivessem a jogar, isso sim.
EliminarQue saudades tenho das transicoes rapidas do Jesualdo, ontem tinham dado muito jeito, creio que o AM depois de ter ido a perder para o intervalo na segunda parte tinha levado com pelo menos mais uma batatinha...Somos uma equipa extraordinaria, formamos jogadores e treinadores ( oops o que eu fui dizer...)
ResponderEliminarTemos que ter paciencia o nosso mister ainda esta a aprender....so pode.
A substituicao reiterada do ghilas ao minuto 87 esta -me atravessada, creio que os senhores da SAD ainda nao perceberam...ele quer receber o dele e ir-se, vai haver dinheiro ou vamos ter que levar com isto ate o final da época?
Penso que ninguém está a querer mudar de treinador mas que o treinador meta olhos na cara e mude o discurso... se para ele a equipa fez uma grande segunda parte ao nível da 1ª, ele está a treinar quem? o AM?
ResponderEliminarO que me impressiona é a falta de agilidade táctica... o Porto tem aquela táctica para tudo... Se o adversário faz uma mudança e começa a nos ganhar tacticamente o PF troca... posição por posição... E o desastre continua com ele a gostar muito disso.
Ora meu amigo PF... o primeiro passo para resolver um problema +e reconhece-lo... caso não se faça o paciente pode morrer antes de estar diagnosticada a doença...
Eu não tenho absolutamente nada contra uma mudança de treinador, caso se verifique que realmente é mau.
ResponderEliminarMais um ou dois meses, jogos contra o Zenit casa e fora, Sporting e Braga e acho que tudo será tirado a limpo.
Quanto à falta de alas, um grande treinador adapta-se ao plantel que tem. No ano passado o Defour jogou a extremo esquerdo, há 2 anos o Hulk jogou a ponta de lança, no ano passado o JJ transformou o Enzo num excelente médio centro e o Matic num 6 (ele que era 8), Eu vejo o PF a querer transformar o Lucho num 10 e o Fernando num 8 em vez de aproveitar as potencialidades que os jogadores lhe dão (acho que a exibição de ontem calou de vez os iluminados que diziam que o Fernando não era jogador para ser titular, ou não?)...
Falta de opções só é desculpa até certo ponto. Pode condicionar a equipa sim, mas quando há Ghilas, Herrera, entre outros que não jogam isso para mim são, pelo menos para já, fait-divers.
Neste momento o PF tem jogadores no plantel para jogar em todos os sistemas possíveis. Menos naquele em que joga. Isso se quiser jogar com Fernando e Lucho, possivelmente os jogadores mais em forma e os que mais traquejo têm.
EliminarPodia passar a um 4-4-2 diamante, podia jogar em 4-3-3, podia mudar para um 4-4-2 clássico, sobrepovoando o meio-campo. Até podia tentar o 3-4-3 com o Alex ou o Danilo como médio lateral a fazer todo o corredor.
Tem Herrera, Carlos Eduardo, Quintero, Ghilas e Ricardo sem minutos. Tem o Reyes à espera. Tem o Kelvin. Ao contrário do VP, que não tinha ninguém para fazer algo diferente, ao PF só lhe falta um extremo top, algo que se pode compensar de forma colectiva, se bem treinada.
O que não tem é muita margem de erro.
Os próximos jogos são tira-teimas para avaliar o seu grau de teimosia, a compenetração dos jogadores, o know-how dos rivais e a condição fisica do plantel. Até Dezembro está tudo visto!
De acordo ;)
EliminarNeste momento o PF tem jogadores no plantel para jogar em todos os sistemas possíveis. Menos naquele em que joga
EliminarInteiramente de acordo com o Miguel.
Concordo com o Miguel e com o DC.
EliminarE já faz falta um post seu sobre o estado actual do Porto e Benfica no EmJogo.
Cumprimentos
Boa tarde,
EliminarPenso que o Miguel tocou num ponto importante: os jogadores que PF tem à sua disposição são muito pouco adequados para o sistema de 4-3-3 em que se convencionou jogar no FCP nos últimos anos. Não me parece que este sistema seja inevitável nem sequer que deva ser o único que a equipa tem.
Olhando para as soluções de plantel, parece-me claro que não só os extremos que o FCP tem presentemente são de sofrível qualidade como, ao invés, os bons centrocampistas disponíveis justificam uma aposta distinta da actual.
Neste sentido, creio que o sistema do losango seria o que melhor caberia neste FCP. Quatro médios, em que Fernando, Lucho, Josué e Quintero poderiam ocupar as posições para que idealmente estão talhados; e dois avançados, sendo um Jackson, que me parece incontornável, e outro mais móvel, Ghilas ou Licá, conforme o tipo de adversário.
O 4-3-3 deveria manter-se como sistema alternativo (mas não com o duplo pivot, que me parece, no FCP, um disparate).
Por fim, limitar as aparições de certos jogadores que me parece não terem mesmo qualidade para representar um clube como este (Defour) e pensar seriamente num substituto de Helton, que época atrás de época compromete na Liga dos Campeões (muito embora sirva, admito, para as competições internas).
O 4-3-3 é perfeitamente moldável aos jogadores. James jogava num suposto 4-3-3 mas estava sempre no meio formando um losango no meio-campo, dando-nos superioridade nessa zona do terreno e garantindo assim a nossa qualidade de posse de bola.
EliminarCom Quintero no plantel a táctica só tinha que se manter. Licá ou Varela num flanco e Quintero ou Izmailov como falsos extremos a aparecerem como 4º médio.
O Barcelona, por exemplo, faz isso muitas vezes com o Iniesta a falso extremo, o City igualmente com Nasri ou David Silva.
Agora jogar com 2 extremos abertos e um 10? Não temos plantel nem sei porque deveríamos ter, porque não há uma única equipa de topo que jogue assim, porque as equipas de topo são equilibradas!
Quanto ao Defour, continuo a dizer que se jogar na 8, num meio-campo "a sério" é um fantástico jogador.
O substituto de Hélton é Fabiano ou Bolat, senão para quê essas duas contratações?
E o mais importante é que na (quase) totalidade da bluegosfera, não houve o choradinho da culpa da arbitragem pela derrota. Perdemos e sabemos porque perdemos.
ResponderEliminarEmbora como em qualquer clube no mundo, haja sempre aquele tipo de adepto que culpa a arbitragem por tudo e por nada nos comentários, não li nenhum autor de qualquer blog do FCP colocar culpas na arbitragem em nenhum título de qualquer post.
É (bom) sinal que nós, que escrevemos e lemos a bluegosfera, tivemos a plena consciencia que a culpa foi nossa, somente nossa na derrota para o catenaccio do patetico de madrid.
E como já escrevi, quando a coisa tá feia pro nosso lado, com qualquer adversário pressionando ou a melhorar no jogo, o mister parece que está longe, nas nuvens, tipo Dalai Lama num templo budista no Tibete.
E pra variar, a cada desaire, no treino seguinte lá vão 2 horas de conversa, hoje foi mais curto, só 40 minutos:-)
Acorda Paulo!
Nota ainda para o excelente substituto do Guilherme Aguiar no Dia Seguinte de 2ª feira passada, que fez igual ao PSG:deu um autentico showdibola no tarzan gomes da selva.
não houve o choradinho da culpa da arbitragem pela derrota. Perdemos e sabemos porque perdemos
EliminarÉ um dos aspectos em que somos diferentes dos benfiquistas e sportinguistas.
E, também por isso, ganhamos mais vezes.
A frustração da derrota, por vezes, faz-nos disparar contra tudo e contra todos, mesmo contra nós próprios.
ResponderEliminarCom a equipa que temos ( jogadores e técnicos) do que estávamos à espera?
Este foi o melhor jogo da época e estamos assim tão frustados?
Eu confesso que não esperava melhor e acreditem que fiquei surpreendido, pela positiva, com a nossa exibição.
Muito se pode dizer sobre as falhas defensivas do FCP. Mas há pouco tive a oportunidade de ver os golos da Champions no intervalo das galinhas e praticamente todos eram resultavam de enormes falhanços defensivos ou de fífias nos guarda-redes. Não sei o que pensar sobre isto.
ResponderEliminarhá pouco tive a oportunidade de ver os golos da Champions no intervalo das galinhas
EliminarAo contrário das últimas duas épocas, o slb está muito mais fraco (apesar de, na opinião dos próprios, ter o melhor plantel dos últimos 30 anos).
Este facto aumenta a responsabilidade do Paulo Fonseca em ganhar o campeonato nacional.
Mas eu não estou a falar das galinhas, estou a falar de todos os jogos a decorrer nesse momento e cheios de falhar defensivas.
EliminarAcho que a maioria dos adeptos do Benfica que usam a cabeça e não seguem o populismo do LFV sabem que esta época eles é que são os underdogs. A equipa está pior, o treinador está um caos mentalmente, não há balneário e cria-se um discurso de melhor plantel de 30 anos para tapar-se a realidade: não conseguiram vender ninguém.
EliminarFace a este Benfica, mais fraco e mentalmente mais débil que o dos últimos 4 anos na era JJ a obrigação, OBRIGAÇÃO, do PF, é ser campeão nacional!
Paulo Fonseca veio de um pequeno clube,onde conduzia um Fiat Uno.Veio para o FC.Porto entregaram-lhe um Ferrari.O homem não tem unhas para o conduzir.O melhor é voltar para um Fiat Uno,caso contrario o Porto,perde a direção e estampa-se.Mudar de treinador,o quanto antes e manda-lo aprender o beábá da escola.
ResponderEliminarTenho alguma dificuldade em perceber um treinador que não utiliza os jogadores que tem à sua disposição mesmo quando as coisas correm mal. Quem escolheu dispensar Iturbe em vez de Ismailov (mesmo que a direcção assim o preferisse), não utilizar Kelvin nem Ghilas e Herrera tem de assumir as responsabilidades. Sou completamente contra a substituição do treinador mas também é preciso que ele perceba o que é ser Porto rapidamente. Além disso o discurso a dizer que está tudo bem e que tem ideias bem definidas e que não muda tem de ser alterado. O Porto tem de jogar sempre para ganhar e mesmo contra aqueles que são supostamente mais fortes tem de, pelo menos, tentar tudo.
ResponderEliminarMuito sinceramente espero que Paulo Fonseca seja capaz de dar a volta ao texto mas a verdade é que já desperdiçou uma grande parte sdf o capital que tinha e só não foi mais porque o presidente é o responsável pela sua.contratação. Além do mais já não basta ser campeão porque até Vítor Pereira (muito fraquinho e espero que ninguém o veja como exemplo) o foi.
Domingo temos um jogo fundamental contra o Arouca e é bom que toda a gente tenha isso bem presente.
Porto sempre!
Uma prova de inteligência do Paulo Fonseca está, precisamente, nesse jogo.
EliminarO Arouca é um rival débil. É um jogo perfeito para ganhar confiança antes dos internacionais. Como? Goleando e goleando bem. Um jogo à Robson, um jogo de ataque constante, de cinco, seis, sete golos, um jogo de dois avançados, de velocidade, de matar e morrer, sabendo que depois há 15 dias de paragem. Um jogo para gritar com os jogadores se baixarem o pé ao 2-0.
O jogo para mandar uma mensagem.
Qualquer outro cenário para mim é revelador que não aprendeu nada!
Olhe que o Arouca não é assim tão débil. O Braga ganhou lá com um chouriço e graças a um penalti por marcar aos 80 e tal minutos.
EliminarTêm alguns bons jogadores como o Balliu, Amaro, Coelho, Simão e o Ceballos tem um futuro enorme. E são uma equipa muito equilibrada, à imagem do Pedro Emanuel.
Se o 1º golo não entrar cedo não acredito em goleadas.
DC,
EliminarDébil, face ao FCP tem de ser. Nem por orçamento, nem por qualidade individual ou sequer pelo "génio" do treinador deveriam ser capazes de nos por em problemas. Aliás, tal como está o campeonato, a essas equipas deveriamos andar a marcar muitos mais golos do que marcamos. Mas quando se chega ao segundo (depois do primeiro demorar séculos) automaticamente alguém coloca o travão e fica-se por aí. Daí me lembrar dos dias do Robson. Quando alguém abrandava em campo ele saía do banco aos berros a empurrar a equipa.
Sobretudo é uma questão de atitude.
Não digo que, durante o jogo, por este ou aquele motivo, um 1-0 ou 2-0 seja um bom resultado, mas a ideia do PF deveria ser sempre dar um murro na mesa. E isso faz-se, sobretudo, com golos (e não sofrer, claro) contra equipas que são as mais débeis com quem nos vamos encontrar este ano (o mesmo grupo do Gil Vicente, Olhanense, Belenenses ou Académica por exemplo)!
Sim eu nisso concordo que, com excepção do 5LB, temos obrigação de golear qualquer adversário em Portugal face aos jogadores que temos.
EliminarAgora, depois do que vi contra Guimarães, Estoril (que também só ganha em Arouca à custa de uma arbitragem manhosa), Gil, etc acredito que o Porto possa sentir dificuldades.
Até porque ainda não fizemos um jogo tranquilo fora de casa esta época.
DC,
EliminarClaro, isso é outra conversa. Sobretudo será uma questão de sensações! Se a equipa jogar mais organizada, se o modelo for alterado onde está a falar e se criarmos muito mais oportunidades (e concedermos muito menos das que teve, o Setubal, por exemplo) já não é mau!
Muito mais do que estas opiniões, e que teram passado despercebidas a quase toda a gente, são as declarações de Defour na Flash Interview. Este refere, em tom de desagrado, que era impossível fazer muito mais, depois dos 30 minutos iniciais, pois NINGUÉM aguenta jogar 90 minutos aquele ritmo. Perante estas afirmações, não é nada difícil, tirar as devidas conclusões...
ResponderEliminarO gajo não dura até janeiro.
ResponderEliminarMangala foi uma das ausências no treino de ontem (quarta-feira) do FC Porto. De acordo com o site oficial, o defesa central francês tem uma mialgia de esforço e por isso não treinou.
ResponderEliminarQuando um super atleta como Mangala não treina por causa de mialgias de esforço, isso quer dizer alguma coisa acerca da condição física da equipa.
«Foi uma tremenda injustiça,…» - Paulo Ferreira
ResponderEliminarEu sei que já disse aqui neste blogue que só falaria de Paulo Ferreira a meio da época – isto como margem de manobra para com o novo treinador -, no entanto, venho quebrar essa “promessa” por causa de 2 factos que considero de grande relevância.
Esses 2 factos fazem-me acreditar (…) que Paulo Ferreira ou é um “velho burro-casmurro” ou um descarado ingénuo!
Primeiro facto:
Dei comigo a falar cá “com os meus botões”, nos finais dos primeiros 45 minutos, que mandava o bom senso que o Josué teria obrigatoriamente de ser substituído ao intervalo.
Um jogador amarelado que, apesar do seu esforço e garra, é muito temperamental, e daí que já se adivinhava o que estaria para vir.
Josué não foi expulso só porque o árbitro “tapou os olhos” (…), caso contrário era algo garantido!
A sua falta de experiência e ímpeto rebelde levaram a criar o incidente que origina o primeiro golo.
Se Helton tem culpa na forma como aborda a saída ao cruzamento/livre, muitas mais culpas tem o Josué ao criar uma falta completamente desnecessária. A “raiz do mal” está na falta criada e não na saída em falso do Helton!
Pior que Josué só mesmo o seu treinador – que por sinal já o conhece de outras paragens -, e que se tivesse a ousadia e discernimento de um “guerreiro prudente”, teria antecipado esta “jogada do destino”.
Ninguém está livre – num jogo de futebol – de supor (…) que tal falta vai dar golo certo, mas também ninguém pode ser tão ingénuo e acreditar que qualquer falta assinalada pelo juiz não seja ela própria já “meio golo”!
Segundo facto:
Gostaria de saber qual é o conceito de injustiça do Paulo Ferreira?
Que termo/sentimento chamará Paulo Ferreira ao afastamento de Kelvin em troca por “gente” com menos carisma e génio futebolístico?
Que termo/sentimento aplica Paulo Ferreira às constantes humilhações para com o jogador Ghilas?
No meu conceito de moral eu chamo a isto INJUSTIÇA, mas já se viu que para PF não se aplica o mesmo conceito que o meu.
Dicotomias…
Imaginemos (…) que JNPC dá-lhe um “capricho” de ir para o banco, como presidente e treinador.
Imaginemos que as opções de JNPC não estariam a resultar, e que o FCP estaria empatado ou a perder com X ou Y.
Que faz então JNPC?
Pois tira da “cartola” Paulo Ferreira aos 87 ou 90 minutos, e diz-lhe: “Agora resolva, treinador”!
E imaginemos que tal facto acontece não uma, nem duas, nem três vezes mas sim várias vezes.
Paulo Ferreira, se me estiveres “ouvir” diz-me lá: achas que JNPC estaria a cometer uma enorme injustiça contigo, ou trata-se “apenas” de opções técnica/tácticas?..
Intimamente – lá no fundo -, tenho para comigo que Paulo Ferreira não é nenhum “velho burro-casmurro”, nem um descarado ingénuo!
Paulo Ferreira é um “Potro Selvagem” e que ainda procura os seus limites, que neste momento estão “amordaçados” pelo novo e grandioso “ambiente” que se lhe depara.
Logo, logo, Paulo Ferreira domará os seus medos, e colocará todo o seu vigor e sabedoria em prol dos seus (FCP).
Só me resta ter fé em tal desejo…!
3º Facto: Ele chama-se Paulo FONSECA!
EliminarNão há que ter medo de dizer isto. Paulo Fonseca deve sair. o quanto antes. Com Del neri não se hesitou, e este PF já mostrou que não dá. Neste momento nem o apoio dos jogadores deve ter, porque senão isso refletia-se em campo nomeadamente no esforço dos jogadores.
ResponderEliminarVP por exemplo no seu 1º ano à frente do porto, esteve muito tremido, mal no campeonato, praticamente fora da champions, toda a gente o dava como fora do clube. Mas o porto não jogava assim como joga hoje. não tinha ponta de lança na altura e isso é que estava a fazer a diferença em termos de jogos ganhos. pois bem quando surgiu a prova de fogo, conseguiu colocar o porto a vencer e a jogar grande futebol no campo do Shaktar. acabou por não passar a fase de grupos por manifesto azar naquele 0-0 contra o zenit.
ora a prova de fogo do PF para mim foi este jogo do atl. madrid. prova não superada!!!
O FCPORTO perdeu em dois lances de bola parada que surgem de faltas desnecessárias, tanto Josué como Mangala erraram. A "culpa" não pode ser assacada ao treinador por erros individuais dos jogadores.
ResponderEliminarJá na época passada, Defour fez uma falta desnecessária que resulta na sua expulsão e que pesou no desfecho da eliminatória final. Outra vez, a "culpa" não pode ser assacada ao treinador.
O mesmo se passa com os passes errados no meio campo, embora em menor número e menos graves que no jogo contra o Áustria de Viena, apenas o resultado final infelizmente foi diferente: na Áustria ganhamos, contra o Atlético de Madrid perdemos. Falhar passes são erros individuais, não são "culpa" do treinador. Relembro o horrível passe de Otamendi a isolar Hosiner na Áustria.
É impossível a equipa não estar bem fisicamente. A equipa do FCPORTO está bem preparada e apetrechada, além de ter especialistas experientes em preparação física, recuperação física, etc. e ainda só vamos em inícios de Outubro.
Não há grandes alterações tácticas, pois o recuo de Defour para a segunda fase de construção é um mero por menor táctico, logo não há nenhuma desorganização pois os jogadores sabem o que fazer dentro de campo e mantêm a equipa equilibrada tacticamente, apenas erros individuais que diminuem a posse de bola pois depois é preciso mais esforço físico e sobretudo mental além de tempo para a recuperar quando se podia tentar construir mais outra oportunidade de golo.
É isto que causa irritação aos adeptos, os erros individuais e as suas consequências, aliado ao facto de à partida haver 3 equipas para 2 lugares de apuramento para a fase seguinte da CHAMPIONS LEAGUE.
Relembro
http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=ILzN-ZEctaU
ver a partir de 8.30 m, o erro individual de Xavi que deu origem ao golo do Celtic na época passada. Com 90% de posse de bola e falhando várias oportunidades, o Barcelona perde em Glasgow o que é bastante irritante para os seus adeptos, apesar de nunca ter estado em causa o seu apuramento para a fase seguinte da CHAMPIONS LEAGUE.
Josué, Licá e Quintero certamente irão render muito mais à medida que a equipa deixar de cometer erros individuais.
Ghilas e Herrera têm jogado pouco, por opção do treinador. Eis aqui a responsabilidade do treinador que assumiu a sua opção técnica. De qualquer maneira, Ghilas tem potencial para jogar mais e certamente será o que deverá acontecer no futuro próximo.
A acusação de PF não ser ambicioso, simplesmente não se pode levar a sério e dizer-se que o Porto joga à Paços de Ferreira é apenas uma "boca" usual no futebol.
Eu nao tenho problema em constatar q para já PF não me parece estar a fazer um bom trabalho, embora tb nao seja assim tao horrivel como isso. No entanto acho q é muito cedo para fazer vaticínios de q nao passa do Natal ou está ao nível do Quinito ou coisas q tais. Há q ter um minimo de calma e dar algum tempo ao tempo, é muito prematuro para conversas dessas.
ResponderEliminarUma coisa é óbvia: ele é ainda muito inexperiente, faltando saber se vai ter uma curva de aprendizagem muito rápida e elevada.. ou não.
Dito isto, quem me segue há anos deve saber q sempre defendi q se devia apostar mais forte nos treinadores, em treinadores com um CV q fale por eles. Ainda agora no defeso falei disso. O FCP tem perfeitamente condicões (incl. financeiras, mas não só) para os atrair ao Dragao (nao os do top 10, mas sim todos os outros). E um treinador com experiencia q meta respeito pode muito bem fazer a diferenca entre ganhar ou perder um jogo como o de 3a feira, facilmente pagando o seu salario se fizer a diferenca entre apurar ou nao um FCP para os 1/8s da LC.
Bem ou mal a nossa direção tem preferido sistematicamente «apostar» em desconhecidos com muito pouca experiência, ou não muito longe disso. Pronto, é assim e cabe-nos resignar-nos e apoiar e esperar q as coisas lhes corram pelo melhor.