O seguinte artigo de opinião chegou-me por email (recuso-me terminantemente a visitar sequer o site deste pasquim). Apesar de ser escrito por uma lampiã, concordo com o ponto essencial (diga-se de passagem, como ponto totalmente acessório, que pelas imagens que vi até pensei que tivessem estado muito menos no galinheiro no jogo em questão):
'Grande parte do País padece de uma doença que desconhece. Clubite aguda. Doença essa que não pressupõe que o enfermo goste de futebol. Na verdade, bem antes pelo contrário.
'Grande parte do País padece de uma doença que desconhece. Clubite aguda. Doença essa que não pressupõe que o enfermo goste de futebol. Na verdade, bem antes pelo contrário.
A clubite aguda, um pouco como a doença bipolar, manifesta- se em estados de euforia e de depressão. Um dia está tudo bem, no outro é só trevas. Talvez estarei a exagerar (estou, claro, é uma coisa que gosto de fazer), mas na terça-feira tivemos um grande exemplo de clubite aguda no Estádio da Luz, manifestada na sua pior forma. Num jogo de Champions, frente a uma das boas equipas alemãs, apareceram 17 mil pessoas. O jogo não contava para nada? Era dia da semana? Estava frio? Sim, para tudo. Aliás, aquilo não era bem frio, era como se um icebergue estivesse a correr na minha direção. Mas não me parece que isso seja desculpa para tal debandada.
Aqui está a prova que nós, portugueses, não gostamos de futebol. Gostamos de clubes e, normalmente, só gostamos deles quando ganham. As clareiras que na terça- -feira se viram nas bancadas do Estádio da Luz dão um ar muito pobre ao adepto português, ainda para mais numa competição transmitida a nível planetário. E o que terão pensado os adeptos alemães presentes, eles habituados a não haver sequer uma cadeirinha à vista a cada jornada da Bundesliga! Nem é preciso ir mais longe.O Borussia Dortmund vai passeando indigente pelos últimos lugares do campeonato. O estádio? 81mil pessoas, sempre. Para o bem e para o mal. Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da vida deles.' LÍDIA PARALTA GOMES Jornalista do diário ‘Rascord’
Aqui está a prova que nós, portugueses, não gostamos de futebol. Gostamos de clubes e, normalmente, só gostamos deles quando ganham. As clareiras que na terça- -feira se viram nas bancadas do Estádio da Luz dão um ar muito pobre ao adepto português, ainda para mais numa competição transmitida a nível planetário. E o que terão pensado os adeptos alemães presentes, eles habituados a não haver sequer uma cadeirinha à vista a cada jornada da Bundesliga! Nem é preciso ir mais longe.O Borussia Dortmund vai passeando indigente pelos últimos lugares do campeonato. O estádio? 81mil pessoas, sempre. Para o bem e para o mal. Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da vida deles.' LÍDIA PARALTA GOMES Jornalista do diário ‘Rascord’
Bem, a situação no nosso FCP (que é o que me interessa) não é tão diferente como isso da do slb ou do SCP: quando a coisa corre bem há grandes clareiras nas bancadas, e quando corre mal - o que é muito mais raro connosco, felizmente - é um autêntico deserto.
A crise económica é usada frequentemente como desculpa para as fracas assistências.
Ora, antes de mais, reparei que quem tem lugar anual (e é a maioria do estádio) nao tem desconto por não aparecer... mas temos muito jogos em q só para aí metade desses lugares anuais, ou pouco mais, é que estão ocupados (muitos deles por familiares ou amigos do dono do lugar). Logo por aí a bota não bate com a perdigota.
Em segundo lugar, com crise ou sem crise (basta olhar para as assistências de há 10 anos atrás, em que as assistências eram semelhantes), os estádios portugueses estão regra geral vazios ou meio-vazios (aliás, há 6 anos atrás já eu falava disso aqui no RP). O problema é portanto crónico, acima de tudo.
Em terceiro lugar, se é verdade que o poder de compra (mesmo sem crise) não é equiparável ao que se vê numa Alemanha, também é verdade que:
1) os bilhetes/lugares anuais em Portugal são muito mais baratos
2) o nosso estádio tem uma capacidade muito menor do que os 80mil do B. Dortmund, e por acaso até temos mais adeptos a menos de 30mins do estádio do que o B. Dortmund (e da esmagadora maioria dos «tubarões» europeus).
3) mesmo que muitos portistas não tenham condições financeiras para ir ao estádio (ainda mais hoje em dia), certamente pelo menos metade dos adeptos devem tê-la. Ora 50% que seja dos portistas no Grande Porto é equivalente a 10x a capacidade do Dragão. Repito: 10 VEZES.
Finalmente, vejo pessoal que também se desculpa com o tempo para não ir ao estádio; curiosamente não vejo ninguém com essa desculpa em países com um clima muito mais inclemente.
Haverá sem dúvida outros factores que servem de atenuante (como os horários, por exemplo; já no extremo oposto as condições de acesso por transporte público ou privado e estacionamento são do melhor que há no Mundo), mas concluo que os adeptos em Portugal fundamentalmente são mais «espectadores» que propriamente «adeptos». A experiência pessoal que tenho em Inglaterra e Alemanha (directa- ou indirectamente em conversas com os muitos amigos que lá tenho) só reforça essa percepcão.
PS - aparte: o que é indiscutível é que, até ao fim da época, TODOS os adeptos do slb vão ser meros espectadores de sofá no que à Europa diz respeito.
PS - aparte: o que é indiscutível é que, até ao fim da época, TODOS os adeptos do slb vão ser meros espectadores de sofá no que à Europa diz respeito.
A comparação é demagógica e é apontada ao clube de topo no que diz respeito a assistências médias. http://en.wikipedia.org/wiki/Average_attendances_of_European_football_clubs
ResponderEliminarEm Dortmund é um evento social, da comunidade, da sociedade local. Vai-se à bola porque se gosta do ambiente até porque os resultados - como os desta época - quase que não importam. Por lá há uma paixão pelo evento, pelo clube por si (procurem um vídeo no Youtube do pós-jogo em Dortmund, quando a equipa leva 0-3 do B. Munique. Foram largos minutos a aplaudir a equipa da casa acabada de ser humilhada)
Somos comodistas por natureza, faz parte daquilo que somos. Há mais povos assim, não é um exclusivo nosso, longe disso! Vejam os exemplos espanhóis, franceses, italianos...
Há clareiras em muitos estádios e por variadíssimas razões. Dortmund e outros honrosos exemplos são a exceção.
Encontro várias razões para isto:
ResponderEliminar- Em primeiro lugar, na minha opinião, Portugal não gosta de futebol. Se gostasse teria programas de TV sobre futebol, jornais a falar sobre futebol, blogs a falar sobre futebol. O que se vê é programas, jornais e blogs a falar sobre arbitragem e dirigismo. Sobre futebol, muito pouco. De certeza absoluta que na Inglaterra e Alemanha não há este "tempo de antena" dedicado à arbitragem e ainda mais de certeza é que ninguém quer saber quem são os presidentes dos clubes. Gostam de futebol, ponto. Cá, os principais protagonistas são sempre os dirigentes e os árbitros.
- Segundo lugar, os horários. Jogos à tarde no Porto, por exemplo, teriam um efeito muito mais agradável que os jogos às 20h. Já nem falo da questão de chegar a casa tarde, mas ir ao estádio num dia solarengo é bem melhor do que já de noite. Pelo menos a mim dá-me muito mais satisfação.
- Terceiro, os preços. Face ao nosso nível de vida, efectivamente 2 ou 3 jogos por mês já representa uma despesa grande.
- Quarto, as claques. As claques alemãs vão ao jogo porque gostam do clube, aparentemente são um espectáculo dentro do espectáculo. Em Portugal, vai para a claque quem não tem medo delas.
- Quinto, talvez relacionado com o primeiro ponto. Em Portugal há uma percentagem enorme de adeptos de simpatia. Enquanto na Alemanha, Espanha ou Inglaterra temos os adeptos divididos em dezenas de clubes, aqui há os três grandes, o Guimarães e recentemente o Braga. E o Braga provavelmente se voltar a cair na mediania de há 10 anos atrás "perde" os adeptos todos para os grandes novamente. Isto faz com que muita gente diga que é do Porto ou do slb mas no fundo nem ligam nada ao clube. A única terra onde vejo uma demonstração de bairrismo semelhante à que se vê na Alemanha ou na Inglaterra é Guimarães. Acredito que se tivéssemos menos adeptos por clube seriam mais dedicados.
Explicação para mim:
ResponderEliminar- Futebol pensado para transmissões televisivas e não para Famílias. Falo por mim que não quero levar os meus pequenos chegando depois a casa sempre pelas 23h.
Também acho que é a maior causa. Como o futebol é (implacavelmente) pensado para as transmissões televisivas, naturalmente os adeptos (são vencidos) aderem mais às transmissões do que ao espectáculo ao vivo.
Eliminara questão financeira é importante como é logico.
ResponderEliminarmas penso que a questão da calendarização dos jogos (responsabilidade da liga) e venda dos bilhetes é mais importante.
ora, se muitas vezes se sabe o dia do jogo com menos de uma semana de antecedência é difícil programar uma ida ao estádio. Além disso, se quem mora a 50km do estádio tem de andar esses 50km duas vezes (comprar bilhete e ir ao jogo) também penso que possa ser um entrave. É certo que se pode comprar pela net mas só os sócios o podem fazer e nem assim o podem fazer para acompanhantes que não sejam sócios.
Acho que pensar apenas nas pessoas do grande Porto como público-alvo para os jogos é um grande erro estratégico para a marca FCPorto.
p.s. acho que não é comparável o jogo do benfica de 3ª (ou mesmo o do Porto de 4ª) com a situação do Dortmund. Uma coisa são jogos que praticamente não contam para nada e onde se sabe que os treinadores vão colocar segundas linhas. Outra coisa é a equipa estar mal e os adeptos irem ao estádio para a ajudar a levantar.
Ontem (11-12-2014), o FC Porto, através do site oficial, informou o seguinte:
ResponderEliminar«Restam 3.000 bilhetes para o FC Porto-Benfica da 13.ª jornada da Liga portuguesa (domingo, 20h00, no Estádio do Dragão). A lotação encontra-se por isso quase esgotada, restando entradas para as bancadas centrais Meo e Moche e para as arquibancadas Meo e Moche.
As bancadas Coca-Cola (topo Norte) e Super Bock (topo Sul) estão esgotadas desde quarta-feira.»
Ou seja, a três dias do FC Porto x SL Benfica, a lotação estava quase esgotada e tudo indica que, até à hora do jogo, a lotação irá esgotar.
No FC Porto x Shakhtar, estiveram cerca de 28 mil pessoas.
ResponderEliminarApenas 4 dias depois, no FC Porto x SL Benfica, com bilhetes mais caros, tudo indica que a lotação do estádio (50 mil pessoas) irá esgotar.
Como é que as teses do "somos comodistas por natureza", "Portugal não gosta de futebol", "os horários", "os preços", "as claques", "futebol pensado para transmissões televisivas e não para famílias" explicam esta enorme diferença (no FC Porto x Shakhtar quase metade das cadeiras estiveram vazias)?
É que os adeptos são os mesmos, o horário é o mesmo (19h45 / 20h00), os preços dos bilhetes para a recepção ao SL Benfica são mais caros, etc.
Não me parece que faça sentido incluir Porto-Benfica e Porto-Sporting numa análise. Obviamente esses enchem sempre. O problema está nos outros.
EliminarO Dragão enche tal como o estádio do Arouca ou do Paços enche quando lá vão os grandes.
O que é preciso é perceber porque é que um Chelsea-Leicester ou um Dortmund-Werder Bremen tem lotação esgotada e um Porto-Belenenses ou Benfica-Arouca tem meia casa.
“Não me parece que faça sentido incluir Porto-Benfica e Porto-Sporting numa análise. Obviamente esses enchem sempre”
EliminarDC, por que razão é que, para si, um FC Porto x Sporting e, principalmente, um FC Porto x SL Benfica “enche sempre”?
Por que razão, nestes jogos, os problemas do “comodismo”, dos “horários”, dos “preços”, das “claques” ou das “transmissões televisivas” não se colocam?
DC disse:
Eliminar“O Dragão enche [no Porto-Benfica e Porto-Sporting] tal como o estádio do Arouca ou do Paços enche quando lá vão os grandes”
DC, esta sua comparação faz pouco sentido.
Na recepção ao SL Benfica, o Estádio do Dragão enche com adeptos/sócios do FC Porto, enquanto que na recepção ao SL Benfica, o estádio do Arouca (ou o de Aveiro, como foi o caso na época passada), enche com adeptos benfiquistas (da equipa visitante).
"Na recepção ao SL Benfica, o Estádio do Dragão enche com adeptos/sócios do FC Porto"
EliminarMaioritariamente mas não só. Certamente, temos muito mais adeptos adversários nestes jogos do que em jogos contra outros adversários.
Agora, porque enche sempre? Enche porque é "jogo grande". Tal como enchem os "jogos grandes" de Champions. Quanta gente é que você conhece que só vai ao Dragão nesses jogos? Eu pelo menos conheço muitos. Não vão a nenhum jogo durante o ano mas aparecem contra o Benfica ou nuns oitavos da Champions.
E isso, para mim, explica-se pelos pontos que referi acima. Não vão lá por gostarem de futebol ou por gostarem particularmente de apoiar a equipa, porque se estiverem atraídos pelo jogo da equipa tanto um Porto-Benfica como um Porto-Arouca pode ser muito bom. Vão, porque é aquele jogo, o único que lhes interessa ver. Vão a esse jogo como depois vão ao Rock in Rio ver quem lá aparece. É o jogo "espectáculo" do ano.
E a minha comparação faz todo o sentido até porque falo com propriedade. Sou de Arouca e sei bem quantos arouquenses estão no estádio com ou sem grandes (o "problema" é que apesar de serem de Arouca vão com adereços do visitante, não permitindo perceber que é gente da terra. Lá está, aquela questão que lhe referi de em Portugal não haver bairrismo). Mas o estádio normalmente está a meio em jogos normais e com o Porto, a preços normais, estaria sempre cheio ou perto disso mesmo que os adeptos do Porto de fora não aparecessem. Quem diz o Porto diz uma equipa estrangeira reputada.
DC disse:
Eliminar«Enche porque é "jogo grande". Tal como enchem os "jogos grandes" de Champions.»
Exactamente. Nos “jogos grandes”, o “comodismo”, os “horários”, os “preços”, as “claques” ou as “transmissões televisivas” não são um problema ou, pelo menos, não são um entrave a que o Estádio do Dragão (e da Luz, e de Alvalade, …) encham.
Ou seja, a melhor solução para termos mais (muito mais) gente nos estádios é termos mais “jogos grandes”.
Como?
Com uma I Liga com 12 clubes, em que, numa 1ª Fase, jogariam todos contra todos (22 jogos) e, numa 2ª Fase, os 12 clubes seriam divididos em dois grupos de seis, que voltariam a jogar entre si em duas rondas (casa e fora).
No total, todos os clubes disputariam 32 jogos (22 na 1ª fase e 10 na 2ª fase).
Num modelo destes (que poderia ser ajustado), teríamos:
2x FC Porto – SL Benfica
2x SL Benfica – FC Porto
2x FC Porto – Sporting
2x Sporting – FC Porto
2x SL Benfica – Sporting
2x Sporting – SL Benfica
mais os jogos com SC Braga, Vit. Guimarães;
mais os derbies locais/regionais.
Perdoem-me o off-topic, mas não resisto: eu logo vi que o DC era de Arouca. Agora está tudo explicado! Brincadeira :) Temos é de combinar todos a degustação de uma bela posta arouquesa antes de um Arouca-Porto, patrocinada pelo Reflexão Portista!
EliminarÉ uma solução, sim. Eu diria que outra era também tomar medidas para tornar os ambientes dos jogos mais confortáveis e apelativos. Como fizeram em Inglaterra, por exemplo.
EliminarComo tal:
- acabar com a violência e insegurança no futebol, eventualmente acabando com as claques como fizeram em Inglaterra ou no Barcelona e como acabarão por ter que fazer no Real e Atlético de Madrid;
- tentar acabar com os relvados impraticáveis e os estádios sem condições para assistir ao espectáculo;
- tentar (porque isso obrigaria a uma renovação nos dirigentes que nunca acontecerá, tal como não acontecerá a renovação de políticos e por aí fora) acabar com a cultura de falar de árbitros a semana toda, de suspeição, intriga, guerrilha constante, para criar um ambiente mais saudável e menos desgastante à volta do futebol.
Basicamente, implementar as medidas que os ingleses e os alemães implementaram e tantos frutos deram. Podíamos a isso juntar apostas credíveis na formação de jogadores e outras coisas do género que, penso eu, atraíriam mais gente ao futebol. Basicamente, tentar fazer com que os portugueses gostem de futebol em vez de gostarem de ganhar apenas.
Se acho que isso acontecerá? Não, acho mais provável acabarmos a ter uma liga de 10 equipas ou até menos onde o unico interesse vem dos jogos entre 3 equipas. Mas também não sei quantos Porto-Benfica e Porto-Sporting ia ter piada ver todos os anos, constantemente. Isso não é competitividade, é repetição.
Não há dúvida que os diversos factores condicionantes enunciados quer no artigo, quer nos comentários têm um peso muito relevante nas opções dos adeptos portugueses e não podem ser escamoteados, no entanto, não posso deixar de concordar quando se diz que falta espírito/vontade aos mesmos adeptos. Basta ver que conheço bastante gente que tem lugar anual e disponibilidade para ir ver os jogos, mas que deixa de o fazer por motivos fúteis (cujo maior exemplo é o "tempo").
ResponderEliminarAinda bem que a gente a medir o meu portismo por quando tempo tenho para usar numa actividade lúdica e, regra geral, em jogos mediocres com jogadores que só querem saber da conta bancária comprados por dirigentes que ganham à comissão contra outros que têm como missão tornar o jogo o mais aborrecido possível.
ResponderEliminarPara que não restem dúvidas, quando me referi a "tempo" queria dizer clima, bem entendido. Em todo o caso, deduzo que veja poucos jogos do FCP numa época inteira, seja no estádio, seja na televisão, porque o perfil de jogadores, dirigentes e adversários não flutua muito.
EliminarEu acho criminoso ter lugar anual e não ir ver vários jogos durante um campeonato. Ou porque está frio, ou porque a equipa está a jogar mal, ou porque o adversário é fraco. As pessoas fazem isso, porque mesmo não indo alguns jogos, o preço que pagaram continua a compensar.
ResponderEliminarIsso podia ser alterado, com o pagamento de uma multa simbólica de 1 euro ou assim sempre que a pessoa não fosse ver o jogo e não avisasse. Se avisasse não pagava multa e o lugar era vendido em cima da hora a um preço baixo.
Era vendido a quem se o estádio muitas vezes mal passa dos 20.000?
EliminarEra vendido a um preço muito baixo. Os oportunistas sabendo disto iam para as bilheteiras pra aproveitar. E ao mesmo tempo a ganância donos do lugar anual que não queriam ir, mas que não queriam que alguém fosse para o seu lugar com preço barato, acabavam por ir mais vezes.
EliminarObviamente esta ideia não é uma ideia salvadora nem é pra ser levada muito a sério. É mais um desabafo de quem simplesmente não compreende como se pode prescindir de vários jogos do porto no dragão que já estão pagos.
Eu acho que a crise económica contribuiu e continuará a contribuir de forma decisiva para este acentuar do vazio nos Estádios de Portugal.Na Alemanha e em Inglaterra as coisas são muito diferentes até no aspecto sócio-económico.Há Portugueses a trabalhar na Alemanha, na Suíça, no Luxemburgo, que vêm ver os Clubes Portugueses jogarem nos seus próprios Estádios! Quando e quantos de nós, trabalhando em Portugal, poderíamos fazer o mesmo se quizéssemos ver jogar os nosso Clubes jogarem no Estrangeiro? Muito poucos, tenho a certeza, tenho a certeza absoluta.
ResponderEliminarVer um jogo de futebol fora de casa fica caro. Se for para o Campeonato sendo sócio, cada bilhete custa entre 20 e 50 Euros! -Por 27 Euros temos todos os jogos na Televisão.Campeonato, Taça, Champions, do Porto e da maioria dos Clubes...Visto de uma forma racional, qual seria a opção mais inteligente?...Ir para o Estádio e andar á sua volta a escutar o rumor colectivo como antigamente muitos faziam, já não faz sentido...Mesmo para um adepto ferrenho.Querem gente nos Estádios? Melhorem as condições de vida dos Portugueses e vão ver como eles enchem...Assim aconteceu durante os primeiros anos do Século XXI.
Já viram na TV? -Luís Filipe Vieira vai ver o jogo fechado no balneário!...Que oportunistazito, vai aproveitar "o cheirinho a bagaço" até ao limite!!!!
ResponderEliminarLampiã?! a leviandade com que se acusa...
ResponderEliminarConheço a Lídia, trabalhei com ela, e garanto-lhe que é sim uma verdadeira apaixonada por futebol.
Já um parcial a exigir imparcialidade também me faz rir. Tudo bem que o jornalismo desportivo português não merece louvores, mas daí a acusar-se tudo que mexe...
O José não é jornalista, não tem qualquer dever de imparcialidade para com o seu público, escreve num blog chamado "Reflexão Portista" se não teve a oportunidade de reparar.
EliminarDo que conheço do que me vão dizendo pessoas que trabalham no Grupo Cofina, ser benfiquista não é exigido. Simplesmente agiliza, já que é para escrever "benfiquismos" e é. Se o Correio da Manhã já é basicamente um núcleo dos NN, o Rascord nem imagino.
Os jogos grandes enchem por uma razão bem simples: a RIVALIDADE fala mais alto do q o comodismo. O pessoal nao passa de repente a gostar de ver futebol, nao é pelo jogo em si, mas a perspectiva de ganhar a um rival chama gente ao estádio.
ResponderEliminarO DC tem portanto razão ao dizer q esses jogos nao são representativos para o q estava em discussão: a pergunta é porque é q um Chelsea consegue encher o estádio num jogo em q já está apurado e vai jogar com 2as escolhas contra um SCP (q é para eles como um Maribor para os portistas) enquanto um FCP tem o estádio meio vazio contra um Shakhtar - e isto quando o Chelsea tem em Londres menos adeptos do q um FCP no grande Porto, e o estádio do Chelsea tem condições muito piores do q o do FCP (começando pela acessibilidade, q é horrível). Isto só para dar um exemplo.
De resto é obvio q um campeonato em q houvesse mais jogos entre os grandes ia aumentar a assistência media no Dragão, mas isso já é outra discussão.