quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Remates por jogo

O jornal O JOGO fez um levantamento dos remates efetuados pela equipa do FC Porto e, dessa análise, constata-se que há uma tendência de aumento do número de remates por jogo.

O JOGO, 05-01-2015

Evidentemente, o jogo contra o Gil Vicente é um caso especial (conforme o SLB demonstrou inúmeras vezes nos últimos anos, jogar largos minutos em superioridade numérica facilita as coisas…), mas nos dois jogos anteriores (Rio Ave e Vitória Setúbal) o FC Porto já tinha superado a “barreira” dos 15 remates por jogo.

O JOGO
No jogo de Barcelos, um dos aspectos que merece particular atenção é o número de remates feitos de fora da área (12 em 29). Aliás, foi de um portentoso remate de Casemiro, a uns 25 metros da baliza, que o FC Porto inaugurou o marcador.

Há indicadores de que este aspecto – remates de fora da área – tem vindo a ser trabalhado e, por exemplo, já tinha sido assim que Herrera desbloqueou o jogo de Borisov.

Voltando a Casemiro, é um facto que o seu processo de adaptação à posição 6 tem tido altos e baixos, mas parece que Lopetegui quer tirar partido da sua potência de remate. Recordo um livre direto no jogo anterior, em Vila do Conde, que o guarda-redes do Rio Ave foi incapaz de segurar e que potenciou uma recarga de Aboubakar que quase dava golo.

Em resumo, tal como Vítor Pereira já tinha demonstrado, um modelo de jogo baseado na posse de bola, não é incompatível com um futebol acutilante, que proporcione muitas situações de remate.

2 comentários:

  1. Mais que isso tudo, a mim satisfez-me ver uma coisa em Barcelos que não tinha ainda visto... Uma variação no habitual "campo grande" que a equipa faz sempre com os extremos sempre muito (demasiado) abertos. De facto, Brahimi jogou sempre pelo meio e quando Brahimi vinha para o meio era o lateral do seu lado que dava largura, ora Alex ora Danilo.

    Temos muito a ganhar em colocar um homem entre linhas pelo meio, sobretudo se for Brahimi, pela sua capacidade de receber de costas e sem espaço e sair da cobertura facilmente. Para além do mais, isto cria muito mais jogo interior e permite situações de maior imprevisibilidade.

    Houve algumas jogadas muito interessantes de bola fora do bloco, bola dentro, adversários completamente batidos...

    Com a CAN, espero que isto seja para continuar, embora nem Tello, nem Quaresma saibam jogar aí... Daí que gostava de ver Quintero ou mesmo Adrián a jogar nesse espaço.

    PS: Casemiro simplesmente é uma desilusão total e não é por ter acertado um chouriço que muda alguma coisa. Falha passes fáceis constantemente, é lento, sem bola o seu posicionamento é uma nulidade, sobretudo na construção, enfim... Como terá este rapaz chegado ao Real Madrid é que não consigo perceber.

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  2. Acompanhando o aumento da eficácia nas bolas paradas, incluindo grandes penalidades, que parece estar a ser trabalhada, com o aumento da eficácia nos remates de "longa distância", ficaria-mos, sem dúvida, com mais probabilidades de vitória. Claro que é um pouco verdade de "la Palice", mas também é um facto que nos últimos anos temos sido muito pobres nas bolas paradas e nos remates de longa distância.
    Também precisamos de melhorar (ou voltarmos a ser bons) nas reposições rápidas de bola por parte do guarda-redes.
    Nos últimos jogos tenho observado o Fabiano a tentar e procurar...procurar... repor a bola rapidamente mas,... sem opção viável para o fazer.

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