sábado, 2 de maio de 2015
UMA GRANDE ESTREIA E UMA GRANDE TIRADA
30 de Junho de 1968, Lourenço Marques (actual Maputo). Portugal defronta o Brasil num jogo amigável e sai derrotado por 2-0.
Este jogo tem especial importância para nós, portistas, pois tratou-se do jogo de estreia de Fernando Pascoal Neves (Pavão, na foto) na Selecção Nacional. O flaviense seria substituído aos 55' pelo nosso antigo jogador e futuro treinador Artur jorge, à altura jogador da Académica ("substituí o melhor em campo", diria Artur Jorge).
Mas a melhor peripécia veio perto do final do jogo. Faltavam dois minutos, e o seleccionador nacional, José Maria Antunes, mandou entrar o nosso jogador Rolando. Este, visivelmente agastado, virou-se para ele e disse: "Entre você!"
Pavão e Rolando foram durante alguns anos os solitários representantes do F.C. Porto na Selecção - e nem sempre. Neste jogo, também o guarda-redes Américo alinhou.
Estava presente nas Antas quando o Grande Pavão se foi, "....vai miúdo..." serão as suas ultimas palavras, dirigidas, depois de lhe passar a bola, a Oliveira.
ResponderEliminarRui, Rodolfo, Rolando, Ronaldo e Guedes....esta chegou a ser uma das nossas defesas.... Estou velho, fuck...
Também assisti a esse jogo... Estamos velhos, de facto! ;-)
EliminarBoa tarde.
ResponderEliminarEu sou mais ou menos desse tempo. Ainda havemos de comemorar grandes feitos do nosso Porto. Nós mudamos mas, infelizmente, as coisas é que não mudam, de paixão em paixão, de capela em capela. Uma vida a ver a mouraria a tentar fazer-nos de lorpas. Mas também nos cercaram durante um ano [1820] e lá acabaram por se ir com o rabo entre as pernas. Abr
Eu não vi ao vivo mas lembro-me da comoção em casa dos meus avós onde os meus tios mais novos não falavam doutra coisa. Eu devia ter 6 ou 7 anos nessa altura.
ResponderEliminarNão vi esse jogo, estava em Lisboa mas soube quase de imediato. Foi qualquer coisa de dramático. O pior -se poderia haver pior que a morte de alguém- foi a "campanha" que se seguiu a essa tragédia. Campanha que, quando em Guimarães tombou um deles, foi esquecida e transformada em Romagem Nacional...
ResponderEliminarLembro-me de o ver jogar ainda nos júniores, ao lado de Aníbal, Piruta, Rendeiro, Ernesto...Dominava o jogos, era o senhor do jogo, o dono da bola.
Nesses tempos o Porto só era merecedor de uma pinga de consideração.
Hoje passados tantos anos, a guerra pela afirmação continua e de que forma!
Aníbal, Rendeiro e Ernesto (havia dois: os irmãos Helder e Rui Ernesto), são todos posteriores ao Pavão nos juniores. O Piruta, sim, deve ser do tempo dele.
EliminarPeço desculpa. O Cerco do Porto foi em 1832 e não em 1820 como escrevi há pouco [18:11].
ResponderEliminarBem, agradeço os vossos comentários, mas este apontamento não era acerca da morte do Pavão.
ResponderEliminarMas em tempos escrevi aqui um artigo sobre o triste acontecimento.
http://www.reflexaoportista.pt/2012/03/relembrando-o-dia-em-que-o-pavao-morreu.html
Burmester: -Olhe que não, olhe que não...Não falo do Helder e do Rui Ernesto -irmãos angolanos- falo do Ernesto e do Rendeiro.E falo do Piruta que jogou no Famalicão.
ResponderEliminar"Só agora li o comentário do "Dragão Vila Pouca" acerca do jogo de juniores com o Freamunde. Joguei esse jogo no flanco direito como muitos outros ao lado do Fernando "Pavão", que no meio fazia dupla com o Ernesto, à esquerda. Aqueles meses que joguei ao seu lado foram das coisas mais felizes da minha vida desportiva. Nunca esqueço um lance, que foi muito comentado, num outro jogo no campo de treinos das Antas, todo realizado em velocidade, que se iniciou na direita com um passe do Fernando em trivela eu arranquei veloz, ele acompanhou por dentro, quando surgiu o primeiro adversário dei-lha para trás, ele devolveu na frente de primeira, eu de primeira devolvi-lha e ele alongou de primeira para a lateral da grande área, onde apareci em velocidade atrazando da linha de fundo para a entrada da pequena área para ele encostar no fundo da baliza com a parte lateral do pé, com a elegância habitual.Como antigo amigo e colega de equipa, e colega de quarto no "lar" do jogador do F.C.P.,tenho as maiores dúvidas que com o seu consentimento o "Fernando" alguma vez ingerisse substâncias dopantes sobretudo porque ele era mais do que qualquer um de nós um atleta robusto de enorme capacidade física com um enorme "pulmão", ou seja uma enorme capacidade cardiotorácica e cardiovascular. Mas ainda há quem malevolamente o faça.Dias antes da morte, no final de um treino que a minha equipa da altura (S.C. Salgueiros)acabava de fazer nas Antas, dizia-me entusiasmado que já tinha acordo estabelecido com o Manchester para a época seguinte e convidou-me para inauguração do seu "pub" no Porto."
ResponderEliminarEste comentário feito por Vítor Cruz -pessoa que sinceramente não conheço- está no Blogue Estrelas do FCP de 29 de Junho de 2008, acerca do próprio Pavão.Portanto já somos dois a pensar na existência de um Ernesto ao lado do Pavão ainda nos júniores.
Eu estava a pensar noutros Ernestos, como pôde ler. Mas agora, de facto, tenho uma vaga ideia de outro Ernesto, Sousa Pereira salvo erro, mais velho que eles, que penso que, como senior, jogou pelo menos no Tirsense. Deve ser desse que você está a falar.
EliminarE o Rendeiro devia de facto rondar a idade do Pavão. E também era de Chaves. Lembro-me dele no Braga.
Ok Burmester, eu era miúdo na época, teria 13/14 anos, mas assisti a alguns jogos dos júniores do Porto porque mesmo nesse escalão o Pavão já atraía multidões...Alguém muito próximo de mim, era um enorme Portista, e fazia essa apologia apaixonadamente: -Edgar Amarelhe Alves.
EliminarE eu era ainda mais novo, Meireles! ;-)
EliminarEu assistia muitos desse jogos com amigos muito mais velhos, talvez com o dobro da idade, porque trabalhava com eles e eles faziam o favor de reconhecer o meu valor como pessoa. E colaborava com um deles ajudando-o a fazer reportagens para o Jornal de Noticias.Pequenas reportagens que saíam na segunda-feira seguinte com todo um estendal informativo.
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