sábado, 25 de julho de 2015

O Zelota



«O termo zelota ou zelote (do grego antigo ζηλωτής, transl. zelotés, "imitador", "admirador zeloso" ou "seguidor"1 2 ), em hebraico קנאי, kanai (frequentemente usado na forma plural, קנאים, kana'im) significa literalmente alguém que zela pelo nome de Deus.»  Da Wikipedia

Os zelotas ficaram conhecidos no séc. I, mas o seu exemplo e inspiração não terminou na I Guerra Judaico-Romana. Pelo contrário, a sua sombra estendeu-se até aos nossos dias. Actualmente tendem a manifestar-se mais na internet, especialmente na blogosfera e nas "redes sociais". O perfil do zelota típico é o de um indivíduo que ronda a casa dos vinte/trinta anos (embora haja excepções), coisa que amiúde se nota na sua descontração sintática e modos rudes. Tem um grau de arrogância directamente proporcional ao do seu fanatismo. Só concebe um ponto de vista, o seu: todos os outros são hereges ou mal intencionados, numa palavra, têm uma "agenda".

O zelota não se preocupa demasiado em rebater racionalmente os argumentos daqueles que persegue: afinal de contas, os hereges só merecem a condenação às trevas eternas.

O zelota tem muitas certezas e muito poucas dúvidas. O zelota tem explicação pronta para todas as adversidades, pois sabe muito bem que as veredas do Senhor são íngremes. O zelota julga-se feliz, mas no fundo é um triste. Tem, contudo, uma grande ginástica. Os seus números de contorcionismo deixariam embasbacado o mais exigente espectador de circo.

O zelota será o primeiro a fugir do templo quando ele ameaçar ruir.


Imagem: estátua de Simão o Zelota na Catedral de Helsínquia

16 comentários:

  1. Reflexão portista? O que é que vocês andam a comer e onde meteram o José Correia?

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  2. A troca de opiniões não só é salutar como digna de gente civilizada, mesmo que sejam profundamente divergentes...
    Os que não aceitam uma opinião contrária, que não admitem discussão (alguns até nem sequer admitem comentários!!!!) jamais serão reconhecidos, mesmo que um dia tenham razão!
    Força Reflexão!

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    1. A questão não é serem divergentes, é serem acriticamente aceites e vomitadas independentemente dos factos.
      Quando estes são nublosos, são então aqueles que não aceitam que se veja as coisas de outra maneira. De qualquer forma, gostam muito de apelos à autoridade como palavra final.

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  3. Pela parte que me toca, posso assegurar que me conheço a mim mesmo. E por isso só sei que nada sei, mas sei que não sou nem seguidista, nem fanático, muito menos arrogante e até nasci em 1964...

    Pela parte que me toca não ponho as mãos no fogo por PC, AH, FG, ou outro qualquer Dirigente da Estrutura do FCP.. mas não sou tão naif, ingénuo, ignorante ao ponto de julgar que eles são os Belzebus, os Mafarricos, os Maus da fita e que os 'outros' são todos santinhos, beatos, puros, castos!!!

    E é ISSO que eu não me canso de rebater, contraditar AQUI e noutros Canais de informação. E, se estamos na Era da Informação, é óbvio, lógico, evidente que temos que nos servir, usar e abusar, aproveitar do poder, da força da Net, da Blogosfera para defender a nossa dama, o nosso Clube e não dar tiros nos pés ao invés.

    Acreditar num Mundo Ideal, sem pecado... ou julgar que somos todos bons samaritanos, todos capazes de dar a outra face.. é o mesmo que acreditar na Branca de Neve, Capuchinho Vermelho, Gato de Botas, Fadas, Duendes Mágicos encantados...

    Como este é um Blogue sobre futebol e sobre o FCP, é natural que se fale, discuta, opine sobre futebol e sobre o FCP. Óbvio que para falar, divergir sobre culinária, politica, astronomia, ou nanotecnologia iria para outro sítio!!!

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  4. teste jose correia diga-me pf se este comentário entrou estou a tentar ver o que se passa. abraço

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  5. Zelptas há ,sempre houverem e haverão, todos nos por vezes o somos quando se toca em assuntos e pessoas que mais gostamos.
    Os zelotas não me incomodam, o que me incomoda é que muitos não exprimem argumentos nem tem capacidade de contra argumentar aquilo que criticam, utilizam uma pensamento tipico :"tens razão,mas como não gosto do que dizes tenho que te proibir de falar ou escrever".
    Geralmente utilizam a agressividade e mentira para escrever, tentando insultar ou difamar aqueles com que não concordam. Mas esses não são maus portistas, são más pessoas, fanaticas e que devem ser tratadas com ironia e condescendência.
    E visito e comento em blogs com opinões muitas vezes diferentes, num dia que não gostar desses blogs deixo de comentar, jamais irei insultar o autor ou tentar proibir que ele escrever, isso desculpe ,mas é atitude de doentes.
    Continuem o bom trabalho, vocês e todos portistas com blogs ,não se deixem intimidar e exprima-se á vontade por muito errado que seja o que escrevem..

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  6. Oh avô o que estás a ler?
    Estou a ler um blog sobre o Porto.
    Quem são os zelotas?
    Não te preocupes, são do Benfica: são do “inimigo”.
    Está bem , e foi jogar a bola para o quintal com o equipamento cor de cacau.

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  7. Eu sei que é fácil para um mero espectador dizer isto, mas há malta que mais vale deixar a falar sozinha, mesmo que eles nunca mais se calem. Mas também entendo que por vezes há que reagir. Eu percorro quase diariamente a "bluegosfera" e eles são aos montes nas caixas de comentários. Mas não quero crer que sejam a maioria, ou teríamos ensandecido de vez. Muitos deles nasceram ontem, nem imaginam o que sofremos noutros tempos. Ah, achei piada à "descontração sintática"! É mesmo isso!

    PS Caro Sr Mário Faria: eu acho que os tais zelotas é que rotulam outros portistas de benfiquistas ou maus portistas ou seja lá o que for. Os "críticos", ou como lhes possamos chamar, não costumam ter essa posição. Diga lá isso ao catraio!

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  8. Imbictos elementos do RP,

    Senti-me tentado demais para ler o artigo e os comentários infra-explanados sem que, para tal, ficasse sem dar resposta.
    Fui sempre um leitor assíduo do vosso espaço, independentemente de quem nele escreve. Nenhuma confusão me faria, portanto, que o MLP tivesse as opiniões fracturantes que tem, em oposição a uma moderação maior do JC.

    Há uns três meses atrás, a minha consideração em relação às pessoas que aqui me barraram os meus comentários e o meu protesto em relação a isso mesmo, baixou consideravelmente. Senti-me de tal forma ofendido que cheguei a enviar um email para o vosso contacto, não tendo tido qualquer resposta... Foi muito deselegante e desagradável, tanto que, simplesmente, deixei de acompanhar o vosso espaço até há sensivelmente duas semanas atrás, uma vez que seria ridículo continuar a fazê-lo numa espécie de rejeição, ou pagamento na mesma moeda - a de ignorar. Não seria este o comportamento a ter, entre "colegas" com diferentes opiniões. Também, porque, de facto, mais ou menos polémicos, os vossos artigos têm sumo e são pertinentes. Pior! Mesmo depois de tudo, ainda fiz referências a artigos do vosso espaço, numa lucidez que desconhecia em mim, durante esse "período de nojo"...

    É um pouco triste... Acredito encaixar um pouco nessa descrição um pouco "rude" da forma de escrever, uma vez que o meu léxico demasiadamente descontraído até pode ser apelativo para outras pessoas que não sigam o modo de expressão mais formal do vosso espaço. E tudo isso é relativo. Há gentes; não há pensamento e forma de estar únicos, meus caros... E isso não é falta de educação, mas estilo diferenciado e bem menos gratuito do que a tolerância ou susceptibilidade de alguns aguente.

    Acho, francamente, que não há necessidade alguma de estarmos a criar implosões na Bluegosfera. É escusado, assim se moderem as opiniões, as censuras sem sentido e as retaliações.

    Isto não nos leva a lado algum.

    Haja bom senso, meus caros! Se têm problemas com alguém: ou chamam os "bois pelos nomes", ou sentam-se a uma mesa e esclarecem o que têm a esclarecer. É que este artigo que acima leio, nem é sim nem sopas. É apenas carvão em lume brando à espera que quem comenta sopre.

    Imbicto abraço (desta vez sem referência ao meu espaço - fosse essa a razão da ausência de aprovação dos meus escritos, por aqui...)

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  9. Caro Imbictopoema,

    Devo dizer que não tencionava comentar nenhum comentário de leitores do meu artigo, mas a sua sentida mensagem leva-me a que preste uns esclarecimentos:

    1. Ignoro o motivo de os seus comentários terem sido barrados. Somos muitos. Mas terá você usado de linguagem apropriada? É que, tirando isso, não vejo por que razão isso teria sucedido;

    2. Quanto aos "bois pelos nomes": o meu artigo não pretendia atingir ninguém em particular, muito menos outros blogs de portistas. Falei na generalidade de um fenómeno que me incomoda mas que, simultaneamente, até me diverte. Só gostava que quem não concorda com os outros dissesse dos motivos dessa discordância, em vez de rotular ou menosprezar a escrita alheia e seus autores. Na prática, são censores disfarçados, mas, tal como o gato, com o rabo de fora;

    3. Devo dizer ainda que escrevi este artigo com boa disposição. Gosto muito de futebol e do FC Porto (tenho 47 anos de sócios, já agora), mas o futebol não é a coisa mais importante da minha vida. Para alguns é, claro,

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  10. Imbicto Alexandre Burmester,

    Fica o esclarecimento em relação ao objecto. Continuo, ainda assim, pouco convencido, até pelo timing do artigo e pela "conjuntura bluegosférica". Seja como for, não faz sentido prolongar essa dúvida, até porque me parece ter sido taxativo o bastante.

    Em relação à minha intervenção, confesso que não me recordo com precisão do conteúdo, mas sempre aprovaram a minha forma de escrever em verso e rima, até esse momento. Da primeira vez que não aceitaram o comentário, achei que poderia ter sido um esquecimento; da segunda vez (noutra resposta a outro artigo), voltaram a impedir a publicação, embora continuassem a aprovar muitos outros (muitos bem agressivos...). Protestei, seguidamente, em comentário, mas em prosa. Continuaram a ignorar. Enviei email a expor a situação e a pedir esclarecimento (deverá lá estar ainda, calculo... se não estiver, posso reenviá-lo). Continuei sem resposta. E talvez aqui, ou no meu protesto ainda no blogue, tivesse sido mais acertado esclarecerem essa eventual falta de justeza na linguagem (para mim, a ser feita, seria uma apreciação manifestamente exagerada).

    Por mim, o episódio está passado e é passado. Não vale mais a pena insistir nisso.

    Em relação ao facto de o futebol ser, ou não, a coisa mais importante da vida das pessoas, ou dos bloggers, talvez nem tudo o que parece ser o seja. A maior ou menor disponibilidade que se tem em devoção à causa pode não significar dedicação única ao portismo. Eu trabalho, tenho vida, tenho família mas giro as coisas de forma a que tudo se concretize, até porque, felizmente, posso dar-me ao luxo de fazer as coisas por auto-recreação. Há tempos mais preenchidos do que outros e, tal como eu, que agora não tenho disponibilidade para escrever no blogue - não por férias, mas por trabalho - haverá outros. Mas, claro... Isto sou eu a levar a discussão para o mundo dos blogues...

    Agradeço a amabilidade da resposta e o facto de ter pago na mesma moeda a promessa quebrada de não falar, quando nos parece mais pertinente esclarecer.

    Imbicto abraço!

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  11. Só não sei a que se refere quando fala em "conjuntura bluegosférica", meu caro, mas isso também não é importante. Imbicto abraço para si também!

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  12. Eu, que ainda agora cheguei à bluegosfera e portanto, nem testemunhei eventos passados eventualmente menos agradáveis nem tenho ainda "macaquinhos no sótão" em relação a ninguém, devo dizer que gostei deste artigo pela sua pertinência.

    Há claramente falta de tolerância em relação a opiniões divergentes, rotulando-se frequentemente quem discorda de infiel.

    Termos tido a imensa fortuna de ter um líder tão carismático e ganhador certamente contribuiu para isso, mas nada é eterno e a melhor forma de ajudar o clube a preparar o futuro é discutir séria e abertamente toda e qualquer questão.

    Do Porto com Amor,
    LAeB
    http://doportocomamor.blogspot.pt

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  13. -Zelotas para a fogueira já(!), mandam as boas e sãs sentenças, que estas sim, são de bom tom e saídas de honestas testas...

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  14. Estou mesmo a ver os hereges ficarem à espera da queda das coberturas das bancadas, em sinal de resistência...

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