O que é um capitão do FC Porto? Qual é o perfil de jogador?
A pergunta terá certamente muitas respostas, algumas com partes bem antagónicas, mas todas elas têm de certeza uma coisa em comum: o FC Porto está em primeiro das prioridades, no topo, sem excepções. No campo só há um pensamento, e esse é o FC Porto!
Tem que ser alguém que quebra antes de torcer, que quando a situação aperta cerra os dentes e empurra para a frente, que não conhece a palavra desistir, que quando perde não dorme, que chora com os adeptos sofrem com uma derrota. Tem de ser um de nós. Um portista!
O Maicon, o Herrera, o Brahimi, o Indi, algum deles é isso?
Já foi visto várias vezes, mas no ultimo jogo assistiu-se, mais uma vez, ao atropelo de uma das tradições em campo do FC Porto desde que eu me lembro: em casa jogamos a segunda parte para sul. Isto só não acontece quando o sorteio não o permite. No domingo passado, o Arouca saiu com a bola, o que faz com que tenha sido o capitão do FC Porto a pedir para jogar na primeira parte para sul.
A gota de água que fez transbordar o copo que tinha a paciência para aturar um jogador medíocre como o Maicon, foi ele ter abandonado o campo a meio de uma jogada, quando os seus colegas de equipa precisavam dele... Naquele momento devia ter pedido a substituição, cerrado os dentes, e aguentava em campo o tempo que fosse preciso, nem que tivesse que disputar os lances com o pé debaixo do braço!
Melhor do que utilizar palavras, há dois vídeos que mostram bem o que para mim é um capitão.
Capitão João Pinto a receber a Taça de Portugal debaixo de uma chuva de objetos
Capitão Pedro Emanuel, a mancar, tenta em desespero de causa tirar um bola de dentro da baliza
"Quando falo da ausência e do desaparecimento daquilo que é a mística e as referência do que é a cultura do FC Porto, refiro-me a isto. Isto é impensável. Vi o João Pinto, e só para falar dos meus capitães, a ter um dedo do pé fraturado e a obrigar o médico a dá-lo como apto para ir lá para dentro, rasgando a bota do lado esquerdo onde o dedo estava em contacto e pintando a meia branca de preto para poder ir lá para dentro. Quando vemos o nosso capitão a fazer aquilo, vamos com ele até à morte. É isto a transmissão de valores. Ele aprendeu com alguém, eu e o Fernando Couto com ele, o Jorge Costa connosco e a seguir o Bruno Alves e outros tomaram o testemunho."
Por Vitor Baia
Há várias histórias de capitães que deram tudo pelo FC Porto, noutros tempos, em que estar no FC Porto era o destino, um concretizar de um sonho, e não apenas um mero ponto de passagem para um salto para um contrato das arábias. Esses tempos passaram, e nunca mais vão existir planteis carregados jogadores satisfeitos por este poder ser o seu último clube, mas não há espaço para dois ou três? Que possam ser capitães em campo e fora dele, e que possam representar tudo aquilo que este clube é para nós?
O que preciso num capitão? Que seja portista, que seja do Norte,que tenha feito o máximo percurso na formação, que sofra connosco quando as coisas não corram bem, que seja dos nossos...
Neste plantel vejo um candidato: André de seus dois nomes...
É a única possibilidade. Mas neste momento são precisos três ou quatro capitães. O André corria o risco de ser o próximo a ir para a fogueira. O Maicon errou, é inadmissível a atitude, mas como agora não temos treinadores para bode expiatório seguem-se os jogadores. O ambiente deve ser irrespirável dentro do balneário é isso tem de ser atenuante para o Maicon.
ResponderEliminarO Victor baía tem uma grande oportunidade de mostrar o seu portismo. Assume a candidatura, para perder naturalmente, correndo o risco de ser enxovalho como já se viu, mas abrindo uma brexa de discussão pública para o que se está a passar.
Acredito que conseguia atrair alguns apoios.
Essa de ser do norte não lembra a ninguém. Pedro Emanuel foi da formação do FC Porto?
ResponderEliminarÉ óbvio mas não de agora que Maicon não tem perfil de capitão, mas para mim nem o Helton o tem, mas se mandamos embora jogadores como o Josué que podería perfeitamente entrar neste plantel e ser uma referência o que é que esperamos?
Mas os adeptos também têm que fazer um mea culpa, porque protegem pouco os símbolos do clube, parece que o João Pinto foi tudo exibições de encher o olho, eu tenho memória e não foram. Assim que um jogador baixa de forma ninguém quer saber dos simbolos do clube nem ninguém entende que um jogador é humano e pode ter altos e baixos.
Deixem a SAD resolver o problema do Maicon, o que nós como adeptos temos que fazer é apoiar a equipa, do incio ao fim, depois então assobiar, gritar-lhes, até dizer o que não está escrito, mas nos 90 mins há que apoiar a equipa, pressionar o adversário e não tolerar que gozem connosco roubando em nossa casa e queimando tempo desde o minuto 65. Se nos queixamos do aburguesamento da SAD (uma realidade) e da deixadez dos jogadores (com algumas excepções), também é necessário apontar o dedo aos adeptos (que não todos).
Queremos mudar a mentalidade do clube e regressar à garra e à raça do passado, não me lembro de ouvir assobiadelas nos anos 80 e 90 (aliás lembro-me de algum levar um correctivo por estar sempre a cuspir pro nosso prato), não me lembro de ver jogadores adversários entrarem em campo com sorriso na cara e a fazer o que lhes apetece, eles até tremiam e não eram só os pequenos clubes, eram todos.
Antes de apontar o dedo aos outros olhem para dentro e façam a vossa auto-critica, depois apontemos o dedo aos outros (coisa que também é necessária).
Exactamente Saci!
EliminarAliás, toda a gente sabe o que acontece no estádio quando o Maicon, em vez de tentar sair a jogar, manda um charuto para a bancada... É assobiadela e insulto certo!
Metem tanta pressão na própria equipa e depois queixam-se quando os jogadores (e treinadores) cedem à pressão.
Nem de propósito, este artigo n'O Jogo:
"Jogadores estranham tantos assobios
Super Dragões fora dos lamentos, porque abafam muitas das manifestações. Contra o Arouca, a equipa foi apupada ainda na primeira parte, com destaque para Herrera e Brahimi.
Há vários jogadores do FC Porto que se sentem incomodados pelos constantes assobios que ouvem nos jogos em casa. Não pelos que chegam no final do jogo nem tanto pelos que se ouve perto do fim do mesmo, mas essencialmente os que se manifestam numa fase precoce do jogo quando a equipa, esteja ou não a perder, ainda pode perfeitamente ganhar o jogo.
O assunto, delicado, tem sido debatido desde o início da época. Em determinada altura acreditou-se que os assobios eram, na sua maioria, para Julen Lopetegui. Houve, inclusive, quem tivesse convocado manifestações para assobiar a equipa e pedir a saída do técnico. Os Super Dragões travaram a marcha e garantiram à equipa todo o apoio possível. São eles, aliás, quem mais se continua a esforçar para que os jogadores sintam, durante 90 minutos, que há um 12.º jogador nas bancadas. São eles também que abafam as manifestações que se soltam um pouco por todas as outras bancadas e que nem sempre se tornam ruidosas, mas são percetíveis pelos jogadores. Herrera, Marcano ou Brahimi, por exemplo, são alguns dos mais apupados, quando as coisas não correm bem.
A perceção do grupo é de que, nesta fase, jogar em casa não é uma vantagem e que os assobios só deixam ainda mais nervosos os jogadores, intranquilos já porque os resultados não aparecem. José Peseiro tem pedido o apoio de todos, mas, ainda contra o Arouca, os dragões voltaram a ser assobiados logo na primeira parte."
Não diga isso, ainda à bem pouco tempo defendia-se aqui que os jogadores não eram estúpidos e sabiam que os assobios eram para Lope...
EliminarDesde que vi Herrera passar de uma temporada na bancada para capitão do Porto já acredito em tudo.
ResponderEliminarPelos vistos o próximo é o Danilo. Fico na dúvida se é pelos anos de casa, pela fantástica capacidade técnica ou por ter nascido na Ribeira.
Para o ano podem dar a braçadeira ao Maxi também. Passou 8 anos a lutar pelo Porto, provavelmente e é feio e bruto como a cambada do "somos Porto" gosta.
Há algum tempo que critico esta política de estaleiro e no início da época disse que a destruição do plantel deste ano era gravíssima e que só se tinha visto em 2005 uma coisa destas. As consequências estão aí. Já nem vou falar de treinadores que isso está mais que gasto e o Peseiro não tem o mínimo de culpa do que quer que aconteça este ano (aliás acho que muito fez ele em pouco tempo pelo futebol ofensivo da nossa equipa).
Já se fez a folha ao treinador, venham agora os jogadores, até não restar nada no clube.
ResponderEliminarHelton é um líder pelo exemplo, um capitão diferente mas em definitivo alguém que merece sempre estar no lote de Capitaes, quem claramente não era capitão era Jackson.
ResponderEliminarTendo em conta o plantel actual devia haver coragem de mudar os capitães, so ficava o Helton na lista, e escolhia-se dentro do que há, temos 2 Portugueses que podem fazer o papel, André André e Danilo e 2 estrangeiros que mesmo sem ligação ao clube podem liderar pelo exemplo, Casillas e Maxi! Pelo menos dava-se uma mensagem para o balneário sobre qual a atitude que valorizamos. Já agora o Ruben não tem culpa de não odeixarem evoluir.
Miguel Alexandre.
O artigo está bem escrito e concordo com o conteudo.
ResponderEliminarOs exemplos de João Pinto e Pedro Emanuel são bem escolhidos, mas deixo aqui mais um exemplo, bem mais recente, que também poderia ter sido usado:
https://1.bp.blogspot.com/-Zmsf-ruv8ho/VrlbGzmC5TI/AAAAAAAACzI/PS0F6P-sTZU/s1600/560bb9eb0cf2823db4e59a45.jpg
Entretanto, depois da culpa dos maus resultados do último ano e meio ter sido assacada ao Lopetegui e da derrota com o Arouca ter sido culpa do Maicon, eis que surge um terceiro culpado: o árbitro...
ResponderEliminarin Dragões Diário de 9/02/2016, após o jogo com o Arouca:
"A situação poderia ser bem diferente se o árbitro Rui Costa não tivesse subtraído cinco pontos ao FC Porto no espaço de um mês: primeiro no jogo frente ao Rio Ave (1-1), em que perdoou um penálti aos forasteiros; anteontem, frente ao Arouca (1-2), foi o que se sabe e não vale a pena relembrar um lance que está bem fresco na memória de todos. Tanto prejuízo em tão pouco tempo deve ser recorde mundial e, desta forma, a Liga 2015/16 arrisca-se a ser conhecida como a Liga Rui Costa, tal como o Campeonato de 1958/59 é indissociável do nome de Inocêncio Calabote."
in Dragões Diário de 7/01/2016, após o jogo com o Rio Ave (último de Lopetegui):
"Não está a ser fácil este início do ano para o FC Porto. Ontem à noite um amargo empate a um golo com o Rio Ave, com uma primeira parte boa e uma segunda de muito volume, mas pouco esclarecimento. É verdade que o Rio Ave quase não atacou, que foi muito feliz no golo e numa ou outra bola que não entrou na sua baliza, mas também é verdade que a nossa equipa se deixou apoderar pela ansiedade, o que no futebol é quase sempre fatal."
Como? Equipa pouco esclarecida e ansiosa?? Então e o penalty perdoado ao Rio Ave?? Só repararam um mês depois?
E com o Arouca, a equipa foi muito esclarecida e nada ansiosa? Será que o Arouca quase não atacou??
Porquê esta lembrança tardia? Se calhar na altura não convinha desviar as atenções do "culpado" mais conveniente...
Assim vai a comunicação do clube em alturas de crise!
Pela positiva é de destacar que há indícios que não deixarão este treinador a queixar-se sozinho, como vinham fazendo até aqui. Até quando?
Desde que muitos jogadores sul-americanos vieram para o FC Porto, foi a partir daí que tudo se desmoronou.
ResponderEliminarNão estou a dizer que os sul-americanos não sentiam o Clube, mas perante tanta carrada de jogadores provenientes dessa zona o Nosso Clube perdeu a sua identidade.
Está a acontecer em vários Clubes da Europa, como ManUtd, Liverpool... com essas equipas a terem muitos jogadores que não sabem ponta de um corno do que é estar na próprias ligas e ainda mais, estar nos próprios Clubes.
O que se pede à muito é que se aposte na formação, que se vá buscar alguns jogadores Portugueses a outros Clubes, mas também comprar com moderação jogadores vindos de fora.
Temos vindo a ver um exagero de jogadores que não sintam o Clube, ou pelo menos, que não jogam futebol por gosto.
Filipe Ferreira, agora não há clubes, há SAD's! Essa é a grande diferença!
EliminarA questão dos jogadores sentirem a camisola, sejam eles portugueses nascidos nas Antas ou qualquer outro canto do mundo, já não existe. O que conta são os euros no fim do mês na conta bancária, o resto é conversa para "adormecer o boi".
Demagogia e populismo do mais básico.
ResponderEliminarCapitães: André^2, Layún, Helton. Esta lista por esta ordem.
ResponderEliminarSub-capitães: Neves, Danilo. Esta lista por esta ordem.
Abraços!
e nós adeptos temos que dar tempo ao tempo, querem jogadores portugueses? quem?
ResponderEliminarEste comentário foi removido por um gestor do blogue.
EliminarJá agora, leiam o último artigo do tribunal do dragão e o encadeamento desse artigo no mesmo blog no que se refere às comissões. Estão a roubar (sim, com todas as letras, roubar) o nosso clube à frente dos nossos olhos e nem uma lista alternativa a esta vergonha aparece. Não vai ficar nada de pé com mais uma década com estes abutres na nossa direcção.
ResponderEliminarO problema é que já sabem de antemão que vão perder. Quantos sócios irão votar noutra lista que não a de PdC?
EliminarMas concordo são necessárias listas alternativas nem que seja para expor os podres ( ROUBOS ) que actualmente acontecem.
Vitor Baia começou a expor ( apesar de o meio não ter sido o correto) mas não teve a coragem de apresentar uma lista alternativa.
Evidentemente que a alta rotação do plantel do Futebol Clube do Porto também permite que isto aconteça. De jogadores "séniores" no plantel apenas resta o Helton. Um símbolo do clube, alguém que fez a formação no clube ou que chegou muito cedo e que se mantém no plantel há várias temporadas, e que transmite a identidade do clube a quem chega, bem como a exigência que é representá-lo, não temos. A título de exemplo, tem sido constante a aposta num ex-jogador da casa para fazer parte da equipa técnica, no sentido de fazer o elo de ligação entre o treinador e o balneário. Essa figura poderia ser muito bem o capitão. Só que, de momento, não temos. E não vejo no horizonte quem possa o ser.
ResponderEliminarUm abraço.
Porta 26, em blogporta26.blogspot.pt
o importante neste momento é o jogo com o adversário seguinte já nesta próxima sexta-feira e dar as mãos para os amassar no seu próprio estádio.
ResponderEliminar-Hoje a NOS cortou as transmissões do PortoCanal. A um dia do jogo de sexta-feira esta não é uma questão se somenos importância. Querem cortar-nos o pio. Temos que piar mais forte. Mostremos que somos Portistas de corpo inteiro.
Eu considero que nos encontramos, nós os adeptos do Porto, numa fase autofágica, destruidora do Clube e das estruturas...Tudo é criticado e pouco ou nada é elogiado. Um exemplo: Imbula foi contratado por vinte milhões e para muitos não valia nada, foi vendido por vinte e quatro e nada foi dito em seu benefício. Somos vítimas dos adversários e de nós mesmos. E a força dos que nos querem varrer da face da Terra é muito grande. Se não nos unir-mos, estaremos em derrapagem destruidora acelerada.
ResponderEliminarQue delícia ter revisto tantos vídeos com os quais tanto me identifico...
ResponderEliminarSer do FCPorto não é uma questão futebolística, é muito mais que isso..é ma forma de estar e encarar a vida..antes quebrar que vergar!!
Sinto falta dos símbolos que foram J.Pinto, J.Costa, Paulinho entre outros..
Mais que eu, sente agora falta a equipa..porque a força do FCPorto foi construída em bases de força, de gente humilde que mostrava à estrangeirada que dava valor futebolístico à equipa a maneira de estar naquele clube..
Por muito bons que fossem os pés só tinha sucesso no clube aqueles que tinham mentalidade para meter isso na cabeça e tornarem-se Portistas de fibra...
A Sad esqueceu o que isso significa para o clube e mais que evidente que a equipa perdeu muita qualidade por não ter mística. Jogadores como J.Pinto, André e Jaime Magalhães não eram nada comparados com o B.Munique de 86 e foram lá limpa-los sem ser preciso experiencia em finais...
Quando se fala em Capitães nao precisam de anos de Clube..basta atitude e na nossa só vejo dois! André por tudo o que é e conhece e Maxi pela atitude..foi Lampião 8 anos? E alguém nota quando ele joga?
e as declarações na apresentação no São Paulo, deste grandessisimo filho da p...?
ResponderEliminarmete nojo favelado, que nunca mais regresse! aos que defendiam este idiota, engulam as palavras!