terça-feira, 20 de setembro de 2016

O futebol de facebook

Fosse o futebol jogado pela internet e o nosso clube seria, desde já, o campeão nacional.
Sejam os jogadores (Casillas, aqui, é mais rei do que nas balizas), o treinador ou, pasme-se, a própria "estrutura", rara é a semana em que não dão uso ao facebook e afins.
Para a maioria dos adeptos, porém, é no relvado que mais os queríamos ouvir.


Sim, o FCP tem quase sempre razão nos casos arbitrais que aponta - finalmente acordamos depois de demasiado tempo adormecidos, enquanto os outros berravam - mas queixas no facebook não chegam praticamente a lado algum. Os nossos adversários - scp e slb - andam, hoje em dia, a gladiarem-se entre si e já praticamente nem respondem a provocações vindas do nosso lado. É este o grau de insignificância a que chegamos nos últimos anos. Assim, todo este palavreado nas "redes sociais" chega às páginas d'O Jogo e pouco mais. É mais para consumo interno do que para outra coisa qualquer. Se a SAD tem algo a dizer sobre arbitragem - e há anos que não faltam justificações para tal - deve dar a cara e fazê-lo de uma maneira formal. Se preciso for, junto das autoridades competentes. Por muito que, por esta via, possam cair em saco roto, não existe, porém, outra forma digna de lidar com tais assuntos.

Já o nosso técnico poderia aproveitar o tempo gasto em discursos, pela internet ou na sala de imprensa, a estudar melhor os nossos jogadores e a equipa adversária também.
Ou então, aproveite esta exposição pública e aborde temas concretos. Por exemplo, quais, para si, são as vantagens do 4-4-2 em relação ao tradicional 4-3-3 e em que situações pretende utilizar uma ou outra.
Mais útil, ainda: que explique em quê, exactamente, Depoitre é melhor que Aboubakar ou Adrián López superior a Bueno.
Isto sim seria utilíssima informação para todos os adeptos.
É que, depois de 21 jogadores já utilizados em apenas 5 jornadas, as dúvidas são mais que muitas sobre as opções até ao momento tomadas.
"Ser Porto" não basta. A qualidade tem que vir sempre em primeiro lugar, só depois é que vêm o "ADN" e a "mística". Estes são os "extras" naqueles jogos em que a qualidade, por si própria, não é suficiente. Aliás, se "garra" e "intensidade" fossem a razão pela qual certos jogadores ficaram e outros tiveram que sair, fica então difícil explicar como um Suk foi arrumado para canto. Corre menos que López e Depoitre? Marca menos golos que estes dois? Não defende? Não disputa com raça cada lance? Até tem praticamente a mesma altura do belga, se a justificação fosse esta...

Mas comecemos com algo mais simples: se, como tanto se apregoa (twitters, facebooks e instagram incluídos), a "identidade" é realmente um valor superior, deixemos, então, e de uma vez por todas, de desrespeitar os nossos símbolos. Jogar de azul-e-branco, o maior número de vezes possível, já seria uma ajuda. Basta de exibições "amarelas" e "negras" (mesmo que com estrelinhas).

O símbolo do facebook até é da nossa cor e tudo...

4 comentários:

  1. "Jogar de azul-e-branco, o maior número de vezes possível, já seria uma ajuda. Basta de exibições "amarelas" e "negras" (mesmo que com estrelinhas)."

    Evidente

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  2. O NES só coloca a jogar os do amigo JM veja-se o escândalo do Adrian Lopez que de dispensado passa a titular. Dispensar Paciência e ir buscar Depoitre não lembra a ninguém e dar 6 milhões pelo Boly é brincar com quem paga as quotas.

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  3. mas desde quando se pode criticar o presidente,desde quando se pode criticar o treinador,desde quando se pode assobiar,desde quando se pode contrariar aqueles que dizem:"tivemos 19 anos sem ganhar"desde quando se pode questionar as claques tao activas noutros tempos e agora tao keep calm, desde quando se assume uma vez na vida que a net nos transformou a todos,ate no DIREITO A OPINIAO.

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  4. O mais engraçado é que elegeram este modelo de (con)gestão por mais quatro anos! E não foram os benfiquistas nem os sportinguistas nem a apaf nem o platini.... fomos nós... Os Portistas!
    Assinamos por baixo esta carta de suicídio e agora preparemo-nos para juntar 4 aos 3 anos de seca desportiva e mais 5 ou 6 para os desgraçados que vierem a seguir para limpar o desastre.

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