domingo, 29 de janeiro de 2017

Nuno a brincar com o fogo


O filme da presente época 2016/17 tem sido um em que NES tem, permanentemente, puxado a fita para trás.
Já ficou provado cinco, seis, sete vezes que o FCP tem que jogar com extremos para abrir estas defesas da liga portuguesa. Mesmo assim, o nosso treinador voltou ontem a insistir em iniciar a partida com Brahimi e Corona no banco, oferecendo pelo menos 37 minutos de borla ao adversário. O nosso filme volta, deste modo, sempre ao seu início. Assim, não chegaremos a um final feliz.

Trinta e sete minutos em que praticamente nada se passou. Apenas dois foras-de-jogo duvidosos que não tiveram direito a repetição, sabe-se lá bem por que razão. No mais, apenas um ou dois remates, sem grande perigo, e aquela nossa desesperante calma habitual, de quem nunca tem muita pressa em se colocar na frente do marcador.
O Estoril agradeceu.

Um "11" inicial totalmente falhado, pois. Tão falhado que NES foi obrigado a algo completamente inédito: uma substituição nos primeiros 45 minutos. De tão rara, deverá haver gente mais nova que julgará tratar-se de algo não permitido pelas regras da FIFA.
Infelizmente, saiu Diogo Jota que estava a ser o actor menos mau daquele nosso triste filme.

Mas tivemos ainda que esperar até ao minuto 66 (!) com as entradas de R.Pedro e, finalmente, Corona (e que eternidade levou esta dupla substituição...) para que a partida, efectivamente, se iniciasse a sério. E porque? Porque finalmente Brahimi teve autorização para se colocar numa das alas (até aí, o nosso treinador não o permitiu) e, tão ou mais importante, Herrera saiu de cena. O nosso capitão falhou, praticamente, todo e qualquer lance em que interveio. Espera-se agora, e para que haja coerência, um "castigo" semelhante aquele a que Layún teve direito, após a sua falhada exibição na jornada anterior.
Nota negativa também para André André. Devemos continuar a apostar nele mas o jogador tem que tomar consciência que tem que dar muito mais. Fazer apenas faltas, é muito curto para quem quer ser titular de um clube tão grande como o nosso.

Tivemos assim direito a apenas 24 minutos de um FCP na sua máxima força.
Por mero acaso, e desta vez, ainda fomos a tempo.

Abençoada eliminação da Argélia na CAN...

7 comentários:

Pedro disse...

"Nota negativa também para André André."

- ??? Esteve muitos, mas mesmo muitos furos acima de Oliver e Herrera. Não dá mesmo para perceber essa nota negativa, ainda para mais dentro das funções tácticas ás quais estava preso.

Pedro ramos disse...

1- NES em termos pontuais está a surpreender pela positiva, pessoalmente não acreditava que a equipa pudesse chegar a esta altura ainda a poder lutar de forma realista pelo título. Os pontos conseguidos estão acima das exibições e NES tem mérito pela forma como a equipa acredita que pode vencer as adversidades.
As armas ao seu dispor estão muito longe das do seu principal adversário, o natural é esta distancia para o 1º lugar aumentar e não diminuir. O natural é termos de nos preocuparmos em manter o 2º lugar do que aproximarmos do 1º.

2- Jogos como os de ontem deixam-me um bocado perplexo. Vamos a casa do 16º classificado, que vem de uma série de 5/6 derrotas consecutivas, que passa por dificuldades evidentes, mesmo com a natural motivação de enfrentar o Porto, e NES deixa no banco JCT, Brahimi, Corona e Octávio, e prefere um teórico meio-campo de "combate", apostando nos laterais para dar largura, mesmo quando estes, nos jogos fora de casa adoptam posições fortemente conservadoras.
Será medo ou está tão confiante que, contra estas equipas, pensa que nem de criativos precisa?
Os festejos finais dão que pensar...

Mário Faria disse...

Ontem, a primeira parte foi má a segunda foi menos (má).
Não considero o NES o treinador ideal mas há treinadores famosos que vivem imensas dificuldades nos seus clubes. Concordo que o nosso actual treinador não é entusiasmante, mas no FCP todos os treinadores serão maus e só deixarão de o ser quando forem capazes de ganhar qualquer coisa que se veja. E mesmo assim não sei. E vai demorar, porque deixámos cavar uma grande diferença para o SLB e não é apenas desportiva.
Os jogadores são todos maus até provarem que talvez não seja bem assim. Danilo, Alex Telles e Marcano são exemplos: eram medíocres, desnecessários, caros e mancos. Insisto: falta potência, velocidade e intensidade. E já agora, capacidade de pressionar alto e “abafar” o adversário. Notou-se essa incapacidade nos últimos jogos o que apela a outro pormaior: a condição física. Os três mexicanos parecem todos rotinhos, Oliver e André André andam lá perto e Otávio continua de baixa. Aos miúdos falta essa condição de maioridade que pede tempo e paciência que não abunda nas hostes portistas. Precisávamos de ir ao mercado e abastecer-mo-nos de três reforços. Não há guita, nem inspiração e vamos ter de viver com o que temos. Por isso o cenário mantem-se: não creio que possamos ir além do segundo lugar.
Não fizemos um bom jogo com o Estoril, mas não posso deixar de considerar que é muito difícil tentar jogar contra uma equipa que não o quer fazer e distribui lenha a torto e a direito, tirando todo o partido de um árbitro complacente. 38 faltas do Estoril são muitas quebras, muito minutos e reclamam um jogo musculado que também temos de cumprir embora sem armamento para o efeito. Se no Dragão temos conseguido superar essa onda, fora de portas tem sido bem mais difícil: por erros próprios mas também com muita “sacanagem” à mistura. Eles sabem o que fazem e como fazer, nós não estamos suficientemente fortes para responder à altura, mas devemos denunciar esse jogo súcio que privilegia a colisão como sistema.

Roberto Oliveira disse...

Acho que ninguém entende estas habilidades tácticas do Nuno! Não há ponta por onde se lhe pegue...e tirar o Jota não fez com que nada mudasse...
É pena que dê tiros nos pés tantas vezes...salvou se a qualidade individual de alguns jogadores ou então ia nos calhar mais um 0-0

André André parece muito longe de poder ser titular no Porto, neste momento. Herrera só serve para pressionar a saída de bola do adversário. Quando tem a bola nos pés, tem tido imensas decisões terríveis

miguel.ca disse...

Na minha opinião, tinha tudo para correr mal mas lá acabou bem. Agora que não entendo as opções e visões tácticas do Nuno, de facto não.

Unknown disse...

Vocês deviam analisar melhor o desempenho do Herrera, porque apesar de ultimamente vir sendo dos melhores em campo, vocês (Adeptos do FCPorto na sua generalidade) continuam a tentar fazer dele um bode expiatório.
Ora cá vai só em jeito de curiosidade e estes dados são relativos exclusivamente a este último jogo:
66 minutos em campo
6/3 tentativas de drible/com sucesso
87% acerto de passes
1 Passe para ocasião flagrante (a única do jogo até então)
5 faltas sofridas só na 1ª parte (curiosamente mais do qualquer outro jogador nesta jornada)

Não me parece nada mau dada a pobreza do desempenho coletivo do FCPorto neste jogo ;).

Buck Naked disse...

Absolutamente de acordo com o Sergio. Efevtivamente fazem se apreciacoes baseadas em sensacoes e nao em dados estatisticos ( esses sim precisos). HERRERA nao foi assim tao mau ( como alias nao tem sido). O que se tem instituido é uma busca incessante de um bode expiatorio que é sempre ele. Convem recordar que por exemplo andre andre esteve fraquissimo , oliver está sem influencia na equipa e claro, um treinador que nao consegue por uma equipa como o FCP contra o antepenultimo classificado a esmagar...enfim...ja nao é a primeira vez em que perante uma mohivacao extraordinaria e um adversario mais fraco a equipa entra a dormir. Das 2 uma : ou os jogadores nem sequer ouvem a mensagem do treinador ou a mesma nao impoe o sufici3nente respeito e adrenalina . Ou isto muda ou andamos todos enganadinhos