Começo por dizer que tive, no momento do anúncio de Sérgio Conceição como treinador do FCPORTO, alguns receios e muitas dúvidas.
A grande questão que se me levantava (e não está resolvida) tem a ver com a forma como SC poderá reagir em momentos mais complexos do campeonato.
Temos vindo a ganhar - SC tem tido muito boa influência nos resultados, não sendo um mero assistente - e, quando se ganha, tudo é mais fácil.
Devemos, no entanto, contar com momentos difíceis a breve prazo: o plantel é curto, as "missas" vão continuar e é possível que surjam lesões e castigos.
Nesse momento veremos se "temos homem" com pulso para o lugar.
Devo dizer que a forma natural (sem grande futebolês e frases feitas) como tem lidado com a imprensa, tem vindo a surpreender-me e faz esperar que venha a aparecer um treinador mais maduro e mais seguro do que era há poucos anos.
Do ponto de vista técnico-tatico, SC é, para mim, um enorme treinador.
De facto, sempre me irritou a figura do "treinador estrela", aquele que arrogantemente coloca as "suas equipas" a jogar do mesmo modo, sejam elas compostas de catalães ou ingleses, ou uma amálgama de nacionalidades.
Para mim um treinador não deve colocar as equipas a jogar à sua imagem. Deve, pelo contrário, construir a sua forma de jogar olhando aos jogadores que tem, procurando retirar de cada um o melhor possível e assim construindo jogo da forma que as características dos verdadeiros artistas - os jogadores - aconselham.
Por outro lado, não deve também um treinador ter "um" estilo de jogo.
Em minha opinião, as equipas devem saber ler os momentos do jogo: há momentos para pressing e momentos para contenção; momentos para posse e momentos para transições rápidas; momentos para arriscar no ataque e momentos para adormecer o jogo. Tudo isso deve ser treinado e vivido durante um jogo, dificultando a vida ao oponente e não permitindo que este arme só uma estratégia para se defender de um só estilo de jogo.
SC faz isto muito bem.
Todos e cada um dos jogadores estão a jogar muito acima do que pensávamos possível. Parece até, comparando com os últimos anos, que alguns ganharam uma inteligência e uma visão que não lhes conhecíamos.
Acresce que SC faz a equipa cair em cima do adversário (o que contrasta com a posse estéril que vigorou até há pouco), embora saiba, quando é preciso, trocar a bola e controlar os ritmos.
Quando começamos o jogo, logo no apito inicial, a bola é normalmente atrasada e depois lançada para cima da defesa adversária que, ainda a frio, leva com choque de duas locomotivas como Abouba e Marega. Este movimento é um grito ao adversário: "Vamos para cima de vocês e é desde o minuto zero"
Não fui um entusiasta do SC, mas estou a gostar e espero que aquilo de que me tenho vindo a aperceber se confirme.
O tempo o dirá, mas estas primeiras impressões são muito positivas.
Não temos é uma SAD competente, uma SAD que não tivesse inviabilizado o nosso futuro, uma SAD que fosse capaz de ir além de um Vána (sem qualquer tipo de critica ao jogador).
ResponderEliminarAzul...e branco...tão branco...
ResponderEliminar( sem qualquer tipo de crítica ao autor )
Temos inventor, agora vamos esperar pelas consequências da titularidade do José Sá. Para destabilizar já bastam os outros.
ResponderEliminarSinceramente também estava a achar que sim, mas a verdade é que ele inventou contra o Leipzig e perdemos... porque é que os treinadores inventam tanto ? quando inventam perdem....
ResponderEliminarNo início dizíamos o mesmo do tresloucado espanhol, do NES e no entanto...tem que provar.
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