Este era um jogo de importância capital para o futuro do FC Porto nesta edição da Liga Sagres. Depois de duas derrotas consecutivas em casa – contra o Dínamo de Kiev para a Liga dos Campeões e contra o Leixões para a Liga – a expectativa dos adeptos sobre a forma como a equipa iria reagir era perfeitamente legítima. Apesar das vitórias em Kiev e em Alvalade ainda não se tinha visto futebol consistente e entrosado uma vez que esses desideratos foram conseguidos basicamente à custa de muita transpiração e entrega dos atletas. E era com estes antecedentes que iríamos enfrentar um dos inimigos da pré-época que tentou por todos os meios ocupar imerecidamente o nosso lugar por direito na Liga dos Campeões.
O FC Porto entrou muito forte e determinado em chegar ao golo e logo nos primeiros minutos de jogo dispôs de várias oportunidades de o fazer. Ainda não estaria cumprido o primeiro minuto e Sapunaru fez um excelente remate à entrada da área adversária para uma grande defesa de Nilson para canto. Ainda na fase inicial pudemos assistir a lances flagrantes na área dos de Guimarães com Lisandro, Rodriguez e Meireles a desperdiçarem. A primeira parte foi toda do FC Porto com o Vitória a reagir como podia para evitar um golo que parecia iminente.
As mudanças operadas no ataque juntamente com a atitude demonstrada pela equipa surtiram efeito desde o início. Tarik, apesar de ainda estar longe da sua melhor forma, foi um desequilibrador pela direita e Rodriguez, infeliz no remate final, esteve esforçadíssimo. Os extremos conseguiram finalmente combinar bem com o meio campo o que resultou numa melhoria dos movimentos interiores. Apesar do domínio avassalador da primeira parte o jogo chegou ao intervalo empatado a zero, sendo injusto para o trabalho desenvolvido pelos portistas.
Na segunda parte Jesualdo Ferreira substituiu Tarik por Farias e a equipa ressentiu-se de imediato. O FC Porto deixou de fazer as mesmas combinações perigosas da primeira parte e o Guimarães pode controlar o jogo e lançar algumas jogadas de ataque, coisa que quase não se tinha atrevido na primeira parte. O tempo passava e os fantasmas recentes começavam a preocupar os adeptos portistas, ainda por cima o FC Porto tinha caído de produção na segunda parte. Até que ao minuto 65 surgiu o merecido golo o que proporcionou o alívio nas bancadas do Dragão. O adversário não teria capacidade para nos marcar um golo, estava visto. Foi num lance de insistência de Bruno Alves no ataque que deixa do lado contrário em Meireles para este depois assistir Lisandro que cabeceou solto na pequena área. A partir daqui a equipa recuperou os níveis de confiança exibidos na primeira parte e dominou o jogo até ao final. Houve ainda tempo para uma assistência de Lisandro que deixou Farias apenas com o guarda-redes pela frente. O argentino parecia ter dado um toque a mais na bola mas acabou por rematar bem perante a saída de Nilson, marcando o seu primeiro golo da época. Logo a seguir ainda teve tempo para um remate perigoso por pouco não deu golo.
As conclusões que se tiram deste jogo são positivas. A equipa está finalmente a jogar como equipa e a atitude dos jogadores é muito mais assertiva do que em jogos anteriores. Hoje houve confiança, humildade e solidariedade. Deu a sensação esta época ainda não está perdida e que a pior fase parece estar ultrapassada. A ver vamos nos próximos jogos.
Positivo: atitude da equipa e apoio do público.
Negativo: Benquerença uma vez mais. Felizmente não houve casos graves porque nos pequenos lances divididos foi na grande parte das vezes em prejuízo do FC Porto.
fotos: maisfutebol.iol.pt
Pela primeira vez esta época vi um Porto à Porto.
ResponderEliminarSempre em cima do adversário, a fechar bem e sempre com o sentido de orientação na baliza adversária.
Pela primeira vez esta época vi um Porto a JOGAR À BOLA, onde apesar da concretização não ser das melhores, mas viu-se TRABALHO DE EQUIPA, com entendimentos, esforço e mímica.
É verdade que o Guimarães não deu quaisquer argumentos para justificar o futebol que praticou, mas fica ao critério de cada um reflectir se foi o PORTO que fez com que isso acontece-se ou então se era a equipa vimaranense continua a passar uma fase má.
Para tirar estes desgostos todos nestas últimas semanas, e para acreditar ainda no título desta época (apesar de ainda ser cedo) era bom apreciar a continuidade do futebol praticado hoje, e para provar era já assim para a champions.
Talvez a chama do dragão esteja novamente a ganhar mais força devido às ventanias que ocorreram estas semanas...
Abraços
Foi, de facto, das exibições mais consistentes e equilibradas que vi o FC Porto fazer ao longo desta época. Claro está que o adversário nunca conseguiu dar grande replica. Foi sempre uma equipa muito limitada no encontro, como tem sido em toda a temporada. Mas há que vincar a boa prestação da nossa equipa.
ResponderEliminarA 1ª parte do FC Porto foi muito boa, a equipa sempre bastante dinamica, procurando espaços e fazendo boas combinações. A juntar a isto uma boa dose de agressividade que "sufucou" o Guimarães.
Tambem acho que a substituição de Tarik por Farias ao intervalo não nos foi benéfica. Baixamos claramente de produção, fomos menos expontaneos. Valeu-nos S. Lisandro que esteve numa das suas grandes noites. Sobre Farias, diga-se, que não fosse o golo marcado e teria passado ao lado do jogo, uma vez mais.
Parece que a equipa conseguiu passar aquela fase complicada que atravessou. Segue-se mais uma paragem na competição, para depois voltarmos num jogo de capital importancia. Espero que isso nao nos venha a afectar.
Nada tenho muito a acrescentar ao que o Nuno escreveu, mas não queria deixar passar que, não simpatizando particularmente com Cajuda, acho que teve um papel apaziguador para que não fosse gerado um clima tenso. Ajudou a apagar a chama que servia para incendiar o jogo.
ResponderEliminarO jogo foi vivo, mas não foi violento e os jogadores foram muito correctos.
Gostei muito do Fernando, e acho muito bem que JF insista e persista na inclusão do jogador na equipa principal e na qualidade de efectivo.
Boa assistência no Dragão (mais de 37 mil pessoas) e, apesar do 1º golo ter chegado tarde, destaco o facto de não se ter ouvido qualquer assobio dos adeptos portistas.
ResponderEliminarOs adeptos sabem ver futebol e, perante a exibição que a equipa estava a efectuar, perceberam que não era justo assobiar.
Lisandro, melhor em campo, com um golo e uma assistência para golo, marcou o golo 50 com a camisola azul-e-branca, dedicou-o aos adeptos e no final desmentiu que alguma vez tivesse estado zangado com os adeptos portistas.
ResponderEliminarO 100.º jogo oficial de Jesualdo como treinador do FC Porto, coincidiu com a exibição mais consistente desta época, que culminou na 50ª vitória de Jesualdo na Liga e 65ª em jogos oficiais como treinador do FC Porto.
Parece que as notícias sobre a "morte" do FC Porto e do seu treinador foram um bocadinho exageradas...
Todas as vitórias são boas mas, depois da atitude que o V. Guimarães teve no defeso, esta vitória foi extremamente saborosa.
ResponderEliminarRelativamente aos dirigentes do V. Guimarães, espero que tenham gostado de ver o presidente do Braga sentado à direita de Pinto da Costa e, no final, de ter ouvido o hino da Liga dos Campeões...