Na passada sexta-feira, a Comissão Disciplinar da Liga, liderada por Ricardo Costa, reuniu pela última vez. Entre as decisões tomadas houve um único castigo, aplicado a um jogador do FC Porto - Cristían Rodríguez -, que terá de pagar uma multa de 750 euros, alegadamente devido a um gesto incorrecto (supostamente levantou o dedo médio da mão esquerda para o público) que terá feito após a final da Taça da Liga.
Entretanto, o processo disciplinar instaurado a José Fernando dos Santos Ribeiro, segurança do Benfica, investigado pela agressão a Acácio Valentim, team manager do FC Porto, foi naturalmente arquivado.
Os novos órgãos da Liga vão ser eleitos e tomar posse hoje. Para além de Fernando Gomes, que sucede a Hermínio Loureiro, de José Luís Arnaut, que sucede a Valentim Loureiro e de Vítor Pereira, que permanece no mesmo posto, a grande novidade é Herculano Lima, juiz conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça, já jubilado, que sucede ao saudoso (para os benfiquistas) Ricardo Costa.
Herculano Lima já teve uma passagem pelo futebol, nomeadamente pela presidência do Conselho de Justiça da FPF, da qual se demitiu com estrondo em Novembro de 2007, por ter sido derrotado e não ter aceite uma votação deste órgão, que reduziu de seis meses para 100 dias uma pena aplicada a Valentim Loureiro.
Dizem-me que Herculano Lima é adepto do FC Porto e que até tem (tinha) presença regular no Estádio do Dragão, mas o que é certo é que algumas das suas decisões e declarações foram, no mínimo, polémicas. Recordam-se de uma não-decisão a propósito de um processo urgente envolvendo o Quaresma, supostamente porque tinha uma partida de bridge marcada com amigos?
O juiz Herculano Lima merece todo o meu respeito, mas não deve ser por acaso que o seu nome é muito bem visto no universo encarnado, ao ponto de um conhecido benfiquista (comentador num programa desportivo do Porto Canal), muito próximo de Luis Filipe Vieira, ter escrito no seu blogue, em 07/03/2008, que o juiz conselheiro Herculano Lima, era um homem de carácter sem lugar no desacreditado futebol português.
Depois de oito anos em que, primeiro Cunha Leal e depois Ricardo Costa, cumpriram uma “missão patriótica” na Liga, veremos o que o futuro nos reserva, mas os sinais existentes não me deixam tranquilo.
Foto: Virgínia Ferreira/Revista VIVA
Bridge ou não bridge, qualquer pessoa é bem-vinda depois do Dr. Ricardo Costa.
ResponderEliminarCheira-me que a manutenção do Pereira foi condição para o apoio do Orelhas e do Homem-Que-Nunca-Ouviu-Falar-do-Restaurador-Olex.