Bruno Vale, Rui Sacramento, Ventura, Tiago Maia, Kadu, Ricardo Dias, Bruno Alves, André Pinto, João Pedro, Rui Pedro, Nuno Coelho, Tengarrinha, Ivo Pinto, Tiago Ferreira, Paulo Machado, Josué, Nuno André Coelho, Castro, Helder Barbosa, Sérgio Oliveira, Ivanildo, Bruno Gama, Vieirinha, Diogo Viana, Ukra, Atsu, Rabiola, Abdollaye, Yero, Vion, Hugo Almeida...
Em 8 anos o FC Porto fez estrear, em jogos mais ou menos relevantes, 31 filhos do sistema de formação. Uma média de quase quatro “canteranos” por temporada, que não seria má de todo. Mas olhem para a lista outra vez. Com atenção. De todos esses jogadores, só 4 foram internacionais neste período e apenas dois deles, Bruno Alves e Bruno Vale, ao serviço do FC Porto. De todos os 31 só dois (Yero e Vion) estão no plantel desta época e ambos para fazer número, pondo as coisas no seu sitio. A maior parte destes jogadores foi forçada a embarcar numa espiral de empréstimos que esgotaria a paciência a um santo. E hipóteses na primeira equipa, nem vê-las. Muitas promessas, muito dinheiro invertido na requalificação da antiga Constituição e como resultado, um clube nu e destirpado da sua essência, os jogadores da casa. E um clube sem jogadores formados in loco é um clube sem chama interna, sem identidade e, sobretudo, com um excessivo gasto em contratações, comissões e salários que seriam paliados seguramente por uma aposta no producto made in Porto.
Em 8 anos o FC Porto fez estrear, em jogos mais ou menos relevantes, 31 filhos do sistema de formação. Uma média de quase quatro “canteranos” por temporada, que não seria má de todo. Mas olhem para a lista outra vez. Com atenção. De todos esses jogadores, só 4 foram internacionais neste período e apenas dois deles, Bruno Alves e Bruno Vale, ao serviço do FC Porto. De todos os 31 só dois (Yero e Vion) estão no plantel desta época e ambos para fazer número, pondo as coisas no seu sitio. A maior parte destes jogadores foi forçada a embarcar numa espiral de empréstimos que esgotaria a paciência a um santo. E hipóteses na primeira equipa, nem vê-las. Muitas promessas, muito dinheiro invertido na requalificação da antiga Constituição e como resultado, um clube nu e destirpado da sua essência, os jogadores da casa. E um clube sem jogadores formados in loco é um clube sem chama interna, sem identidade e, sobretudo, com um excessivo gasto em contratações, comissões e salários que seriam paliados seguramente por uma aposta no producto made in Porto.
Antes que alguns dos leitores habituais venham com a reflexão sobre o pragmatismo da aposta do clube em jogadores nacionais, falando mais na vontade de ganhar já com compras com potencial de venda na América do Sul do que em estar a perder tempo e dinheiro em formar ou até mesmo com o argumento da “xenofobia” com jogadores estrangeiros, que fique claro que a mim importa-me pouco que os miúdos venham do Burkina Faso, da Nova Caledónia ou da Sé. Pessoalmente preferiria que fossem portistas, e hoje em dia para ser-se do Porto já não faz falta ser da Ribeira. A demografia da Invicta também já não permite esses sonhos e muitos dos heróis dos últimos 30 anos vieram do Grande Porto (Leça, Maia, Gaia, Amarante, Vila do Conde, Espinho, Matosinhos) mais do que das próprias ruas da cidade.
A questão é mais importante do que muitos adeptos imaginavam e está na altura de que a direcção do clube e a administração da SAD tomem medidas práticas e não persistam em politicas para tapar os olhos. Não sou seguramente o membro deste painel mais apto para falar de economia mas não é preciso ser um “expert” para analisar a diferença entre comprar um jogador a outro clube (com comissões), formá-lo, vender percentagens a fundos, pagar os seus salários (incluindo comissões por renovar contratos) e depois vender e formar um jogador do zero, pagar um salário evidentemente inferior e vendê-lo com lucro a 100%. Há muito tempo que o FCP abdicou de lucrar a 100% com um negócio por interesses externos ao clube que têm causado sérios problemas nas nossas contas. Por cada Anderson, Pepe, Hulk, Lucho, Lisandro ou Falcao sucedem-se dezenas de erros de casting. Souza, Walter foram os últimos enganos sérios da SAD mas nos últimos anos representam apenas uma gota no oceano.
Durante este período de tempo o FC Porto venceu 2 campeonatos de Juniores, 2 campeonatos de juvenis e 3 campeonatos de iniciados. Isso diz mal do futebol de formação português em geral mas também não explica porque é que uma equipa capaz de coleccionar tantos títulos é incapaz de exportar para a primeira equipa jogadores de nível.
Sou a favor da aplicação da lei 6+5 da UEFA e para adaptar-se a estes tempos e na circunstância actual os Dragões teriam muitos problemas em cumprir a normativa. Como adepto romântico do jogo gosto de sentir alguma identificação com as equipas. Como adepto racional do meu clube gosto de transparência e contas saneadas. Uma aposta clara na formação permite-me desfrutar de ambas. Ninguém me convence que um plantel com Souza, Bracalli, Cebolla Rodriguez, Djalma ou Walter é melhor que um que tenha Castro, Atsu, Ventura, Helder Barbosa, Bruno Gama, Vieirinha ou Palmo Machado, jogadores da casa que pertencem ou já pertencerem aos quadros do clube. Jogadores mais baratos, que sentiriam a “Mistica” do clube provavelmente mais do que as aquisições citadas e, sobretudo, em número suficiente para cumprir qualquer normativa europeia. O clube poupava dinheiro, reforçava o papel do produto da casa e, sobretudo, devolvia a imagem de um clube involucrado com o futebol local.
A questão é mais importante do que muitos adeptos imaginavam e está na altura de que a direcção do clube e a administração da SAD tomem medidas práticas e não persistam em politicas para tapar os olhos. Não sou seguramente o membro deste painel mais apto para falar de economia mas não é preciso ser um “expert” para analisar a diferença entre comprar um jogador a outro clube (com comissões), formá-lo, vender percentagens a fundos, pagar os seus salários (incluindo comissões por renovar contratos) e depois vender e formar um jogador do zero, pagar um salário evidentemente inferior e vendê-lo com lucro a 100%. Há muito tempo que o FCP abdicou de lucrar a 100% com um negócio por interesses externos ao clube que têm causado sérios problemas nas nossas contas. Por cada Anderson, Pepe, Hulk, Lucho, Lisandro ou Falcao sucedem-se dezenas de erros de casting. Souza, Walter foram os últimos enganos sérios da SAD mas nos últimos anos representam apenas uma gota no oceano.
Durante este período de tempo o FC Porto venceu 2 campeonatos de Juniores, 2 campeonatos de juvenis e 3 campeonatos de iniciados. Isso diz mal do futebol de formação português em geral mas também não explica porque é que uma equipa capaz de coleccionar tantos títulos é incapaz de exportar para a primeira equipa jogadores de nível.
Sou a favor da aplicação da lei 6+5 da UEFA e para adaptar-se a estes tempos e na circunstância actual os Dragões teriam muitos problemas em cumprir a normativa. Como adepto romântico do jogo gosto de sentir alguma identificação com as equipas. Como adepto racional do meu clube gosto de transparência e contas saneadas. Uma aposta clara na formação permite-me desfrutar de ambas. Ninguém me convence que um plantel com Souza, Bracalli, Cebolla Rodriguez, Djalma ou Walter é melhor que um que tenha Castro, Atsu, Ventura, Helder Barbosa, Bruno Gama, Vieirinha ou Palmo Machado, jogadores da casa que pertencem ou já pertencerem aos quadros do clube. Jogadores mais baratos, que sentiriam a “Mistica” do clube provavelmente mais do que as aquisições citadas e, sobretudo, em número suficiente para cumprir qualquer normativa europeia. O clube poupava dinheiro, reforçava o papel do produto da casa e, sobretudo, devolvia a imagem de um clube involucrado com o futebol local.
O FC Porto sempre foi berço de grandes jogadores que chegaram de outras paradas e sempre o será. Mas todos tinham detrás um núcleo duro da casa que desapareceu totalmente como espelho da politica auto-destructiva desta SAD. Começa a ser necessário, especialmente depois dos evidentes problemas de liquidez que o Standard Liège e o Santos fizeram públicos, pensar com mais cabeça no futuro desportivo e económico do clube e menos nos negócios paralelos que têm deixado muita gente na SAD feliz e nos círculos que a rodeiam mas que diminuem consideravelmente o potencial de crescimento e consolidação do clube para a próxima década. Não pode ser um cenário a repetir que o FC Porto arranque para uma nova época sem um único jogador formado em casa ao mesmo tempo que gasta milhões em contratar jogadores que depois nem se revelam opções tácticas regulares.
Não tenho dúvidas que pelo menos Vieirinha, Hélder Barbosa e Paulo Machado seriam no mínimo bons suplentes.
ResponderEliminarAgora quero salientar aqui uma coisa, esses jogadores foram queimados por uma e só uma pessoa: Jesualdo Ferreira!
E relembro, Vieirinha ficou no plantel, foi lançado às feras a titular num jogo contra o Estrela da Amadora que perdemos. Um jogo onde toda a equipa esteve mal e não apenas ele obviamente. Após esse jogo nunca mais foi opção e pura e simplesmente andou de empréstimo em empréstimo.
Com Hélder Barbosa, numa época em que estava a "partir tudo" pela Académica, o Professor decidiu chamá-lo ao plantel em Janeiro por causa da saída de Tarik. Lançou-o às feras contra o Sporting, num jogo que perdemos e nunca mais voltou a jogar.
Nuno André, não lhe reconheço tanta qualidade como aos acima, mas foi lançado às feras contra o Arsenal fora, não mais voltou a jogar.
E para salientar que esta foi a vontade do treinador e não da direcção, lembro que tanto Vieirinha como o Hélder renovaram várias vezes com o Porto durante os empréstimos, logo a direcção acreditava neles.
E o pior é que nessa altura no plantel andava um gordo chamado Mariano, que recebia quase tanto como o Lucho, mas que ninguém me conseguirá convencer que jogava melhor que o Vieirinha (o maior talento que já vi nos nossos júniores).
"Sou a favor da aplicação da lei 6+5 da UEFA"
ResponderEliminarExiste um lado emocional que leva a concordar. Mas também existe um lado prático e outro legal. Não concordo de todo que se imponha ás equipas quotas de jogadores nacionais, primeiro porque é uma interferência directa na administração e gestão de clubes e respectivos funcionários, por outro lado porque representa um retrocesso perigoso da Lei Bosman, o qual é vigiado de perto por uma UE que está pouco interessada em impôr limitações ao mercado de trabalho. Aliás parece mais voltada a uma liberalização total. A UEFA está no limbo, entre a independência e a interferência da UE.
Além de tudo isto confesso que os jogadores portugueses deveria ser algo natural. A regra 6+5 vai beneficiar as equipas espanholas, alemãs e italianas no presente e poderá criar um gap durante vários anos para as restantes.
Mais do que uma lei, é precisa uma nova mentalidade de gestão. É sempre dificil passar de comissões... a negócios com canteranos.
Assino por baixo, e acrescento o Candeias.
ResponderEliminarTudo o que se possa dizer acerca deste post fica literalmente desarmado com esta simples frase:
ResponderEliminar"pensar com mais cabeça no futuro desportivo e económico do clube e menos nos negócios paralelos que têm deixado muita gente na SAD feliz e nos circulos que a rodeiam"
Comprar lá fora enche bolsos e há muito tempo que naquela Administração se pensa muito mais em encher bolsos do que em esvaziar passivos.
Dessa lista que o Miguel colocou, quase que me atevo a dizer que 90% não teriam lugar no onze do FCP e entre 70 a 80% não dariam sequer para suplentes.
ResponderEliminarSou totalmente contra a lei da UEFA e já nem falo nas ideias deste governo a este respeito que são, no mínimo, puritanas e aberrantes
só uma pequena correcção a um belo texto, como de costume (a beleza do texto, não a correcção): Kadu e Vion fazem parte do plantel, não Yero. aliás, ambos continuam a competir pelos sub-19 e são chamados aos "grandes" quando é necessário.
ResponderEliminarum abraço,
Jorge
O FCP tem condições únicas para os jovens praticarem futebol nas melhores condições. Penso que em muitos outros clubes há um trabalho interessante, ainda que não tenham as mesmas condições que os três grandes. Somos visitados e as nossas estruturas são consideradas de excelência.
ResponderEliminarApesar disso, acho que as camadas jovens atingiram a sua bitola mais baixa, nestes últimos anos. E isso remete-nos para o seguinte : não basta juntar um conjunto de nomes e provar que foram (provavelmente) desaproveitados dois ou três oriundos das escolas, que poderiam fazer jeito nesta altura do campeonato, para concluir que não se aproveitam os jogadores jovens porque gostamos de esbanjar dinheiro.
Não faltam condições estruturais, não falta motivação, o futebol tem muita procura por parte dos jovens porque a carreira é aliciante, os técnicos estão actualizados. Falta perceber o que é que está a falhar, pois nas faixas etárias mais baixas fomos superados por muitos países que antes nos eram claramente inferiores.
Provavelmente há um modelo competitivo que não ajuda. Provavelmente vive-se mais para a ideia de ganhar campeonatos que para uma verdadeira formação que não queime etapas com a pressa de vencer a todo o custo.
Vi o jogo do FCP com o SCB dos juniores de sábado passado e fiquei mal impressionado com o que vi. Joga-se segundo os piores modelos, com uma equipa na retranca e a bater em tudo o que mexe e outra a jogar em posse na sua zona defensiva e com muito baixa intensidade. Não dinamitámos o muro que nos acabou por soterrar. O SCB ganhou por 2-1 e todos os golos saíram de bolas paradas.
Foi um jogo feio e parece que a ninguém importa jogar bem, bonito, rápido, com jogadores que evitam as rotas de colisão e procuram o golo como fim último do futebol, e não apenas um mero detalhe, saído da transformação das ditas bolas paradas que os treinadores preparam até à exaustão.
Nas camadas jovens o prazer lúdico da prática desportiva deveria prevalecer sobre qualquer outro. O prazer de jogar e de praticar um futebol atraente deveriam estar no topo da pirâmide no processo formativo, o que nada tem de incompatível com a formação táctica e o apetrechamento físico indispensáveis para a prática desportiva de alta competição.
Mas, esta matéria é complexa e deveria ser bem analisada a razão porque, hoje, estamos mais pobres de valores, e minguam (de forma escandalosa) atletas em várias posições fundamentais. Têm a palavra os técnicos.
Excelente texto Miguel e um tema importante.
ResponderEliminarConcordo com o Duarte, nenhum dos jogadores da lista tiraria o lugar a Lucho, Álvaro Pereira, Guarin, Fernando, Lisandro, James Rodriguéz, etc.
Também eu gostava de ter na equipa do FC Porto jogadores da estirpe de um Rodolfo, Gomes, Jaime Magalhães, João Pinto e outros, mas temos de analisar o porquê da pobreza de qualidade das camadas jovens, como bem salienta o excelente comentário do Mário Faria.
Quanto aos efeitos da lei Bosman, lembro apenas que nunca jogadores, clubes e seleção nacional tiveram tanto sucesso e tanto reconhecimento como agora.
ResponderEliminarQuem tanto se insurge contra isso que pense bem nas consequências.
@Anónimo da Silva
ResponderEliminarNão estou de acordo. Uma SAD que nesse mandato se dedicou a importar contentores de sul-americanos de qualidade mais do que duvidosa não pode ser vista como uma administração que apoia o futebol de formação. O Jesualdo sempre foi um bom "yes man" e jogava com quem tinha à mão, as renovações e os negócios que o clube faz com os jovens pré-datam muito antes do tempo de JF no Dragão.
@Pedro
Precisamente acho que essa lei vai prejudicar as grandes potências desportivas. Hoje em dia o grande desfaze qualitativo está na convergência de jogadores estrangeiros para 4 ligas e o consequente esvaziamento das ligas menores. O renascimento do futebol alemão e espanhol foi feito graças à aposta em jogadores da casa e o mesmo só passará em Portugal, Itália, Holanda e França quando sigam a mesma politica. Como os seus dirigentes continuam a preferir a importação, o 6+5 vai ajudar a reequilibrar a balança.
@Saci Perere
E eu que pensava que o tinha posto na lista. Obrigado
@Duarte,
Não estou de acordo. Não sei o que o Bracalli tem que o Ventura não tenha. Não sei o que o Souza tinha que o Paulo Machado ou o Castro não tinham. Não sei o que o Djalma tem mais que o Vieirinha ou o Bruno Gama. Não sei o que o Kelvin, pescado este ano, tem a mais que o Helder Barbosa.
Eu sou partidária da ideia que um jogador nasce e constroi-se. Um jogador com potencial na equipa certa e com os mecanismos de preparação e crescimento idóneos pode chegar a niveis insuspeitos e perder-se em clubes menores.
Não sei quem se lembra de um FC Porto-Salgueiros numa tarde de sol de domingo. Um puto central joga pela primeira vez, comete um erro e golo do Salgueiros. Ouvi assobios no tribunal e grunhidos dos que se sentavam na bancada poente ao meu lado. "Este é um novo Joao Manuel Pinto!" diziam. Não era. Chamava-se Ricardo Carvalho!
@Jorge,
My mistake, tens toda a razão!
@Mário,
Essa responsabilidade, depois de todo o dinheiro gastos nos últimos anos, só pode ser da SAD. Hoje em dia há mais do que informação disponivel sobre métodos de treino, formação e preparação para um clube como o FCP se revelar tão atrasado. Como dizes bem não são os titulos pontuais ou os jogadores que definem a qualidade de um projecto de formação. São as ideias. E o FCP não tem uma ideia. Nem de como jogam, nem de como treinam, nem do que fazer com eles quando chegam a idade profissional. Todos os anos centenas de miudos vestem a camisola sem um objectivo, um propósito, um destino. É normal que de uma equipa junior só meia duzia se aproveite para o mais alto nivel e que de aí só um ou dois sejam realmente jogadores bons. Em 6 anos não se viu nada e não se pode falar apenas em má colheita pontual, em má gestão de um determinado técnico ou da cabeça de um set de jogadores. Há um problema crónico que a SAD deveria estar atenta. Aqui podia estar o nosso futuro financeiro e estamos a perder demasiado tempo.
um abraço a todos
Mário Faria disse...
ResponderEliminarVi o jogo do FCP com o SCB dos juniores de sábado passado e fiquei mal impressionado com o que vi. Joga-se segundo os piores modelos
É um facto que o nível do futebol português de formação, e do portista em particular, baixou imenso nos últimos anos.
Razões para isso? Não sei, mas suspeito que o facto de haver empresários com jogadores juniores nas suas carteiras não deve ajudar.
Miguel Lourenço Pereira disse...
ResponderEliminarEm 6 anos não se viu nada e não se pode falar apenas em má colheita pontual, em má gestão de um determinado técnico ou da cabeça de um set de jogadores.
O que se pode dizer, sem grande margem de erro, é que o projecto Visão 611 foi um flop completo.
O afamado projecto de nome Visão 611 teria os seus resultados em Junho de 2011, estamos em Fevereiro de 2012 até hoje ainda não me lembro de algum resultado desse projecto.
ResponderEliminar@José Correia,
ResponderEliminarSem dúvida o maior fiasco da gestão de Pinto da Costa - se não nos esquecemos desse museu que está desde os anos 80 no papel e na forma como tivemos abandonadas as secções durante tantos anos à sua sorte - foi o projecto Visão 611.
Muita parra, pouca uva...
Miguel concordo absolutamente que a direcção também tem culpa. Especialmente a partir de 2010, 2011 deixou de acreditar nos "putos".
ResponderEliminarAgora no período de Jesualdo a matéria-prima existia, havia quase uma imposição da direcção em ter sempre 2 ou 3 miúdos promovidos no plantel, só que depois o treinador "matava-os".
O que o Jesualdo fez ao Nuno André em Londres foi um assassínio da carreira, pura e simplesmente.
O que fez ao Hélder Barbosa tirando-o de Coimbra onde era a estrela da equipa para fazer 30 minutos pelo Porto foi ridículo.
E a ignorância que prestou a todos os restantes jovens que lhe puseram nas mãos queimou-os tanto junto da direcção como dos adeptos.
Falta-nos um Guardiola para que um projecto do género pudesse ter sucesso.
@Anónimo,
ResponderEliminarEu honestamente gostava de acreditar que todas essas decisões foram exclusivas do JF. Mas conhecendo como funciona este FCP por dentro tenho sinceramente muitas dúvidas que o tenha sido.
Jesualdo é um treinador habituado a trabalhar com jovens, na selecção nacional e agora na Grécia. O facto de não o ter feito com o FCP surpreende-me mas quando uma direcção coloca uma cláusula de 30 milhões num miudo com dois minutos nos pés e depois, com a mudança de treinador (duas vezes), o transforma em dispensável, parece-me que a questão está tanto na forma como o gabinete da SAD olha para a cantera como no que um técnico pode fazer num clube profundamente presidencial.
As pessoas esquecem-se que o FC Porto de Pinto da Costa nunca foi um clube de formação. O que sempre fizemos muito bem foi comprar jovens portugueses a outros clubes e rentabilizá-los depois, envolvendo-os na mistica interna com um nucleo duro formado em casa. Foi assim nesta década com os Meireles, Bosingwa, Pepe, Pedro Emanuel, Nuno Valente, Paulo Ferreira, Maniche, Deco, Pedro Mendes, Quaresma face aos papeis de Baía, Jorge Costa, Ricardo Carvalho e Bruno Alves.
Na geração do Penta (J. Costa, F. Couto, R. Jorge, V. Baía, Folha, P. Santos, Secretario, Domingos) os portugueses também vinham de fora como o F. Mendes, o Peixe, o Barroso, o Capucho, o Conceição, o Chainho vinham de fora.
Nos anos 80 o Futre, o Jaime Magalhães, o Bandeirinha, o Inácio, Jaime Pacheco todos eles foram comprados bastante cedo.
Hoje o clube deixou de comprar portugueses, deixar de formar portugueses e dedicou-se aos negócios de import/export.
É o que há...