Caros amigos,
Tenho andado a analisar a situação do nosso FCP que, posso dizer-vos desde já, é bastante complicada. Atrasos constantes nos pagamentos a atletas e fornecedores no Clube, e falta de liquidez na SAD, estão a começar a transpirar cá para fora.
A articulação entre o Clube a SAD não é a melhor, embora se trate das mesmas pessoas.
Para os vários aspectos da vida do clube, não se pode partir do último Relatório e Contas, pelo que resolvi recuar até 2000, voltar a ler o relatório da época 1999/2000, pelo que me permito salientar alguns pontos que acho relevantes para tentar compreender como se chegou ao atual estado de coisas.
(Apresentação da equipa na época 1999/2000, foto Record)
1 – Já no Relatório e Contas da época 1999/2000 se podia ler (pág. 5):
“No entanto, e considerando a deliberação última da Assembleia-geral da F.P.F. que continua a impedir o acesso das equipas B à Divisão de Honra, o F.C.Porto está a reequacionar o seu projecto de formação desportiva que poderá passar pela extinção da equipa B.”
2 – Mais à frente (pág. 6)
“Esta tendência inflacionista (dos mercados cambiais) contagiou os mercados europeus obrigando o Banco Central Europeu a subir as suas taxas directoras. Os bancos comerciais nacionais seguiram a tendência definida pelo B.C.E. Nas empresas nacionais e em particular no F.C.Porto - Futebol, SAD estas medidas tiveram como consequência o crescimento dos seus custos financeiros, induzido pelo investimento concretizado na aquisição de direitos desportivos sobre novos jogadores”.
3 – Sobre as cotações das Acções (pág. 7)
“Tudo isto (a propósito da bolsa nacional apresentar níveis de liquidez cada vez menores), contribuiu para uma queda gradual dos principais índices nacionais e europeus, com consequências nos títulos do F.C.Porto – Futebol, SAD, que conheceram no final deste exercício a cotação de 4,95 EURO.
4 – Analisando os proveitos (pág. 8)
“Conclui-se que, como tem acontecido nos últimos exercícios, os proveitos com maior expressão são as mais valias liquidas resultantes da venda de passes de atletas, representando no exercício em análise 29% dos proveitos totais. Considera-se que é importante procurar continuar a diminuir o peso destas mais-valias e acreditamos que existe um importante espaço de crescimento dos proveitos comerciais, que incluem os contratos televisivos e para outros meios de difusão e sobretudo todo o tipo de parcerias comerciais com empresas”
E mais adiante:
“O quadro 3 expressa o enorme peso dos custos com pessoal, sobretudo aqueles relacionados com o plantel sénior”.
Comentário: Importam-se de repetir? Isto foi há 12 anos. Não aprenderam?
5 – A propósito dos Custos (pág. 9)
“Os custos financeiros, apesar de apenas representarem 4% do total, têm crescido de forma acentuada, por via de vários factores, entre os quais estão as oscilações cambiais do Dólar Americano (grande parte das transferências são realizadas utilizando o Dólar como moeda de pagamento) e sobretudo do facto de parte das despesas correntes ser financiada por empréstimos bancários”.
Comentário: Esta está boa. Há 10 anos eram as “oscilações do Dólar”. Agora devem ser as do Euro! Mas, se já naquela altura reconheciam que compravam tudo a crédito, porque raio não inverteram a situação?
E a referência à “tal” relação Clube/SAD tão falada no final do I Encontro da Bluegosfera (pág. 14):
“Em relação à estrutura de custos, constata-se que o peso relativo de cada uma das rubricas identificadas no quadro 9, não tem sofrido grandes alterações nestes três exercícios, embora os custos com pessoal e os custos decorrentes do protocolo entre a Sociedade Desportiva e o F.C.Porto terem conhecido um andamento diverso. Os valores que ainda se mantêm nesta rubrica (Protocolo F.C.Porto) e que estão no âmbito do protocolo celebrado, respeitam ao aluguer do Estádio das Antas e das diversas instalações do clube que são postas à disposição da Sociedade Desportiva para jogos e treinos e a montantes pagos com vista a financiar o Departamento de futebol juvenil, valores estes bastante estáveis.”
Resumindo, caros amigos: No final do exercício 1999/2000, a situação era estável embora já houvesse indícios de onde poderiam aparecer problemas, aliado ao facto de estarmos a pensar na construção do novo estádio (não no local que está hoje, mas no mesmo sítio do Estádio das Antas).
1 – Já se falava em extinguir a equipa B, embora com um “pretexto técnico”.
2 – Custos Financeiros a crescerem
3 – Os proveitos mais significativos provinham da venda dos passes.
4 – Custos Operacionais a aumentarem
Comentário: que se poderia fazer hoje: “Onde é que eu já ouvi (li) isto”?
Se formos analisar os Relatórios e Contas dos anos seguintes, a conversa é mais ou menos a mesma, com os Custos a subir, e os Proveitos Operacionais, semelhantes. O que tem salvo “a honra do convento” foram os Proveitos Extraordinários (venda de passes), mas já todos percebemos que foi chão que deu uvas.
O Passivo Financeiro, embora não seja dramático, é motivo de preocupação, sobretudo pela enorme quantidade de compromissos a curto-prazo combinado com a falta de liquidez que se reflete também no Clube.
Poderemos desenvolver estes assuntos em futuras análises, reflexões e comentários.
Nota: Os sublinhados e destaques no texto a negrito são da responsabilidade do autor do artigo (José Lima).
Nota final: O 'Reflexão Portista' agradece ao José Lima o envio deste artigo e autorização para publicação do mesmo.
(*) José Lima é um portista da “velha guarda”, sócio do Futebol Clube do Porto, colaborador regular dos blogues ‘Mística Azul e Branca’ e ‘O Mundo Azul e Branco’, ex-colaborador no extinto blogue ‘Futebolar’ (onde travava “violentos combates verbais” com elementos que ainda hoje aparecem em blogues benfiquistas) é, por paixão mas também por formação profissional, um observador atento das contas da FC Porto Futebol SAD.
Mais uma brilhante analise como sempre.
ResponderEliminarCumps
http://omundoazulebranco.blogspot.pt/
Em Portugal não falta em todas as areas quem faça analises tidas como brilhantes mas saber fazer com competencia e responsabilidade aí é que é o diabo.
ResponderEliminarAté as grandes empresas (bancos etc) com grandes gestores têm nos ultimos anos apresentados dificuldades e nos ultimos meses então nem se fala... claro que o futebol não podia escapar a tamanha crise, ainda para mais quando o nosso clube tem feito esforço orçamental para crescer como se impunha.
Isto não invalida que alguma preocupação faz sentido .
E sobretudo o que faz mais sentido é a gestão do nosso clube se adaptar rapidamente aos tempos dificeis que vivemos e que vieram para ficar,o que parece, já começou a ser feito.
Solução: Comprar por 5 vender por 20("a la pinto da costa") e capitalizar o capital para pagar a pronto passes(100%) de jogadores jovens, sendo q o restante dinheiro serviria para amortizar o passivo.
ResponderEliminarNo q respeita aos custos com o "pessoal", os senhores da sad e do clube so deveriam receber as quantias exorbitantes q recebem quado ha conquistas importantes como campeonato e competiçoes europeias\inter-continentais.
Mas alguem paga 20MEuros a pronto nos dias de hoje???!!!Nem metade, a realidade é outra e muito diferente.
EliminarO problema é que alguns portistas pronunciam-se e nunca geriram se quer um quiosque...
Como sempre José Lima no seu melhor
ResponderEliminarParabéns Lima pelo brilhante e esclarecedor artigo
Abç
ft
«É num puzzle de difícil resolução com jogadores a mais e dinheiro, para já, insuficiente para fazer face a um orçamento de 100 milhões de euros, a que acresce um passivo de 214,17 milhões de euros, que a administração da FC Porto, SAD, prepara a nova época, sabendo que, por esta altura, só dispõe de proveitos um pouco acima da metade para fazer face aos gastos previstos para o novo ano desportivo.»
ResponderEliminarJorge Barbosa
record.pt, 31/07/2012
«A atual situação das contas da sociedade desportiva, notoriamente difícil, resulta, como se sabe, do recente esforço desenvolvido com o investimento de 55,5 milhões de euros em passes de jogadores, a saber: a compra na totalidade de Danilo e Alex Sandro por 28,1 milhões de euros – 17,8 e 10,3 respetivamente; ainda a compra na íntegra do passe de Otamendi – os restantes 50 por cento por mais quatro milhões de euros; o reforço em mais 20 por cento no passe de Fucile por um milhão de euros, totalizando agora 70 por cento. Se qualquer uma destas investidas deve ser equacionada como “dinheiro em caixa”, atendendo ao valor de cada um dos intérpretes em questão, o mesmo já não se aplicará a outros negócios feitos na mesma altura, como são os casos de Kléber (4,2 milhões de euros por 70 por cento do seu passe) e de Mangala (7,5 milhões de euros por 90 por cento do seu passe). Mais preocupante é a aposta feita em Janko – custou 3,2 milhões de euros – e sobretudo em Defour – 7,8 milhões de euros.»
ResponderEliminarJorge Barbosa
record.pt, 31/07/2012
«Com a recessão económica a bater à porta dos clubes e os bancos a travarem a fundo o crédito, a que acrescerá a liquidação de um dos empréstimos obrigacionistas que terminará em novembro próximo, que ascende ao valor de 18 milhões de euros, a SAD terá de redobrar esforços para garantir dinheiro fresco até ao fim do ano. O mesmo é dizer que a saída de algum dos seus principais ativos não poderá ser negociada com prazos de pagamento muito alargados.»
ResponderEliminarJorge Barbosa
record.pt, 31/07/2012
No fundo e essencialmente um problema de liquidez.
ResponderEliminarMas claro que terão que existir "ajustamentos" por força essencialmente da crise economica que atinge países, empresas e clubes.
Mas saliente-se que ao contrario da concorrencia o estádio não está na Sad...
O Record fez o mesmo estudo para os clubes da 2ªCircular ?!
Se estivesse, o passivo do FCP era bem maior. Mas há coisas que se têm que esconder.
EliminarNão acreditam? Então é só pedir à direcção do clube que mostre todas as contas da EuroAntas para verem os quase 125 milhões de euros de passivo que lá estão.
As contas dos clubes de futebol (acho que o problema é transversal a todos os clubes) parecem-me demasiado virtuais...
ResponderEliminarReparem o Porto desde 2003 faz cerca de 30 milhões de euros em vendas por ano, ganha uma liga dos campeões, duas taças uefa/liga europa, diversos campeonatos e taças nacionais, ganha em publicidade, televisão, bilheteira, etc...
Eu acho extraordinário que as contas estejam neste momento a vermelho!
Porque é que no final de 2004, com todo o dinheiro ganho na liga dos campeões e na venda de jogadores o Porto não resolveu a sua situação financeira perante os bancos?
Abraço
É o que faz não se fazer ideia nenhuma sobre o quao dificil é gerir um "empresa" destas inserido numa região em Enorme crise...
ResponderEliminarPor exemplo : praticamente desde Maio até ao momento presente os clubes por causa das selecções - UEFA,FIFA - estão quase sem receitas... e pergunta-se há alguma industria que sobreviva tanto tempo inactiva ?!
É evidente que o momento é dificil para todos e nem tudo é perfeito mas parece-me que as coisas não estão descontroladas e entretanto nos ultimos 30 anos tivemos exitos e crescemos como ninguem no MUNDO em ambiente BRUTALMENTE DESFAVORAVEL...
Pelos s vistos vale a pena ler a recente revista dragões e as entrevistas e afirmações do presidente e de Antero Henriques sobre futebol e basquetebol.
ResponderEliminarCaros comentadores
ResponderEliminarObrigado por terem enriquecido o texto.
Só um comentário para o João: As Contas, são mesmo reais e bem reais. Se fossem virtuais o problema não era grave, era gravíssimo. São aprovadas pela Direcção, pelo Conselho Fiscal, pelo Revisor de Contas e, por um Auditor externo.
A Direcção "explica" os critérios que motivaram os Resultados, sejam estes, negativos ou positivos.
Os restantes "apenas" se limitam a verificar se "os números" estão contabilizados nas Contas apropriadas, se são verdadeiros, veem cheque a cheque, factura a factura e emitem o parecer "técnico".
Não entram, por inadequação das suas funções, em comentários, críticos à gestão da Direcção. Colocam uma ênfase (comentário técnico) se verificarem algum facto que contrarie, por exemplo, a legislação. Normalmente, no caso do Futebol, só relevam o já famoso artigo 35º "Considera-se estar perdido o Capital Social, quando o Capital Próprio duma sociedade for inferior a metade do Capital Social", situação na qual, os 3 grandes estão colocados. Aos accionistas, é que lhes compete analisar, discutir, discordar, aplaudir etc. o trabalho dos gestores. O difícil, aqui é "separar" os gestores dos accionistas. O Joaquim, por exemplo, embora não tenha funções executivas, tira dum bolso e mete no outro!
Aquilo que o meu caro refere, o "tal dinheiro ganho", simplesmente foi engolido pelas despesas, ou seja, os Custos foram superiores aos Ganhos.
Eu não consigo entender como no Orçamento (que é uma previsão) não exista uma única medida que atenue as perdas. Aí, como dizia o outro, é que a porca torce o rabo.
E era tão simples. Bastava pegar numa folhinha A4, apontar as Receitas reais(Proveitos) e, depois, aquilo que sobrasse das despesas (também reais) sería aquilo que podíam "gastar/aplicar" nos Custos, de forma a "sobrar" algum dinheirinho para abater ao Passivo.
Acontece que "eles" fazem ao contrário: Primeiro veem quanto querem gastar (e amandam logo assim com um número perto dos 100 milhões, para impressionar). Depois é que vão "inventar" proveitos donde há-de vir a massa. E lá vem os números "extraordinários" das transferências que julgam ir efectuar, a "marca", uma coisa que ninguém sabe muito bem quanto vale, e que pensam vender (provavelmente aos Árabes), os contratos publicitários "fabulosos" com as cervejolas, os Direitos Televisivos" de 40 milhões (Ah!Ah!Ah!) etc. etc.
Depois, olhe amigo, fazer as coisas em cima do joelho dá para o torto, como este ano.
Mas "isso" é assunto para outras núpcias.
Abraço
"...James,Iturbe,Atsu,Kelvin,Mangala,Kadu,Danilo,Alex Sandro e Abdoulaye ( e lembro eu mais 2/3 jovens portugueses como Edu e Sergio Oliveira) são uma garantia de futuro e com a certeza se não me enganar, por essa Europa fora ninguém tem um grupo de jovens com o potencial e qualidade dos nossos " Presidente PC na Revista Dragões.
ResponderEliminarE pergunto eu isto não vale nada? Não é valor ?!
Queremos chuva no Nabal e Sol na Eira ?
E isso existe ?!
Essa "mercadoria" vale aquilo que o mercado der por ela e não aquilo que nós queremos que nos paguem. Essa é a grande nuance que pouca gente se detêm a pensar acerca deste "jogo" das transferências.
EliminarE para agravar tudo isto, mesmo os grandes colossos financeiros europeus ou aqueles clubes generosamente alimentados por um Sheik de ocasião, além de estarem a racionalizar os seus investimentos, também começam a jogar com as necessidades de tesouraria de equipas que necessitam das Mais-Valias no trespasse de jogadores para equilibrarem os seus orçamentos.
Bem pode estar o FC Porto a tentar fazer o seu número de circo, numa posição de força, ao dizer que só negoceia Hulk e Moutinho por valor X ou Y, mas do outro lado sabem perfeitamente que precisamos desse dinheiro como do pão para a boca e, mais cedo ou mais tarde, irão fazer vingar os seus interesses perante as nossas prementes necessidades.
Quando vejo adeptos a discutirem entre si, ferozmente, valores de clausulas de rescisão, não consigo esconder um sorriso por constatar quão desfasada da realidade é aquilo tipo de discussões. Nunca ninguém poderá estar em posição favorável negocial quando o dinheiro já falta para pagar o essencial.
Anónimo disse...
ResponderEliminarpraticamente desde Maio até ao momento presente os clubes por causa das selecções - UEFA,FIFA - estão quase sem receitas... e pergunta-se há alguma industria que sobreviva tanto tempo inactiva ?!
No caso do futebol e, particularmente, da FC Porto Futebol SAD, a coisa não pode ser vista desta forma tão simplista.
Aliás, o defeso (meses de Junho, Julho e Agosto) é precisamente o período do ano em que a SAD portista tem obtido as maiores receitas.
Como?
Através das vendas de passes de jogadores.
Para ter a situação perfeitamente controlada provavelmente basta o FCP "vender" Hulk e Moutinho por "metade do preço".
ResponderEliminarAgora o que é verdade é que o FCP tem no seu plantel um lote de talentos fantasticos, jovens(que nem foram caros) e que mesmo com a crise do mercado, vão valer (alguns se calhar já valem) Bom dinheiro.
Agora o FCP para crescer nos ultimos anos o que cresceu e obter os exitos que obteve teve que arriscar um tanto.
Agora dada a conjuntura, está na altura de acalmia e quem nos comanda sabe bem isso.
É verdade também que estas coisas são melhores entendidas pelos BONS Gestores do que pelos Bons Contabilistas...
E tu acreditas que alguém vai comprar o Hulk por 50? Ou mesmo por 40? E se comprar quanto vai ser pago em comissões?
EliminarSe venderem por 30 é muito... e desses 30, só 27 são para a SAD. Para um jogador que custou mais de 22 milhões, é muito pouco.
Há um ano perguntava eu se fazia sentido andar a gastar à grande e a francesa principalmente para o banco (leia-se "futuro", e demonstrava preocupação com o alto serviço da divida, com tendência a aumentar... Como se tem visto.
ResponderEliminarOra é por causa disso (gastar tudo q vem à caixa, em vez de abater uma parte raOavel da divida onde gastamos muitos milhoes todos os anos em juros) q temos o aperto q temos, e não por causa de qualquer impacto externo q não fosse previsível.
Danilo e A Sandro prometem? Pois prometem, mas mau era se não era assim quando se gastou neles perto de 30 milhões!! Duvido muito q se venha a fazer um bom lucro com eles, tendo custado o q custaram, e desportivamente não fizeram qualquer diferença na 1a época e nesta segunda vamos a ver, com a perspectiva por exemplo de forte desvalorização seja de A Sandro seja de A Pereira, com um deles a aquecer o banco.
Mas essa se calhar é a visão de um Bom Contabilista...
EliminarO Danilo ainda vejo com potêncial... o Alex Sandro, nem por isso. É bom jogador até pode ser titular no futuro, mas não acho que vá nunca ser um fora de série pelo qual ofereçam mais do que o que se pagou.
EliminarHá um ano perguntava eu se fazia sentido andar a gastar à grande e a francesa principalmente para o banco (leia-se "futuro", e demonstrava preocupação com o alto serviço da divida, com tendência a aumentar... Como se tem visto.
ResponderEliminarOra é por causa disso (gastar tudo q vem à caixa, em vez de abater uma parte raOavel da divida onde gastamos muitos milhoes todos os anos em juros) q temos o aperto q temos, e não por causa de qualquer impacto externo q não fosse previsível.
Danilo e A Sandro prometem? Pois prometem, mas mau era se não era assim quando se gastou neles perto de 30 milhões!! Duvido muito q se venha a fazer um bom lucro com eles, tendo custado o q custaram, e desportivamente não fizeram qualquer diferença na 1a época e nesta segunda vamos a ver, com a perspectiva por exemplo de forte desvalorização seja de A Sandro seja de A Pereira, com um deles a aquecer o banco.
Anónimo disse
ResponderEliminar"Mas essa se calhar é a visão de um bom contabilista".
Agora digo eu:
Os Contabilistas (bons ou maus) trabalham com números reais, aqueles que lhes colocam em cima da secretária. Os gestores (bons ou maus) trabalham com análises, ideias, marketing, e projectam cenários, esses sim, virtuais. O gestor é mais gerente, do que gerador de resultados, não controla todos os dados. A dificuldade está em conseguir um equilíbrio entre ambos.
Como alguém dizia acerca da dificuldade nas vendas que é aquilo que a SAD faz: “isto é um triângulo. Nós, o cliente, e o produto. Nós podemos mudar. O cliente também. O produto é o mesmo (neste caso o futebol), mas sobre ele não temos controlo”.
Se quiser um exemplo real, ele aconteceu há 2 horas. Nós (Clube/SAD) vendemos um jogo. O cliente (Sócios e público) comprou. O Produto (o jogo) pregou-nos uma partida. Não conseguimos ganhar.
Abraço
PS- Esta troca de opiniões foi muito interessante. Obrigado a todos que participaram.
E tu acreditas que alguém vai comprar o Hulk por 50? Ou mesmo por 40? E se comprar quanto vai ser pago em comissões?
ResponderEliminarSe venderem por 30 é muito... e desses 30, só 27 são para a SAD. Para um jogador que custou mais de 22 milhões, é muito pouco.
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Mas isto é alguma coisa ???!!!
D. Pedro
ResponderEliminarClaro que não acredito, mas, "a culpa" não é do Contabilista, é do "tal gestor" que sonhou alto.
Abraço