Mais sofrido do que aquilo que em campo se viu, a vitória
inatacável do FC Porto viu-se órfã de alguns golos que vincassem a diferença das
equipas na contenda. Entre a ansiedade do revés ocorrido cedo e perda de
algumas oportunidades prometedoras, o conjunto de Vítor Pereira foi protelando
a decisão do encontro para meados do 2º tempo, quando o Estoril não foi capaz
de acompanhar o ritmo do bicampeão nacional. Três pontos com caliente salero “Cha
Cha Cha”, Martinez de seu nome, que vai acrescentando pontos ao seu curriculum
já de si meritório.
Como um autentico paradoxo, no jogo em que a equipa azul e
branca até entrou bem, a impor ritmo à partida e a ser pressionante, leva um
coice ao segundo canto do conjunto da casa. Numa passividade ao primeiro poste
como já havia acontecido na passada Quarta-Feira, Licá ganha de cabeça para
fazer o desvio quase fatal. O ressalto em Steven Vitória confirmou o inevitável
e o galo que se lamuriavam os adeptos portistas bem o podiam retribuir à sua
passiva defesa.
Se para aqueles que fazem voto de fé nas coincidências já
ladainhavam algo de estranho, mais o fizeram quando na baliza contrária Jackson,
num desvio a papel químico do lance vitorioso canarinho, viu a bola ir ao poste
numa atrapalhada canelada de Otamendi. Triste sina para quem tanto dominava.
Nem sempre na mais perfeita das formas, mas merecedora de melhor sorte.
A bola circulava entre o azul e o branco, mas o conjunto vai
coxo. Aquele lado esquerdo, Senhor me perdoe, que até pode ser cisma minha, não
ata, nem desata. Se um treinador decide fazer uma adaptação numa equipa tem de
ver e fazer uma de duas coisas; 1) Avaliar se o jogador tem capacidade para se
adaptar naquele espaço; 2) Fazer um trabalho específico de integração à posição
com o respectivo atleta. Vítor Pereira não fez nenhuma das duas coisas com Mangala. E
assim fica todo um flanco sei rei, nem roque, até ao dia que venha pior sorte,
e depois não digam que não o avisei.
E neste flashback mais alongado nem me dei conta e já se
joga a 2ª parte. Agora sim, a bola é redonda e rola em boa velocidade. O ritmo
imposto foi duro para o Estoril que fez criar brechas no seio da sua defesa. James testou a atenção de Vagner de meia distância, mas foi Jackson quem abriu
a lata e ofereceu o sumo ao seu companheiro de ataque Varela. Empate, enfim,
chegou ele.
Sem perder o embalo, porque os três pontos é o objectivo
único em vista, Moutinho bate finalmente um livre tenso, como se quer, e em
conta para o baile “Cha Cha Cha” Martinez fazer a remontada. Os filhos da Colômbia
parecem querer eternizar-se na ligação umbilical ao FC Porto. Não é que o nosso
actual avançado necessite de comparações, mas vai bem no encalce de quem o
precedeu no seu lugar. Vítor Pereira agradece, a bem da luta acesa e renhida
deste campeonato.
Boa noite,
ResponderEliminarUma boa vitória mas um pouco sofrida.
Excelente o Jackson.
Alguns reparos que gostava que alguem explicasse, mas antes para não deixar dúvidas a algumas mentes, acho o JM um jogador fundamental posto isto.
Não entendo porque marca os cantos, a bola ou vai morta ou mal colocada eficácia nula, digo isto desde o ano passado.
depois gostava de perceber porque se insesti nos lançamentos longos da nossa defesa, pricipalmente Maicon e Otamendi e compreendo menos quando não exite qualidade do passe, normalmente é entregar a bola ao adversário.
Mais um reparo aos comentadores da SPORTV nem sequer acertam na estatistica dos 1000 jogos de JNPC, parece-me intencional, trocar o nº de empates com as derrotas?
Grande jogos de equipa de Tó Neves, para conseguirmos ganhar a europa falta ainda limar umas arestas.
Já agora a saga da equipa B continua de derrota em dettota.
Foi um bom jogo. O Estoril jogou muito pressionante e criou dificuldades que se adensaram com o golo que marcou, logo aos 10 minutos. Correram muito e bem, e o FCP não foi capaz de concretizar as poucas oportunidades que teve e ser mais eficiente na definição de algumas iniciativas atacantes que se perderam por falta de jeito ou espontaneidade no remate. O adversário teve mérito: juntou bem as tropas e tapou os espaços.
ResponderEliminarNa segunda subimos as linhas, Lucho e Moutinho estiveram muito activos : tivemos mais oportunidades, marcámos e, depois, controlámos bem.
Jackson mais uma vez esteve em grande e James passou ao lado do jogo.
Uma palavra para Mangala : foi dos mais activos, que mais passes realizou e mais quilómetros correu. Defendeu bem. Obviamente que não dá a profundidade que o lugar reclama e faz faltas "tolas", mas luta e dá o litro. Miguel Lopes não me merece confiança, até prova em contrário.
A realidade é que com a entrada de Vitor Pereira para treinador principal, o FC Porto raramente tem um jogo conseguido; as exibições sofriveis são o prato do dia e a desvalorização dos activos, no caso os jogadores tem sido galopante. Mas este é o preço que todos nós portistas temos que pagar pela conquista da liga da época passada, uma conquista sem brilho, que se ficou mais a dever ás falhas dos "Chifrudos" em momentos chaves do que por mérito do futebol apresentado pelo o nosso FC Porto de Vitor Pereira. Eu próprio e retante familia (6 membros) deixamos de ir ao estádio ver os jogos; é que uma coisa é ganhar outra e gostar de ver a equipa jogar. Portanto também penso que as receitas dos jogos começam a ser seriamente afectadas com tantas más exibições e se a esta condicionante juntarmos a crise, então não há estratégia de MK que consiga inverter a situação.
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