terça-feira, 14 de julho de 2015

Os equipamentos alternativos

O FC Porto escolheu a cor “chocolate” para o seu equipamento alternativo da época 2015-2016. A escolha foi polémica. Não é consensual uma vez que o castanho não se usa com frequência no desporto.


Os últimos anos têm demonstrado que o Clube não se identifica especialmente com uma cor para os seus equipamentos alternativos. Já usámos o laranja, o amarelo, o roxo, o azul celeste, o azul escuro e o rosa. É mais uma questão de marketing. Com a Nike era assim e com a Warrior (agora New Balance) continuamos a mudar de equipamentos todos as épocas. Se no equipamento principal o azul e branco continuam a imperar, ainda que com listas mais finas ou listas mais largas, no equipamento alternativo a nova marca de equipamentos decidiu, com a anuência da SAD presumo, utilizar da excentricidade, primeiro com o rosa e agora com o castanho.

É verdade que quase todas as épocas temos um equipamento branco ou em tons de branco mas esse é o terceiro equipamento e raramente é usado.


Quando o FC Porto primeiro começou a utilizar um equipamento alternativo nos idos anos 80 ele era predominantemente branco com um ou outro toque de azul. Pois bem, é às origens que o clube deve regressar e por isso deixo aqui a minha sugestão: dada a importância que a cidade do Porto teve na fundação e no aparecimento do Condado Portucalense, que o FC Porto utilize na próxima época a bandeira do Condado na camisola alternativa, utilizando calções brancos e meias brancas.



"O condado, cujo nome deriva do topónimo Portucale, nasceu de uma dádiva do rei Afonso VI à sua filha D. Teresa e a D. Henrique de Borgonha. A cidade do Porto era o morro da Sé. A Rua das Aldas ou a Rua da Penaventosa datam desta altura. O morro era rodeado por muralhas. 
Por iniciativa de D. Teresa, em 1120, é concedido ao bispo D. Hugo um vasto território. O prelado, volvidos três anos, dá a carta de foral aos moradores. O foral era bastante generoso, o que contribuiu para o rápido desenvolvimento do território."

     

17 comentários:

  1. "primeiro estranha-se, depois entranha-se". enfim, acho que até já gosto deste equipamento :)
    a sugestão de um equipamento alternativo que honre as nossas origens parece-me muito boa (ateu e republicano convicto mas sem renegar a nossa história e tradições)

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  2. Quando o FCP procura sair da mediocridade deste rectângulo e alargar fronteiras, este símbolo, que faz lembrar as Cruzadas, deve cair muito bem em certos países muçulmanos.
    Em tempos de tensões religiosas, com Estados Islâmicos e outras barbaridades, parece uma excelente ideia...
    Agora, vou desligar a ironia por momentos.

    Já tinha dito o mesmo daquela camisola da seleção que também tinha uma Cruz a toda a largura do equipamento.
    Uma infeliz ideia...

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    1. Mas vendeu bem aqui nas Arábias.

      Vi muito muçulmano com uma dessas camisolas com a cruz do Euro 2012.

      Ainda mais vendiam se tivessemos ganho o europeu.

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  3. Na minha modesta opinião, esta camisola castanha é provavelmente a mais asquerosa que tivemos até hoje. Sempre gostei das laranjas e acho que podiamos explorar mais o preto.

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  4. Nem mais! Essa cruz ficava mesmo bem no meio da camisola, de forma estilizada claro!

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  5. Concordo a 100%. São nas "pequenas" coisas que se assentam os valores da mística e da história que, nos dias de hoje, tão facilmente que se esquece.

    Já para não falar que, do ponto de vista estético eram muito mais bonitos se seguissem estas linhas (!!!).

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  6. Não sei porque se discute tanto as camisolas alternativas...
    Já tinha dito antes do nosso presidente, desde que não seja nem vermelha nem verde e tenha o nosso símbolo...
    Há dúvidas que as marcas querem mais que ninguém agradar aos fãs?
    Por isso...
    E como nunca se agrada a todos...

    Eu pessoalmente não gosto de um ou outro pormenor, como a gola no original, ou as mangas azuis no castanho, mas é um gosto pessoal!

    Acho que o castanho está MUITO BEM CONSEGUIDO, sempre achei, e fico parvo como é que alguns o consideram horrível... mas enfim...
    Para quê perder tempo a discutir isto...

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  7. O FC Porto tem dois equipamentos alternativos.
    Tradicionalmente, um desses equipamentos é predominantemente branco. Por exemplo, na apresentação dos equipamentos desta época, foi o Danilo Pereira quem envergou esse equipamento branco.

    A polémica existente tem sido relativa ao outro equipamento alternativo.
    Na época passada houve polémica, porque esse outro equipamento alternativo foi cor-de-rosa e esta época a polémica é por ser predominantemente castanho, com umas pequenas partes em azul.

    Há uns dias atrás, aquando da apresentação dos novos equipamentos, eu ouvi o responsável do Branding do FC Porto explicar que a UEFA exige que um dos equipamentos alternativos seja completamente diferente do equipamento principal.
    Ou seja, um dos equipamentos alternativos do FC Porto, não pode ter como cor dominante o azul ou o branco (que são as cores do equipamento principal).

    Por essa razão, e não querendo o FC Porto usar o vermelho ou o verde (por razões óbvias), em anos anteriores, um dos equipamentos alternativos teve como cor dominante o Laranja, o Amarelo, o Roxo, o Cor-de-rosa, etc.
    Este ano foi a vez do Castanho.

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    1. Obrigado José. A questão UEFA é chave, e obviamente não lhes interessa repetir cores, para que todos os anos consigam vender camisolas (a alternativa é quase de certeza sempre a mais vendida).

      Lembrem-se disso quando uma destas epocas o equipamento alternativo for em tons de vermelho ou verde. Não é o fim do mundo. Get over it.

      Vitor Gomes

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    2. Violeta, preto, azul bebé, cor de tijolo...

      De facto nao havia mais nenhuma cor no arco iris que nao o castanho, claro.

      Além disso temos um mistério digno de N Sra de Fátima no facto de que nenhum dos clubes da LC precisou de recorrer ao castanho como alternativo nos últimos 10 anos.

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    3. Nao percebo muito bem a aversao ao castanho, nem muito menos a preferencia por violeta ou cor de tijolo, quase como se jogar de castanho fosse uma heresia ou uma completa aberracao. Eu gosto da camisola, sinceramente...

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    4. @Jose Lopes,

      se me disseram q acham a cor bonita nao tenho nada a apontar, gostos nao se discutem. Nao me venham e' com historias da carochinha de q praticamente fomos obrigados a ter essa cor por imposicao da UEFA.

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    5. @José Rodrigues

      Quem é que nestes comentários, disse (veio com "histórias da carochinha"...) que a UEFA tinha imposto um equipamento alternativo em que o castanho fosse a cor predominante?

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    6. «Quem é que nestes comentários, disse (veio com "histórias da carochinha"...) que a UEFA tinha imposto um equipamento alternativo em que o castanho fosse a cor predominante?»

      Isso, ninguém. E acho que nao passa sequer pela cabeca de ninguem que a UEFA imponha uma cor especifica aos clubes.

      Mas pelo q percebi o responsavel de Branding do FCP disse ou insinuou q a regra da UEFA do «equipamento completamente diferente» teve uma influencia consideravel na nossa escolha do castanho (tendo tambem em conta as outras cores q usámos nos ultimos anos). Ou nao?

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  8. Para mim é indiferente a cor mas ela tem que ser bem trabalhada, acho que houve alternativos muito bonitos. Este não acho que seja agradável. Mas paciência será utilizado apenas esta época a não ser que seja mesmo um sucesso. E como ando quase sempre em contra-mão se calhar... Ainda hoje vi umas imagens do Mário Jardel num link colocado pelo Dragões Diário e achei muito bonito um dos equipamentos alternativos -em tons próximos do lilás- que se utilizavam na época.

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  9. Gosto da sugestão relacionada com o condado, mas temo que as cores sejam demasiado parecidas com o principal para ser... alternativo.

    O "cacau" não tem ponta por onde se lhe pegue. Até pode vender muito (espero que sim), mas é mais feio que o Luisão.

    Mas a lógica do equipamento alternativo tem que ser a de vender camisolas, pelo que é fundamental mudar todos os anos. E não é preciso reinventar a roda, basta ver os equipamentos líndissimos que sobretudo os clubes ingleses normalmente têm. São variações sobre o mesmo tema.

    Aliás, ao contrário de uns 99% dos portistas, eu até gostava de ter um alternativo em tons de vermelho escuro, um vermelho à Porto como julgo que chegamos a ter nas golas de uma qualquer época do início do séc. XX

    Do Porto com Amor,
    LAeB

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  10. Acho excelente a ideia da bandeira do Condado, mas faria apenas uma pequena correcção: o Condado Portucalense já exisitia há mais de 200 anos aquando da doação de Afonso VI de Leão a sua filha D. Teresa, mais precisamente desde a reconquista do Porto por Vímara Peres, na segunda metade do séc. IX.

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