O SLB defronta amanhã o Metalist para a derradeira etapa na fase de grupos da Taça UEFA e tem de derrotar os ucranianos por oito golos de diferença e ainda esperar por um empate entre o Olympiakos e o Hertha Berlim para conseguir o apuramento para a fase seguinte. Não parece tarefa fácil mas o avançado Suazo garante que no futebol nada é impossível. Mal ele sabe que no seu actual clube quase nada mesmo é impossível no que respeita a jogos de bastidores.
O Metalist, por seu lado, veio com uma semana de antecedência para Portugal e aproveitou para fazer um jogo treino com o Estoril Praia, que acabou por perder por 2-1. Ao que parece os ucranianos irão jogar com as reservas para, quiçá, poderem dar uma pequena ajuda. O jogo promete…
O outrora glorioso clube já está habituado a este tipo de pressão - vencer por muitos golos e ficar condicionado pelo resultado de terceiros - e lida muito bem com ela. Senão veja-se o célebre episódio conhecido pelo árbitro que lhe deu nome: Calabote. Esse episódio já foi relatado aqui no Blog mas nunca é demais relembrar:
“Faltava uma jornada para o fim do campeonato de 1958/59 e o FC Porto e o Benfica seguiam empatados na liderança do campeonato. Tendo empatado os dois jogos entre si, a diferença global de golos era decisiva e, nesse item, o FC Porto tinha uma vantagem de 4 golos. Tudo se ia decidir a 22 de Março de 1959, com o FC Porto a deslocar-se a casa do último classificado (o Torreense) e o Benfica a receber na Luz uma equipa do meio da tabela (a CUF).
Durante a semana que antecedeu o jogo, o Torreense transformou-se numa espécie de Benfica B, com os treinos a serem orientados por elementos dos encarnados, tendo-se chegado ao cúmulo de, durante o jogo, um treinador do Benfica – o argentino Valdivieso – se ter sentado no banco do Torreense. A muito custo o FC Porto venceu por 3-0, com os dois últimos golos a serem marcados nos minutos finais da partida.
No entanto, como nesse tempo não havia “sistema” mas valia tudo, os portistas tiveram de esperar quase quinze minutos após o fim do jogo para poderem festejar.
E porquê?
Em primeiro lugar, e apesar dos regulamentos dizerem que os jogos tinham de começar à mesma hora, o do Benfica começou com sete minutos de atraso; depois, porque na Luz se destacaram dois “artistas”: o guarda-redes da CUF – um tal de Gama (que nome tão apropriado!) – que, de tão “infeliz” nesse jogo, teve de ser substituído a pedido dos próprios colegas e, principalmente, o árbitro alentejano Inocêncio Calabote que, entre outras decisões incríveis, marcou três (!) penalties a favor do Benfica e prolongou o jogo por mais oito minutos. O Benfica ganhou por 7-1, mas não chegou (faltou mais um golo).”
Como as Leis da UEFA não permitem que se nomeie um árbitro do mesmo país dos clubes que se defrontam, não será possível ao SLB ver o seu jogo apitado pelo Bruno Paixão, pelo Lucílio Baptista ou até pelo João Ferreira (este muito apreciado por Luís Filipe Vieira, pelo menos nas escutas feitas pela PJ que acabaram por não servir para nada). O que o SLB precisa mesmo para este jogo é de um Inocêncio Calabote. Mesmo assim, o outrora glorioso pode optar por um qualquer Mr. King para dar uma ajudinha aos rapazes e dar-lhes, por exemplo, uns 100 minutos de jogo, nunca se sabe (recorde-se que o ex-árbitro internacional inglês Howard King deu uma entrevista ao News of the World onde revelou ter recebido favores sexuais em Lisboa, oferecidos por Sporting e Benfica nos dias que antecederam jogos destas equipas para as competições europeias, tendo o do SLB ocorrido em 1992 contra o Sparta de Praga).
Ou será que à semelhança do que aconteceu em 1959, em que esteve no banco do Torreense o adjunto benfiquista, o argentino Valdivieso, o SLB irá enviar dois dos seus actuais adjuntos para o jogo entre gregos e alemães em que precisa de um empate? Por exemplo, Francisco Escriba poderia sentar-se no banco do Olympiakos a dar instruções enquanto Francisco Ayestaran se sentaria no banco do Hertha de Berlim. Quique ficaria em Lisboa, claro. As instruções em castelhano desorientariam de tal forma gregos e alemães que estes acabariam por empatar a zero e assim estaria cumprido "o sonho".
O Metalist é o vice-líder do campeonato ucraniano (o líder é o Dínamo Kiev) e em todos os jogos que fez nesta fase de grupos da Taça UEFA demonstrou uma característica: forte coesão defensiva.
ResponderEliminarNos três jogos disputados o Metalist sofreu zero golos!
Perante estes factos, a hipótese do Metalist sofrer 8 (oito!!) golos do SLB é credível?
Tudo é possível, basta que haja uma negociata entre a máfia ucraniana e a máfia dos pneus...
Para já, o treinador do Metalist, Myron Markevich, veio dizer que pretende apostar em jogadores menos utilizados...
Hilariante. Obrigado pelo post.
ResponderEliminarCá para mim, os ucranianos estão a "dar baile" aos lampiões. E, mesmo que houvesse concertação mafiosa, o sport lisboa vai arranjar maneira de fazer má figura.
Para não variar. Vou já comprar cerveja e pipocas.