quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
No lugar que queremos e merecemos, primeiro.
Se no final da primeira ronda da Champions, após a derrota caseira diante do Dínamo de Kiev, dissessem que aquele Porto viria a terminar na frente do seu grupo de classificação, poucos acreditariam em tal cenário. Mas, mesmo com uma segunda volta teoricamente mais complicada (com duas deslocações fora), o improvável aconteceu, o FC Porto ganhou o Grupo G da Champions League, batendo todos os seus adversários na ronda final.
Do encontro da noite passada só a vitória servia as pretensões azuis e brancas. Para além da obvia possibilidade de ascender ao 1º lugar do grupo, havia desejo de corrigir a má imagem deixada em Londres aquando do jogo da primeira volta. Não foi por isso de estranhar que o FC Porto tenha alinhado na máxima força, ao invés do Arsenal, onde o seu treinador permitiu-se ao “relaxamento” de abdicar 8 dos seus habituais titulares.
Apesar das muitas alterações na sua estrutura, os londrinos começaram melhor o encontro, com muita posse e troca de bola, não permitindo que o FC Porto sequer pudesse colocar no terreno as suas famosas transições rápidas. Diga-se, porém, que apesar do controlo aparente e maior posse de bola, o Arsenal nunca foi muito perigoso, com excepção de um remate de Ramsey, onde Helton desviou com classe.
Já nessa altura os portistas tinham equilibrado a contenda, tendo dado o primeiro sinal que alterações mais drásticas no rumo dos acontecimentos estariam para vir, quando Lisandro obrigou Almunia a uma defesa apertada, após um forte pontapé. A confirmação chegaria aos 39 minutos, bem perto do intervalo, após um canto marcado por Meireles, Bruno Alves subiu, como habitualmente, mais alto que todos os outros, e abriu a contagem do marcador.
O segundo tempo foi uma história de um só sentido, daquelas em que o Porto de Jesualdo Ferreira se dá melhor, com vantagem no marcador, o adversário a subir e a aplicar-lhe duros e venosos ataques rápidos. Foi precisamente no seguimento de um desses lançes que o FC Porto ampliou a vantagem, num excelente remate de Lisandro ao ângulo superior direito.
Até final do encontro foi um compêndio prático da cartilha do Professor. Hulk, Lisandro e Rodriguez gizaram diversos esquemas de ataques e transições rápidas, com o uruguaio a desperdiçar por 2 vezes o golo na cara do guarda redes Almunia. A esses momentos junte-se a ocasião soberana de Lucho aos 74 minutos, também desperdiçada. Os 4-0 de Londres não seriam remetidos à procedência, mas a vitória e o consequente primeiro lugar no grupo já não escapavam.
Positivo: A sétima vitória consecutiva e o crescendo de confiança da equipa.
Negativo: Não poder ver ao vivo os melhores jogadores que o Arsenal tem.
Fotos: uefa.com
Foi um bom jogo, ganhamos o grupo, o platinado deve estar desmoralizado e o Wenger que por certo se queria rir ainda mais saiu com um sorriso, mas amarelo.
ResponderEliminarDe qualquer forma tem ali um belo naipe de jovens.
Do FCP, boa 2ª parte mas uma enorma falta da qualidade de passe, às vezes irritante. Isto, mais alguma clarividência do Cebola e do Hulk, tinhamos ganho por mais.
Já agora uma questão ... Onde anda Tarik???????????
"... á agora uma questão ... Onde anda Tarik??????????? "
ResponderEliminarQue raio de pergunta!
Para que queremos nós Tarik se temos Mariano?????????
Ganhamos, naturalmente, a uma espécie de Arsenal B, com um resultado escasso para a exibição e número de oportunidades criadas.
ResponderEliminarO Fernando está, nitidamente, em processo de evolução e crescimento como jogador de um grande clube. Para além de continuar bem no capítulo da destruição do jogo adversário, começa a ver-se melhorias em termos de construção de jogo.
ResponderEliminarFalhou muitos passes?
Sim, é verdade, mas porque arriscou fazer passes longos e em profundidade. Se só tivesse feito passes para o lado e para trás, teria falhado muito menos.
O Rodriguez falhou dois golos “fáceis”, mas ontem vimos um jogador com atitude, garra e combatividade próprias de quem quer jogar na Liga dos Campeões.
ResponderEliminarPara além de um melhor entrosamento com o lateral-esquerdo (quem será) e com os dois elementos mais avançados – Lisandro e Hulk -, algo que só o tempo irá trazer, falta-lhe um grande golo para explodir como jogador de top no FC Porto.
Independentemente do calculismo sobre os possíveis adversários nos oitavos-de-final da LC, é sempre bom ficar em 1º lugar do Grupo. O prestigio também se constrói a partir destes sucessos e, daqui a cinco anos, quem é que se vai lembrar que o Arsenal veio ao Dragão com a equipa B?
ResponderEliminarO resultado foi positivo e não há que questionar o seu porquê? Não quero ser o arauto do negativismo, mas o sucesso do FCP com o Arsenal, os nossos sucessivos (contra-)ataques venenosos resultam de duas coisas: uma defesa alta do arsenal (até porque gosta de jogar em bloco, para facilitar o futebol de passe apoiado) e, segundo, um surpreendente mau desempenho no capítulo do passe dos próprios defesas, que tiveram muitas perdas de bola em zonas defensivas... Não fora isto e a "tese ou cartilha" do professor seria um fracasso...Não é assim que gosto de ver o jogo do FCP, mas este é apenas um gosto secundário;o primeiro é querer vencer e,por isso, Parabéns ao Jesualdo.
ResponderEliminarNa 1º Parte demos demasiada bola ao Arsenal, que a trocou muito bem, até às imediações da grande área, onde raramente entrou. Só a partir da meia hora, conseguimos equilibrar, embora Hulk com a suas investidas causasse sempre algum frisson junto da equipa adversária.
ResponderEliminarNa 2ª. parte estivemos melhor. A pergunta que fica - e isso também se notou com o VS - é se a melhoria decorreu sobretudo de termos ficado à frente no marcador, se das alterações tácticas introduzidas ao intervalo.
Dúvidas à parte, continua a ficar a ideia de uma equipa com dois rostos, que não entra muito bem nos jogos e se dá mal quando enfrenta equipas que trocam muito a bola e jogam com o meio campo muito povoado. Em demasiados momentos, o adversário tem tempo de bola a mais.
Outra coincidência é a subida em flecha de Fernando da primeira para a segunda parte. Os jogadores ocupam mal os espaços - são quase sempre surpreendidos no início dos jogos - e já passou mais que tempo para o FCP ter um sistema suficientemente ágil para se desdobrar , conforme as características do adversário. Afinal, no último jogo estavam da época passada 7 jogadores. A equipa base parece consolidada e as nuances maiores serão nos defesas laterais. Não há razão para equipa não se mostrar mais consistente e deixar-se “dominar”, como aconteceu na primeira parte com o Setúbal.
Vamos lá ver se os índices de confiança vão subir e se vamos chegar para as encomendas. Até lá, vamos apoiando a equipa o que não significa cegueira ou indiferença perante as fragilidades da equipa.
Posto isto, parabéns ao Nelson. Um grande abraço.
Apesar da evidente melhoria do FCP ( a atitude é diferente para melhor ), a frio sempre digo que Wenger fez gestão: preferiu ficar em segundo ( ou correr esse risco)já pensando no sorteio e na Liga Inglesa.
ResponderEliminarMas o que fica para a história é: FCP-2, Arsenal-0. O resto é letra.