Brasil, vencedor da Copa América 1989
Em pé: Mazinho, Taffarel, Mauro Galvão, Ricardo Gomes, Aldair e Branco;
Em baixo: Bebeto, Romário, Silas, Dunga e Valdo.
Cláudio Ibrahim Vaz Leal, gaúcho de ascendência libanesa, que no mundo do futebol ficou conhecido por Branco (porque em miúdo era o único jogador branco numa equipa de negros), foi um lateral esquerdo de grande nível. Iniciou a sua carreira sénior no Internacional, mas foi ao serviço do Fluminense (entre 1982 e 1986), onde foi por três vezes campeão carioca (1983, 1984 e 1985) e campeão brasileiro (1984), que se destacou, ao ponto de chegar ao escrete canarinho.
Após ter participado no México 86, transferiu-se para Itália, tendo jogado no Bréscia nas épocas de 1986/87 e 1987/88.
Aproveitando o facto do Bréscia ter sido despromovido à Serie B, o FC Porto contratou-o e Branco vestiu de azul-e-branco durante duas épocas e meia, sendo um dos elementos fundamentais da equipa que venceu o campeonato nacional na época 1989/90.
No final dessa época, Branco disputou o seu segundo Mundial, tendo sido titular nos quatro jogos que o Brasil disputou no Itália 90 (contra a Suécia, Costa Rica, Escócia e Argentina). A meio da época 1990/91, voou novamente para Itália, para o Génova, onde esteve duas temporadas. Em 1993 regressou ao Brasil, onde viria a jogar em diversos clubes – Grémio, Fluminense, Corinthians, Flamengo e Internacional – antes de voltar à Europa para jogar no Middlesbrough durante uma época (1996).
Para além de um bom sentido posicional e de uma grande cultura táctica, Branco era um exímio marcador de livres, onde tirava partido do seu famoso “pontapé canhão”.
De acordo com a wikipedia, fez 60 jogos pelo FC Porto e marcou 7 golos.
Entre 1985 e 1995, Branco disputou 72 jogos pela selecção brasileira, ao serviço da qual marcou 9 golos. Representou o Brasil em três Campeonatos do Mundo – México 86, Itália 90 e EUA 94.
É um dos melhores defesas-esquerdos (senão o melhor) que me lembro de ver jogar no futebol português.
Brasil x Holanda, quartos-de-final do Mundial 94. Branco marcou o terceiro golo, que apurou a selecção brasileira para as meias-finais.
"(...) É um dos melhores defesas-esquerdos (senão o melhor) que me lembro de ver jogar no futebol português."
ResponderEliminarAssino por baixo.
"(...) É um dos melhores defesas-esquerdos (senão o melhor) que me lembro de ver jogar no futebol português."
ResponderEliminarQuero aqui expressar o meu veemente repúdio por esta frase ofensiva.
Se fosse "no futebol mundial" ainda vá que não vá. Agora no futebol português nem sequer tem termo de comparação.
Já agora, se fosse ao contrário: numa equipa de brancos existir um negro na equipa, se o chamassem de 'Preto' isso era racismo?
José Correia deixe-me fazer-lhe um pequeno reparo (não leve a mal): O Branco não esteve só 2 épocas no Porto, 88/89 e 89/90, esteve também metade da época de 1990/91, não saiu do Porto logo após o Mundial de Itália, embora tivessem surgido propostas na altura. Ainda jogou até Janeiro de 91, só saiu nessa altura, porque lembro-me de golos que ele marcou contra o Nacional e o União da Madeira, após o Mundial de 90. Nessa altura perdemos o Branco, vendido, e o Geraldão, "castigado" pela Administração do Porto, ambos tinham jogado até meados de Janeiro de 1991.
ResponderEliminar@Daniel
ResponderEliminarAgradeço a rectificação. Não me lembrava dessa situação.
Já agora, alguém se lembra do montante envolvido na transferência de Branco do FC Porto para o Génova?