Neste início de época, o onze-tipo do FC Porto incluiu habitualmente três jogadores portugueses - Rolando, Moutinho e Varela.
É pouco? Pois é, e vamos ver qual dos centrais (Rolando ou Maicon) irá ceder o seu lugar para o argentino Otamendi entrar no onze.
Mas sendo pouco, é o triplo dos onzes-bases do actual campeão e vice-campeão nacional. De facto, os onzes de slb e Braga têm apenas um português, Coentrão e Sílvio respectivamente.
Por este caminho, é caso para perguntar se o futuro do futebol português, ao nível da selecção principal, estará na naturalização de brasileiros e argentinos.
Para os clubes pequenos é simples a razão pela qual se contratam mais Brasileiros: a tratá-los como não-estrangeiros, continuar-se-à a preferir sempre ir Buscar um jogador Brasileiro a um Português. Ambos podem ter grande qualidade, mas um Brasileiro que veio de uma divisão inferior pede, na generalidade, um contracto muito mais baixo.
ResponderEliminarPara os maiores clubes, também não é muito complicado o porquê de haver muitos estrangeiros: não existe limite! Teoricamente podemos ter um plantel na Liga Portuguesa com 25 Eslovacos, por exemplo. Tendo em conta esta realidade, os grandes clubes deparam-se com a seguinte realidade: "qual é a nossa prioridade máxima?" - Ganhar. Ponto final. Olhem para os adeptos do Braga. Eles vêem a equipa a fazer jogos maravilhosos e resultados ainda melhores. Estão-se a cagar para terem 11 Brasileiros no 11 inicial.
Não havendo limites, a meu ver, não devemos de boa consciência, criticar as políticas de contratação dos clubes em termos de nacionalidades, e deveremos SIM criticar é este sistema de não haver limite de estrangeiros.
Inteligentes têm sido o Pinto da Costa, o LFV e o António Salvador: "a liga acabou com o limite de estrangeiros nas equipas? Porreiro, pá! Agora temos muito mais liberdade para escolher os nossos jogadores."
O facto de não existir limite de estrangeiros é bom desportivamente para as equipas Portuguesas, mas mau desportivamente para os jogadores nascidos em Portugal. E, claro, os jogadores que ficarem 6 anos a morar em Portugal, tal como qualquer estrangeiro, têm direito à nacionalidade. Tendo direito à nacionalidade e optando pela naturalização são Portugueses. Aos Olhos da Lei são tão Portugueses como o Cristianinho Ronaldo, e é isso que interessa. Ponto final.
Querem acabar com as naturalizações em excesso? (sim, em excesso, porque elas sempre existiram. Já tivemos jogadores Brasileiros a jogar na selecção antes do Deco...) Então faça-se pressão para se recolocar o limite de estrangeiros nas equipas e verão que os clubes recomeçarão a investir gradualmente nas camadas jovens. E assim, muitos dos nossos jovens terão mais hipóteses de concretizar o sonho de se tornar profissionais de futebol.
Peço desculpa o desabafo e até compreendo a necessidade de ter sido colocada a opção dos comentarios não aparecerem de imediato, mas isto é uma chatice quando dá erro. Fiz um comentário (algo longo) e quando fui confirmar, deu-me erro e agora não faço ideia se foi enviado ou não... enfim... amanhã verei se apareceu alguma coisa ou não.
ResponderEliminarNo post anterior, sobre as inscrições, mencionei isto.
ResponderEliminarE sinceramente, fosse eu o próximo treinador da seleção, Pepe e Liédson estavam fora das contas permanentemente.
Os nascidos cá, quando sobem à equipa principal, são quase nada aproveitados e vão jogar em equipas ditas pequenas ou nos Chipres e Roménias deste mundo fora.
Belo exemplo é Roderick, dos banfas, que vi jogar ano passado e vi um novo Mozer, só que com mais categoria.Onde anda a jogar este rapaz?
Já no FCP, Orlando Sá cheirou à Sokota, Ukra não me parece ainda maduro e Castro, coitado, para conseguir vaga vai ser difícil.
Por isso perguntei quando é que Sérgio Oliveira vai se impor e quem mandou embora do FCP aquele Caetano, do Paços de Ferreira?
Mas o pior disto tudo é que, nem Porto nem galináceos querem a curto prazo arriscar a ficarem como os lagartos, que investem nos jovens, colocam-nos a jogar no time de cima, mas não ganham nada de jeito.
Então, no FC Porto e no galinheiro é só estrangeiros no plantel.
Gabam-se os "fidalgos" da formação, mas e daí?Os colossos pegam as boas crias ainda no ninho.O SCP tem a fama, mas não o proveito.
E o jejum leonino já vai pra 1 década.
Saudações
"E assim, muitos dos nossos jovens terão mais hipóteses de concretizar o sonho de se tornar profissionais de futebol. "
ResponderEliminarPor outro lado, o sonho de ter qualquer tipo de vitória ou prestígio a nível europeu esfuma-se.
Acho que a questão que coloca no último parágrafo não tem muita razão de ser, caro José Correia. Não deixou de haver futebolistas portugueses de qualidade, simplesmente os melhores jogam no estrangeiro. O mesmo ou mais se passa com a selecção do Brasil, e não é por isso que eles algum dia terão de naturalizar jogadores para fazerem uma selecção.
ResponderEliminarErrado, Nightwish. Lembras-te de uma equipa vencedora da Taça UEFA em 2002? Quantos Portugueses tinha no plantel? Pois é!
ResponderEliminarMas sim, claro que o Ranking Portugues sofrerá de inicio. Teremos de voltar a apostar forte na formação. E também não estou a falar em impedir a vinda de estrangeiros para Portugal! Simplesmente limitar o 11 inicial a 5 estrangeiros, por exemplo!
@David
ResponderEliminarParte significativa da geração de futebolistas portugueses que jogam (ou jogavam recentemente) no estrangeiro, já passou dos 30 e está a aproximar-se do final de carreira. Exemplos: Pedro Mendes, Maniche, Fernando Meira, Deco, Simão, Paulo Ferreira, Ricardo Carvalho.
Além disso, se não houver jogadores portugueses a actuarem nas principais equipas portuguesas, dificilmente atingirão a notoriedade suficiente para serem transferidos para os principais clubes/campeonatos europeus.
não tem a ver com naturalizações mas talvez com desparazitações...tão necessárias mas que nimguem fala nhttp://www.rtp.pt/noticias/?t=Antonio-Simoes-Homem-que-aniquilou-carreira-de-Torres-esteve-ontem-no-banco-de-Portugal.rtp&headline=20&visual=9&article=372698&tm=44elas:
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