Franz Kafka (1883-1924), romancista e novelista de língua alemã, natural de Praga, numa altura em que a Boémia pertencia ao Império Austro-Húngaro, legou ao vocabulário moderno através do seu muito conhecido romance
O Processo e do seu nome de família o adjectivo "kafkiano". Em Portugal o termo sofre de algum desgaste, pois os nossos jornalistas têm a tendência para o cliché e a frase feita. Mas o que se tem passado nos últimos dias tem bem justificado o seu uso. Boa sorte, Prof. Queiroz.
Vejam lá que os "técnicos" do Luis Horta ficaram de tal forma afectados e perturbados por um insulto que não conseguiram desempenhar as suas funções de forma correcta.
ResponderEliminarEu pergunto-me como os médicos das urgências, que são por vezes cuspidos, insultados, ameaçados, não usam essa desculpa mais vezes.
O Franz Kafka deve estar a escrever um novo livro no além.
A questão é:Por que cargas d'água não foram fazer anti-dopping surpresa a horas decentes, como faz a UEFA em suas competições?
ResponderEliminarNa minha visão, os dotorzinhos chegaram lá às 7 da manhã como se donos daquilo fossem e obviamente, Queiróz não gostou por provavelmente ter sido acordado e ter que acordar os jogadores, prejudicando o planeamento dele(ninguém gostaria, penso eu)e mandou os dotorzinhos à...vida,e um gajo a quente diz e faz coisas que não queria.
(daí as provocações no túnel da luz surtirem efeito, pois após uma derrota do jeito que foi, de cabeça quente, anormal seria os jogadores do FCP não partirem pra cima dos seguranças)
Estes por sua vez,
devem ter se sentido virgens ofendidíssimas por um simples treinador questionar, reclamar, rispostar e censurar o estatuto de autoridades governamentais e o caldo entornou.
Resumo da ópera: Mourinho é que tá certo, em entrevista ontem na RTP - «-SE O QUEREM DESPEDIR, SEJAM FRONTAIS»
Isto agora vai ser uma telenovela mexicana, daquelas em que o autor após tanto tempo no ar, resolve dar um final e mete os personagens todos num navio que naufraga e ninguém escapa com vida.
Alguém já advinhou quem é o navio?
Essas declarções do Mourinho, caro rbn, pecam por dois aspectos:
ResponderEliminar1º não é a Autoridade Anti-Dopagem ou o Sec. Estado do Desporto que têm autoridade para despedirem o Carlos Queiroz;
2º (e mais importante) seria de esperar alguma solidariedade do Mourinho para com um colega de profissão, mas essa solidariedade não se manifestou. Claro que todos sabemos que o Mourinho quer um dia ser seleccionador nacional e portanto mete a sua famosa "frontalidade" na gaveta.
Não tenho especial simpatia por Queiroz nem pelo seu trabalho mas também nunca me irritou, acho que faz um trabalho honesto.
ResponderEliminarIncompreensível este processo, como tantas outras coisas no nosso País, infelizmente.
E o que me irrita, isso sim, é toda aquela corja da Federação. E o anafado secretário de Estado em particular, que só abre a boca para balbuciar parvoíces ou frases ocas, à político. Pelo desporto ainda não fez nada.
@rbn
ResponderEliminarA questão não é tanto das horas. É normal e habitual os controlos serem pelas 8 horas da manhã. Também não se discute que Queiroz foi incorrecto e mal educado.
A verdadeira questão é que para punir Queiroz se usa o argumento de que os técnicos ficaram de tal forma perturbados que cometeram 1 erro protocolar no controlo.
Mais incrivel é o facto de um Secretário de Estado se mostrar satisfeito com uma sentença...
Alguém me pode esclarecer porque razão os adeptos e associados do FCP, orelhas incluído, tomam o partido do Queiroz nesta questão?
ResponderEliminarAgradecido.
Por minha parte posso esclarecê-lo, Zé_Lucas: não tomo partido pelo Queiroz, nem o faço como sócio do FCP. Tomo partido, isso sim, contra o que me parece ser uma prepotência de todo o tamanho. Para mim não é o Queiroz que está em causa.
ResponderEliminarMas o próprio presidente do FCP tomou partido pelo Queiroz no processo disciplinar na FPF, ao depor como sua testemunha abonatória, como deve ser do seu conhecimento.
O motivo da acusação ao Queiroz é surreal e ridículo, o controlo anti-dopping foi feito, apesar da hora a que os "doutorzinhos" apareceram no hotel, e sim um treinador serve para proteger a sua equipa e a tranquilidade de que esta precisa na preparação dos jogos. Se a Autoridade..... queria fazer o controlo tinha de ser em segredo, mas aparecer a horas impróprias é típico de uma "polícia política" de um regime totalitário (o Código de Processo Penal regula as horas a que é possível entrar na casa de um particular para efectuar buscas, como é exigível num Estado de Direito) e o Prof. Queiroz reagiu de forma indignada e com razão. Agora esta a ser julgado por ter insultado um dos "doutorzinhos", mas o processo teria de ser movido pela pessoa que foi insultada, o tal médico, e nunca pelo Estado, pois se fosse assim de cada vez que um funcionário público fosse insultado pelos contribuintes o Estado andava a processar toda a gente que falasse contra a Administração Pública. RIDÍCULO esta acusação, se o médico se sentiu lesado, ele próprio colocava um processo contra o Queiroz, agora o Estado????? Claro que deixa no ar a ideia de perseguição política.
ResponderEliminarZé Lucas,
ResponderEliminareu, falo apenas por mim enquanto adepto do FCP, não tomo partido pelo Queiroz nem o caso está no facto de gostar ou não gostar do Queiroz, mas sim na injustiça do processo de que lhe estão a mover. Não preciso de gostar de uma personalidade para considerar uma injustiça o que lhe fazem ou podem vir a fazer.
O PC foi testemunha, o LFV também, enfim, por aí não me parece que se faça luz ( salvo seja... ).
ResponderEliminarNão sei se alguém se lembra de uma famosa conferência de imprensa em Manchester, por altura do "apito dourado", onde o Ferguson se referiu ao FCP e aos campeonatos ganhos sabe-deus-como. Quem era na altura o adjunto dele, quem era?
Seja como for, não me parece que sejámos sempre obrigados a escolher um lado, seja no processo do Queiroz seja a ver o Tom and Jerry.
Pessoalmente, tem mais credibilidade para mim o Laurentino Dias - lembrem-se do caso Nuno Assis - do que o Queiroz e essa corja toda da federação.
De qualquer forma, não quero mal nenhum ao homem. Mas, daí a defendê-lo, com os dados que conheço pela comunicação social, vai uma grande distância.
Saudações Portistas
@Ze Lucas
ResponderEliminarNão sou grande adepto do Queiroz enquanto treinador, como pessoa não o conheço para formar juizo.
Está em causa o punir com exagero um acto de má-educação, justificando-o com uma perturbação emocional dos técnicos que ouviram o dito insulto. Isto é prepotência juridica e pessoal.
Isto lembra-me um certo caso... O de Hulk e Sapunaru, que sim senhor deviam ser punidos, mas nunca por 4 ou 6 meses. E tal como no caso Queiroz foi-se buscar uma argumentação juridica, interpretando a belo prazer uma lei de forma a alcançar a punição mais elevado.
Por fim é importante lembrarmo-nos todos que a justiça é cega, ou devia ser. Logo o gostar ou não duma pessoa não devia interferir na nossa noção de justiça ou injustiça.
Olá!
ResponderEliminarConvido o(s) autor(es) deste blog e todos os seu leitores a participar no passatempo que estou a promover no meu blog.
Visitem:
http://portistasanonimos.blogspot.com/p/e-golo.html
Caro Ze Lucas, o que o Alexandre B. fez, e muito bem, foi levantar a voz contra um abuso e uma prepotência incrível. Infelizmente isto tornou-se tão normal em Portugal que quando alguém o lamenta e levanta a sua voz contra o exercício desse poderzinho de pacotilha que nos entope o desenvolvimento, logo acham que estamos por ou contra alguém! É triste. E é por isso que essa espécie de poder se perpetua.
ResponderEliminarPor isso e pela falta de apoio da classe profissional. Em qualquer outro país decente os treinadores já se teriam pronunciado a repudiar. Aqui todos assobiam para o lado; é que o lugarzinho dá mesmo jeito...
"Se não existisse separação de poderes toda a justiça seria assim:
ResponderEliminar1. O réu não é ouvido nem tem direito de defesa.
2. Organismo do Estado decide em causa própria.
3. Decisão é passada para o superior hierárquico, embora a lei não o preveja.
4. Decisor depende hierarquicamente de um político que já demonstrou ter interesse na sentença.
5. Condecorações e serviços prestados ao Estado pelo réu contam como atenuante.
6. Duração da pena fora do previsto pela lei
7. O facto de o réu não considerar legítima uma acção de um organismo do Estado é tido como relevante para a decisão."
no blog blasfémias.net
Cumprimentos
Orlando Sousa
Olha que está bem apanhado.
ResponderEliminar"Navio Portugal" consegue "fazer" muitos filmes.
Até adianto um slogan:
A naufragar desde 1143!
Uma adenda a um comentário supra, onde se diz que o anafado secretário do desporto "só" abre a boca para dizer parvoíces.
ResponderEliminarTambém abre para comer, aqueles almoços e jantares onde se convida. Ontem foi nas caves de Gaia, a pretexto duma qualquer candidatura do futebol...
oh Lucas.
ResponderEliminarO partido que tu pensas que se toma, radica num pormenor importante. Somos contra as prepotências, porque nunca pertencemos ao Regime. E tu tens ar de vermelho...
Cara reine,
ResponderEliminarno meu comentário, o 2º porque o 1º foi só um pedido de esclarecimento, deixei alguns dados, mais ou menos objectivos, que poderiam dar algumas indicações sobre o que (não) penso sobre o assunto. Na prática, o que me separa da posição do Alexandre e, pelos vistos, da larga maioria que comenta neste blog, é que toda a gente "dá de barato" que estámos perante um abuso e uma prepotência incrível, para usar os termos que referiu. Muito bem, não me parece evidente que assim seja, nem estou disponível para aderir emocionalmente ao lado Queiroz. Só isso.