Viena, 27 de Maio de 1987. Um clube do Norte de Portugal, um país pobre, pequeno e periférico, surpreende a Europa do futebol, ao derrotar o colosso da rica Baviera na final da Taça dos Campeões Europeus.
À boleia deste sucesso, o quase desconhecido Artur Jorge Braga Melo Teixeira (licenciado em Germânicas e que tinha estudado metodologia de treino em Leipzig, na antiga Alemanha de Leste), juntamente com uma geração de jogadores fantásticos – Madjer, Futre, Juary, João Pinto, etc. – saltaram para a ribalta europeia.
Ainda mal refeitos da “bebedeira”, os adeptos portistas sonhavam com novas conquistas além fronteiras na época seguinte. Contudo, uns dias depois de ter regressado ao Porto de braço dado com Pinto da Costa, Artur Jorge pede ao presidente do FC Porto para o deixar sair. De França, o milionário francês Jean-Luc Lagardére, presidente do Matra Racing, acena-lhe com uma pipa de massa e o desafio de transformar o ex-Racing Club Paris num grande do futebol europeu.
Aos 41 anos, entre a possibilidade de continuar como treinador principal dos dragões e os francos franceses, o portuense e portista Artur Jorge nem hesitou e Pinto da Costa não teve outro remédio senão deixá-lo ir. E, como na altura ainda não havia cláusulas de rescisão nos contratos dos treinadores, o FC Porto ficou sem treinador e de mãos a abanar.
Lagardére (uma espécie de Abramovich dos anos 80) contratou diversos craques, mas as coisas não correram bem e em Novembro de 1988 o “Rei Artur” estava de regresso ao Porto, para substituir Quinito. Ficou duas épocas e meia – 1988/89, 1989/90, 1990/91 – até voltar a ser seduzido pelo perfume ($$$) parisiense, desta vez do Paris Saint-Germain, que tinha sido comprado pelo Canal+.
Ao comando do PSG, Artur Jorge haveria de ganhar uma taça de França e um championnat (1993/94), para além de bons desempenhos nas competições europeias. Regressou novamente a Portugal em 1994/95, mas dessa vez para treinar o… slb!
Apesar de ter trocado duas vezes as margens do Douro pelo charme da cidade luz, não ficaram mágoas e, hoje em dia, Artur Jorge é visto como um dos nossos: portuense, portista e o homem que ficou para a história ao comando da nau azul-e-branca em Viena, vencendo o Adamastor.
P.S. Não me lembro se o Artur Jorge recebeu algum dragão de ouro mas, a acontecer, não me parece que isso fosse motivo de grande contestação.
À boleia deste sucesso, o quase desconhecido Artur Jorge Braga Melo Teixeira (licenciado em Germânicas e que tinha estudado metodologia de treino em Leipzig, na antiga Alemanha de Leste), juntamente com uma geração de jogadores fantásticos – Madjer, Futre, Juary, João Pinto, etc. – saltaram para a ribalta europeia.
Ainda mal refeitos da “bebedeira”, os adeptos portistas sonhavam com novas conquistas além fronteiras na época seguinte. Contudo, uns dias depois de ter regressado ao Porto de braço dado com Pinto da Costa, Artur Jorge pede ao presidente do FC Porto para o deixar sair. De França, o milionário francês Jean-Luc Lagardére, presidente do Matra Racing, acena-lhe com uma pipa de massa e o desafio de transformar o ex-Racing Club Paris num grande do futebol europeu.
Aos 41 anos, entre a possibilidade de continuar como treinador principal dos dragões e os francos franceses, o portuense e portista Artur Jorge nem hesitou e Pinto da Costa não teve outro remédio senão deixá-lo ir. E, como na altura ainda não havia cláusulas de rescisão nos contratos dos treinadores, o FC Porto ficou sem treinador e de mãos a abanar.
Lagardére (uma espécie de Abramovich dos anos 80) contratou diversos craques, mas as coisas não correram bem e em Novembro de 1988 o “Rei Artur” estava de regresso ao Porto, para substituir Quinito. Ficou duas épocas e meia – 1988/89, 1989/90, 1990/91 – até voltar a ser seduzido pelo perfume ($$$) parisiense, desta vez do Paris Saint-Germain, que tinha sido comprado pelo Canal+.
Ao comando do PSG, Artur Jorge haveria de ganhar uma taça de França e um championnat (1993/94), para além de bons desempenhos nas competições europeias. Regressou novamente a Portugal em 1994/95, mas dessa vez para treinar o… slb!
Apesar de ter trocado duas vezes as margens do Douro pelo charme da cidade luz, não ficaram mágoas e, hoje em dia, Artur Jorge é visto como um dos nossos: portuense, portista e o homem que ficou para a história ao comando da nau azul-e-branca em Viena, vencendo o Adamastor.
P.S. Não me lembro se o Artur Jorge recebeu algum dragão de ouro mas, a acontecer, não me parece que isso fosse motivo de grande contestação.
A 1a saída de Artur Jorge não é minimamente comparável com a saída de AVB (e a comparação ficou muito implícita no artigo).
ResponderEliminarArtur Jorge saiu após 3 épocas no FCP e após atingir o pináculo, ganhando a TC.
AVB saiu ao fim de apenas uma época e sem fazer um único jogo na LC (estando portanto muuuuito longe de atingir o tal pináculo).
Uma diferença ENORME. É normal q um treinador q fez 3 anos no FCP e sai após ganhar a LC queira tentar outros desafios, pq a motivação no FCP seria muito pequena, náo levei na altura nada a mal ao AJ.
Já agora, outra diferença: como foi bem dito o AJ não tinha cláusula de rescisão e sendo assim só saiu porque o PdC consentiu, porque senão ficava (PdC "não tinha outro remédio"? LOL. Por essa lógica tb não tinha remédio qdo o Deco quis sair em 2003... ah, espera aí, afinal teve).
Já AVB saiu de forma unilateral.
E ainda querem comparar estes dois casos?? Poupem-me!
Finalmente: em jeito de brincadeira, o AJ fez um favor ao FCP ao ir para o slb em 94/95, já q eu acho q lhes fez mais mal do q bem. Foi um infiltrado :-)
Nada disso deixa de ser verdade, mas ganhasse ele qualquer coisa de relevo com o SLB e parece-me que a coisa seria vista com outros olhos.
ResponderEliminarO que teremos de 'ver' é, com que olhos devemos ver estas saídas?
Acho que o clube já provou ser mais que qualquer Artur Jorge, Mourinho ou AVB. E a irritação contra qualquer um deles é falta de fé nessa assumpção. Por mim querem ir, ou têm-de ir, é deixá-los ir. Porque os sonhos podem e devem continuar... mas para isso é preciso imaginação e confiança.
Abraço e continuação de bom trabalho.
Motivação? Novos desafios? Não me venhas dizer que poder ganhar a Supertaça Europeia e a Taça Intercontinental (já nem falo em repetir o sucesso na Taça dos Campeões) não era um desafio suficientemente interessante para o Artur Jorge ter continuado na época 1987/88. Tretas.
ResponderEliminarZé Rodrigues, a semelhança entre as saídas do Artur Jorge e do André Villas-Boas é mais do que óbvia e muitíssimo fácil de fazer: ambos são portuenses e portistas, mas saíram do FC Porto por vontade própria, quando um presidente endinheirado de um clube estrangeiro lhes acenou com um camião de notas. E, no caso do Artur Jorge, fê-lo duas vezes. O resto é conversa.
E, já agora, o mesmo fizeram Bobby Robson e José Mourinho, quando receberam “propostas irrecusáveis” do FC Barcelona e Chelsea. Aliás, no caso do treinador inglês, o Pinto da Costa ficou de tal forma zangado que, inclusivamente, não pagou ao Bobby Robson os prémios a que ele teria direito da época 1995/96 (penso que mais tarde chegaram a acordo e o caso ficou resolvido).
ResponderEliminarUm dos poucos que merecem uma estátua no estádio, pois ganhou uma taça dos campeões europeus (quando parecia impensável) e desgraçou o benfica durante uns bons anos, LOGO MERECE A REFERIDA ESTÁTUA.
ResponderEliminarPara mim parece claro que o André Villas Boas saiu com o acordo do PdC.
ResponderEliminar15 milhões é muito dinheiro, significou vender menos um jogador e encaixar liquidez antes da época de vendas, de forma a ficar menos pressionado para negociar.
O PdC, e eu posso até nem gostar deste ponto, já mostrou que pelo preço certo vende qualquer um sem pensar duas vezes.
Por isso, para mim, o PdC deve ter dado toda a abertura e até força para que o AVB saisse e suspeito que se faltassem uns 100 euros para os 15 milhões, o PdC tinha posto do bolso dele.
E a prova disso é o Dragão de Ouro. O PdC quer deixar bem claro que não guarda ressentimentos e que este saiu a bem, continua a ser um dos nossos e pode voltar quando quiser.
O FC Porto não teve alternativa em deixar sair Artur Jorge em 1991, porque - se bem me recordo - o contrato acabava no final da temporada de 1990/91, no último jogo em que orientou a equipa, final da Taça no Jamor - nossa vitória contra o Beira-Mar por 3-1- já se falava na saída dele e penso que dentro do clube as coisas já estavam orientadas nesse sentido, houvesse ou não a proposta do PSG ou de outro clube qualquer. Se a memória não me atraiçoa acho que a proposta do PSG foi feita ao Artur Jorge já depois de ele sair do FC Porto.
ResponderEliminarEm 1987 ele saiu após atingir o pináculo, como referiu o José Rodrigues, mas a questão que se coloca é se Artur Jorge tivesse ganho uma competição europeia na 1ª temporada ao serviço do nosso clube e se surgisse uma proposta milionária de um clube europeu logo aí será que ele resistiria? Só assim será possível efectuar uma comparação com AVB, pois este teve uma proposta milionária de um clube europeu logo no fim da 1ª temporada - onde conquistou uma competição europeia - enquanto Artur Jorge só teve uma proposta milionária ao fim da 3ª temporada.
"com uma geração de jogadores fantásticos – Madjer, Futre, Juary, João Pinto, etc. – saltaram para a ribalta europeia." Sem querer estar a desvalroizar o artigo e a opinião do José Correia, o Juary e o Madjer já faziam parte da ribalta europeia. Juary tinha jogado vários anos no Calcio, onde fora estrela e craque no Avelino e, sobretudo, no Inter; Madjer era a estrela da selecção argelina que tinha brilhado no Mundial de 86 no México, não sendo um desconhecido no futebol europeu, os franceses conheciam-no bem pois tinha jogado no campeonato francês antes de vir para o nosso FC Porto.
ResponderEliminarBoa tarde caro amigo, tenho um blogue sobre o FC Porto e gostava de saber se podes adicionar o meu blog aos teus favoritos e eu adiciono o teu ao meu, primo por tentar juntar no meu blog aqueles que acho melhores para partilhar passa por lá e diz alguma coisa www.fcporto1986.blospot.com \ www.fcporto1986.pt.am .
ResponderEliminarabraço e excelente trabalho.
Ze', poupa-me.
ResponderEliminarE' ou nao verdade q a Liga dos Campeoes (ou a TC anteriormente) sao o ponto maximo a nivel de clubes?
Vais agora virar o bico ao prego em relacao ao q disseste no passado e
vais querer convencer q e' a Supertaca europeia ou a intercontinental
(q nem sequer competicoes sao, mas sim trofeus)? Please.
E' ou nao verdade q apos 3 anos no FCP e tendo ganho uma TC, se pode
falar do fecho de um ciclo, enquanto o AVB saindo ao fim de um ano e
sem unico jogo na LC deixou a quase todos a impressao de q saiu sem o
ciclo ir sequer a meio?
Eu achei normal na altura q o AJ saisse, da mesma forma q achei normal q o Mourinho saisse apos 2 anos e meio e tendo conquistado a LC, não fiquei chateado com eles por causa disso (no caso do Mourinho fiquei chateado assim pela forma como saiu, com as negociacoes com o Chelsea nas meias-finais e sem festejar a conquista da LC).
Já o AVB saiu prematuramente: um caso muuuuuito diferente. isto para não falar nas declaracoes de "cadeira de sonho", etc. (eu nunca vi declaracoes identicas da parte do AJ, já agora).
Daniel Gonçalves disse...
ResponderEliminarAVB, pois este teve uma proposta milionária de um clube europeu logo no fim da 1ª temporada - onde conquistou uma competição europeia - enquanto Artur Jorge só teve uma proposta milionária ao fim da 3ª temporada
Exactamente. Isto é que é o cerne da questão.
Artur Jorge, Bobby Robson, José Mourinho e André Villas-Boas, todos saíram do FC Porto por vontade própria quando receberam "propostas irrecusáveis" (na perspectiva dos próprios), independentemente de estarem no FC Porto há um, dois ou três anos.
O resto, volta a dizer, é conversa.
Daniel Gonçalves disse...
ResponderEliminaro Juary e o Madjer já faziam parte da ribalta europeia
Serem conhecidos é uma coisa, fazerem parte da ribalta europeia é outra.
Uma coisa me parece indiscutível: ambos chegaram ao FC Porto em baixa e em Maio de 1987 estavam no topo da Europa.
José Rodrigues disse...
ResponderEliminarVais agora virar o bico ao prego em relacao ao q disseste no passado e vais querer convencer q e' a Supertaca europeia ou a intercontinental
Mas qual virar o bico ao prego? Tu é que estás a distorcer o que eu disse.
O que eu disse, e repito, é que poder ganhar a Supertaça Europeia e a Taça Intercontinental (para além de tentar repetir o sucesso na Taça dos Campeões) seriam desafios desportivos aliciantes para a época 1987/88, até porque a equipa dava garantias, visto ser praticamente a mesma. Aliás, na sua longa carreira, o Artur Jorge nunca mais teve oportunidade para disputar estas duas competições - Supertaça Europeia e a Taça Intercontinental.
Agora, na minha perspectiva, ninguém pode levar a mal que entre os desafios desportivos e o dinheiro, os treinadores optem pelo dinheiro. É uma opção deles, perfeitamente legitima.
Já agora, quanto ao alegado desinteresse da Taça Intercontinental, recordo declarações do José Mourinho nas vésperas da final de 2004, dizendo que lamentava não poder disputá-la e que a mesma representava o corolário de 14 jogos, na qual ele tinha comandado o FC Porto em 13 desses jogos.
ResponderEliminarJosé Rodrigues disse...
ResponderEliminarJá o AVB saiu prematuramente
Na tua opinião. Na dele saiu na altura certa, isto é, quando recebeu a proposta certa ($$$) de um clube/campeonato que ele considera interessante.
José Rodrigues disse...
ResponderEliminaristo para não falar nas declaracoes de "cadeira de sonho", etc. (eu nunca vi declaracoes identicas da parte do AJ, já agora)
Pois, esse é que foi o problema, a que eu chamaria o "complexo do marido traído pela esposa fiel".
Muitos adeptos portistas estavam convencidos que o André Villas-Boas era "geneticamente puro" e que, ao contrário de outros antes dele, iria resistir ao poder do dinheiro. E é por isso que a desilusão foi maior.
São muito injustos em relação ao Artur Jorge e à sua passagem pelo Benfica. Ao contrario de muitos benfiquistas penso que ele foi o menos culpado de tudo o que se passou a partir de 94.
ResponderEliminarFoi um Benfica falido que ele encontrou em 94, não apenas falido mas pior que isso tomando a logica da avestruz, iludindo-se com contratações como a do Canniggia. Mas para là do Caniggia e do Preud'Homme (penso que o Paulo Bento também foi contratado nesse ano) quem é que o Benfica foi buscar? Querem nomes? King, Paredão (no meio daquela equipa eu até pensava que ele era bom!), Marcelo.
O Benfica na altura dele tinha bons jogadores (Preud'homme, P. Bento, João Pinto, Cannigia, mas o resto, muitos nem eram jogadores de 1a divisão... e mesmo assim o AJ fez uma boa campanha na Champions, sendo eliminado nos quartos pelo Milan (derrota 2-0 em Milão e empate na Luz 0-0 onde o Benfica massacrou, tendo ido abaixo nos minutos 70 depois de um remate do Isaias que bateu nos dois postes).
Foi o inicio do caos do Benfica, mas não foi o AJ o catalizador dessa situação.
A Taça Toyota (não resisti!) apenas é importante porque joga-la implica que o clube europeu que està presente foi... campeão europeu. é obvio que a Taça dos Campeões/Liga dos campeões é a competição mais importante do mundo, a Taça Intercontinental e Supertaça Europeia sendo cerejas em cima do bolo.
ResponderEliminarA Liga dos Campeões apenas é superada (e isto em termos simbolicos) pela Libertadores. E sem duvida alguma a importância que os clubes da América Latina dão à Intercontinental é bem superior à dos europeus (mas aqui jà entram diferentes factores : desde os jogadores que procuram mostrar-se aos grandes europeus a... questões politicas de afirmação da Am. Latina face ao mundo ocidental)
"Pois, esse é que foi o problema, a que eu chamaria o "complexo do marido traído pela esposa fiel". Muitos adeptos portistas estavam convencidos que o André Villas-Boas era "geneticamente puro" "
ResponderEliminarO problema está no treinador, não está nos adeptos. Isto é muito simples: neste ponto AVB mentiu com todos os dentes, já um Mourinho ou Artur Jorge não.
"Exactamente. Isto é que é o cerne da questão"
ResponderEliminarSe, se, se... se a minha avó tivesse rodas se calhar era um autocarro. Eu estou aqui a discutir factos, não hipóteses.
"Na tua opinião. Na dele saiu na altura certa, isto é, quando recebeu a proposta certa ($$$) de um clube/campeonato que ele considera interessante."
Na minha opinião, na opinião do PdC e da esmagadora maioria dos adeptos. O problema é PRECISAMENTE q não coincide com a do AVB, pelos vistos.
Se o Mourinho tivesse saido ao fim de uma unica epoca e apos ganhar a Taça UEFA, eu iria considerar q saiu nem sequer a meio de ciclo e ia portanto ficar chateado tal e qual como fiquei com AVB. Mas o FACTO (tal como para AJ) é q não saiu.
Se não saiu pq queria disputar a LC com o FCP, ou pq não teve boas propostas, ou pq a mulher queria ficar na cidade do Porto mais um ano, ou por diabo a quatro é para mim irrelevante. O facto é q não sairam (prematuramente), e AVB saiu.
"Foi o inicio do caos do Benfica, mas não foi o AJ o catalizador dessa situação."
ResponderEliminarNisso concordo, não foi ele o maior culpado, longe disso.
Mas para mim em vez de ser parte da solução ele foi parte do problema: com os ovos q tinha podia ter feito melhor omeletes. Foi ele q escolheu e apostou em jogadores tipo King, etc. etc.
Sim foi José Rodrigues, mas ele não tinha meios para ir buscar outros. Não nos esqueçamos que esse foi o periodo onde o Benfica estando a entrar em bancarrota fez uma politica de contratações sonantes que tornaram impossivel a construção de um grupo de qualidade. Isso começou com o Jorge de Brito (em 92-93) e a vinda do Futre, mas continuo depois com o Preud'hommme (ainda bem que veio!) e o Canniggia (em 94-95). Como dizia, o Benfica tinha 4 ou 5 excelentes jogadores, mas o resto... e o problema era que ele não podia, porque o Benfica não tinha meios, ir buscar outros.
ResponderEliminarSobre o facto de Artur Jorge ter tido o desempenho que teve no SLB, convêm esclarecer o plantel que lhe colocaram à disposição, e não, não foi ele que deu aval à contratação de jogadores como King, Hassan, Marcelo, Paredão, sem esquecer o estado de ânimo do Canigia que encarou a passagem por Portugal como uma excursão ou férias. "Mas para mim em vez de ser parte da solução ele foi parte do problema: com os ovos q tinha podia ter feito melhor omeletes", muito discutível esta opinião, o Manuel José sucedeu ao Artur Jorge, e já então com um plantel melhorado o MJ fez incomparavelmente pior.
ResponderEliminar«O FC Porto é um clube plural, de muitas e divergentes opiniões, e o Conselho Cultural é um órgão próprio, com a autonomia própria dos homens e mulheres que o constituem. Porém, relembramos aos Guerras deste mundo que o treinador premiado ganhou uma competição europeia (ai, que saudades das vitórias no salazarismo), uma Supertaça que estava ganha pelo adversário antes do jogo começar, uma Liga sem derrotas e com resultados digamos que razoáveis frente a quem o Guerra sabe, e uma Taça de Portugal que também já estava decidida até que ficaram sem pio e nem coragem tiveram de apagar a luz. (...)
ResponderEliminarPS: Informação adicional e gratuita, o Guerra só conhece os regulamentos do seu próprio clube e não sabe que mais vale estar calado do que mostrar ignorância. José Mourinho não podia receber o Dragão de Ouro em 2004 porque tinha recebido o de 2003 e o regulamento de então não o permitia. Isso não impede que, nesta casa sempre grata a quem connosco é sério e profissional, José Mourinho seja considerado um dos treinadores mais importantes da nossa história e reconhecido pelos portistas como um dos maiores de sempre.»
in www.fcporto.pt
Daniel Gonçalves, uma lista de jogadores lhe foi apresentada e ele escolheu aqueles que, nessa lista, lhe pareciam os mais pertinentes para o plantel. Mas quando vejo os nomes que ele escolheu... nem quero imaginar quem eram os outros.
ResponderEliminarPor outras palavras, sim foi ele que escolheu mas a sua margem de manobra era muito reduzida.
Quando publiquei este artigo, não pensei que a discussão seria, em grande parte, acerca do desempenho que o Artur Jorge teve no slb...
ResponderEliminarNão é esse o cerne da questão, pelo menos deste artigo.
José Correia, fui eu que "mordi o isco" pois achava que havia uma certa injustiça no que se disse sobre o Artur Jorge. Contudo não era minha intenção monopolizar o artigo com esse tema.
ResponderEliminarSobre o cerne da questão apresentada no artigo, se bem compreendi a moral, ou falta dela, de um treinador que sai de um clube apos um ano cheio de sucessos, apenas tenho a dizer que se trata de um problema bastante burguês.
ainda não esgotámos o tema? pronto, cá vai :)
ResponderEliminar- portanto a culpa é nossa, pobres encornados que acreditámos nas juras de amor eterno, não percebendo aquilo que o José Correia, sagaz, logo intuiu, que tudo não passava de uma questão de peso (no bolso);
- uma pequenina diferença entre os casos acima citados: todos eles saíram no fim da época, excepto o vocês-sabem-quem que saiu no início da época;
- Artur Jorge portista? não sabia… disfarçava muito bem e está assim explicada a sua passagem pelo 5lb ;)
p.s. o Cardinal merecia um Dragão de Ouro (de prata ou de outro metal qualquer, parece que isso não é assim tão importante para o "menino do Aleixo")
nobigdeal disse...
ResponderEliminarnão percebendo aquilo que o José Correia, sagaz, logo intuiu, que tudo não passava de uma questão de peso (no bolso)
O sucesso crescente que o AVB foi acumulando ao longo da época, juntamente com o destaque mediático que teve na comunicação social estrangeira, onde as comparações com Mourinho vinham várias vezes à baila, faziam antever que ia ser um treinador muito pretendido no final da época, nomeadamente por clubes que têm uma capacidade financeira muito superior à do FC Porto.
Não era preciso ser particularmente sagaz e muito menos uma espécie de Maya, bastava estar minimamente atento.
"Artur Jorge portista? não sabia… disfarçava muito bem e está assim explicada a sua passagem pelo 5lb ;)"
ResponderEliminarJá cá faltava esta, caro leitor. O próprio AJ já afirmou mais que uma vez que é portista, mas este infundado boato permanece.
Pela sua lógica o facto de ter treinado o FCP também desmentiria o seu benfiquismo...
O Oliveira também foi jogador (e treinador) do Sporting, e daí?
nobigdeal disse...
ResponderEliminarArtur Jorge portista? não sabia…
De facto, não tem estado muito atento.
“Repare, eu sou portuense e portista. Como a minha família. Nasci no Porto e cheguei a ver, veja lá bem, jogos na Constituição [campo do FC Porto, de 1912 a 1952]. Lembro-me nitidamente de um FC Porto-Oriental e eu lá todo espremido entre os adeptos, que, não sendo muitos, entre 4 a 5 mil, enchiam aquele campo e conferiam uma atmosfera especial. Também vi jogos no Estádio do Lima”
Artur Jorge, 19/12/2009
http://www1.ionline.pt/conteudo/38380-o-benfica-fc-porto-agora-e-o-benfica-sporting-ha-30-anos
mas também poderia ter visto (lido) aqui:
http://reflexaoportista.blogspot.com/2009/12/dois-treinadores-campeoes-europeus.html
lol :)
ResponderEliminarpronto, não sabia, há tanta coisa que eu não sei..
"este infundado boato permanece": é outra coisa que não sei (que boato)
:)
Parece-me que ha aqui um exagero por parte de ambos os "Joses".
ResponderEliminarParece-me bem evidente que os casos de AJ e AVB apesar de terem algumas semelhancas sao casos que nao podem ser comparados pelos motivos ja aqui expostos pelo José Rodrigues.
De qualquer maneiro nao iria tao longe ao ponto de afirmar que se Mourinho tivesse saido apos a primeira epoca completa no Porto, teria sido o mesmo que fez AVB. Nao concordo neste ponto.
Meus amigos, nao tenhamos duvidas, antes do profissionalismo e do portismo, está sem dúvida a nossa família. Por isso é PERFEITAMENTE legitimo que um treinador portista decida abandonar o seu clube para ir treinar um outro que lhe assegure a si e a sua familia um futuro mais tranquilo, financeiramente falando.
A única coisa censuravel no caso de AVB (e nao é coisa pouca!) foi o timing da sua saída (1 semana antes do arranque da pre-epoca) aliado as declaracoes que vinha proferindo ao longo da época. A verdade é que certamente nem o proprio AVB sonhou que que poderia ter uma epoca tao perfeita como a que teve e por isso sentia-se a vontade para dizer que por vontade propria nao sairia do clube. Foi ingenuo.
Agora esta comparacao entre o caso de AJ e AVB parece-me um pouco descabida...
Carlos Santos disse: "Agora esta comparacao entre o caso de AJ e AVB parece-me um pouco descabida..." Como eu escrevi no comentário anterior, só é descabida porque a proposta milionária só foi feita ao Artur Jorge no final da 3ª temporada ao serviço do FC Porto, porque se tivessse havido uma proposta desse teor logo em 1985, no final da 1ª temporada, já poderíamos comparar a atitude dos dois treinadores face à mesma situação.
ResponderEliminarNobigdeal disse "todos eles saíram no fim da época, excepto o vocês-sabem-quem que saiu no início da época". O único que eu me lembre de sair no início da época, já depois dos jogos de preparação, foi o holandês Co Adrianse.
Alexandre Burmester "O Oliveira também foi jogador (e treinador) do Sporting", esta de treinar o SCP eu desconhecia, lembro-me de o Oliveira ter sido jogador sportinguista, depois da saída do nosso clube após o "Verão Quente" de 1980, pelo meio ainda passou pelo Penafial, agora treinador não me lembro.
Nobigdeal, sim, o Artur Jorge confessou em público diversas vezes ser portista, mas isso não o impediu de na carreira profissional ter treinado clubes rivais. Se formos a ver o Jesualdo Ferreira foi muitos anos adjunto de treinadores principais do SLB, e considerado um "produto da casa" pelos benfiquistas, no entanto acabou por treinar o nosso clube assim como poderia ter ido treinar o SCP, e era considerado e tido como um adepto benfiquista.
E o Octávio? Não era um portista indefectível, e acabou por treinar o SCP? E recentemente nos media não se falou nele para um lugar qualquer na estrutura da equipa técnica benfiquista.
Já me recordo do Oliveira ter sido treinador do Sporting, foi no último ano dele como jogador, em que acumulou as funções de treinador, sendo simultaneamente jogador/treinador, o que nem sempre é bem visto pelos restantes jagadores do plantel.
ResponderEliminarDaniel, não questiono o profissionalismo de qualquer deles, eu simplesmente NÃO SABIA de que clube o Artur Jorge é adepto.
ResponderEliminarao falar na sua passagem pelo 5lb como treinador e com os resultados que são conhecidos, quis apenas ironizar com esse facto, pois que também eu, na altura, brincava com os meus amigos lampiões dizendo-lhes que o AJ era toupeira nossa :)
relendo o que escrevi acima, devo-me ter exprimido mal e dar a impressão que estava a insinuar que o AJ é ben7iquista (daí, talvez, a chamada de atenção do Alexandre Burmester).
repito, não sabia que o AJ é portista (fónix, também não se pode saber tudo :)
cumprimentos e vamos mas é à bolinha que isso é que interessa :)
p.s. de repente passou-me uma coisa pelo neurónio e lembrei-me de uma coisa que sei: o sol gira em torno da terra :)