sábado, 7 de fevereiro de 2015

Jackson quebrou o gelo

A temperatura a que se disputou o jogo de hoje em Moreira de Cónegos foi muito baixa – à hora de início (20:15) era de 3 graus Celsius.

O jogo foi disputado num relvado bem tratado, mas que tem apenas 64 metros de largura (menos 4 metros que o relvado do Estádio do Dragão, o que significa menos 420 m2 de área jogável).

Perante isto, o FC Porto fez um jogo sério, marcou dois golos e ganhou de forma inquestionável.

Após um penalty claro, sobre Maicon, que Carlos Xistra “não viu” (aos 13')…

Após um canto marcado por Quaresma, que levou a bola a “beijar” a trave (aos 17')…

Jackson (aos 28'), após um passe espectacular de Herrera, quebrou o gelo e quebrou a resistência da fragilizada, mas bem organizada, equipa treinada por Miguel Leal.


Jackson marcou em Moreira de Cónegos o golo 5000 do FC Porto

A partir daí, os dragões foram controlando o jogo e, ao minuto 59, após mais uma assistência de Herrera (quantos golos e quantas assistências é que o “manco” do Herrera já leva esta época?), Casemiro (outro “patinho feio”) marcou o 2º golo (0-2) e praticamente matou o jogo.

De resto, contra as previsões, Lopetegui repetiu o mesmo onze do último jogo (FC Porto x Paços Ferreira), naquilo que parece ser uma mensagem para Martins Indi e Brahimi.
Embora, perante as exibições de Tello (vale a pena rever a forma patética como, ao minuto 62, o extremo emprestado pelo Barça se embrulhou com a bola e foi incapaz de marcar, rematar ou sequer passar a colegas que estavam completamente isolados), muito mal terá de estar Brahimi para não substituir Tello no onze inicial já no próximo jogo.

O que continua a ser um dos aspetos negativos desta equipa, é o (des)aproveitamento das bolas paradas.
No jogo de hoje, tendo conquistado 10 cantos e uma meia-dúzia de livres perto da área do Moreirense, o FC Porto voltou a denotar, mais até do que uma ineficácia total, uma grande incapacidade em criar perigo neste tipo de lances. Neste aspecto, algo tem que mudar, porque há jogos em que as bolas paradas definem o resultado.

E agora, depois da missão cumprida na gélida Moreira de Cónegos, resta esperar pelo “escaldante” derby de Lisboa.

13 comentários:

  1. Creio que outra coisa que nao foi boa neste jogo foi a quantidade de faltas cometidas perto da area. Sendo certo que pelo menos duas delas nao eram e que o Carlos Xistra tem aquele estilo tipicamente portugues de apitar tudo, e' uma situacao a rever por muito que a equipa tenha conseguido aliviar as bolas.

    Jogo com pouco interesse, em ritmo lento e poucas oportunidades, com uma equipa do Porto muito dependente de extremos que pouco ou nada produziram, Ironico que tenha sido preciso que o Herrera fizesse um centro para haver alguma bola aerea que causasse perigo.

    Quanto ao Tello, quase nao vale a pena comentar. Se nao tivesse vindo do Barcelona por recomendacao do treinador, nao teria os minutos que tem. Anda um tipo emprestado a mostrar ISTO a tapar jogadores do Porto que precisam de jogar. Nao percebo o que lhe ficou da aprendizagem com o Guardiola, porque a capacidade de decidir bem o que faz com a bola e' nula e a nocao do jogo a sua volta e' tao limitada que mete pena. Quera la saber das assistencias que tem; devia ter bem mais se passasse a bola a colegas isolados. Estava em Alvalade e aquele lance final com o Brahimi a implorar o passe e' inesquecivel. Hoje foi apenas mais um episodio.

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  2. Falta virem os do costume dizer mal do Herrera...

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  3. "Normalmente os mesmos que falam das assistencias do Tello..."

    Das assistências do Tello, eu gostava de saber quantas foram na sequência de jogadas de bola corrida.
    A ideia que eu tenho, é que várias das "assistências" contabilizadas ao Tello, decorrem do facto de ele ser um dos marcadores de cantos e livres laterais perto da área adversária.

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  4. Por acaso, e para minha surpresa, achei que ambos os extremos estiveram bastante bem e o Tello, se nos esquecermos daquele lance ridículo (a fazer lembrar outro em Alvalade que nos custa neste momento 2 pontos e uma vantagem preciosa no confronto directo) esteve muito mais assertivo no que fez do que nos vinha habituando. Já o Herrera, pesem as duas assistências (homem do jogo para a TSF) achei que esteve relativamente apagado, tal como o Óliver, somaram ambos alguns erros. E - finalmente!! - Maicon ao nível a que sabe jogar se quiser. Lá teve que espetar uma vírgula alguém senão nem era ele mas com o resultado feito e junto à bandeirola, menos mal. Esteve muitíssimo bem ele e esteve igualmente bem o Marcano. Continuo a não gostar da "estética" deste Porto, continuo a não perceber certas opções (Evandro por Tello, Óliver para a ala, passado 5 minutos Brahimi por Óliver) mas foi uma vitória sem espinhas, contra um adversário macio mas num terreno tradicionalmente complicado.

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    1. "Já o Herrera, pesem as duas assistências (homem do jogo para a TSF) achei que esteve relativamente apagado..."

      O Herrera também foi a figura do jogo para O JOGO e para o JN.
      Vale o que vale.

      Mais do que ter feito uma exibição sem erros, o Herrera criou (esteve na origem) dos dois lances decisivos do jogo, isto num jogo em que as oportunidades flagrantes de golo não foram muitas.

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    2. "Maicon ao nível a que sabe jogar se quiser"

      Estou de acordo. Talvez a melhor exibição do Maicon esta época.

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    3. "...continuo a não perceber certas opções (Evandro por Tello, Óliver para a ala, passado 5 minutos Brahimi por Óliver)..."

      Lopetegui faz isto muitas vezes.

      Troca de um extremo por um médio; o médio entra no ritmo do jogo; troca de um médio por um extremo/ala.

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    4. Chama-se "solidez". Primeiro o Evandro repõe o domínio do meio campo, com a ajuda do 10 (isso da ala é pura ideologia, ficamos é sem ala e com mais meio campo) e, depois de recomposto o meio campo, volta a haver ala com Evandro em sistema de duplo 8 com Herrera.

      Abraço Azul e Branco,

      Jorge Vassalo | Porto Universal

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  5. Viva!

    E' sempre um prazer ver jogar Oliver. Também gostei de ouvir Lopetegui, lembrando que o Porto ganha por mérito pro'prio e que nem sempre os campos são dignos do ni'vel competitivo exigido.

    Herrera era e é um enorme jogador. Eu gosto de ver o Porto jogar porque acho que existe um coletivo numa equipa jovem e com muitos recem chegados.

    O que tenho observado e que mais me preocupa , mas é possi'vel que esteja enganado, é que a maior parte dos golos são o resultado de remates dentro dos 10 metros. Não existem muitas tentativas de remate de meia distância...

    Mas para mim, este ano o Porto esta' ja' de parabéns, recuperando, por mérito pro'prio, o estatuto europeu que era o seu: o de uma grande equipa europeia.

    E Viva o Porto!

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  6. O resultado de hoje entre os "mancos" de Lisboa foi relativamente benéfico para nós, dois pontos perdidos por cada um dos nossos mais directos adversários.Faltam muitas jornadas.
    Foi um jogo muito pobre, num campo feio e sem nenhuma qualidade.
    -Impressionante o estado do relvado.

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  7. Mais uma vítima destes jogos entre rivais lisboetas, um adepto sportinguista caiu ao fosso do Estádio.
    Quem foi que projectou este Estádio de Futebol?...
    Como é possível que no Século XXI ainda se constuam estruturas que mais parecem saídas dos tempos Medievais?... Um fosso para quê?... Onde estão e quem são as feras?...

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