Numa esplanada, em Madrid, falando com um amigo que trabalha na direcção desportiva de um clube com quem o FC Porto faz negócios com alguma regularidade, discutiamos a politica de contratações dos dois clubes. Esse mesmo amigo contou-me anedoctas deliciosas de outros tempos, outros negócios mas foi claro ao afirmar que desde há dois anos para cá, tudo tinha mudado para toda a gente, incluindo o nosso clube. "O Porto", disse-me ele, "já não negoceia directamente com quase ninguém. Nunca mais cá vieram os de sempre. Agora é tudo via eles." Eles, neste caso, refere-se à Doyen Sports. A história não era nova mas contada por alguém que está directamente envolvido no meio reforça o que há muito se diz. Durante o mandato Pinto da Costa, especialmente a partir dos anos noventa, o FC Porto tinha empregados ou duas ou três pessoas de confiança do presidente, essencialmente agentes bem conectados como Luciano D´Onofrio ou Josep Maria Minguella, que negociavam futebolistas em nome do clube. A palavra final era sempre do presidente e muitas vezes até era ele que apresentava a lista dos jogadores que queria para avaliar a sua situação. Depois a direcção desportiva e esses cinco ou seis homens tratavam do resto. Eram conhecidos em toda a América Latina e toda a Europa e tratavam por "tu", os membros das direcções desportivas de todos os clubes relevantes. Agora isso acabou. O FC Porto já não negoceia em seu nome. Agora negoceiam em nome do FC Porto, o que é diferente.
Esta história serve para exemplificar o que nos meandros do clube se passou a chamar o "catálogo".
Desde há cerca de dois anos e meio os problemas de financiamento do clube deixaram a direcção num beco sem saída. Apesar das boas vendas de activos e das boas relações com empresários vários e clubes, a financiação do clube era cada vez mais complicada nas entidades bancárias - a crise é para todos - e para piorar a cada ano que passava os gastos - sobretudo a banda salarial - iam aumentando de forma descontrolada. O anuncio do fim dos fundos, a solução habitual, por parte da FIFA foi um golpe esperado mas duro. Um problema já que obrigava no papel os clubes a comprar a 100% o passe dos jogadores algo que há muito o FC Porto (e outros clubes) não faziam por ser impossivel arcar com os gastos. Nesse contexto problemático alguns desses fundos - que colaboram activamente com agências profissionais, servindo em muitos casos com elementos ocultos do seu modelo de negócio - sugeriram uma importante alteração. Continuariam a apoiar os clubes que quisessem trabalhar com eles, financiando a compra de futebolistas de forma encoberta mas, em troca, esses clubes deveriam obrigatoriamente mover-se essencialmente com activos do seu catálogo. Só em casos muito, muito esporádicos - desde a falta de uma opção viável no catálogo, a recusa de um jogador ou uma oportunidade de negócio que o clube comprador pudesse suportar só e via um agente paralelo mas com boas relações com a equipa dessa fundo - é que o fundo fecharia os olhos a um negócio paralelo. O grosso da actividade teria o backup financeiro, sim, mas também a exclusividade desportiva.
Um desses catálogos, o mais célebre e activo do mundo do futebol, pertence ao universo Doyen. A aproximação de Jorge Mendes - um agente que trabalha com o FC Porto desde há mais de quinze anos ainda que a sua relação tenha sufrido altos e baixos com o clube - começou anos antes, nos importantes negócios para o Manchester United (Anderson), Real Madrid (Pepe) e logo para a Rússia e para o Monaco. O passo seguinte era inevitável. O FC Porto já utilizava jogadores do catalogo Doyen e passou a ser parte de um clube que inclui outros ilustres como o AC Milan, o AS Monaco, o Valencia, o Atlético de Madrid ou o Inter que tomaram a mesma decisão, com o grau de "independência" a variar consoante o poderia financeiro de cada clube. Uma entidade com umas finanças depauperadas, como a nossa, tem naturalmente menos margem de manobra que um Milan. Mas a ideia é a mesma.
Um desses catálogos, o mais célebre e activo do mundo do futebol, pertence ao universo Doyen. A aproximação de Jorge Mendes - um agente que trabalha com o FC Porto desde há mais de quinze anos ainda que a sua relação tenha sufrido altos e baixos com o clube - começou anos antes, nos importantes negócios para o Manchester United (Anderson), Real Madrid (Pepe) e logo para a Rússia e para o Monaco. O passo seguinte era inevitável. O FC Porto já utilizava jogadores do catalogo Doyen e passou a ser parte de um clube que inclui outros ilustres como o AC Milan, o AS Monaco, o Valencia, o Atlético de Madrid ou o Inter que tomaram a mesma decisão, com o grau de "independência" a variar consoante o poderia financeiro de cada clube. Uma entidade com umas finanças depauperadas, como a nossa, tem naturalmente menos margem de manobra que um Milan. Mas a ideia é a mesma.
A partir desse momento o FC Porto perdeu muita da autonomia para mover-se no mercado.
É um homem da Doyen - mandatado pelo clube - quem negoceia em nome do FC Porto. O clube raramente envia os seus emissários a negociar. São os jogadores do catálogo Doyen os que se movem, a maioria das vezes entre estes clubes num circulo vicioso que serve apenas para alimentar o negócio já que a importante percentagem de comissão mantém a chama viva. Nunca um jogador Doyen fica muito tempo no mesmo lugar, é algo assumido por todas as partes. O caso Lucas Lima foi paradigmático. O jogador pertence ao catálogo da Doyen mas não queria vir. O Santos tinha dificuldades em vender abaixo de um determinado preço por isso foi dito ao FC Porto que era a única opção viável no mercado. Pegar ou largar. Obviamente existem centenas de jogadores como Lucas Lima no mercado e um clube com independência e poder financeiro para auto-sustentar-se, teria ido atrás dessas opções. O FC Porto não o foi porque não podia. A solução encontrada foi transformar outro activo Doyen já no clube - Brahimi - no sucessor de Oliver (outro negócio mediado pela Doyen tal como o de Adrian - emprestado sem opção de compra - e o de Jackson, todos com o Atlético) e ir ao mercado atrás de outro jogador da agência, Jesus Corona (num negócio a três partes entre o Twente, outro "clube Doyen" e o fundo original que pescou o jogador no México). Os 10 milhões - tal como os 20 de Imbula, que a Doyen tentou colocar no Inter e no Valencia antes - são ficticios. Oficialmente o jogador é 100% do clube, na prática é apenas um investimento alheio que se vai rentabilizar tendo custado, muito provavelmente apenas a metade em ambos casos. Como tantos outros.
É um homem da Doyen - mandatado pelo clube - quem negoceia em nome do FC Porto. O clube raramente envia os seus emissários a negociar. São os jogadores do catálogo Doyen os que se movem, a maioria das vezes entre estes clubes num circulo vicioso que serve apenas para alimentar o negócio já que a importante percentagem de comissão mantém a chama viva. Nunca um jogador Doyen fica muito tempo no mesmo lugar, é algo assumido por todas as partes. O caso Lucas Lima foi paradigmático. O jogador pertence ao catálogo da Doyen mas não queria vir. O Santos tinha dificuldades em vender abaixo de um determinado preço por isso foi dito ao FC Porto que era a única opção viável no mercado. Pegar ou largar. Obviamente existem centenas de jogadores como Lucas Lima no mercado e um clube com independência e poder financeiro para auto-sustentar-se, teria ido atrás dessas opções. O FC Porto não o foi porque não podia. A solução encontrada foi transformar outro activo Doyen já no clube - Brahimi - no sucessor de Oliver (outro negócio mediado pela Doyen tal como o de Adrian - emprestado sem opção de compra - e o de Jackson, todos com o Atlético) e ir ao mercado atrás de outro jogador da agência, Jesus Corona (num negócio a três partes entre o Twente, outro "clube Doyen" e o fundo original que pescou o jogador no México). Os 10 milhões - tal como os 20 de Imbula, que a Doyen tentou colocar no Inter e no Valencia antes - são ficticios. Oficialmente o jogador é 100% do clube, na prática é apenas um investimento alheio que se vai rentabilizar tendo custado, muito provavelmente apenas a metade em ambos casos. Como tantos outros.
A situação actual do FC Porto é precisamente essa.
Salvo negócios muito concretos - o de Casillas, mediado por Mendes apesar de este não ser o seu agente a pedido especial de Florentino Perez, o do lateral uruguaio, trazido pelo filho do Presidente nas suas costas até ao último minuto - quase tudo o que o FC Porto pode ou vai incorporar nos próximos anos está no catalogo da Doyen. Não há muitas voltas a dar. O catalógo é grande e há lá muitos grandes jogadores porque a especialidade de Jorge Mendes e dos seus é fazer todos felizes e para isso não podem vender gato por lebre. Há quem diga, não sem razão, que mais vale negociar com a Doyen conhecendo a qualidade do produto do que com um qualquer manhoso empresário sul-americano capaz de nos vender o futuro Mareque como se fosse Roberto Carlos. Essa é também uma das bases do êxito da iniciativa. Os clubes sabem que recebem quase sempre material de qualidade.
Além do mais este investimento tem o back-up financeiro do fundo que o clube não possui mas as contrapartidas são evidentes. O clube perde autonomia, o treinador perde autonomia e os jogadores sabem que ficam dois ou três anos até que o fundo decida movê-lo (ás vezes para outro clube seu, basta ver o que passou este Verão com o Monaco e os seus 170 milhões de euros em vendas, com o Valencia e o Atlético de Madrid, os que mais se mexeram em Espanha (trocando jogadores entre os três como Carrasco ou Abdennour) para rentabilizar o activo. O FC Porto poderia até encontrar o novo Messi perdido num clube qualquer que, por dois ou três milhões que não encontre para pagar, se esse jogador estiver fora do catálogo e sem interesse em entrar (como passou com Iturbe, por exemplo, a razão da sua saída do clube) ele acabará por ir para outro lado. Há clubes que passaram a colaborar com a Doyen de forma periférica depois de serem colaboradores activos como o Sevilla, conscientes de que isso ia limitar imenso a sua margem de manobra. Até agora a iniciativa tem funcionado porque o clube tem o melhor director desportivo do futebol mundial, Monchi. Outros usam o catálogo de forma consciente mas mantêm um grau de independência para arriscar em negócios concretos seus, por sua conta e risco como os grandes de Itália. O FC Porto não pode optar pelo primeiro ponto porque o desespero por ter uma equipa competitiva assusta os seus dirigentes e não pode ir pelo segundo porque a situação financeira, apesar de todas as vendas, continua a ser desesperante.
Salvo negócios muito concretos - o de Casillas, mediado por Mendes apesar de este não ser o seu agente a pedido especial de Florentino Perez, o do lateral uruguaio, trazido pelo filho do Presidente nas suas costas até ao último minuto - quase tudo o que o FC Porto pode ou vai incorporar nos próximos anos está no catalogo da Doyen. Não há muitas voltas a dar. O catalógo é grande e há lá muitos grandes jogadores porque a especialidade de Jorge Mendes e dos seus é fazer todos felizes e para isso não podem vender gato por lebre. Há quem diga, não sem razão, que mais vale negociar com a Doyen conhecendo a qualidade do produto do que com um qualquer manhoso empresário sul-americano capaz de nos vender o futuro Mareque como se fosse Roberto Carlos. Essa é também uma das bases do êxito da iniciativa. Os clubes sabem que recebem quase sempre material de qualidade.
Além do mais este investimento tem o back-up financeiro do fundo que o clube não possui mas as contrapartidas são evidentes. O clube perde autonomia, o treinador perde autonomia e os jogadores sabem que ficam dois ou três anos até que o fundo decida movê-lo (ás vezes para outro clube seu, basta ver o que passou este Verão com o Monaco e os seus 170 milhões de euros em vendas, com o Valencia e o Atlético de Madrid, os que mais se mexeram em Espanha (trocando jogadores entre os três como Carrasco ou Abdennour) para rentabilizar o activo. O FC Porto poderia até encontrar o novo Messi perdido num clube qualquer que, por dois ou três milhões que não encontre para pagar, se esse jogador estiver fora do catálogo e sem interesse em entrar (como passou com Iturbe, por exemplo, a razão da sua saída do clube) ele acabará por ir para outro lado. Há clubes que passaram a colaborar com a Doyen de forma periférica depois de serem colaboradores activos como o Sevilla, conscientes de que isso ia limitar imenso a sua margem de manobra. Até agora a iniciativa tem funcionado porque o clube tem o melhor director desportivo do futebol mundial, Monchi. Outros usam o catálogo de forma consciente mas mantêm um grau de independência para arriscar em negócios concretos seus, por sua conta e risco como os grandes de Itália. O FC Porto não pode optar pelo primeiro ponto porque o desespero por ter uma equipa competitiva assusta os seus dirigentes e não pode ir pelo segundo porque a situação financeira, apesar de todas as vendas, continua a ser desesperante.
No fundo, no futuro, quando ouçam falar de um futuro jogador para o plantel confirmem primeiro se está no catálogo. Se assim for, a probabilidade até pode ser alta. Caso contrário, será um milagre. O catálogo controla agora o destino deste e dos futuros planteis. É o preço a pagar por querer ser quem não se é.
Miguel,
ResponderEliminarIsto até pode ser tudo verdade, mas nao entendo como é que num dia escreves um artigo a dizer que nao fazem sentido as contratacoes do Lopetegui e dois dias depois dizes que é a Doyen quem decide tudo...
Não se percebe...
JON,
EliminarEm primeiro lugar, a chegada do treinador ao clube não é alheia a esta realidade. Em segundo lugar, as escolhas do treinador em jogadores a custo zero ou empréstimos (Iker, Casemiro, Oliver, Tello, Marcano, Jose Angel, Andrés Fernandez, Campaña, Bueno, Opare) são negócios quase sempre marginais. A Doyen está no negócio de mover activos que gerem dinheiro, futebolistas como o Brahimi, o Corona ou o Imbula.
O Lopetegui foi responsável pessoal e directo pela imensa esmagadora maioria dos negócios de baixo custo com reduzido impacto desportivo (Campaña - porque não queria o jogador proposto pela Doyen e insistiu no Darder até ao fim - Andrés, porque entendia que o Helton estava acabado e o Ricardo não valia - Opare e Jose Angel, que conhecia pessoalmente e este ano os casos de Bueno e Casillas, por razões distintas).
O Lopetegui é, provavelmente, o treinador com maior poder de escolha na confeção do plantel mas ao contrário do Benfica - que necessita da Doyen para sobreviver a uma profunda quebra e daí esses negócios tão curiosos que têm feito - a SAD do FC Porto, como indiquei no artigo, ainda tem uma margem de manobra para negócios de baixo valor de investimento no mercado como foram Ricardo, Hernani, André André ou Sergio Oliveira, que não envolveram o fundo. E nesses negócios - salvo no de Ricardo - a palavra do treinador foi chave.
"(...)ainda tem uma margem de manobra para negócios de baixo valor de investimento no mercado como foram Ricardo, Hernani, André André ou Sergio Oliveira, que não envolveram o fundo."
EliminarNuma consulta rápida ao site da Doyen, constata-se que Sérgio Oliveira faz parte do catalogo...
Miguel,
EliminarObrigado pela adenda. Tinha a ideia de que o Sérgio quando saiu do FCP pertencia à agência mas que tinha, entretanto, trocado de empresário.
boa tarde,
EliminarSabem porquê que Ricardo Pereira saiu? Um excelente jogador...
tens que publicar também o catálogo para os treinadores de bancada exigirem a demissao imediata do treinador por nao ver que as outra escolhas pralem do lucas lima eram melhores e que o LL só vinha porque sabe falar espanhol.
ResponderEliminarmais a sério, consegues dizer quais os jogadores do actual plantel e da época passada que entraram/saíram via doyen?
é que visto assim á distancia, parece só mais uma teoria da conspiracao como outra qualquer...
Michael,
EliminarNão sei quem anda a pedir a demissão do treinador, eu desde logo não sou.
No último defeso os negócios que maior valor envolveram Imbula, Corona e Osvaldo foram feitos através da Doyen (o ultimo com a ajuda de um clube fantasma, o mexicano com um negócio paralelo com o fundo que detinha originalmente o jogador e o de Imbula directamente com a Doyen). O caso do uruguaio é responsabilidade exclusiva do filho do presidente e o de Casillas do treinador, são negócios que não envolvem valores de transferências e que não interessam ao fundo. Idem para André André, Sergio e Bueno.
Entre as saidas, obviamente, está a de Jackson à cabeça (o empréstimo de Oliver foi negociado via Mendes tal como o de Casemiro) bem como o de Alex Sandro e Danilo - que chegaram precisamente numa ponte entre a BMG, a Doyen e o clube e há ainda o caso de Adrian, um claro negócio Doyen.
Não gosto de ver este tipo de negócios no meu clube, como também não gosto do que vou escrever a seguir. Dentro de poucos anos o FCP estará a lutar para não descer ou a lutar por um lugar na Uefa nas melhores das possibilidades.
ResponderEliminarPedro,
EliminarO FC Porto, sem a Doyen, continua a ser favorito para ser campeão nacional. A perda de competitividade inevitável seria apenas e só nas provas europeias.
Para não descer, Pedro Pires?!!!! Um par de anos sem ganhar, aliado a um par de jogos mal jogado e o Porto é, com o devido respeito, o Salgueiros do Século XXI??!!! Olhe que não, olhe que não!
EliminarÉ um texto interessante mas falta responder à questão mais importante: qual vai ser o impacto desta política daqui a 2, 3, 4 anos? É que aparentemente o clube está 100% dependente para se manter competitivo.
ResponderEliminarE se a Doyen muda de ideias e se retira do futebol? O que acontece nesse caso?
Outra questão que faz imensa confusão é, depois de em 14/15 se ter gasto em salários um montante surreal que pode chegar aos 75M€ nesta época a política parece ser exactamente a mesma, ou ainda mais arriscada.
Ora, se a SAD está cada vez mais "apertada" a política responsável não seria baixar em 10 ou 15M€ a massa salarial? No texto diz-se que há imensas dificuldades mas depois a SAD no mercado porta-se como se estivesse quase a nadar em dinheiro. Algo aqui não bate certo.
Cumprimentos.
Santos,
EliminarO clube não está 100% dependente. O Benfica, por exemplo, está.
O FCP ainda mantém uma excelente rede de olheiros e contactos mas só avança para negócios fora do universo Doyen quando surge uma oportunidade única (caso Casillas, caso uruguaio) ou quando o negócio é de um valor financeiro insignificante que a instituição pode suportar.
O que significaria perder o apoio da Doyen?
Provavelmente seria o mesmo ao que passou quando se perdeu o crédito bancária com a mesma facilidade de anos anteriores (e isso, com o falido Stars Fund e os negócios de Vieira sim atirou o clube para os braços da Doyen a um nivel muito mais profundos) ou seja, uma dificuldade de financiar negócios relevantes. Que passaria? Provavelmente não entrariam Coronas e Imbulas no plantel e em troca chegariam mais André Andrés e Ricardos ou então negócios de oportunidade em mercados paralelos (América central, leste europeu). O clube teria, forçosamente, de baixar a carga salarial - cada vez maior porque o modelo assim o exige - e perderia naturalmente poder competitivo na Europa. Em Portugal não seria no entanto um drama. Tanto o Benfica - que está muito, mas muito pior que nós - como o Sporting, que vai reduzindo as distâncias a pouco e pouco sem recorrer aos fundos de inversão (de momento), estariam perfeitamente ao nosso alcance. Ora isso seria fundamental porque a sustentabilidade do clube, caso fosse incapaz de ter os oitavos da Champions como meta (o minimo deste projecto e que está orçamentado) dependeria e muito de estar na fase de grupos e conseguir pelo menos 15 milhões anuais da UEFA.
Isto pode bem explicar é uma coisa que me tira horas de sono: o Herrera tem de ser do catálogo, caso contrário, não jogaria nunca os minutos que joga!
EliminarExplica lá o que quer dizer "o Benfica está muito, mas muito pior do que nós"... e porquê! Obrigado e abraço!
EliminarBem, visto que não me respondes, vou assumir que não sabes...
EliminarClarinho como a água, só não vê quem não quer. Por isso é que só em sonhos o Gourcuff (livre) integraria este plantel. E que falta faz.
ResponderEliminarLuis,
EliminarNão necessariamente. O lateral uruguaio chegou nas mesmas condições (fim de contrato, prémio assinatura elevado mas sem associação a um clube com o Osvaldo).
O Gourcouff é um jogador que não entra no perfil do FC Porto. Não é um projecto de futuro, é um futebolista de cristal e que mentalmente fracassou por onde passou. Nenhum clube do perfil do FC Porto o contratará nesta altura da sua carreira.
Discordo duplamente, Miguel. O Maxi veio em condições muito especiais, o factor "bicada no rival", a meu ver, foi decisivo. O Gourcuff foi o maestro do Bordéus campeão do Blanc e fez boas épocas no Lyon. Tem uns pés prodigiosos e também trabalha sem bola, não é um Quintero. Os problemas físicos são a única reticência. Mas a serem recuperáveis, é um jogador de 29 anos que podia acrescentar bastante à equipa, num ano em que a idade mais avançada não parece ser problema.
EliminarLuis,
EliminarO lateral uruguaio veio porque queria ganhar mais do que o Benfica lhe oferecia e não lhe apetecia ir para uma Turquia. O FC Porto, via o filho do presidente, fez-lhe essa proposta e só no final de estar tudo acordado, com comissões pelo meio, é que as altas esferas do clube souberam do negócio. Aprovaram provavelmente pelo factor emocional mas não foi uma caça de rapina. O Gourcouff é um jogador com grandes condições e um pudim na cabeça, umas pernas de vidro e nem uma nem outra das caracteristicas casam com o que o clube procura no mercado. Nem o clube nem outros e por isso acabará por voltar ao Rennes, o clube onde começou.
Miguel, eu duvido que o Maxi alguma vez viesse para o FCP, nesta fase da carreira, se jogasse noutro clube, que não o Benfica. Quanto ao Gourcuff, mantenho o que disse: poderia ser um bom reforço, na linha do Osvaldo, caso os problemas físicos fossem ultrapassados. Mas deve estar fora deste círculo negocial que descreve (até se aventou que o seu representante esteve no Porto durante o defeso).
EliminarLuis,
EliminarEu tambem não acredito mas é um negócio muito diferente do Osvaldo (veio via fundo disfarçado com um clube fantasma) e seria do Gourcouff. Vou acompanhar este ano na Ligue 1 mas o que ia ser sucessor do Zizou há mais de quatro ou cinco anos que não tem nivel para estar num FCP.
Assumindo como verdadeiras as premissas deste texto, aproveito para ligar a um artigo que ando à algum tempo a tentar escrever e que aborda a tal questão do ADN portista e que questiona se, no fundo, é este o clube que queremos para o futuro.
ResponderEliminarProsseguir no modelo actual, garantindo o acesso continuado a bons jogadores, que permitem pensar em ser dominante internamente e "competitivo" na champions, mas abdicando da nossa identidade e colocando-nos literalmente ao serviço de terceiros?
Ou quebrar o ciclo, retomando a nosso caminho de clube bandeira de uma cidade e região, envolvido com a comunidade e existindo para ela, mas correndo sérios e reais riscos de perder competitividade e deixar de ter "craques" feitos na nossa equipa?
Vou ver se aproveito este impulso para finalmente desenvolver o tema e publicar o post.
Abraço portista
http://doportocomamor.blogspot.pt/
« retomando a nosso caminho de clube bandeira de uma cidade e região, envolvido com a comunidade e existindo para ela».
EliminarBelas palavras, meu caro, mas isso é mera retórica ôca que nunca correspondeu a qualquer realidade. "Bandeira de uma cidade", ainda concordo, embora tropece com demasiada frequência em lampionagem e lagartada nesta nossa cidade. Mas "bandeira de uma região"? Isso nunca passou de pura demagogia: a região, se a entendermos como o Norte, ou até apenas o Noroeste, fervilha de benficame e de anti-portistas primários. Os nomes de Mesquita Machado, Pimenta Machado, Loureiro & Filho, Lda., etc., etc., dizem-lhe alguma coisa?
É completamente utópico, irrealista e fantasista pensarmos que podemos ser "símbolo de uma região" en quanto não houver uma revolução cultural em Portugal ou até uma limpeza étnica! :-)
Mas não me parece que estejamos em tão grande dilema como aquele que você, Mr Blue Pencil, descreve: o modelo do "FC Porto livre" daria perfeitamente para disputar a fase de grupos da Liga dos Campeões.
Quando o homem do leme sair, vai ser bonito, vai, tal o buraco que ele vai deixar - sim, porque estou convencido que, pessoalmente, já não passa, ele sim, de uma "bandeira", que mantém muitos maduros entretidos e permite a uma grande quantidade de gente dúbia singrar na vida.
Caro Pedro
EliminarRespeito as suas opiniões mas divergem totalmente da minha experiência.
Apesar des muitos benfiquista e anti-Porto primários que existem a norte do país, sou capaz de lhe apresentar muitas dezenas de portuenses, bracarenses, vilacondenses, poveiros, vianenses, vimaranenses, vila-realenses e por aí fora que têm o FCPorto como a sua única bandeira que os defende de alguma forma da macrocefalia centralista. Além do orgulho das conquistas desportivas, naturalmente. E que só de ler o que escreveu ficariam em pé-de-guerra, por se sentirem demasiado ofendidos.
Podemos não ser a bandeira de todos, mas somos sem dúvida da região, gostem eles (os outros) ou não.
Quanto ao dilema, é tema para aprofundar, mas gosto de pensar que aquilo que defende possa ser possível.
Abraço portista
Do Porto com Amor
...
Olá
ResponderEliminarNada «disto» me admira pois há muito que defendo que o paradigma da SAD não coincide com o dos sócios e simpatizantes do FCPorto. Mais importante do que uma vitória no Campeonato Nacional é uma boa participação na Champions, uma vez que o retorno financeiro é imensamente maior.
Desenganem-se os «puristas»....o FCPorto, e tantos outros clubes, mais do que um clube de futebol, é uma empresa e, como tal, tem que dar lucro.
Sendo assim, Lopetegui, para a SAD foi um vencedor uma vez que a «montra» da Champions rendeu muitos milhões....
P.S. O filho do presidente a negociar com o Presidente....não me parece bem.
Já agora, votos de rápidas melhoras para Jorge Nuno PC.
Cumprs
Augusto
«o FCPorto, e tantos outros clubes, mais do que um clube de futebol, é uma empresa e, como tal, tem que dar lucro.»
EliminarFrase lapidar! Passivo de curto prazo (12 meses) a 31 de Março:
€ 217.251.872.
E desde quando é que uma vitória no campeonato impede uma boa participação na LC?? Estamos fartos de fazer as duas coisas!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarAssumindo a veracidade deste texto (e tudo aponta para isso) sera mais uma farpa na excelencia do nosso treinador... Afinal os bons jogadores que vem nao tem nada a ver com a sua influencia e a sua capacidade de avaliar talentos. Vem apenas porque estao designados a vir pelo catalogo.
ResponderEliminarenquanto isso, temos os Andres/Angel/Campana escolhidos pelo treinador.
E ainda temos o mito do "treinador de formacao" que nao aproveita um unico jogador da formacao, apesar de ter a melhor fornada que saiu em muitos anos. Jogadores esses que poderiam ajudar a preencher buracos, evitar compras ridiculas e ser vendidos com puro lucro para nos por em melhor situacao financeira.
E, ja agora, a pergunta - quem escolhe do catalogo?
Pancas,
EliminarOs jogadores não estão "designados". Há uma negociação paralela, o fundo raramente impõe um jogador (como impos, no caso do Adrian, para resolver o problema de outro cliente, o Atlético, que em troca facilitou o empréstimo do Oliver). O que oferece são opções e aí quem escolhe é o clube. Depois é preciso falar com os jogadores. Alguns não querem mover-se. Veja-se o exemplo do Mangala, jogador ligado à Doyen e que recusou o Valencia por achar que era um passo atrás na carreira, tramando os planos de Peter Lim que teve de mover outro activo do fundo, o Adbennour, do Monaco para Valencia. Não é uma verdade absoluta.
Nesse sentido o papel do treinador sim é importante e futebolistas como o Brahimi seguramente preferiram o FC Porto a outros interessados por mediação sua.
Ok, havera concerteza uma percentagem de verdade no escrito, no entanto sao fases como ja houveram outras, periodo de adaptaçao que o clube sabe aproveitar. Depois a diferença entre se estar dependente de um fundo, ou de um empresario ou de um ricaço é quase o mesmo, the show must go on. Depois PC era um sabio e era novo e podia fazer tudo hoje esta doente e velho ja nao pode mesmo querendo. As coisas nao sao assim tao lineares. Depois os tais bons jogadores como ricardo, sergio, hernani e outros e sao tantos saem e tirando um caso ou outro nao saem do medianismo com fundos ou sem fundos. Quando o jogador é bom mesmo mao existe fundo, ricaço ou seja o que for que resista.
ResponderEliminarNão é "houveram outras": é "houve outras".
EliminarSempre às suas ordens!
Um texto interessante do MLP que pelo facto de viver fora de Portugal tem uma perspectiva melhor. Mas nem tudo o que diz é verdade e você sabe-o.
ResponderEliminarEntão o que diz sobre o Benfica é de rir às gargalharas. Eu percebo que tente agradar aos seus confrades que já lhe têm alguma… chamemos-lhe assim, aversão, pelo facto de vez em quando dizer algumas verdades sobre o seu clube. e eles não gostam. PC é sagrado e há muita gente que quer ir para a cova com ele! Que façam boa viagem!
Escusava era de meter o Benfica ao barulho. Percebo que os trolls que existem no seu clube, gente lavada ao cérebro que tem de continuar a ser alimentada, mas não deve exagerar. Dá muito nas vistas, até um troll nota que está a exagerar.
"O Benfica - que necessita da Doyen para sobreviver a uma profunda quebra e daí esses negócios tão curiosos que tem feito".
O Benfica não precisa de nenhum fundo para sobreviver e cada vez menos agora que até temos a formação, de longe a melhor do país, como fonte de talentos e de proveitos. Ainda agora o Benfica no último ano vendeu 75M de jovens formados no Seixal.
E se falamos no scouting o melhor é não ir por aí, todos os jogadores que o Porto foi buscar, que não estão nos famosos catálogos, são roubados aos outros clubes. Este ano foi Maxi, o ano passado foram todos escolhidos pelo flopes, ainda tentaram o Carrillo para o ano, etc.
"O clube não está 100% dependente. O Benfica, por exemplo, está (da Doyen)".
É mentira. O Benfica não está dependente da Doyen com a qual fez apenas o negócio do Ola John. Nem sequer está dependente do Jorge Mendes com quem trabalha quase exclusivamente. Mais uma mentira para agradar aos trolls azuis.
"Tanto o Benfica - que está muito, mas muito pior que nós".
É pena o Miguel não perceber nada de gestão e muito menos de contabilidade porque escusava de dizer tanto disparate! Mas agrada aos ignorantes trolls azuis.
Bastava ir aos R&C e ler o que lá está para perceber que o único clube que está cada vez pior, ano após ano, é mesmo o FCP. E sejamos sinceros, o Miguel sabe muito bem que isso é verdade.
Até o Sporting que já devia ter fechado as portas falido começa a estar melhor do que o Porto embora tenha tido ajudas que o tiraram do abismo em que se encontrava, ajudas que o Porto nunca teve nem nunca irá ter.
Mas eu percebo que num texto muito critico à gestão do seu clube tenha de dar uma bicada ao Benfica porque senão toda a gente dizia que não é portista. É o que dá viver no meio de uma seita facciosa e lavada ao cérebro.
Vá por mim que as contas do Porto estão muito piores, você sabe-o porque não é nada parvo, a direcção do clube está totalmente descontrolada, a direcção do seu clube anda a ladrar na árvore errada, veja as contrações, os despedimentos, os consecutivos tiros nos pés, os valores que ao contrário do que afirma terão de ser todos pagos, estejam ou não no catálogo da Doyen.
Tanto Imbula (20M) como Corona (10,5M) terão de ser pagos pelo Porto não por mais ninguém. Como Adrián começou a ser pago porque os 11M que deve ao AM não foram perdoados. Podem é descontar no preço do Jackson, o que irá dar ao mesmo.
E não estamos a falar nos prémios de assinatura e outras comissões quero no caso do Imbula são mais 4M.
As dívidas são sempre para pagar, a Doyen não é uma instituição de caridade e está no mercado apenas e só para ganhar dinheiro, não está para mais nada.
Eu até gosto de o ler, escusava era de dizer tanto disparate! Isto de tentar ser politicamente correcto no Porto, não deve ser nada agradável para uma pessoa que seja séria e honesta!
Manuel,
EliminarEu entendo que o FC Porto e os portistas devem preocupar-se em 1 lugar, em 2 lugar e em 3 lugar pelo FCP e só depois dar uma olhadela aos rivais e por isso muito, mas muito raramente me refiro ao Benfica ou ao Sporting. No entanto, neste caso, a referência é obrigatória porque o Manuel sabe, perfeitamente, a situação de total dependência, que chega até a ser asfixiante, em relação ao império Mendes e Doyen.
O Benfica, em bom português, não tem, agora mesmo, com o dinheiro perdido no Stars Fund e os negócios paralelos do vosso presidente, "onde cair morto". É um facto.
O brutal desinvestimento do último ano é um travão inteligente para a coisa não ir a pior mas só reflecte essa realidade. O Benfica já não se mexe no mercado, ao Benfica chegam jogadores impostos. O Benfica não tinha como continuar a sustentar o salário do treinador e de alguns jogadores e facilitou em todos os casos as suas saidas para poder respirar tal era o aperto. E quanto à celebre aposta na formação, chega tarde. As grandes promessas, que existiam, de facto, já pertencem todas ao império Doyen e rodam por ai, contratados por valores irreais dos quais o Benfica não vê nem um 50% em absoluto, tal era o capital pendente de devolver ao fundo acumulado. Nem o Ola John o clube conseguiu colocar sem a ajuda do fundo, que permitiu prolongar em um ano o que o Benfica ainda lhes deve (6 milhoes de euros) porque não surgia nenhuma oferta fora desse circulo que ultrapassasse os 4 milhões de euros, ficando o seu clube ainda devedor da Doyen em 2 milhões.
O Benfica tem muitos e bons adeptos, tem infra-estruturas e dirigentes que, seguramente, vão garantir que não entra numa "sportinguização". Mas depois de seis anos de disparates de JJ no mercado (com o correspondente passivo entre entradas e saidas), é só olhar para o panorama. Todos os jogadores que entram e saiem são da Doyen e vão para clubes Doyen, numa espiral que começou com Roberto mas seguiu até hoje.
A grande diferença está no assumir. O FCP sabe que terá de pagar à Doyen a parte correspondente do investimento nos Imbula e Coronas mas o mais provável é que eles se valorizem sozinhos, na Champions League (como passou com Danilo e Alex Sandro, para não ir mais longe) e em lugar de pagar à Doyen o que acontecerá é uma distribuição de lucro. No caso do Benfica, cujo historial de Champions é penoso nos anos anteriores - e no panorama actual, com Rui Vitoria, não promete mudar - essa valorização terá de ser ficticia e à base de empréstimos encobertos.
A politica desportiva do Benfica foi calculada para endividar-se e depender de Mendes a todo o custo para acabar com a hegemonia domestica do FCP. Funcionou no plano desportivo mas foi um erro no plano financeiro. Agora a inversão é inevitável. Só têm de aprender a viver com essa realidade!
caro Manuel, so pelo facto de acreditar que entraram mesmo 75M com as vendas do seixal esta tudo dito quanto ao seu grau de cegueira... (necogios Monaco/Valencia/At Madrid = milhoes da treta)
Eliminarse acha que o FCP pagou mesmo do seu dinheiro Imbula e Corona, tb e' de rir...isso e' pra uefa ver...
Tal como Miguel tb resido fora, e sim, tenho a nocao que o FCP vive no fio da navalha com estes negocios
mas tambem vejo que o seu clube nao respira saude, e quando o Monaco apresenta no seu R&C 3,5M plo Cavaleiro e o seu clube anuncia 15M, e' pq algo esta muito mal contado...
mas continue assim a acreditar em tudo o que lhe vendem se isso o faz feliz...olhe eu ja deixei ha muito...tento desligar destas "mafiosidades" todas, seja do FCP seja dos outros, e apenas disfrutar do jogo em assim.
mas comeca a ser dificil ...
"É o que dá viver no meio de uma seita facciosa e lavada ao cérebro."
EliminarEscreve o adepto do clube dos '14 milhões', do 'limpinho limpinho' e dos 75 milhões em vendas de jogadores que nunca jogaram na equipa principal...
Estimado Manuel
EliminarAntes de mais felicito-o por se interessar pelo nosso Porto, se quiser faço-lhe chegar proposta de sócio para que se possa equiparar ao seu presidente (descontando a farinha, que não tenho à mão).
Na sua longa e cheia de nada missiva, teve a gentileza de nos tentar insultar com mimos como "troll" (4x), "gente lavada ao cérebro" (2x e num português duvidoso) e ainda, por negação, "desonestos". Pois mais uma vez devo felicitá-lo, com tão poucos insultos tentados em tantas palavras, pertence certamente à restrita elite benfiquista que todos os dias enche os média com a sua propaganda mais ou menos dissimulada, que tão bem tem conduzido o seu povo pelas avenidas do alheamento.
Mas de certa forma entendo-o, é que pertencer à elite tem também as suas desvantagens. Estar-lhe vedado pelo estatuto o privilégio de desfilar em público de bigode e garrafao deve ser tremenda tortura, pelo que vá descontando em nós que não tem mal...
Do Porto com Amor
Se toda esta teoria é verdadeira, significa apenas que vivemos numa era completamente surreal. Nem vale a pena preocupar-nos, tudo será resolvido a gosto de meia dúzia de empresas, no fundo são os fundos quem decide tudo, quem joga e em que nível competitivo o vai fazer, o que contraria totalmente o que a UEFA e a FIFA tanto proclamam.
ResponderEliminarComo em tudo o resto, como o Meireles sabe
EliminarÓ, o Meireles gostava é que tudo fosse gerido à soviética! :-)
EliminarJá me remeteram o novo cartão de sócio "dos Serviços Secretos" do FCdoPorto!...Ninguém vai saber de quem sou eu associado...Segredo total.
ResponderEliminarApesar de ser benfiquista, há que salutar o escriba pela qualidade dos textos apresentados.
ResponderEliminarEste é golden, por exemplo. Dá uma ideia da fortaleza que é a Doyen.
Eu, sinceramente, optava pelo corte absoluto. Este não é o caminho que desejo para o FCPorto porque acho que esta Administração não só está a alienar a nossa identidade como me parece estar a perder o controlo absoluto sobre o nosso rumo. Parece-me cada vez mais evidente que o Porto hoje em dia já não contrata os jogadores de que realmente precisa dentro dos parâmetros psicológicos e tecnicos julgados necessários pela prospecção do clube por este estar obrigatóriamente confinado ao catálogo de um "parceiro económico" que por força de uma necessidade resultante de uma gestão demasiadamente aventureira foi lentamente controlando todas as nossas actividades de mercado.
ResponderEliminarResumindo, eu posso estar redondamente enganado (e espero mesmo que sim) mas parece-me que nós compramos, vendemos, emprestamos e utilizamos segundo as regras e interesses da Doyen onde o jovem jogador Português nem sequer faz parte da equação.
Se houvessem eleições amanhã para a Administração da FCP SAD, o meu voto iria inteirinho para o corte total com este modelo de gestão virado exclusivamente para a componente financeira e comissionista onde já não há lugar para os Portistas, para a mística azul e branca, para o tribunal ou mesmo para a longínqua memória de José Maria Pedroto.
Agora a ambição passa por facturar mais e mais... Milhões e mais milhões que entram e que estranhamente tornam a equipa cada vez mais pobre, mais fraca, mais despersonalizada e desprovida de uma mol de molécula que seja daquilo que foi o orgulho tripeiro dos gloriosos anos do século passado. Para isto, mais valia termos sido comprados por um Árabe petro-milionário qualquer! Ao menos talvez tivessemos no plantel o Zlatan Ibrahimovic em vez daquele rock star Italo-Argentino que nos caiu no colo vindo sabe-se lá de onde!
«Se houvessem eleições amanhã para a Administração da FCP SAD»
Eliminar1º É "Se houvesse";
2º Só votam nas eleições da SAD os accionistas.
3º Nas eleições do clube votam os fiéis.
O autor do texto dá a impressão que descobriu a pólvora 900 anos depois dos chineses!!
ResponderEliminarComo se todos já não soubéssemos que é assim no Mundo actual. Como se os Países, os Bancos, as Empresas, os Clubes não trabalhassem com Fundos !!!
É óbvio que para contornar as novas regras da FIFA, o FCP assumiu os 100% do Imbula, do Corona...
É óbvio que o FCP nunca pagou 11 milhões por 60% do passe do Adriano Lopes.
É óbvio que se fazem encontro de contas, que há um deve e haver, que se vendem uns mais caros, acima do preço, para compensar outros que foram mais baratos.
É óbvio que o Atl. Madrid, Valença, Mónaco são clubes que servem para fazer esses encontros de contas, esses neg´cios ficcionados.. essa lavagem de dinheiro. E depois, alguém se descai, se distrai e diz que o Nuno Cavaleiro foi por 3,5 e não 15 milhões !!
Mas qual é a dúvida?! Será que alguns ainda acreditam no Pai Natal, no Coelhinho da Páscoa, na Branca de Neve, no Gato de Botas?!
Hello... estamos em 2015. Mas, alguns ainda pensam se calhar que estamos nos anos 80, no tempo do telegrafo, do telex !!!
Algo me diz que nos anos 80 tu ainda andavas de cueiros.
EliminarA sério que o desespero de um tal Manuel é tao grande que agora vem para aqui!!!
ResponderEliminarEsse tal Manuel e um Jorgen80 que pelos vistos gostam de espreitar o universo azul e branco. Pelos vistos não lhes chega a grandeza das papoilas.
EliminarLouvo o blog pela pluralidade e por o autor de cada post responder frequentemente a comentários, mas já tenho dificuldade em perceber que se aceite comentários em que somos insultados repetidamente...
EliminarJosé,
EliminarE com toda a razão. O comentário em questão contém expressões inadmissiveis para com os adeptos do FCP. A sua aprovação deve-se, exclusivamente, ao facto de ficar claro que há uma realidade paralela onde adeptos de uma entidade não assumem a pensoa realidade financeira em que se encontram - repito, penosa - aos quais parece ser necessário explicar as coisas como A mais B para entenderem que o seu estimado clube hoje é servo absoluto de um fundo como o FCP nunca foi, apesar das criticos, e espero que nunca seja.
Mas faltas de respeito ao clube e aos seus adeptos, naturalmente, não serão toleradas neste espaço.
Será que este Manuel acredita na própria propaganda?
EliminarA mim o gajo cheira-me a Rui Gomes da Silva, um asqueroso benfiquista do Porto, passe a redundância.
Mas qual Manuel qual carapuça.. então não dá para ver que é o Pedro Guerra ele próprio, himself, em pessoa a tentar vender a banha da cobra.
ResponderEliminarComo se os FCP com os seus 300 Milhões de Passivo se pudessem comparar aos quase 650 Milhões de Passivo do SLB.
Deve pensar que somos todos parvos, estúpidos ou analfarrecos como ele capazes de vender a alma ao Diabo Vermelho, vulgo o Mafarrico, ou Khadafi dos pneus com pó de talco!!
ResponderEliminarse nao for assim, a ser verdade o que esta escrito, jogamos com os portugueses, deixamos de ir a fase de grupos da champions e jogamos a liga europa e tornamo- nos no ajax, psv, anderlecht...e nao assobiar.....
Estava eu ontem a ver o resumo do jogo Holanda-Islândia quando me pus a "cogitar" que aquela expulsão do Indi só poderia ter acontecido com a indiCação da Doyen -sim, porque tudo funciona com a directiva dos Fundos- e depois, tentei perceber qual era a intenção subjacente à "IndiCação-de-Caça" e das duas uma, ou queriam remeter o Indi ao Porto mais cedo para ele poder treinar mais tempo e assim jogando, o poder valorizar, ou então o Indi está para sair do "catálogo" e esta expulsão funcionou como um "aviso à navegação"...Há ainda uma outra possibilidade...Estou a pensar nela e depois digo-a.
ResponderEliminar"Grande licença deu a afeiçom a muitos que tiveram cárrego de ordenar estórias, mormente dos senhores em cuja mercê e terra viviam, e onde foram nados seus antigos avós, sendo-lhes muito favoráveis no recontamento de seus feitos.(...)Assi que a terra em que os homens, per longo costume e tempo, foram criados, gera uma tal conformidade antre o seu entendimento e ela, que, havendo de julgar alguma sua cousa, assi em louvor como per contrairo, nunca per eles é direitamente recontada, porque, louvando-a, dizem sempre mais que aquilo que é; e, se de outro modo, nom escrevem suas perdas tão minguadamente como aconteceram (...) "
ResponderEliminarFernão Lopes.
Há muitas histórias e estórias. Se isso aí escrito acima for verdade, prefiro esse catálogo e haver dinheiro, fazendo bons negócios e equipas fortes, que andar a abanar... como em tempos recuados, já. Contudo, penso que deviam meditar bem antes de escrever.
ResponderEliminarA.P.