O processo eleitoral finalizado no dia de ontem confirmou a reeleição da lista única apresentada como era de esperar. No entanto, apesar de todos os obstáculos levantados por aqueles que temem o sócio portista e o seu grau de visível insatisfação com o rumo presente, a lista única coleccionou apenas 79% dos votos para a presidência e uns "meros" 74% para o Conselho Superior. Sem concorrência com cabeça visível ainda assim o homem que foi eleito em inúmeras ocasiões por aclamação popular e 99,9% dos votos a favor conseguiu perder 1/5 dos seus seguidores eleitorais. Ontem fez-se história no FC Porto.
A ironia, porque com alguns indivíduos a ironia tem de estar sempre presente, é que mal se acabou o processo de contagem e se divulgaram os números, houve quem saltasse de imediato á primeira linha de batalha para cometer mais um acto desonesto a seu favor. Divulgar o conteúdo dos boletins de voto - mesmo rasurados ou com mensagens de apoio ou em contra - pode ser legal ou ilegal (desconheço os estatutos do clube nesse sentido) mas o que não é, seguramente, é ético. Mas tal era o medo, tal era o pavor de que se começassem a juntar os As mais Bs que foi necessário lançar a mensagem - com o devido eco - de que esses famigerados 21% de votos nulos não eram mais que outra forma de demonstrar amor, carinho e devoção com lemas de "Força Presidente", "Força Porto", "Estamos com o Presidente" como se quem não estivesse a favor de Jorge Nuno Pinto da Costa não tivesse apenas de pegar no seu boletim de voto e colocá-lo na urna.
Não vou chamar mentiroso a Sardoeira Pinto nem a Pinto da Costa, há personagens que se retratam por si sós ao longo da sua vida e não é necessário entrar em qualificativos perjorativos. Acredito piamente que algum que outro boletim de voto tivesse essas inscrições. Também vi - porque muitos sócios portistas quiseram divulgar nas redes sociais a sua insatisfação - muitas afirmações que seguem no caminho oposto. O que é certo é que a ausência de uma lista alternativa - os resultados deixam claro que havia espaço para essa lista e que um nome sério e com um projecto sólido podia ter estado perto dos 30% de votos a favor - gerou nos últimos dias um movimento entre sócios e adeptos que apelavam ao voto nulo, algo que era conhecido por todos no clube. Não estranhará, seguramente, a quem viveu o processo eleitoral, que determinados sócios associados á direcção tenham juntado o seu voto nesse sentido com mensagens de apoio para tentar minorar o grau de contestação. Mais uma estratégia para desviar a atenção e dar a sensação de que todos continuam atrás de um homem que conseguiu desbaratar de forma assustadora uma herança histórica ímpar no futebol mundial. A esmagadora maioria dos adeptos que votaram nulo ontem alguma vez (ou muitas vezes) votaram a favor de Pinto da Costa por isso o que convém á nova direcção - cujo mandato de quatro anos, uma novidade, terminará se se cumprem os prazos em 2020 - entender porque perdeu apoios reais e não apenas tentar disfarçar o sol com a peneira.
O clube, que é gerido de forma que dista muito da ideia democrática de um processo eleitoral, já fez tudo o que era possível para desprezar os sócios que pensam de forma contrária. Quem foi votar ontem - e haverá vários relatos nos próximos dias - encontrou-se com um cenário digno de regimes que em nada têm de democrático. Boletins de voto escuros propositadamente (sempre foram brancos) para dificultar a rasuração necessária para o voto nulo, ausência de possibilidade de votar em branco ou a ausência de mesas de voto obrigando aqueles que não queriam votar a favor - ou seja, pegar no papel, dobrá-lo e deposita-lo na urna sem sair do sitio - a exposição pública diante de todos os presentes como se fosse uma eleição de braço no ar ao bom estilo soviético. A presença, junto dessas mesas de "reflexão" - só faltava uma bica e o jornal - do candidato da única lista a votos é algo sui generis, para dizer o mínimo que se pode dizer neste caso. A utilização das ferramentas do clube como o Porto Canal para fazer campanha, desacreditar qualquer posicionamento em contra e para reforçar o estatuto de liderança solitária - com mais uma entrevista agendada para hoje, sem que nenhum noticiário do clube tivesse sequer mencionado o movimento Acorda Porto ou falado com um sócio que fosse dos que votaram nulo sem declarar o amor eterno ao candidato único, permite entender que o jornalismo independente, como tal, é algo que nas instalações do PortoCanal pura e simplesmente se meteu na gaveta.
No meio de todos esses condicionantes, ainda assim, dos sócios do Grande Porto que puderam votar - os que vivem no estrangeiro, a quem o voto electrónico ou postal está proibido, e os que vivem no resto de Portugal, onde é proibido votar em Casas do Clube, que não faltam pelo país - houve 21% que disseram "Basta". Entre esses haverá de tudo, seguramente. Os que acreditam que o candidato único pode resolver o problema mas tem de acordar. Os que acreditam que o candidato único tem uma última oportunidade. Os que acreditam que o candidato único é o problema. E até os que lhe devotam amor eterno. Seguramente haverá de tudo um pouco. Mas eram 21% dos votantes. O sinal está dado. Quem acredita que o caminho do FC Porto é outro perdeu, com o acto eleitoral de ontem, todas as desculpas para permanecer em silêncio. Quem venceu, por muito que tente o contrário, pode considerar-se avisado pelos donos do clube - os donos de verdade do clube - de que a situação está no limite. Ontem o FC Porto desceu mais baixo do que em algumas das derrotas mais humilhantes que sofreu em campo mas depois de cada tempestade o sol volta a sair. Os raios de luz, tibios, fizeram-se notar. O FC Porto está vivo.
Tive a curiosidade de dar uma vista de olhos ao site do tal movimento Acorda Porto. O que eu vejo lá é circo, circo e mais circo. Portanto mais 4 anos de Pinto da Costa é óptimo. Daqui a 4 anos podem montar a tenda e façam o que quiserem.
ResponderEliminarIsto que pode ler abaixo também é circo?
ResponderEliminarSe calhar a personagem em questão é algum trapezista...
O antigo administrador da SAD, Angelino Ferreira, também foi às urnas e, à saída, foi algo crítico face ao momento das eleições.
"Estas eleições para os órgãos sociais do FC Porto não têm qualquer valor estratégico. De facto, de acordo com a filosofia do modelo de gestão adotado no grupo FC Porto e no pressuposto de que vai continuar, o poder está fora do clube. O único poder que reside no clube é a sua qualidade de acionista maioritário da SAD, mas este poder já foi exercido a destempo aquando da realização das eleições da sociedade", disse.
Também Carlos Abreu Amorim falou aos jornalistas, no seu caso para dar o seu apoio a PC: "É a única pessoa capaz de tirar o FC Porto do buraco em que caiu." António Oliveira, Manuel Serrão e Rui Moreira também passaram no Dragão.
E as dificuldades em anular o voto para quem não ia preparado para aquela situação??
ResponderEliminarBem... aqui estou de acordo com o "miguel azevedo": pura acrobacia!
Sempre foram iguais as condições e não se viu ninguém a controlar ninguém, é botar faladura por botar faladura. Onde esteve o Baía e o Carlos Abreu e todos os que falam falam mas não os vejo a fazer nada?
ResponderEliminarA direcção tem que tomar outro rumo, é certo. Os negócios podem ser declarados e tudo muito limpo, mas não muito ético também é certo. Escolheram-se mal os treinadores e mandaram embora o Vitor Pereira que era somente Bi-campeão sem um plantel de jeito, é certo. Há muito por criticar mas também há muito por agradecer. Se querem fazer critica que sejam sérios. Alguém acredita que se o clube tivesse oposição e essa oposição ganhasse eleições a SAD se mantinha com os perdedores? Eu não acredito. Façam critica mas principalmente sejamos sérios porque andar a pegar contra tudo tem o efeito contrário descredibiliza quem critica e isso sim é muito mau para o FC Porto.
Acho giríssimo o HULK ONZE MILHAS colocar o meu nome entre aspas.
ResponderEliminarQuanto é 21% de 2403?
ResponderEliminarÉ esse o raio de luz que ficou da eleição de ontem?
Não havia, não há , alternativa. Mas fica o mais forte sinal de insatisfação do Porto "moderno". E haverá consequências.
ResponderEliminarCerto que muitos dos que anularam os votos votariam em PC, por isso mesmo discordo da previsão dos 30% duma candidatura opositora credível... No entanto PC sabe muito bem que não vai ter um passeio tranquilo. Se as coisas não mudarem a contestação irá subir de tom, mesmo que o mandato seja de 4 anos. Quem garante que o cumprirá todo?
É bom que os sócios, os adeptos, os simpatizantes, percebam que parte da mudança é deles. Da desmobilização incompreensivel da última década, do ambiente calmo do Dragão etc, não se queixem da SAD. Ela lá terá as suas culpas, mas nós não podemos assobiar para o lado também.
A SAD até pode olhar para mim como um número, como um cliente. Mas isso não abala nem altera a forma como olho para o Porto.
Todos estamos gratos a PC pelo que fez do FCP. Mas os tempos mudaram, PC envelheceu, o modelo esgotou-se... É a lei natural da vida. Pensar e afirmar isto não faz de mim "traidor" nem menos portista do que os que defendem cegamente PC. Esta rábula das eleições e dos boletins azuis atirou-nos definitivamente para a lama de onde tão cedo não nos levantaremos. Por muito que me custe não vejo como alguma coisa possa mudar no próximo mandato. E o pior ainda estará para vir quando PC e os seus fiéis acólicos sairem de cena e alguém tiver de ficar para pagar a conta...
ResponderEliminarÉ uma vergonha na era da informática e da rapidez da informação às nossas eleições serem feitas à moda do seculo passado.As casas do clube não servem para nada? A informática não existe? Tinham medo de quê? Este clube atualmente é dirigido como um regime ditatorial. Mas a Sad que tenha atenção pois os tempos estão a mudar e se continuarem com estas políticas em que revelam a sua incompetência a contestação pode subir de tom e este mandato não irá ser um passeio.
ResponderEliminarDeves ser um portista e tanto, que nem sabe que Sardoeira Pinto já não está entre nós..
ResponderEliminarMiguel Dias,
ResponderEliminarDeves ser um portista e tanto, que nem sabe que o filho de Sardoeira Pinto, Fernando, é o Secretário da Mesa da Assembleia.
Infelizmente, mais uma vez, os críticos só aparecem atrás das teclas. Podem especular que uma alternativa teria 20, 30, 40 ou até que ganhava mas a verdade é que mais importante que isso era suscitar o debate e isso não aconteceu. Assim, podem dizer o que quiserem mas não vale nada.
ResponderEliminarPC foi o único candidato e eleito por uma percentagem esmagadora e tem legitimidade para dirigir o clube.
Tenho muita pena que em vez de os sócios e adeptos se unirem contra a palhaçada da arbitragem, não só no futebol mas também no andebol (vejam quem vai arbitrar na luz e o q mostrou como benfiquista assumido) continuem interessados em dizer mal de qualquer coisa que os dirigentes, treinadores ou jogadores do Porto façam.
Nuno Queiroz,
ResponderEliminarEu também tenho muita pena de quem continua a achar que são as "palhaçadas das arbitragens" os problemas mais graves que esta instituição enfrenta quando o problema está, evidentemente, noutro lado. Mas cada um tem direito á sua legitima opinião.
Que seja possível votar noutros locais que não a sede do clube, acho que é uma alteração que tem de ser feita aos estatutos. Votar nas casas do Clube e disponibilizar locais de voto noutros países em que se justifique pelo nº de sócios aí residentes.
ResponderEliminarAgora, votar pela internet... Não concordo. Essa solução só levaria a que aqueles que só botam faladura ( faz de conta que não l~es Francisco Paulos) no "virtual" (blogs, twitters, facebooks) NUNCA sentissem necessidade de se deslocarem fisicamente ao Clube. Votavam no "virtual". Zero contacto pessoal com o clube.
Inscrevem-se sócios pela internet, pagam as cotas pela internet, compram a última camiseta do Clube pela internet, vêem os jogos na internet (stream), discutem os jogos na internet, formam opinião na internet. E agora querem também votar na internet...
Consócios:
Somos feitos de carne e osso. Temos peso, volume, cheiro. Os directores idem, são reais, pessoas. Os jogadores também. Aquilo verde no campo é relva.Para além de ser verde, também tem cheiro e humidade. Assim como o ar dentro do estádio às vezes está húmido. Ou frio. Ou as duas coisas. E geralmente não é estático: está vento. Felizmente, "alguém" (quem?)se lembrou de construir um estádio novo com cobertura, senão também choovia nos sócios. Mas continua a chover nos jogadores. O estádio é duro, de betão. As cadeiras (agora há...) de plástico. É REAL, não é virtual (como experimentado no ecran, sofá, solidão no teclado).
Experimentassem muitos dizer aos sócios, em pessoa, aquilo que protestam na internet, e "perceberiam" o que custa ofender o próximo. Na internet não custa nada. Ninguém nos "vai às trombas", no limite. Experimentassem muitos uma Assembleia Geral ou dobrar um voto e colocá-lo dentro da urna nas eleições do Clube, e se calhar, pensariam melhor nas opções e opiniões que tomam como suas.
O Clube é para viver ao vivo. Não é uma "virtualidade". Levantem o rabo do sofá e depois conversamos!
Franco Baresi
Pinto da Costa herdou meia dúzia de campeonatos e outras tantas ou menos taças de portugal. Deixa, para já, 27 campeonatos ganhos e 17 taças de portugal (se não estou enganado) mais 7 troféus internacionais. No hóquei em patins, a diferença é ainda mais gritante, já que é a diferença que há entre o nada e o clube nacional com mais e melhores troféus. É evidente para qualquer um (menos para um ou outro mais obtuso), que quem vier depois de PdC vai herdar muito mais do que ele herdou. Só que a idade não perdoa. PdC está quase octogenário, é visível a sua debilidade física e portanto está na hora de fazer aquilo que toda a gente faz em todas as carreiras, que é, reformar-se. Verdadeiramente grave, é que, em 100.000 sócios, não haja um que avance contra este PdC quase octagenário. Neste momento, o que o FCP precisava, era de um PdC de 44 anos a reformar o actual PdC.
ResponderEliminarPS Curioso. Com a mesma equipa de arbitragem (do FCPxArouca), o mesmo golo aos 14 segundos e a mesma dádiva do Maicon agora protagonizada por Pizzi. Mas 2º golo mal anulado não houve, claro. A mesma equipa de arbitragem mas afinal tão diferente. Nem houve aproveitamento da dádiva do Pizzi, claro. Eles jogam com determinação e vontade é contra o FCP. Contra o clube dos árbitros e da mentira desportiva, ficam moles, sem vontade, falham oportunidades de golo cantado que contra o FCP é certo e seguro que vão lá pra dentro. Vá-se lá saber porquê. Afinal, a "fantástica" equipa do clube dos árbitros e da mentira desportiva, comete os mesmos erros que a muito menos fantástica equipa do FCP. Só não tem é o mesmo azar com os árbitros e com os jogadores adversários isolados frente ao guarda-redes.
Grande Baresi!!!!!
ResponderEliminarMiguel Lourenço Pereira:
ResponderEliminarFoi à AG onde se falou e perguntou tudo o que queria? Onde se aceitou a forma como decorreram as eleições? É sócio pagante?
É que os escrever em blogues é muito bonito mas difícil mesmo é criar uma lista para combater os interesses instalados. Acredite que fico mesmo muito triste como é que é possível que um clube que tem milhares de críticos na bluegosfera não seja capaz de formar uma lista que mesmo que perdesse provocaria o debate e algum esclarecimento. Infelizmente tal não aconteceu e os críticos vão continuar atrás dos teclados mas fazer alguma coisa realmente importante pelo clube, ZERO.
Não sou um defensor de PC (sou agradecido por tudo o que ajudou o clube a ganhar e que nunca pensei ser possível) mas se quando há eleições não aparece ninguém para o enfrentar, naturalmente ele ganha e, sendo assim, há que estar atento, criticar o que for para criticar mas, essencialmente, lutar contra este país centralista e benfiquizado que, mesmo com Lopetegui teríamos sido campeões sem a palhaçada das arbitragens.
Para já considero que se há tanta contestação no Clube porque só aparecem cerca de 4500 sócios a votar num universo de cerca de 80.000, 90.000?...21% de votos nulos -nesses votos há muitas e variadas hipóteses de expressão e consideração da condição do nulo- são correspondentes a 945 em 4500 votos totais expressos nas urnas. Admito que a ausência de uma quadrícula no boletim de voto, ao lado da composição dos elementos candidatos das listas, para a possibilidade de qualquer múltipla expressão da vontade do voto seja limitativa, mas caramba, qual é o receio de votar ali em frente da mesa, riscando o boletim e colocando-o dentro da urna frente aos elementos das mesas, como eu o fiz embora sem o riscar dobrando-o simplesmente? Fazia algum sentido pegar no boletim ir à cabine e dobra-lo, rasgá-lo, riscá-lo, para depois o ir inserir na Urna? O que faz fugir os homens às responsabilidades? Medo de ouvir uma crítica, levar uma bofetada, medo de falar, de dizer o que pensam? O tempo de se viver como galinhas ou patos já passou.
ResponderEliminarEu acho que há imensa falta de coragem nos homens e nas mulheres deste País. Considero até que a falta de coragem é hoje mais patente nos homens que nas mulheres! -Gostam de fazer tudo pela calada da noite...É o cochicho, a maledicência feita em pé-de-ourelha, o barulho e as atitudes provocatórias subreptícias sobre a casa do vizinho, é o risco feito às escondidas e na sombra, no carro do inimigo ou mal-amado, é a insinuação, a falta de assumpção clara das ideias que defendem. Na minha modesta mas já amadurecida opinião, é a pura cobardia Lusitana insuflada por décadas e décadas de obscurantismo e medo, passadas de geração em geração nas famílias, de pais para filhos. O Português só sabe ser valente em grupo, de preferência numeroso e bem artilhado.
Se não considero uma determinada acção adequada, combato-a com ideias claras, luto por elas, constituo ou tento constituir e ou construir alternativas. Mas de peito aberto.
Não vou às urnas fazer um risco no boletim de voto às escondidas, com o canto do olho atento ao "inimigo" por detrás do pano da cabine de voto. É Rídículo e Humanamente Desprezível!...
Meirelesportuense,
ResponderEliminar"qual é o receio de votar ali em frente da mesa, riscando o boletim e colocando-o dentro da urna frente aos elementos das mesas, como eu o fiz embora sem o riscar dobrando-o simplesmente? Fazia algum sentido pegar no boletim ir à cabine e dobra-lo, rasgá-lo, riscá-lo, para depois o ir inserir na Urna? O que faz fugir os homens às responsabilidades? Medo de ouvir uma crítica, levar uma bofetada, medo de falar, de dizer o que pensam? "
Eu desconheço absolutamente até que ano estudou História ou Filosofia para poder entender as diferenças que um regime democrático tem de um regime ditatorial, seja proto-fascista ou proto-comunista, onde os votos são de mão alçada para que fique claro que todos estão com o Grande Lider e aqueles que não, pois, azar, dormem com os peixes. O regime democrático trouxe, entre outras muitas coisas, a universalidade do voto livre e secreto, algo que assiste a todo e cada um dos cidadãos.
Votar sem poder ter o seu espaço para exercer conscientemente o seu voto - a favor ou contra, tanto faz - tendo que levar com a presença al caponiana do candidato único para vislumbrar que tudo vai bem, votar á vista de todos, amigos, conhecidos ou absolutos desconhecidos, é algo que fica muito bem nos regimes proto-fascos ou comunas onde o cidadão, neste caso o associado, têm zero direitos.
Com o seu comentário dessa índole tão rasteira o Meireles apenas se define a si próprio pelo que é e pelo que defende, um atentado moral a tudo o que de regime democrático ainda vai sobrevivendo, um comportamento altaneiro e digno de viela escura. Infelizmente esse é o comportamento corrente nos arredores do Dragão e precisamente por cada individuo que pense assim que esses 21% têm mais mérito do que nunca.
E que fique claro que este comentário a roçar o fascistoidismo mais abominável e que lamentável não há como sacar a certos individuos só foi publicado para que se possa ver bem, neste espaço de debate comum e aberto, que tipo de portistas votam "á homem", apenas e só porque o voto é favorável á maioria. Lamentável!
Nuno Queiroz.
ResponderEliminarÉ conhecido deste espaço que sou residente no estrangeiro há muitos, muitos anos, e isso não me impede de continuar a ser tão portista como quando vivia no Porto nem a manter a minha ligação ao clube de todas as formas possíveis. Mas o FC Porto a mim não me paga comissões, não me paga viagens, não me paga o que paga a tanta gente que deu seguramente muito menos dinheiro a ganhar ao clube ao longo dos anos de distintas formas para que eu possa, em dias de trabalho, alugar o meu jet privado para tomar parte nessas cerimónias. E como eu - e mais nos últimos anos - há muitos portistas e por isso mesmo tenho defendido a abertura do clube a essa realidade.
Se algum dia, eventualmente, isso suceder ou se se der a possibilidade de estar fisicamente presente no Porto aquando de uma AG, vemo-nos lá, convido-o a um café e discutimos abertamente o que haja para discutir e não deixarei de exercer o meu direito de dirigir-me á mesa com as questões pertinentes.
Caro "Baresi",
ResponderEliminar"Agora, votar pela internet... Não concordo. Essa solução só levaria a que aqueles que só botam faladura ( faz de conta que não l~es Francisco Paulos) no "virtual" (blogs, twitters, facebooks) NUNCA sentissem necessidade de se deslocarem fisicamente ao Clube. Votavam no "virtual". Zero contacto pessoal com o clube."
Se isso significar abrir também mesas fisicas de voto em capitais estrangeiros onde residem muitos sócios portistas, força. Mas por residir no estrangeiro um sócio não é nem menos sócio nem menos portista e não vejo outra alternativa a não ser o voto online para que possam manifestar a sua posição.
Já participei em AG´s, já estive em dias de eleições no clube (também com listas únicas) e já disse na cara a muito boa gente o que pensava do que estavam a fazer com o clube. E não, o limite não está em "levar nas trombas" porque isto não é uma viela do século XIX, escura, e sim uma instituição que pertence a um grupo de pessoas e não a uns quantos que se arraigam o poder de "dar nas trombas".
Agradeço portanto que se o Baresi está tão preocupado com a participação dos sócios e adeptos que vivem no estrangeiro nos facilite a sua conta bancária para fazer chegar as facturas de deslocações que no caso de uns são umas centenas de quilometros, noutros de uns milhares.
Para começar, não fui eu que publiquei AQUI o meu comentário. Foi-o sem minha permissão, copiado de outro Blog.
ResponderEliminarPara continuar, não entendeu onde eu queria chegar. Se quiser, leia com atenção.
Para acabar, mesmo depois de entender o meu ponto, se lhe servir a carapuça, enfie-a, sendo que, e note bem, não me parece que "ela lhe sirva", Miguel Pereira.
Portanto não apareceu no ato eleitoral
ResponderEliminarMas a presença do: grande líder
E a presença alcaponiana pelos vistos existiu, ouviu dizer...
Alcaponiana, os nossos amigos lampiões não diriam melhor. ...
21% - 79%
Sem legitimidade
O pc ou o MLP?
Baresi,
ResponderEliminarNão é a primeira vez que temos users a comentar com outros nomes e a assinar o texto por baixo. Em nenhum momento aparece mencionado o "copy paste". Pela minha parte, peço desculpa pela confusão.
A mim não me serve, não, mas é uma posição que tem naturalmente a sua lógica e com a qual partilho muitos dos pontos. Também acho que uma instituição deve ser o mais humana possível, o mais presencial possivel. Também apanhei anos a fio de chuva nas Antas, frio, vento e partilhei almoçadas nos assentos e no cimento com outros sócios, sei o que essa camaradagem significa para quem é FC Porto mas os tempos actuais são diferentes e se existem as ferramentas que abrem a porta a muitos - porque são mesmo muitos - portistas a poderem actuar em prol do clube independentemente da impossibilidade - no caso de muitos contra a sua vontade - de o exercer em pessoa, é algo que deve ser pensado.
Caro Pedro,
ResponderEliminarA presença "alcaponiana" ficou registada em fotos, vídeos e comentários de centenas de portistas, alguns deles figuras públicas. É só informar-se. A lista eleita tem total "legitimidade" democrática de trabalhar em prol do clube que para isso recebeu 79% dos votos mais todos aqueles nulos que no fundo eram cartas de amor mal interpretadas. A constituição do clube permite este tipo de comportamentos ainda que alguns membros da própria Assembleia Geral, e alheios a qualquer tipo de suspeita anti-presidencialista, já tenham confessado que dista muito de um acto "democrático".
Em regimes pretéritos na História não tão distante também havia eleições. Também se ganhava com uma percentagem de votos bastante alta. Também se votava sem "medo", "dando a cara", "sem necessidade de ir a uma cabine fechada como" em regimes tão patéticos como os americanos ou ingleses. Também havia "legitimidade". Também tinham apoiantes "ultras" desse regime, os tais que quando o mesmo caiu juraram a todos os santinhos que aquilo não era nada com eles. O tempo o dirá onde muitos desses 79% algum dia vão parar.
O MLP vai sempre vencer... ou pelo menos os seu textos, tal a profusão e abrangência dos mesmos dentro de uma linha clara...
ResponderEliminarse não hoje, talvez dentro de 6 meses, ou 6 anos, ou talvez 15 anos, quando já cá não estiverem estes e o que estiver, se lembrar de dizer que a culpa foi destes....
é uma questão de insistência, não tem como falhar....
parabéns pela coerência, e por ser capaz de só ver o negativo
Bom dia,
ResponderEliminarNesta fase difícil que o nosso clube atravessa fui capaz de cumprir um sonho. Fundação de um blog de análise, apoio e critica do Futebol Clube do Porto.
Assim, teria todo o orgulho em pertencer à bluegoesfera de tão reconhecido blogue como o Reflexão Portista.
soutripeiro@bloguespot.pt
Saudações Portistas,
Tripeirinho
MLP, nao lhe compete a si resolver os problemas do clube é vedade, e promover a conversa sobre os mesmos problemas é algo legítimo e normal num adepto apaixonado.
ResponderEliminarMas digo-lhe ha muitos como Eu q estão em desacordo com muitas coisas no clube, opçoes, nomeações, estrategias ou ausência delas, etc. no entanto no meio de tanta questao e cisão perguntam-se quando é o tempo de nos mesmos espaços e tempos usados para criticar a direcçao passaremos a ter promoçao de união.
A maioria das coisas deve emanar da SAD mas nem tudo e na minha opinião, MLP, estamos numa altura em q vai ser necessário mais convergência tambem nos adeptos.
Nao gosto de MUITA coisa nesta direcção, nao gosto de MUITA coisa nas eleições mas o sucesso do clube é primeiro...ate porque assegurado facilitará muita mudança num molde mais pacifico e com toda a sinceridade, numa altura em q é claro q a mensagem passou, q existe um alerta em todo o clube, pergunto o q ganharemos em promovermos constante debate sobre conjunturas fechadas, decididas...é q a direcção esta construída e eleita.
Eu sou um apologista do debate e da critica livre, mas pergunto o q é q o clube precisa agora? Eu acho q precisa q a direcção mostre o q vale, q os adeptos continuem atentos mas q apoiem a equipa e o clube e se tivermos em constante "campanha" de caça de erros ou incoerências vamos viver em clima de guerra permanente. Tudo é timing, e este é o timing de cerrar fileiras. Um abraço a todos.
Miguel Alexandre.
Miguel,
ResponderEliminarNão contem comigo para essa posição de "cerrar fileiras" atrás (ou a favor, tanto faz) da podridão que emana de dentro do clube apenas porque a situação em que o clube se encontra (e onde ninguém a não ser quem tenha cargos de responsabilidade o levou) seja uma das piores da sua história recente.
A direcção eleita terá toda a legitimidade dos votos para tomar as decisões pertinentes e caberá aos portistas apoiar, denunciar, questionar essas mesmas decisões em cada momento e não olhar para o lado e assobiar quando seja necessário denunciar ou questionar apenas porque o timing não dá jeito.
Não há nenhum sócio ou adepto, nenhum blogue ou site, por muito influente que seja, que tenha um poder de decisão dentro do clube para tomar decisões que levaram a esta situação. Nós - os que estão a favor ou contra as mesmas porque somos todos portistas, primeiro - só estamos aqui para acompanhar o processo dando a nossa opinião baseada nos factos, informações e valores que dispomos.
O que o clube precisa agora não é do silêncio dos blogues mas sim da acção positiva e inequivoca de que o farrobadó dos últimos anos não tem lugar no futuro imediato e isso só vem de quem manda. Mas depois de ouvir um discurso presidencial mais preocupado a atacar portistas, a sacudir as culpas para o treinador que há um ano era um génio, a um agente em concreto obviamente os negócios com outros agentes/fundos como se fosse a origem de todos os males (e eu não sou propriamente amigo de Jorge Mendes), a afirmar que não podemos estar obcecados com ser campeões quando esse é o discusrso oposto do PdC original precisamente, então fica claro que é preciso estar mais atento do que nunca.
Já leram a resposta do Porto ao Angelino Ferreira ?
ResponderEliminarparece-me que o TOC comete alguns erros