domingo, 10 de abril de 2016

Políticos na Direção do FC Porto

Sessão de esclarecimento aos sócios em 1982

Em 1982, descontente com a situação que o clube atravessava, o Eng.º Armando Pimentel fez parte de uma comissão de sócios, a qual dinamizou várias sessões de esclarecimento e apresentou uma lista concorrente à Direção do Futebol Clube do Porto, lista essa que era encabeçada por Pinto da Costa.

Ora, uma das razões de descontentamento e que mereceu inúmeras críticas da parte do sócio Jorge Nuno Pinto da Costa, era o facto do presidente do clube – Dr. Américo de Sá – ser, simultaneamente, deputado do CDS. Daí que, quer durante as semanas/meses que antecederam as eleições de Abril de 1982, quer já como presidente do clube, Pinto da Costa tenha defendido uma rigorosa separação entre o clube e a política, tendo ficado definido que nenhum membro da Direção do FC Porto poderia ocupar cargos políticos.

Por isso, em 1989, quando foi eleito vereador da Câmara Municipal do Porto, o Eng.º Armando Pimentel, amigo de longa data de Pinto da Costa e, segundo o próprio, o mentor da sua candidatura à presidência, teve de deixar a Direção do FC Porto, onde ocupava uma das vice-presidências.


Mudam-se os tempos, mudam-se os interesses, mudam-se os princípios orientadores e em 2016…

De acordo com os estatutos que foram discutidos e aprovados em Assembleia Geral, e em que eu não interferi em nada, foi decidido que os 14 vice-presidentes passavam a seis (…) introduzi um novo setor, que é o do planeamento dos novos projetos e do qual será responsável o professor Emídio Gomes, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Norte.
declarações de Pinto da Costa, em entrevista ao Porto Canal, 07-04-2016


É normal as pessoas mudarem de opinião sobre diversos assuntos. O que já não é tão normal é as pessoas fazerem tábua rasa dos princípios éticos que as nortearam no passado e, sem darem qualquer justificação, mudarem radicalmente de posição.

O que terá levado Pinto da Costa a convidar um político no ativo, e que ocupa um importante cargo na administração pública, para uma das vice-presidências do Clube?

Pinto da Costa (FC Porto), Rui Moreira (CM Porto) e Emídio Gomes (CCDRN)
na inauguração das novas instalações da piscina de Campanhã (fonte: Porto.)

P.S. Como é óbvio, o que está em causa neste artigo não é o portismo e muito menos a competência do professor Emídio Gomes.

P.S.2 Há muitos portistas que confundem Pinto da Costa com o FC Porto e vice-versa. Eu, infelizmente, tenho idade suficiente para me lembrar do anterior presidente do clube – Américo de Sá. Do que eu não me lembro, é de Pinto da Costa, Sardoeira Pinto, Armando Pimentel, Álvaro Pinto e os outros sócios que, em 1982, fizeram parte da comissão que dinamizou uma lista alternativa à da Direção em exercício, terem sido catalogados de “oposicionistas”, “divisionistas” ou “inimigos do clube”.

28 comentários:

Jorge Vassalo disse...

Meu caro José,

A oposição a Pinto da Costa e à sua política directiva é um inalienável direito de cada sócio do FC Porto.

É natural que Pinto da Costa não goste, é natural que a SAD não goste e alguns adeptos não gostem. Mas isso é como, lá está, na política: a troca de acusações é natural e, já agora, até pode ser saudável, dentro de um limite ético bem definido - dispensa-se insultos ad hominem e observações de carácter pessoal.

Encorajo todos os que não concordam com a política da SAD a unirem-se, a criarem manifesto, programa e um "governo sombra", se for preciso: será muito saudável para o FC Porto.

Sou incapaz de perceber como, pensando tudo estar mal, não seja capaz de se erguer UMA voz para ser alternativa e o discurso seja sempre, tal como o de Vítor Baía ou de António Oliveira, "Pinto da Costa é o melhor para levar o barco a bom porto."

Desculpa, meu amigo, mas não acredito na "lula da silvalização" do Presidente do FC Porto - a política da SAD boa, má ou assim-assim, passa toda por ele. Essa do bonzinho rodeado de mauzões não me convence, e estou certo que à maioria dos Portistas também não.

Acho urgente que apareça alguém com uma política alternativa, com uma voz de outra corrente de pensamento. O que mais me entristece é que não apareça ninguém.

Temo que o pós-Pinto da Costa se torne apenas uma guerra de poleiro e que quem saia mais prejudicado com isso seja o Clube.

Abraço.

Jorge Vassalo | Porto Universal

Felisberto disse...

José Correia, relativamente ao seu PS 2, estive, eu e o meu pai, nessa sessão de esclarecimento que a foto documenta e, lembro-me que foi bem agitada. Se a memória não me falha, creio que foi no Coliseu e houve quem gostasse e daí em diante cerrasse fileiras com JNPC e, como é óbvio, quem discordasse. Se calhar o José não estava lá, mas houve agitação, insultos de parte a parte e até uns sopapos cá fora!
Aliás a discórdia foi tanta e nada unânime pois tinhamos a experiência do célebre PREC!!! Fomos o único clube do Mundo que a 1 semana de começar o campeonato não tinhamos equipa para o disputar precisamente por haver os renegados (os que eram pró PC) e os fiéis ao regime (pró Américo de Sá)!!!!!
Tudo por causa do tri que acabaria por escapar perto do final da época para os leões, provocando o estalar do verniz entre Américo de Sá e Pinto da Costa, que se vê afastado do clube com a denúncia pública do seu estilo truculento e a desproporção dos seus ataques a Lisboa, na opinião de Américo de Sá!!!

As palavras do Presidente caem mal na nação portista e Pedroto e demais equipa técnica saem do clube em solidariedade com Pinto da Costa, enquanto 14 jogadores entram em greve, recusando-se a apresentar-se nas instalações do clube, treinando-se na praia, e no pinhal de Santa Cruz do Bispo!

Na cidade corriam rumores de que seria Pinto da Costa que estava por detrás dos revoltosos mas todos os envolvidos no caso o ilibaram, acabando por se saber que eram os jogadores que custeavam os treinos.

A «Guerra Civil azul e branca» acalmaria em Agosto de 1980. Oliveira saía do clube, Gomes era vendido, Octávio voltava para a sua Palmela. Sem os principais líderes do balneário a cabeça da rebelião estava cortada, Américo de Sá reforçava o seu poder, mas a verdade é que a sua era tinha os dias contados...

A sua saturação por PC é compreensivel, mas não faça dos portistas um bando de carneiros a caminho do matadouro. Posso ter cara de papalvo, mas não como palha e não emprenho por jornais que até estão penhorados pelo estado.
Peço desculpa se fui ofensivo.

José Correia disse...

Caro Jorge, percebo o teu comentário. Não percebo é a relação entre o teu comentário e a essência deste artigo.

Abraço

José Correia disse...

Caro Felisberto Costa, 80% do seu comentário é acerca do Verão quente portista de 1980, de que eu me lembro muito bem, mas que não tem rigorosamente nada a ver com a essência deste artigo - a rigorosa separação entre o clube e a política, que Pinto da Costa defendia (e praticava), ao ponto de ter ficado definido que nenhum membro da Direção do FC Porto poderia ocupar cargos políticos.

Quanto à sua afirmação "não faça dos portistas um bando de carneiros a caminho do matadouro. Posso ter cara de papalvo, mas não como palha...", desafio-o a dizer qual é a "palha" ou falsidades que fazem parte deste artigo.

Jorge Vassalo disse...

Caro José,

Tens toda a razão. Referia-me apenas ao Post Scriptum 2.

Com o artigo, totalmente de acordo. O Desporto, a Religião, a Arte, a Cultura, devem estar rigorosamente separadas da política. Embora, ressalvo, esteja misturada aqui como no sportem e então, no ficaben, nem se fala.

Mas como a única coisa que interessa é a nossa casa, dou um exemplo claro da minha posição: Se Rui Moreira - para citar o exemplo da foto - um dia se candidatar à Presidência (não acharia mal, até), teria de se desvincular de tudo o que fosse laço político e partidário ANTES.

Abraço

jchs disse...

O Prof. Emídio Gomes foi nomeado presidente da CCDRN através de um concurso público bastante disputado, e não através de uma qualquer designação política. Aliás, tal aconteceu durante o governo PSD/CDS, e mantem-se com o actual governo PS.

O Prof. Emídio Gomes, em toda a sua vida pública, nunca teve um perfil político. Desconheço qual o seu partido, se é que o tem, ou se alguma vez desempenhou funções políticas (deputado, autarca, etc.). Da leitura do seu CV nada vislumbrei relacionado com partidos/política.

Por isso, utilizar o seu nome para relacionar o FCP com a política, parece-me uma infeliz ideia do José Correia (tinha mais à mão o Dr. Fernando Gomes). Acontece até aos melhores...

José Correia disse...

Caro Jorge, inteiramente de acordo com o teu exemplo do Rui Moreira (que, como portuense, espero que continue a ser o presidente da CM Porto durante mais 10 anos).

Agora, eu acho que está clara no artigo a distinção entre ex-políticos e políticos no ativo.

Por exemplo, o Dr. Fernando Gomes é um ex-político (deixou de exercer funções na CM Porto ou no Governo há mais de 15 anos) e, por essa razão, não está ao mesmo nível do professor Emídio Gomes, o qual, ainda há poucos meses, esteve na inauguração das novas instalações da piscina de Campanhã, um projeto que recebeu um financiamento público aprovado pela CCDRN.

Abraço

Felisberto disse...

José Correia,
Também salientei que o meu comentário era essencialmente dirigido ao seu post scriptum 2.
Sobre a totalidade do post em si, é como diz, mudam-se os tempos, mudam-se as vontades e só não muda quem come palha, E PdC também não a come, de certeza!
Se muda é porque não tem principios éticos. Se não muda é porque está velho e ultrapassado!

E a saída do engº Pimentel, infelizmente nada teve a ver com a câmara do Porto!

José Correia disse...

jchs disse: "O Prof. Emídio Gomes foi nomeado presidente da CCDRN através de um concurso público bastante disputado..."

Não está em causa se o professor Emídio Gomes foi nomeado via concurso, sem concurso ou eleito (e muito menos a sua competência, conforme tive o cuidado de referir no artigo).

O que está em causa é que o professor Emídio Gomes está na política ativa (ao contrário do Dr. Fernando Gomes), a exercer um cargo público que, sem qualquer tipo de menosprezo, é bem mais relevante do que, por exemplo, ser vereador do desporto na CM Porto.

José Correia disse...

Na altura, a justificação pública para a saída do vice-presidente Armando Pimentel, foi exatamente aquela que eu refiro no artigo.
Contudo, se o Felisberto Costa tem outras informações, diz que o Pinto da Costa mentiu aos sócios e que a verdade é outra...

Agora, o que o Felisberto Costa não pode negar, é as ferozes críticas do Pinto da Costa ao presidente-deputado Americo de Sá. E também não pode negar, que o Pinto da Costa sempre defendeu (até agora) uma rigorosa separação entre membros da Direção e o exercício simultâneo de cargos políticos.

Felisberto disse...

José Correia,
Só para terminar, pois não gosto de entrar em guerras de alecrim e manjerona com pessoas que são do meu clube.
Sabia que há mentiras que se tornam necessárias, porque a verdade só interessa a quem não é atingida por ela?
Sabia porque morreu tão novo o engº Pimentel?
Não julguemos as pessoas pela sua aparência!

Luís Vieira disse...

Percebo a crítica do José, direccionada à torção de princípios fundantes, que pode denunciar mais um sinal de perda de qualidades de PdC. Contudo, para além da presidência da CCDR-N ser um cargo menos político do que outros aqui referidos e de a afiliação partidária do seu presidente não ser conhecida e/ou ser pouco relevante, o mais estranho, na minha opinião é mesmo o pelouro atribuído! Qual a necessidade de "novos projectos e empreendimentos"? Para garantir fundos comunitários na realização do centro de formação? É mesmo necessário incluir alguém no organigrama do clube para esse efeito? Então e as obras anteriores (estádio, museu, pavilhão, piscina) como se realizaram? Em suma, mais criticável do que a escolha de um funcionário público (não tanto um político) para a vice-presidência do clube é o pelouro designado.

jchs disse...

Há uma diferença fundamental entre exercer cargos públicos por influência/interferência partidária (era o caso do engº Pimentel), outra coisa é ascender a esses cargos apenas e tão só pelas suas competências técnicas.
O Dr. Fernando Gomes mesmo não estando no activo é um político (e não ex-político, que se saiba mantém-se militante do PS), ao contrário do Prof. Emídio Gomes, a quem não se conhece qualquer filiação partidária.

Este é o meu ponto.

José Correia disse...

Luís Vieira disse: "...para além da presidência da CCDR-N ser um cargo menos político do que outros aqui referidos..."

Como?
A presidência da CCDR-N é um cargo de tal modo político, que já vários partidos defenderam que deveria ser objecto de eleição direta e não de nomeação (com ou sem concurso).

José Correia disse...

Luís Vieira disse: "...a afiliação partidária do seu presidente não ser conhecida e/ou ser pouco relevante..."

E?
Há vários ministros e secretários-estado deste governo (e houve N em governos anteriores) que não são militantes de qualquer partido.
Por acaso, os ministros "independentes", por não terem filiação partidária, não exerceram cargos políticos?

Luís Vieira disse...

A minha asserção continua válida José, apesar da sua observação: a presidência da CCDR-N é menos política do que uma presidência de câmara, uma vereação ou uma presença na AR. A começar pelo método de acesso a tais cargos, passando pela qualidade das funções desempenhadas (representativas) e a acabar na filiação partidária.

Luís Vieira disse...

Exerceram, claro, mas são/foram ministros e secretários de Estado. Há comparação possível, do ponto de vista político, com a presidência de uma comissão? A meu ver, o grau de importância política é bastante diferente. A pedra de toque reside aqui e não tanto na filiação partidária (embora também tenha a sua importância).

José Correia disse...

Caro Luís Vieira, pelos vistos, temos perspetivas completamente distintas (de que não há mal nenhum).

Eu não tenho qualquer dúvida que a presidência da CCDR-N é um cargo político, independentemente de quem a ocupa ser "independente", militante ou ex-militante de um partido.

Quanto à relevância política deste cargo, bem, recomendo-lhe que verifique quantos milhares de milhões de euros foram (são) geridos por apenas dois programas regionais:

ON.2 - O Novo Norte
NORTE 2020

MIguel Alexandre disse...

Dê por onde der, se o FCPorto nao voltar a engrossar as suas fileiras tambem com gente q conheça o poder central e local, com gente q de facto tenha valências q dirigidas ao combate ao centralismo (q pode ser feito de muita forma) tenha impacto então NESTE país NESTE actual estado de coisas vamos ter ainda mais dificuldades.
O pais e em particular o clube campeão é um fosso de interesses, da sua estrutura aos q se passeiam nos corredores da Luz ao Grupo Cofina, aos Mexias, PJ, Ministerio Público, grandes escritórios de advogados, imobiliarias...andam todos por lá...ESTA é a realidade, nós nao somos iguais nem temos q ser...alias nunca seremos, mas dentro do q é a nossa essencia devemos munir-nos do maior número de gente com ligação onde se decidem as coisas q é no dinheiro e para isso previsamos de gente do poder político e financeiro...ou pelo menos com vias privilegiadas. Nao vamos la pelas vias normais e não institucionais, aliás conseguem dizer quando neste país alguem ganhou alguma coisa sem ser capaz de influenciar as instituições?
Acho MUITO BEM q uma parte da nossa direcçao possa ter gente capaz de nos fazer recuperar espaço de influência nas instituições.
Miguel Alexandre.

O2T disse...

1. Alguém me pode esclarecer quantos votos teve Emídio Guerreiro e a CCRN?

2. Ao longo de 30 e tal anos, PdC cortou/reatou relações (Pimenta Machado, Valentim, sporting, benfica, etc) n vezes de acordo com o que entendeu ser o superior interesse do Porto.

3.Pode discordar-se de PdC, mas "batemos no fundo" na crítica, quando tudo e o contrário servem para o criticar.

4. É por estas e por outras que temo o pós-PdC.

Unknown disse...

Há muito que Pinto da Costa se cola à política, nomeadamente - mas não só - no apoio à candidatura de Fernando Gomes em 2001, em cuja conferência de imprensa de lançamento apareceu ladeando o candidato, como se de um mandatário se tratasse. Isso foi, a meu ver, muito mais grave que a inclusão agora do Presidente da CCDRN na direcção do clube, pois eu estou de acordo com os que aqui dizem que não se trata de um cargo político. Mas nessa altura, aqueles que ousaram criticar essa postura, bem como o mais ou menos velado apoio aos dois posteriores candidatos do partido do Dr Gomes à Câmara do Porto, ouviram muitas vezes como resposta que "o cidadão Pinto da Costa tinha o direito de apoiar quem quisesse", como se o possível peso do apoio do cidadão Pinto da Costa não se devesse inteiramente ao facto de ser presidente do FC Porto. Por essa lógica, "o cidadão Américo Sá" também tinha todo o direito de se candidatar a deputado.

Parece-me, pois, que a indignação do autor do artigo, peca por tardia (a não ser que tenha criticado o que eu atrás referi, caso em que me penitencio).

Luís Vieira disse...

Não diria "completamente" distintas, caro José. Não nego a relevância política do cargo, apenas não lhe atribuo a importância de outras funções, como as que foram aqui referidas. Nesse pressuposto, não me choca assim tanto a escolha do Emídio Gomes. Acho mais questionável o pelouro em apreço.

Unknown disse...

O2T: há vários anos que vivemos no pós-PDC

Orlando Sousa disse...

Emídio Gomes é funcionário público. Ocupa um lugar equiparado a Director-Geral. Um lugar político.Aliás basta ver as crónicas que escreve no JN. Foi escolhido pelo então PM Passos Coelho, dum conjunto de 3 nomes escolhidos pela CRESAP. Desconhecem-se quais e quantos foram os candidatos ao lugar, já que os processos da CRESAP são tudo menos transparentes.
Se é competente ou não, pergunta-se competente em quê? Muito mal PdC ao convidar Emídio Gomes para a direcção.

José Correia disse...

Miguel Alexandre disse: "Acho MUITO BEM q uma parte da nossa direcçao possa ter gente capaz de nos fazer recuperar espaço de influência nas instituições"

O Miguel Alexandre pode achar o que quiser e até poderia achar bem que o presidente da CM Porto (o portista Rui Moreira), o líder parlamentar do PSD (o portista Luís Montenegro) ou um qualquer ministro portista integrasse a futura Direção do FC Porto.

O problema (o que está em causa neste artigo) é que Pinto da Costa era frontalmente CONTRA e achava este tipo de coisas MUITO MAL.

José Correia disse...

O Dr Sigmund V mistura alhos com bugalhos, não sei se propositadamente, ou se por dificuldade em perceber aquilo que eu escrevi no artigo e em diversos comentários.
Por isso, a única resposta que leva é: releia o artigo e os comentários, porque está lá tudo e muito clarinho.

antas disse...

Meu caro José Correia,

Tem o Amigo toda a razão em recordar os princípios de separação entre os órgãos sociais do FC Porto e a actividade política, princípios hoje esquecidos. Mas o exemplo citado não é - e de longe! - o melhor.
Deixo-lhe, para sua apreciação, link para notícia do JN de há escassos meses:

http://www.jn.pt/nacional/interior/socrates-acusa-marcelo-de-ser-cavaco-silva-2-4946235.html

Fernando Gomes, vice-presidente da SAD e do clube, como o demonstram as fotos, "honrou" com a sua presença sessão de exorcismo socretino em Vila do Conde onde a vedeta a desagravar foi arguido, himself. E, com a sua presença na mesa de honra, a par de outra figura emblemática do do socialismo vilacondense e nortenho, seu sucessor na presidência da autarquia local, ouviu o popular acusado tecer as mais variadas considerações e críticas sobre a actualidade política e sobre o seus processos judiciais, num manifesto acto de ingerência no regular funcionamento das instituições judiciais deste país.
Aliás, em atitude para mim incompreensível dadas as funções que exerce, o actual presidente do clube também se deslocou, em seu dia, a Évora para visitar na cadeia o citado arguido, que foi o mais centralista dos chefes de governo que nos couberam em sorte: com o país às portas da bancarrota, ainda queria construir em Lisboa um novo aeroporto, uma nova travessia do Tejo e um lanço do TGV que, da capital do defunto Império, chegaria a Madrid.
Lá onde está, o meu saudoso Amigo Américo de Sá, com o seu sorriso misto de irónico e benevolente e entre dus baforadas do fumo que o matou tão cedo, recordará ter sido acusado de "conluiado com Lisboa", peça de propaganda fundamental do chamado Verão Quente que, haja em vista alguns dos posts precedentes, continua a ser muito mal contado...

José Correia disse...

Para quem dizia que o Prof. Emídio Gomes não era militante do PSD e nem sequer era político...

«Carolina Maria Correia Duarte, uma ex-jornalista, que em 2013 deixou a sua profissão para ser candidata pela coligação Porto Forte, liderada pelo PSD, à Assembleia de Freguesia do Bonfim. Tomou parte ativa na campanha eleitoral, tanto para a Assembleia de Freguesia como para a Câmara do Porto.
Não tendo sido eleita em setembro de 2013, tornou-se, em 2015, assessora da CCDR-N, por ajuste directo, sendo mais tarde designada Chefe de Gabinete pelo presidente daquela instituição pública. Pelo menos assim aparece identificada em vários documentos e, nessa qualidade, participou em reuniões oficiais. Emídio Gomes, entretanto substituído no cargo, era então presidente da Mesa da Concelhia do PSD/Porto
http://www.porto.pt/noticias/pressao-sobre-moradores-em-artigo-do-jn-baseou-se-no-que-disse-assessora-do-psd-e-idosa-que-nao-existe