Hoje não há muito a apontar. Se jogássemos sempre assim, tal como também contra o slb durante grande parte dessa partida, ganharíamos à vontade a actual edição da Liga portuguesa.
Não teríamos problemas pois, pelo menos até ao momento, ninguém se aproximou deste patamar de qualidade. Que pena que não o façamos muitas mais vezes...
Já estávamos quase a entrar no campo do sobrenatural (dado o número esmagador de lances de golo feito) quando, ao minuto 95, Rui Pedro deu a vitória justíssima ao nosso clube. Vitória essa que só peca por escassa.
Sim, nem Aboubakar, nem Bueno, nem Marega, nem Suk, nem Gonçalo Paciência, nem Adrián López, nem Depoitre e nem sequer André Silva: foi um júnior quem nos salvou. O último de todas estas opções atacantes que passaram pelas mãos de NES desde que este aqui chegou.
Foram oportunidades em cima de oportunidades, defesas inacreditáveis atrás de outras impossíveis, num jogo de raça e crer até, literalmente, ao último minuto. Sim, como contra o nosso maior rival, foi um jogo "com a alma que Pedroto ensinou". E quando assim é, os falhanços escandalosos de Óliver, Marcano, Maxi e, principalmente, de André Silva passam para segundo plano pois valores mais altos se levantaram.
Que, ao contrário do que sucedeu pós-slb, esta demonstração de força passe efectivamente para os encontros seguintes. Que, por exemplo, a aposta de NES em Brahimi seja mesmo real e para continuar e não apenas uma concessão ao desespero que se sentia no Dragão.
Que bonita e merecida a festa do golo. Não se via nada assim desde o célebre minuto-Kelvin em 2013.
E aquelas lágrimas de Luís Gonçalves podem mesmo ser um sinal de optimismo para um futuro melhor...
7 comentários:
Sem duvida. Nunca seria por este jogo e exibicao que alguem malharia no Nuno (coisa que tenho feito repetidamente), mesmo que empatassemos. Seria tremendamente injusto nao ganharmos, porque mesmo ate a expulsao estavamos a ser melhores e ter oportunidades claras.
O Brahimi entrou nao pelo desespero, mas pela lesao do Otavio. Se nao recuperar, nao ha razao para o Brahimi nao ser titular na quarta-feira.
Temos um grande problema no ataque, que nao vem de hoje, mas tornou-se ainda mais evidente depois de tantas oportunidades falhadas e frequentes mas decisoes dos dois avancados. E' impossivel sermos campeoes mesmo a jogar como hoje, se nao houver um nivel de eficacia minimamente aceitavel e isso e' improvavel com estes jogadores...
E um golo mal anulado ao Diogo Jota, também fica para a história.
A diferenca que um golo faz, a verdade e que nao vejo uma diferenca muito grande entre este jogo e os mais recentes, simplesmente a bola entrou e como tal de repente o Nuno ja nao e assim tao mau.
Tivessemos um PL que nao falhava tanto na hora da verdade e a esta hora o Nuno era levado em ombros.
Já tinha gostado do Rui Pedro no jogo com o Belenenses, para a Taça da Liga. Ontem confirmou as primeiras indicações. Quem faz aquilo ao minuto 95, tem muito para mostrar. É manter a aposta no chavalo e empandeirar Depoitres, Adriáns e afins.
Uma vitoria Sofrida mas acima de tudo muito merecida. Nada mais do que isso. Deveremos comemorá la, mas como nas derrotas o nosso objectivo deve estar acima de tudo no jogo seguinte. Nao nos iludamos porque so uma boa serie de 8/10 vitorias nos poderá conduzir a um patamar de candidato ao titulo. Neste momento estamos muito longe disso. E perante o que vimos ontem está claro que :
Brahini é fundamental no plantel assim como Corona
depoitre nao faz qq falta perante o perfil- esse sim de goleador de Rui Pedro
Maxi é um exemplo que empurra os colegas
Oliver é um motor da equipa
Necessitamos com urgencia de experiencia e alguma ratice na frente de ataque
"Sim, nem Aboubakar, nem Bueno, nem Marega, nem Suk, nem Gonçalo Paciência, nem Adrián López, nem Depoitre e nem sequer André Silva: foi um júnior quem nos salvou. O último de todas estas opções atacantes que passaram pelas mãos de NES desde que este aqui chegou."
Aqui é que está o grande problema! Mas não acredito que a culpa seja exclusivamente do NES. Penso mesmo que o grande problema do FCP nos últimos anos reside aqui neste "pormaior": primeiro escolhem o plantel e depois pensam em contratar um treinador que digam amem...
Vejo a capa dos três desportivos: FPF/Conselho de Arbitragem aconselha mais "descontos", por 'perda de tempo' e 'anti-jogo'. As capas, e sobretudo a decisão emanada da FPF, três dias depois das queixas, neste sentido, do clube da luz, na Madeira, podem cumprir de jure, mas não de facto o carácter abstracto e universal das normas: trata-se de algo que só pode ser lido e interpretado como reação casuística à reclamação de um clube cujo poder absoluto se vê, diariamente, absolutamente (vindicado). Sempre que o clube da luz não estiver a vencer aos 90', as ordens são para que se estenda o jogo até ao ilimitado. Ao mesmo tempo, implícita mas conscientemente, visa-se reconhecer razão a quem acaba de reclamar, e retira-se o tapete a quem arbitrou o jogo da Madeira. Tão ou mais importante: avisa-se quem se segue. Depois de Vitor Pereira, a vez de Fontelas Gomes ajoelhar. Com Fernando Gomes, diga-se, depois de pactuar com o campeonato inacreditável de há dois anos, mais uma vez a representar um tristíssimo papel. Título da crónica de Duarte Gomes, ontem, em ABola: "Perda de tempo - o flagelo", É realmente muito curioso e interessante como as forças vivas deram agora, conta, 12 longas jornadas depois, que há perda de tempo e anti-jogo. Ontem ainda, na capa do Correio da Manhã, "Sporting agradado com Jorge Sousa" (que há mais de uma semana era apontado unanimemente como o árbitro a ser designado para o jogo de Domingo na Luz). Uma técnica simples de colagem do árbitro ao Sporting, sem nenhum sentido, ao mesmo tempo que colocavam no Record que "Benfica preocupado com árbitros da A.F. do Porto". Não só Jorge Sousa é do agrado do Sporting, como ainda é da A.F. do Porto. Mesmo que deixasse de me interessar e de ver futebol, há uma coisa que nunca poderia deixar de ser: portista (com o que isso significa, inversamente, de não ser da situação, do regime, de tudo a favor, dos comentadores, dos jornais, de uma máquina de propaganda brutal, de um poder absoluto que, como é dos livros, corrompe absolutamente).
Pedro Miranda
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