sexta-feira, 25 de março de 2011

Ele continua a andar por lá

No final da época passada, em programas da Benfica TV, António Pragal Colaço incitou à violência (“vamos ter de puxar das armas”), pré-anunciou a retaliação (“ela já está programada”) e previamente legitimou-a, com argumentos do tipo “se queres continuar a ser cabeçudo o problema é teu”.

E, de facto, houve uma violência brutal após a final da Taça de Portugal, com vários carros particulares e um autocarro de adeptos portistas e flavienses a serem apedrejados no IC17.

Evidentemente, ninguém pode provar que houve uma relação directa entre as declarações incendiárias de Pragal Colaço e o apedrejamento de portistas que ocorreu em Lisboa poucos dias depois, mas é óbvio que a Benfica TV e os responsáveis da mesma ficaram muito mal na fotografia, ao terem apadrinhado a criação de um clima de ódio anti-Porto.

Perante o escândalo público motivado pelo “vamos ter de puxar das armas” e “a retaliação já está programada”, pensei que os responsáveis benfiquistas, para manterem as aparências, iam dar instruções para que António Pragal Colaço entrasse em quarentena e deixasse de ter acesso privilegiado aos órgãos de comunicação do slb. Mas, pelos vistos, ele continua a andar por lá. Desta vez, assinando artigos de opinião no jornal 'O Benfica'.


Perante isto, eu pergunto: Qual é a moral desta gente (dirigentes e comentadores benfiquistas) para atacarem a postura dos dirigentes do FC Porto e, vestindo a pele de cordeiros, virem apelar à não-violência?

3 comentários:

  1. Também a salientar a hipocrisia de virem constantemente, e nos meios de comunicação, comparar a cidade Invicta com Palermo (lembro o caso do António Pedro Vasconcelos), e após as pedradas na comitiva benfiquista, ocorridas nesta segunda-feira depois do jogo em Paços de Ferreira, alertarem os adeptos benfiquistas que os únicos responsáveis pelas pedradas na comitiva eram os que as atiraram, e para não associarem esses responsáveis a uma região ou cidade. Francamente primeiro incendiaram os ânimos e associaram os portuenses como "mafiosos", depois quando viram a fogueira crescer, com as palavras acintosas que lançaram para a praça pública, vieram pôr água na fervura e discursar como se não tivessem culpas pelo acicatar de ânimos.

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  2. Era isso que eu queria afirmar quando falava em "hipocrisia" -essa capacidade de culpar os outros- ainda que nós façamos por detrás da cortina, exactamente o que criticamos nos outros...Estes fulanos, estes Pragais Colaços não são diferentes de muitos de nós.Se queremos mudar o Mundo, temos que agir de forma diferente, temos que nos constituir como exemplo, senão não temos credibilidade nenhuma para exigir a mudança...

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  3. Neste tempo de "cólera", entendo que deitar gasolina ao fogo, não ajuda nada.
    É tempo de esfriar. A direcção deve ser o motor desse esfriamento. A equipa técnica, atletas e adeptos não ficam dispensados de o fazer, para "bem" do país que vive demasiado em sobressalto.
    O lugar comum e o politicamente correctos são recomendáveis. Serenos e atentos. Muito atentos. As contas fazem-se no fim e importante é chegarmos em primeiro. O resto tem tempo.

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