As opiniões que se seguem são de um leigo de preparação física, recuperação física e coisas que tais, são opiniões de quem meramente vê futebol e gosta de ver futebol e que acha que há caminhos melhores que outros. (isto dito assim na 3ª pessoa até parece o Jardel a falar :-D)
Todos os anos todos os treinadores, falam em respeito pelo adversário e coisas que tal, mas há jogos em que não há volta a dar-lhe, há que gerir o plantel. E gerir o plantel tem dois objectivos: fazer descansar alguns jogadores e dar oportunidades a jogadores menos (ou nunca) utilizados.
Há aqueles com o professor mestre que acham que dar oportunidades a jogadores menos (ou nunca) utilizados é pô-los todos juntinhos a jogarem contra os Torreenses destas taças e mandá-los para o banco ou bancada no jogo seguinte, até à próxima eliminatória onde vão voltar a jogar todos juntinhos no mesmo 4-3-3 nem que o Guarín tenha de ser extremo direito.
O resultado desta visão, é que os jogadores sabem que são 2ªs escolhas, sabem que voltam à bancada, os jogos são pobres, ninguém se destaca, e assim o treinador está salvaguardado com o seu 11 habitual que joga no seu habitual 4-3-3, tem sempre a desculpa: deu-lhes uma oportunidade contra o Torreense e não a aproveitaram. Não largas vezes nos últimos anos ouvimos esta "desculpa".
Mas também há aqueles - mesmo que sejam aprendizes - que acham que dar oportunidades a jogadores menos (ou nunca) utilizados é manter uma base em qualquer jogo e em qualquer competição, e fazer 3-4 alterações. São menos a terem uma oportunidade, mas têm uma verdadeira oportunidade - no sentido de que jogam com os habituais titulares, entram numa equipa que tem rotinas - mas que também as molda para tirar o melhor partido dos jogadores, e se derem sinais positivos a seguir têm oportunidades nos jogos verdadeiramente importantes. Faz-se um gestão jogando, responsabilizando, mantendo um plantel envolvido e pronto a entrar em acção, nem que seja 20 minutos para mostrar a ambição e não dar sinais de conformismo.
Pegando, por exemplo, no James. Se hoje é uma alternativa credível, sê-lo-ia se nos jogos, em que teve as tais oportunidades, tivesse ao seu lado Mariano, Walter, Rúben, Souza, Ukra, Castro, ...? Eu sinceramente duvido.
Obviamente que nem tudo são rosas e às vezes podem surgir grandes contratempos, como a lesão do Rafa.
Eu como adepto, prefiro mil vezes que os nossos treinadores corram estes riscos, mas que tenham um plantel - no verdadeiro sentido da palavra - pronto a responder, do que não correr estes riscos e ver sempre os mesmos 11 a jogar, estejam ou não em forma. Sinceramente não acho que seja por acaso que o Mourinho, que pensa da mesma forma que o aprendiz - ou o contrário, tenha chegado onde chegou, mas que tenha sobretudo os jogadores sempre do seu lado.
16 comentários:
Compreendo perfeitamente o ponto de vista e subscrevo-o.
Um abraço
http://thebluefactoryofdreams.blogspot.com/
manter uma base em qualquer jogo e em qualquer competição, e fazer 3-4 alterações
Pois, mas não foi isso que aconteceu na Taça da Liga deste ano.
Nos jogos com o Nacional e com o Beira Mar, o onze inicial teve 4-5 jogadores que vinham sendo habituais titulares nos “jogos a sério”. E, provavelmente, não fosse haver vários lesionados e teriam sido ainda menos.
Neste jogo em Barcelos, apenas um dos titulares nos últimos dois jogos fez parte do onze inicial.
Pegando, por exemplo, no James. Se hoje é uma alternativa credível…
… é porque o Varela se lesionou e, aquele que seria a alternativa ao “Drogba da Caparica” – Cristian Rodriguez – também estava indisponível.
Aliás, em meados de Dezembro, tudo indicava que o James iria sair em Janeiro (por empréstimo). Pelo menos, era nesse sentido que iam as declarações do seu empresário e do próprio jogador.
Estou inteiramente de acordo com as opções do AVB para o onze inicial do jogo de Barcelos (na linha do que o Jesualdo fez em alguns jogos desta competição nas últimas épocas). Só continuo sem perceber, por que razão, na 2ª parte, colocou em campo o Rafa, o Moutinho e o Hulk.
Neste jogo em Barcelos, apenas um dos titulares nos últimos dois jogos fez parte do onze inicial."
É verdade, mas o jogo com o nacional foi feito a um fim de semana o que implicava ter o jogadores parados 2 semanas e vinham do Natal e era necessário jogarem. O jogo com o beira mar e este já estvamos com as aspirações quase hipotecadas e temos um calendário sobrecarregado... É compreensível a opção de AVB.
Ora aqui está uma opinião com bom senso, na minha humilde opinião.
Sempre me insurgi contra comentários de adeptos q fulano ou cicrano "teve as suas oportunidades" apenas pq foi utilizado ao mesmo tempo q 8 ou 9 segundas (ou terceiras) escolhas num jogo secundário. Não é assim q alguém tem "oportunidades" a sério, carago, nem que se gere o aspecto psicológico.
A questão da "gestão do plantel" é certamente mais complexa do q meter a 2a linha toda neste ou naquele jogo (secundário) esporadicamente. Além disso e como um comentador disse bem em comentário a um artigo anterior, a "gestão do esforço" não passa apenas por deixar jogadores de fora de um jogo.
Em princípio e tal como o João acredito q é perfeitamente possível e desejável fazer uma gestão do plantel e de esforço metendo apenas 3 ou 4 não-habituais titulares em cada jogo (podendo eventualmente entrarem mais 2 ou 3 à medida q o jogo decorre). Mais do q isso é moléstia.
AO CONTRÁRIO do que o "professor mestre" costumava fazer, aliás.
Até porque é mais fácil "entrar forte" num jogo e substituir 2 ou 3 habituais titulares uma vez as coisas bem encaminhadas, do que o inverso (correndo atrás do prejuízo).
Já agora, e sobre a "sobrecarga" de jogos...
Parece-me q o pessoal exagera q se farta ao falar/queixar-se nisto.
Não vou voltar à comparação com por ex os clubes ingleses (ou de outros campeonatos), pq isso é exemplo mais do q batido (ainda q relevante). Mas assinalo também que:
1) já tivémos campeonatos nos anos 90 com mais 8 (OITO) jogos para o campeonato. Não me lembro de na altura o pessoal pôr as mãos na cabeça em desespero...
2) até recentemente o normal era haver mais 4 jogos no campeonato do q agora (18 equipas). Tendo em conta q fizémos 3 jogos para a taça da liga, esta época até ficámos a ganhar (saldo negativo de 1 jogo) em relação à norma da última década.
3) temos tido a sorte (esta época) de adversários muito acessíveis nos jogos da Taça (até agora).
4) temos tido uma rotação natural (imposta) devido a lesões, havendo muito poucos jogadores (praticamente nenhuns, aliás) com uma utilização muito intensa.
5) se tivéssemos feito a nossa obrigação nos 2 primeiros jogos da taça da liga, este jogo em Barcelos dava para rodar e descansar tudo e mais alguma coisa, estando já basicamente apurados.
Eu acho q o calendário podia estar um bocadinho melhor feito, mas sinceramente não vejo tanta sobrecarga como vejo por aí dizer, longe disso.
Finalmente, mesmo q se tomem precauções também não podemos querer colocar os jogadores numa "redoma". Como alguém bem disse, o q aconteceu ao Rafa podia ter acontecido num treino (por exemplo).
Bem dito!
Foi assim que foram queimados jogadores como Vieirinha, Paulo Machado, Helder Barbosa, Ibson entre muitos outros.
É que basta ver as estatísticas do Walter quando joga com os titulares ou com os suplentes...
Não adianta chorar sobre o leite derramado.
As escolhas de AVB para esta taça foram estas, e achei muito bem rodar o plantel.
Saímos da ex-taça da cerveja graças a um frango monumental, ou melhor, uma prenda de natal do 3ª guarda-redes, e de um atraso de Sereno, que deixou o Anselmo se antecipar a ele.
O que importa agora é saber se Fucile está em condições físicas para jogar 90 minutos na lateral esquerda, posição onde foi destaque no último Mundial.
De resto, Otamendi também jogou na lateral-direita no Mundial e como também joga do lado esquerdo da defesa, pode ser opção.
Pra completar, que ponham até o Moutinho ou o Hélton na lateral-esquerda, mas Sereno não!!!!
@DC o ibson não foi queimado por causa disto...
e que tal christian rodriguez a defesa esquerdo? é pena ser já jogo contra o benfica porque acho que ele tem bastante potencial pra jogar nessa posiçao.
e para ter um activo como ele encostado podia ser uma boa soluçao para ele.
Tem garra, é rápido, apoia bem o ataque, cumpre no jogo aéreo, mas não é um defesa nem tem rotina de posição... acredito que possa resultar mas não para este jogo...
A opção Rodriguez parece-me que poderá fazer sentido caso surja mais algum azar... esperemos que não.
Podía-se ter tentado o Antunes que foi emprestado para o Livorno. Um empréstimo com opção de compra. Remendava a esquerda caso fosse necessário e parece-me que ainda vai a tempo de "explodir". Se fizesse meia duzia de jogos a bom nível no FC Porto rapidamente estava na calha para a selecção nacional.
ricardo, o ibson fez uma excelente época com o couceiro, depois com a chegada do adriaanse passou a jogar só para a taça praticamente.
lembro-me de um jogo contra o Marco em que ele lançou o Diego e o Ibson na equipa e eles mal se arrastavam. Ganhamos 1-0 com 1 golo do Ivanildo mas não jogamos nadinha. E a equipa tinha sonkayas, pedro emanuel à esquerda e outros absurdos do género...
Acho que vai jogar o Fucile e se assim for a defesa estará razoável até em termos de jogo ofensivo...Depois na frente se o Falcao estiver disponível haverá muitas soluções...
O caso do Ibson foi indisciplina e o pai dele não saber estar calado.
Em relação ao Antunes, sou da opinião que não vale nadinha. Explodir já explodiu mas foi com a carreira. tem um remate forte mas não vejo nele mais qualidades do que essa. Posso estar enganado mas acho o antunes um produto scolari, com tudo o que daí advém.
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