No programa ‘Somos Porto’, da passada segunda-feira, quando confrontado com os elevados valores das contratações de Alex Sandro e Danilo, Pinto da Costa respondeu:
“É tudo uma questão de oportunidade, de aparecem jogadores com talento que as justifiquem, e de o clube ter capacidade para concretizar estes negócios. É também uma oportunidade relacionada com os parceiros que querem trabalhar connosco. Neste momento temos vários interessados, como um banco brasileiro e vários fundos internacionais. Isso facilita estas transacções. Assim poderemos investir a este nível e, mais tarde, gerar mais-valias.”
Historicamente, o FC Porto tem demonstrado ser um clube que consegue valorizar jogadores, tirando partido da “montra” da Liga dos Campeões e do sucesso desportivo que tem obtido interna e externamente. Deste modo, não me surpreende que haja um banco brasileiro – o Banco BMG – e fundos internacionais interessados em parcerias. Aliás, no caso do BMG, a parceria estende-se à construção do museu do FC Porto, a instalar no Estádio do Dragão e cuja inauguração está prevista para Abril de 2012.
A parceria com fundos parece-me uma boa estratégia, principalmente quando estamos a falar de investimentos avultados. Contudo, o meu receio é que, aos poucos, a excepção se transforme em regra e, daqui a uns anos, o clube possa ser uma mera “barriga de aluguer” destes fundos.
Um outro aspecto a levar em conta é a transparência. Embora a FC Porto SAD tenha o bom hábito de identificar o nome dos fundos com quem trabalha, quer nos comunicados que envia à CMVM, quer nos relatórios & contas, não é claro quem são as pessoas/empresas que estão por trás desses fundos, nem tão pouco se também mantêm negócios, ou relações contratuais, com clubes concorrentes do FC Porto. Por exemplo, não seria muito agradável haver pessoas ligadas ao slb, a deterem parte dos passes de jogadores do FC Porto e, dessa maneira, poderem pressionar a sua venda em momentos que não sejam do interesse para o clube.
Em resumo, a parceria com fundos parece-me uma estratégia adequada para um clube como o FC Porto poder contratar determinados jogadores, mas é algo a que se deve recorrer com alguma parcimónia.
P.S. No caso do slb, parece que ainda ninguém sabe qual é o fundo de beneméritos que investiu 99% dos 8,6 milhões que, supostamente, foram pagos pelo Roberto. É a transparência total…
“É tudo uma questão de oportunidade, de aparecem jogadores com talento que as justifiquem, e de o clube ter capacidade para concretizar estes negócios. É também uma oportunidade relacionada com os parceiros que querem trabalhar connosco. Neste momento temos vários interessados, como um banco brasileiro e vários fundos internacionais. Isso facilita estas transacções. Assim poderemos investir a este nível e, mais tarde, gerar mais-valias.”
Historicamente, o FC Porto tem demonstrado ser um clube que consegue valorizar jogadores, tirando partido da “montra” da Liga dos Campeões e do sucesso desportivo que tem obtido interna e externamente. Deste modo, não me surpreende que haja um banco brasileiro – o Banco BMG – e fundos internacionais interessados em parcerias. Aliás, no caso do BMG, a parceria estende-se à construção do museu do FC Porto, a instalar no Estádio do Dragão e cuja inauguração está prevista para Abril de 2012.
A parceria com fundos parece-me uma boa estratégia, principalmente quando estamos a falar de investimentos avultados. Contudo, o meu receio é que, aos poucos, a excepção se transforme em regra e, daqui a uns anos, o clube possa ser uma mera “barriga de aluguer” destes fundos.
Um outro aspecto a levar em conta é a transparência. Embora a FC Porto SAD tenha o bom hábito de identificar o nome dos fundos com quem trabalha, quer nos comunicados que envia à CMVM, quer nos relatórios & contas, não é claro quem são as pessoas/empresas que estão por trás desses fundos, nem tão pouco se também mantêm negócios, ou relações contratuais, com clubes concorrentes do FC Porto. Por exemplo, não seria muito agradável haver pessoas ligadas ao slb, a deterem parte dos passes de jogadores do FC Porto e, dessa maneira, poderem pressionar a sua venda em momentos que não sejam do interesse para o clube.
Em resumo, a parceria com fundos parece-me uma estratégia adequada para um clube como o FC Porto poder contratar determinados jogadores, mas é algo a que se deve recorrer com alguma parcimónia.
P.S. No caso do slb, parece que ainda ninguém sabe qual é o fundo de beneméritos que investiu 99% dos 8,6 milhões que, supostamente, foram pagos pelo Roberto. É a transparência total…
15 comentários:
Na minha opinião os fundos deveriam ser proibidos, como acontece em Inglaterra.
Mas é um facto que o nosso clube sabe lidar muito bem com eles.
http://portistasanonimos.blogspot.com/2011/08/os-desafios-impostos-pela-uefa.html
Já se sabe qual é o fundo que pagou o Roberto há já alguns dias... é o Zaragoza Sport Arena XXI. Foi revelado pelo próprio Saragoça.
Tem quase uma dezena de processos em tribunal... É tudo gente séria.
É um fenómeno do momento, a Finança é assim, hoje investe no Futebol, amanhã investirá em cogumelos ou flores...Hoje o Porto está na posição de despertar interesses especulativos, amanhã outros serão os alvos, tudo decorre da oportunidade...Aliás é bem possível que esses Fundos estejam também presentes no projecto Porto Canal.É um projecto que está numa fase de apreciação de resultados, se estes forem bons então poder-se-à pensar em qualquer coisa mais substancial...Claro que o Clube deverá ter cuidado na forma como assina esses acordos, coisa que no fundo terá de estar sempre presente em qualquer compromisso.
Em Inglaterra os Fundos são tão proibidos que o Manchester é em parte propriedade de um Americano e o Chelsea de um Russo...Para já não falar no Helton John e no Watford...Ou no Arsenal...
«Das duas uma: ou levamos o caso a brincar, encolhemos os ombros porque o futebol é mesmo assim e fazemos umas piadas novas para trocar emails; ou então levamo-nos a sério e dizemos ao Benfica que para parvos escolham outros. Já foi difícil aceitar a compra de Roberto por 8,5 milhões de euros. Engolir a venda por 8,6 milhões é como acreditar que um pinguim voador vai cultivar grão-de-bico na Lua.
A compra de Roberto foi cara: poucos guarda-redes atingem esta soma. Pior ainda, o estimável jogador não teve sorte ou capacidade para o que se esperava: Mas pronto, acontece, Jesus e Vieira tinham enfiado um barrete. A coisa piorou quando, depois, se soube que o Ministério Público estava a investigar contratos de guarda-redes do Benfica, e o empresário Jorge Mendes, por possíveis crimes de burla, fraude fiscal e branqueamento de capitais: os valores não teriam sido declarados nem os impostos pagos.
Agora a venda. Um valor alto, de um jogador que desvalorizou, com um conveniente lucro de cem mil euros e a excentricidade de ter sido pago por um clube falido, o Saragoça. “Milhões da treta”, denunciou Pinto da Costa. A CMVM suspendeu as ações em Bolsa, a SAD esclareceu que afinal o dinheiro vinha de uma “sociedade de direito espanhol” que ninguém sabe de quem é. Jorge Mendes nega que seja sua, é talvez um “clube de empresários”.
Não se sabe o que está por detrás deste negócio mas o que está pela frente não é transparente. A CMVM pode tirar ilações: o seu presidente, Carlos Tavares, não é de ser influenciado pelo seu benfiquismo... O caso não fica por aqui. Longe vão os tempos de presidentes do Benfica que empolavam negócios para fazer negociatas, a gestão é hoje profissional e muito competente. O que é mais uma razão para a perplexidade. Eu, em pinguins acredito. Voadores é que nunca vi.»
Pedro Guerreiro (director do Jornal de Negócios)
in Record, 04/08/2011
Caro meirelesportuense,
Que têm os Glazer (proprietários do Man. U. na sua totalidade) ou o Abramovich a ver com fundos? Nada...
A proibição da actividade dos fundos em Inglaterra diz, aliás, apenas respeito à propriedade parcial ou total de passes de jogadores. A Federação Inglesa não permite que um jogador seja detido em parceria por um clube e um fundo ou um empresário. E porquê? Porque esse fundo ou empresário poderia deter partes de passes de jogadores em mais que um clube e estar-se-ia assim numa situação de conflito de interesse e potencialmente grave para a limpesa e transparência do espectáculo desportivo.
"Caro meirelesportuense,
Que têm os Glazer (proprietários do Man. U. na sua totalidade) ou o Abramovich a ver com fundos? Nada..."
Burmester, não me diga que o Abramovic adquiriu o Chelsea por herança...Ou os tais Glazer...Claro que os fundos é que deram expressão a estes "desconhecidos" que deixaram de o ser por terem fundos.Claro que o Manchester, o Chelsea, ou hipotéticamente o Bolton foram adquiridos por fundos, se o Abramovic deu a cara no Chelsea é porque fez deste investimento uma questão pessoal e nada mais...Assim como no Arsenal os Emiratos...Então se o Jorge Mendes ou o Agapito podem estar metidos com fundos nos fundos, o Abramovic não pode?...Por favor pense um bocadinho.
-Os fundos são sociedades de capitais mais ou menos de origens desconhecidas, uma espécie de SARLs financeiras...E nestas SARLS só podem estar pessoas que tenham fundos próprios ou representem fundos mais "tímidos" ou "envergonhados"...Por exemplo, Jorge Mendes até tem grande proximidade do Abramovi.Por exemplo em Portugal o BES até tem grande envolvimento no Sporting, detém passes de jogadores e obriga-os a transaccionar esses jogadores sempre que necessitam de capital fresco...Roquete é um dos gestores mais antigos do Banco Espírito Santo.Aliás conheço uma história gira dele com o defunto Sá Carneiro que deu brado nos anos setenta...Sá carneiro morreu em oitenta e a história foi enterrada com ele.
O dinheiro é abstracto, quem o gere não!
Aliás o Abramovic tem outros Clubes no bolso, o que é perigoso é que as pessoas são facilmente impressionáveis pelo Capital...Vejam o André Vilas Boas que trocou o seu sofá de sonho por uma carteira recheadíssima...Mas no essencial se o "espírito desportivo" se mantiver nada de mau pode acontecer a não ser alguma agressividade, o pior é quando o "espírito desportivo" é posto de lado, mas com dinheiro ou sem dinheiro isso pode sempre acontecer...
meirelesportuense,
Nem os Glazer nem o Abramovich precisam de fundos para nada. Com isto não estou a elogiá-los, desculpá-los ou enatecê-los (embora seja bastante distinta a origem da fortuna dos Glazer - que é transparente - e a do Abramovich).
Acho que o meu caro amigo está a confundir "fundos" com "capital". Não são sinónimos.
correcção: "enaltecê-los"
Burmester:
Os "Fundos" concentram e movimentam o quê, documentos, cenouras?...Os Glazer e o Abramovic só são o que são porque têm -possuem- muitos "elementos constitutivos" -digamos assim- dos Fundos...Um Fundo sem fundos credíveis não presta para nada ou então é dele desconfiar...Não me importa, ou melhor não importa aqui discutir, a origem dos capitais acumulados por A ou B, só que na verdade eles estão aí e são utilizados das mais diversas formas...Se não existem "fundos reais" é só imaginação!
Não acredito que o Abramovic investindo forte como investiu no Mundo do Futebol, tenha passado ao lado da aquisição dos passes dos jogadores...É uma tentação muito grande a que ele ou quem o represente -repito- não conseguem naturalmente fugir.
Eu falo de factos e você especula, caro meirelesportuense.
Nota: não tenho o horror ao "capital" que o meu caro amigo aparenta ter. Tenho, sim, horror ao modo como ele possa ser adquirido e/ou usado.
Burmester, já estou um bocadinho cansado para entrar em duelos linguísticos, tenho até simpatia pelo nome que você ostenta, esse nome confere-lhe muita responsabilidade, por isso, por ser amigo do seu nome, vou-lhe deixar aqui o manual do que são Fundos de Investimentos...
"Um Fundo de Investimento é uma forma de aplicação financeira, formada pela união de vários investidores que se juntam para a realização de um investimento financeiro, organizada sob a forma de pessoa jurídica, tal qual um condomínio, visando um determinado objectivo ou retorno esperado, dividindo as receitas geradas e as despesas necessárias para o empreendimento.
A administração e a gestão do Fundo são realizadas por especialistas contratados. Os administradores tratam dos aspectos jurídicos e legais do fundo, os gestores da estratégia de montagem da carteira de ativos do fundo, visando o maior lucro possível com o menor nível de risco.
Dependendo do tipo de fundo, as carteiras geralmente podem ser mais diversificadas ou menos diversificadas, podendo conter activos de diversos tipos tais como ações, títulos de renda fixa (CDBs), títulos cambiais, derivativos ou commodities negociadas em bolsas de mercadorias e futuros, títulos públicos, dentre outros. Todo o dinheiro aplicado nos fundos é convertido em cotas, que são distribuídas entre os aplicadores ou cotistas, que passam a ser proprietários de partes da carteira, proporcionais ao capital investido. O valor da cota é actualizado diariamente e o cálculo do saldo do cotista é feito multiplicando o número de cotas adquiridas pelo valor da cota no dia."
Tirei isto da Wikipédia/Enciclopédia Livre...
N ão gaste o seu tempo!!!!
Muito bem, meirelesportuense - e agradeço as referências ao meu nome.
Mas o facto é que você disse que os Glazer e o Abramovich estão ligados a fundos de investimento e até agora não o provou. O resto é, se me permite...conversa.
Abraço
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