Durante décadas (desde a sua fundação até 1 de Julho de 1979) o slb fazia questão de apenas utilizar jogadores de nacionalidade portuguesa, usando esse facto como um motivo de orgulho patriótico e algo que o distinguia dos restantes clubes portugueses (supostamente menos nacionalistas que os encarnados de Lisboa).
Na passada quarta-feira, em Istambul, para a 3ª pré-eliminatória da Liga dos Campeões, o slb apresentou-se sem qualquer jogador português no onze inicial. Nada que surpreenda porque, depois de terem despachado “históricos” (Quim e Nuno Gomes) e encostado outros menos históricos (Carlos Martins e César Peixoto), o único português que ainda sobrava do onze-tipo da época passada - Coentrão - estava mortinho para ir para Madrid (e foi).
Mas, para além do onze inicial, também os três suplentes utilizados contra o Trabzonspor são estrangeiros, perfazendo a bonita soma de 14 estrangeiros e zero portugueses!
Muita gente falou sobre isto nos últimos dias, principalmente benfiquistas, mas quem era suposto falar - o presidente do Sindicato dos Jogadores - manteve, até agora, um estridente silêncio. De facto, habituados como estamos a que Joaquim Evangelista venha a público pregar em defesa do seu "rebanho" (os jogadores portugueses), é estranho que, desta vez, não tenha nada a dizer. E eu que gostava tanto de ouvir o seu sermão sobre este assunto...
Tal como aqui já escrevi, não tenho provas de que Joaquim Evangelista condiciona as suas intervenções em função dos interesses do slb, mas lá que parece, parece. E atenção às alianças que Evangelista vai fazer nas próximas eleições para a FPF.
P.S. E monsieur Platini, também não diz nada? Deve estar de vacances...
Na passada quarta-feira, em Istambul, para a 3ª pré-eliminatória da Liga dos Campeões, o slb apresentou-se sem qualquer jogador português no onze inicial. Nada que surpreenda porque, depois de terem despachado “históricos” (Quim e Nuno Gomes) e encostado outros menos históricos (Carlos Martins e César Peixoto), o único português que ainda sobrava do onze-tipo da época passada - Coentrão - estava mortinho para ir para Madrid (e foi).
Mas, para além do onze inicial, também os três suplentes utilizados contra o Trabzonspor são estrangeiros, perfazendo a bonita soma de 14 estrangeiros e zero portugueses!
Muita gente falou sobre isto nos últimos dias, principalmente benfiquistas, mas quem era suposto falar - o presidente do Sindicato dos Jogadores - manteve, até agora, um estridente silêncio. De facto, habituados como estamos a que Joaquim Evangelista venha a público pregar em defesa do seu "rebanho" (os jogadores portugueses), é estranho que, desta vez, não tenha nada a dizer. E eu que gostava tanto de ouvir o seu sermão sobre este assunto...
Tal como aqui já escrevi, não tenho provas de que Joaquim Evangelista condiciona as suas intervenções em função dos interesses do slb, mas lá que parece, parece. E atenção às alianças que Evangelista vai fazer nas próximas eleições para a FPF.
P.S. E monsieur Platini, também não diz nada? Deve estar de vacances...
14 comentários:
O Bãfique não regista no horizonte do Platini.
14 com o equipamento alternativo,mais três com o tradicional contei dezassete-
.
Este blog não se chama "Reflexão PORTISTA"?...
O Benfica tinha a "retórica" do nacionalismo dos jogadores enquanto foi políticamente conveniente durante o Estado Novo. Era como uma "arma" para utilizar nos debates e no meio sócio-político, para isso também contribuiu um monopólio e açambarcamento dos jogadores das ex-colónias que vinham jogar para Portugal, havia um tratamento priviligiado ao clube da Luz que açambarcava e usurpava tudo, veja-se o caso Eusébio que vinha para o Sporting e foi "roubado" no aeroporto. Era uma mentalidade chauvinista (não confundir com patriotismo) e fechada ao contacto com o exterior (entenda-se a outros países e povos), ora num século que via afirmar-se o cosmopolitismo a nível mundial a mentalidade benfiquista era tipicamente provinciana - embora fosse um tipo de mentalidade alargado a vários sectores culturais e políticos da sociedade portuguesa de então, não só no desporto - resumindo-se bem numa afirmação que retrata o Portugal que o "benfiquismo" se dizia e pretendia representar: "Orgulhosamente Sós".
Quando esta política de jogar unicamente com jogadores portugueses deixou de fazer sentido passou-se para a compra desenfreada de jogadores estrangeiros, na final da Taça dos Campeões Europeus em 1990 (portanto antes da Lei Bosman) contra o AC Milan, o SLB utilizou no onze inicial 5 estrangeiros: Valdo, Ricardo, Aldair, Jonas Thern, Mats Magnusson e ainda tinha no banco mais alguns estrangeiros que entraram a substituir.
Portanto: Helton; Sapunaru, Otamendi, Maicon, Álvaro Pereira; Souza, Guarin, Belluschi; Hulk, Falcao, James. Ora aí está um onze do FCPorto perfeitamente passível de ser utilizado pelo VP. No fundo, no fundo, fará alguma diferença jogar com 11 estrangeiros ou com 9 estrangeiros?
Sou a favor de uns regulamentos que já ouvi falar que obrigariam a que TODAS as equipas da Europa teriam que entrar em campo sempre com 5 ou 6 titulares nacionais (não me lembro do número ao certo, mas eram 5 ou 6). Mas deve haver medo de que, assim, seria o domínio absoluto das equipas inglesas e espanholas, que já jogam com uma maioria de jogadores nacionais. E coitada da TAP, ia vender ainda menos passagens para presidentes irem ao Rio ou a Buenos Aires...
Agora, fazer disto um problema exclusivo do SLBenfica (e trazer para aqui argumentos "Históricos" que só mentes muito perturbadas é que poderiam cozinhar), e não assumir que é um problema GRAVE de TODO o futebol em Portugal... enfim...
@Ricardo Melo
Este blog aborda todos os temas que possam envolver, directa ou indirectamente o FC Porto.
Infelizmente, isso faz com que tenhamos de falar de outros recorrentemente.
O Sr. presidente do Sindicato dos Jogadores tem obviamente influencia junto dos jogadores e como tal as suas intervenções (ou falta delas) influenciam o FC Porto.
Cumpts,
Ricardo Melo disse...
"Portanto: Helton; Sapunaru, Otamendi, Maicon, Álvaro Pereira; Souza, Guarin, Belluschi; Hulk, Falcao, James. Ora aí está um onze do FCPorto perfeitamente passível de ser utilizado pelo VP."
O facto de ser possivel utilizar 11 estrangeiros, não quer dizer que se faça. Para impedir isso, do dizendo que não se pode ter mais de 10 estrangeiros no plantel, o que é ridiculo.
O 11 que falas é também risível, visto que o Rolando, o Varela e o Moutinho (pelo menos) são titulares indiscutíveis, podendo ainda jogar mais um ou outro dependendo da forma física.
O que está em causa aqui, é que tanto este sr. Evangalista como o sr. Platini já fizeram comentários pouco abonatórios sobre o FC Porto sobre este mesmo assunto e não o fazem quando são outros clubes...
Volta sempre! Com respeito, como o fizeste, são todos livres de comentar
Cumpts,
Ricardo Melo afirmou: "Este blog não se chama "Reflexão PORTISTA"?..." Não é por falar sobre outros clubes que este blog deixa de ser portista, trata-se de um argumento "intimidatório" da sua parte: não fales do meu clube....
"trazer para aqui argumentos "Históricos" que só mentes muito perturbadas é que poderiam cozinhar" Insultar é muito fácil, argumentar e debater racionalmente já é mais difícil e não esta ao alcance de todos, o que foi feito foi uma contextualização histórica da mentalidade que suportava a utilização exclusiva de jogadores nacionais, se não conseguiu ou não consegue compreender isto não venha com insultos demonstrando, aqui sim, possuir uma mente muito perturbada e uma profunda falta de senso.
Respeito o sindicalismo e os que se dedicam a essa actividade de forma coerente. Desagrada-me o mediatismo e a excessiva exposição de uns quantos dirigentes.
No futebol, ideia com que fico, é que a presidência do sindicato é uma espécie de trampolim para chegar a metas mais ambiciosas.
Estar mais perto de uns emblemas que doutros pode ser uma ajuda.
Espero que não, mas temo que sim.
Ricardo Melo, mesmo sem te assumires declaradamente, tresandas à distância a benfiquista tendencioso, passe a redundância.
Se, não seres tendencioso fosse uma coisa possível, ter-te-ias limitado a constatar o seguinte: O slb, no seu último jogo oficial, jogou com 0(zero) titulares portugueses; O FCP, no seu último jogo oficial, jogou com 4 titulares portugueses.
E se quisesses ter em consideração o nº de titulares portugueses nas duas equipas (tendo em conta que zero também é número, claro), na generalidade dos jogos, sem divagar, sem extrapolar, sem generalizar, terias dito qualquer coisa como isto: O slb, habitualmente, jogando com os melhores que tem, joga com 0(zero) titulares portugueses; O FCP, habitualmente, jogando com os melhores que tem, joga com 3 titulares portugueses. Mas suponho que isto estará para lá do teu entendimento tendencioso.
Em relação ao benfiquista Evangelista, tem toda a pertinência o post. Está constantemente a pregar o sermão "os jogadores portugueses" mas quando era mais oportuno que nunca pregá-lo, ninguém o ouviu, porque estava em causa o seu benfica e porque "quem tem cú tem medo" e ninguém gosta de levar cabeçadas e ficar com os dentes partidos.
PS De jagunços e "mensagens" intimidatórias e não muito subliminares para árbitros lisboetas e não só, percebe e muito, o mafioso orelhudo que chefia o gang do clube do regime. Se até um sócio assumido com lugar cativo e que prejudica sempre o Porto e beneficia sempre o slb, depois de mais uma vez ter prejudicado (muito) o Porto, teve direito a dentes partidos, imagine-se os outros.
Mário Faria disse...
No futebol, ideia com que fico, é que a presidência do sindicato é uma espécie de trampolim para chegar a metas mais ambiciosas. Estar mais perto de uns emblemas que doutros pode ser uma ajuda.
Basta ver por onde andou o José Couceiro e por onde anda agora o António Carraça.
Não aceitando o convite do meu caro Pedro Vale, lamento mas foi a primeira e última vez que aqui comentei alguma coisa.
Sim, sou adepto (e sócio) do Benfica, mas isso não faz de mim um criminoso, nem um débil mental. Tenho direito à minha opinião, e só quem me conhece sabe que, apesar do meu benfiquismo, tento sempre ter uma visão o mais imparcial e pragmática possível sobre os assuntos do futebol. E foi isso que tentei fazer no que escrevi, levantar um problema do futebol, e não dizer "o meu pirilau é maior que o teu", que foi para onde quiseram levar a conversa.
Ainda assim, prefiro não estar aqui ou em qualquer outro meio onde por meia dúzia de palavras proferidas (com o maior dos respeitos, penso eu), sou logo acusado de ser "ridículo", "intimidatório", "insultuoso", "tendencioso", ...
Despeço-me (de vez) dizendo apenas que é esse tipo de ódio cego que existe de parte a parte, de benfiquistas a portistas e de portistas a benfiquistas, e repito, ódio CEGO, que favorece que certas coisas muito más aconteçam no meio futebolístico português. Por motivos que agora não interessam, estive no Dragão num Porto 1 - Académica 1 em que no mesmo momento o Benfica se sagrava campeão no Bessa. Fui, no fim do jogo, cumprimentado por diversos portistas desconhecidos, que me deram desportivamente os parabéns. É com esse tipo de portistas que eu gosto de falar de futebol. Não com vocês.
Dixit.
Ricardo Melo afirmou: "Sim, sou adepto (e sócio) do Benfica, mas isso não faz de mim um criminoso, nem um débil mental." NINGUÉM, neste blog ou nos comentários aqui publicados, o acusou de tal coisa, aliás quem começou por insultar e usar de um tom grosseiro foi o Sr., só que teve uma resposta fundamentada e racional. Simplesmente agora o Sr. Ricardo Melo inventa que foi alvo de um ódio cego nos comentários aqui publicados e finge ser uma vítima de "violência verbal" para se desculpar de não voltar a comentar neste blog. Tal não é verdade, e considero que a verdadeira razão para o Sr. não querer voltar a comentar neste blog se deve a falta de capacidade de argumentação e falta de vontade de debater ideias, ora sempre é mais fácil finger-se de vítima e sair "em beleza".
Mas como afirmou um dos proprietários do blog, Pedro Vale, volte sempre, mas com respeito.
Mais um erro ortográfico da minha parte, é "fingir-se" e não finger-se. Deve ser da hora e do sol que apanhei na tola.
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