Paixão e razão (II)
Paixão e razão (III)
Paixão e razão (IV)
Carlos Barbosa, vice-presidente do conselho directivo do SCP para a Comunicação e Marketing, deu uma entrevista ao Record, publicada em 23 Julho passado, de onde extraí as seguintes frases:
«Por muito que os ferrenhos sportinguistas deixem outros pagamentos por efectuar para pagar a Gamebox, nós sabemos a realidade e temos de contemplar tudo isso. Agora há o sonho, há a paixão, a emoção...»
«O que nós queremos não é ter 90 mil sócios. O que queremos é ter 100 mil pagantes. É a grande diferença. (…) Ter sócios não me diz nada. Quero é ter sócios pagantes. Dizer que tenho 300 mil sócios...»
«Tenho de ir procurar o sócio onde ele está e dar-lhe aquilo que ele quer. O que estou a fazer no Sporting é, de certa forma, uma cópia daquilo que fiz no ACP [Automóvel Clube de Portugal], onde tenho cerca de 260 mil sócios pagantes e entrei com pouco mais de 150 mil [Carlos Barbosa é o presidente do ACP]. É preciso ter várias categorias de sócio: para aquele que não vem, o que é atleta, o que vem todos os dias, o que tem Gamebox mas não pode vir a um determinado número de jogos e quer vender o lugar recebendo 50 por cento do valor.»
«Há sócios que querem dar mais dinheiro ao Sporting. E há os que não têm tanto dinheiro e os que só vêm uma vez por ano. Mas mesmo os sócios que estão em Bragança querem ter regalias. O cartão de sócio do Sporting deve ter o mesmo valor que o do ACP, por exemplo. Deve dar descontos, ter promoções. O sócio que está em Bragança quer ter vantagens por pagar a quota. As contrapartidas têm de ser superiores ao que ele paga, que é o que acontece no ACP e eu quero transportar para o Sporting. A quota do sportinguista deve ser paga pelas vantagens que o cartão lhe dará.»
«O [sócio] que paga mais tem mais vantagens, os que pagam menos têm menos vantagens.»
«Os jogadores fazem parte do marketing de qualquer clube de futebol. Blindar os jogadores é uma má opção. O público quer estar com eles, quer conversar, quer tirar fotografias. (…) Um jogador lesionado pode, no dia do jogo, fazer várias acções que ajudarão na parte comercial. Vamos refazer a Loja Verde, criar outro tipo de merchandising e, se calhar, vamos mudar a localização da Loja, integrando-a com o Museu. (…) Temos de transformar o Museu, juntamente com a Loja, num local de peregrinação.»
«Queremos ter actividades com os sócios antes dos jogos fora de casa. Brevemente anunciaremos um programa, que inclui o bilhete do jogo, para que os sócios locais possam participar e, depois, apoiar a equipa. Nós precisamos do apoio dos sócios e não podemos contar só com as claques que andam atrás da equipa.»
Carlos Barbosa é uma pessoa que assume perceber pouco de futebol (ele é mais carros…) e, por isso, não surpreende que quando se põe a falar do que se passa dentro das quatro linhas, ou da arbitragem, diga um chorrilho de disparates. Contudo, a sua visão sobre os sócios e do relacionamento entre os sócios e os respectivos clubes, tem aspectos que me parecem relevantes, alguns dos quais já tinha focado em artigos anteriores, e que merecem reflexão.
Apesar de estarmos a atravessar um período de crise, com particular incidência na região Norte, penso que há boas condições para o Futebol Clube do Porto aumentar o seu número de sócios pagantes. A reboque do sucesso desportivo, o numero de adeptos cresceu muito nas últimas três décadas. Ora, esse facto, tem de se traduzir num aumento efectivo do número de sócios. A gestão do futebol tem feito a sua parte, agora é preciso que o marketing azul-e-branco acompanhe o sucesso que tem havido dentro das quatro linhas. Há que inovar e dar um salto qualitativo, procurando o sócio onde ele está e dando-lhe aquilo que ele quer.
Nota: Os destaques no texto a negrito são da minha responsabilidade.
«Por muito que os ferrenhos sportinguistas deixem outros pagamentos por efectuar para pagar a Gamebox, nós sabemos a realidade e temos de contemplar tudo isso. Agora há o sonho, há a paixão, a emoção...»
«O que nós queremos não é ter 90 mil sócios. O que queremos é ter 100 mil pagantes. É a grande diferença. (…) Ter sócios não me diz nada. Quero é ter sócios pagantes. Dizer que tenho 300 mil sócios...»
«Tenho de ir procurar o sócio onde ele está e dar-lhe aquilo que ele quer. O que estou a fazer no Sporting é, de certa forma, uma cópia daquilo que fiz no ACP [Automóvel Clube de Portugal], onde tenho cerca de 260 mil sócios pagantes e entrei com pouco mais de 150 mil [Carlos Barbosa é o presidente do ACP]. É preciso ter várias categorias de sócio: para aquele que não vem, o que é atleta, o que vem todos os dias, o que tem Gamebox mas não pode vir a um determinado número de jogos e quer vender o lugar recebendo 50 por cento do valor.»
«Há sócios que querem dar mais dinheiro ao Sporting. E há os que não têm tanto dinheiro e os que só vêm uma vez por ano. Mas mesmo os sócios que estão em Bragança querem ter regalias. O cartão de sócio do Sporting deve ter o mesmo valor que o do ACP, por exemplo. Deve dar descontos, ter promoções. O sócio que está em Bragança quer ter vantagens por pagar a quota. As contrapartidas têm de ser superiores ao que ele paga, que é o que acontece no ACP e eu quero transportar para o Sporting. A quota do sportinguista deve ser paga pelas vantagens que o cartão lhe dará.»
«O [sócio] que paga mais tem mais vantagens, os que pagam menos têm menos vantagens.»
«Os jogadores fazem parte do marketing de qualquer clube de futebol. Blindar os jogadores é uma má opção. O público quer estar com eles, quer conversar, quer tirar fotografias. (…) Um jogador lesionado pode, no dia do jogo, fazer várias acções que ajudarão na parte comercial. Vamos refazer a Loja Verde, criar outro tipo de merchandising e, se calhar, vamos mudar a localização da Loja, integrando-a com o Museu. (…) Temos de transformar o Museu, juntamente com a Loja, num local de peregrinação.»
«Queremos ter actividades com os sócios antes dos jogos fora de casa. Brevemente anunciaremos um programa, que inclui o bilhete do jogo, para que os sócios locais possam participar e, depois, apoiar a equipa. Nós precisamos do apoio dos sócios e não podemos contar só com as claques que andam atrás da equipa.»
Carlos Barbosa é uma pessoa que assume perceber pouco de futebol (ele é mais carros…) e, por isso, não surpreende que quando se põe a falar do que se passa dentro das quatro linhas, ou da arbitragem, diga um chorrilho de disparates. Contudo, a sua visão sobre os sócios e do relacionamento entre os sócios e os respectivos clubes, tem aspectos que me parecem relevantes, alguns dos quais já tinha focado em artigos anteriores, e que merecem reflexão.
Apesar de estarmos a atravessar um período de crise, com particular incidência na região Norte, penso que há boas condições para o Futebol Clube do Porto aumentar o seu número de sócios pagantes. A reboque do sucesso desportivo, o numero de adeptos cresceu muito nas últimas três décadas. Ora, esse facto, tem de se traduzir num aumento efectivo do número de sócios. A gestão do futebol tem feito a sua parte, agora é preciso que o marketing azul-e-branco acompanhe o sucesso que tem havido dentro das quatro linhas. Há que inovar e dar um salto qualitativo, procurando o sócio onde ele está e dando-lhe aquilo que ele quer.
Nota: Os destaques no texto a negrito são da minha responsabilidade.
7 comentários:
A minha estupefacção pelo realce dado a um clube adversário, ainda por cima valorizando um sujeito "snob badalhoco" quando fala do 3º MELHOR CLUBE DO MUNDO, depois o artigo em questão é repleto de banalidades e básico.
VIVA O FUTEBOL CLUBE DO PORTO
Esse barbosa é o CRETINO que disse que muito em breve o FCPORTO não contava para o campeonato do zbortem(só madrid,barcelona e ajax disse o lredo)..ora não se trata de não perceber de bola mas de OFENDER,milhões de portistas para contentar outros cretinos e frustrados como essa alimária.O que é que eu,como PORTISTA,fiz:simples,desisti de ser sócio do ACP e acrecentei ao meu seguro a assistência em viagem e esse néscio da minha quota já não mama.Cumprimentos
De acordo com o post!
Alguém me pode informar porque é que não consigo publicar um novo texto no meu blog. Anda o relógio à roda para começar qualquer coisa e nunca mais é sábado!
tanto disparate .
o que ele se propões fazer já nós fazemos à muito , dragon tour , revender lugares anuais em determinados jogos com previsão de enchente , etc...,etc... .
mais valia dizer , e poupava no latim , queremos ser como o fcp.
acho este post uma indecencia , alguns portistas ainda acham a galinha da vizinha melhor.
força porto e não insultem a nossa inteligencia deixem isso para os adeptos mais abaixo.
A gestão da FC Porto-Futebol, SAD
Quanto à maneira como a SAD tem estado a gerir os activos, atendendo aos resultados conseguidos, acho que não há nada a dizer senão aplaudir. Porque por aquilo que me apercebo os responsáveis estão unicamente a tentar terem sempre os melhores jogadores, e por conseguinte o melhor Plantel, ao nível nacional, e sendo assim estão a garantir a supremacia em relação aos nossos principais rivais.
Outro aspecto que quero chamar a atenção, é o facto de ainda pouca gente ter notado que o FC Porto não está a negociar com ninguém a venda de qualquer dos seus activos. O que se passa é que o empresário Jorge Mendes representante de: Falcão e Rúben , está por iniciativa própria a tentar negociá-los com os colchoneros. E assim sendo, o que é preciso é que os interessados batam as cláusulas de rescisão. Porque como diz o Jorge Nuno, se for assim nada há a fazer.
Embora não goste do Sr. Carlos Barbosa nem um bocadinho porque parece (e é) um pedante insuportável, não vejo que este post seja indecente.
Ainda que se possa considerar como muito bom o trabalho da SAD, não será sempre possível melhorar e inovar de forma a posicionar o clube mais próximo das expectativas dos sócios ?
O FCP não atingiu o limite e ainda nos vai brindar com muitas e excelentes surpresas. A melhoria dos serviços será uim deles.
Concordo totalmente com as ideias do Posto do Zé. O maior cego é aquele que não quer ver... É melhor não fechar os olhos a uma boa ideia. Esperem até ao dia em que chegar a crise ao FCP e todos estes assuntos vão voltar à baila. Espero estar enganado, mas o tempo o dirá. Biba o FCP!
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