sexta-feira, 13 de março de 2015

O mito das "noites europeias" do Benfica


Parece ser que a memória neste país é curta. Muito curta. Pior que isso, selectiva. O apuramento categórico e sem espinhas do FC Porto para os Quartos-de-Final da Champions League despertou a habitual dose de admiração lá fora e o velho complexo de inferioridade cá dentro. O Porto é, para todos menos para os que ficaram congelados no tempo, o maior clube português dos últimos 30 anos. Não há ninguém que, no poder da sua sanidade mental, encontre argumentos que discuta essa realidade. E é-o não só pelo domínio hegemónico das ligas nacionais (dois terço dos títulos em três décadas, algo que nunca Benfica e Sporting lograram nos seus melhores tempos) mas também pelo que se consegue lá fora. Na Europa. A doer.


Os números do FC Porto nos últimos 30 anos na Europa não mentem.


São maiores do que o dos clubes de Lisboa juntos o que não é coisa pouca. Um dois em um. Mais importante, talvez, é medir a dificuldade desses títulos. Sim, a dificuldade. Não só temos MAIS títulos como também foi MAIS difícil ganhar o que ganhamos e chegar onde chegamos.
Até 1992/93 – ano em que começou oficialmente a Champions League – o Porto tinha cerca de uma dezena de participações na Taça dos Campeões Europeus. Quem leu o “Noites Europeias”, livro que escrevi, ou tem boa memoria (se o viveu), sabe que até esse ano a Taça dos Campeões se compunha mais ou menos de cinco rondas para os finalistas das quais era muito raro que mais do que uma fosse contra um rival importante. Não só porque havia menos países e por isso menos participantes mas, sobretudo, porque só disputava a liga um representante por liga salvo se o campeão europeu era distinto ao da liga. Nesse cenário, durante 40 anos (a Champions só se abriu aos segundos em 1997), ganhar a “Orelhona” tinha muito menos dificuldade do que se pode hoje supor. Afinal, se formos ver ronda por ronda (e eu tive que estudar isso a fundo para o livro) de cada finalista e vencedor, o esforço era parco. O nosso caso é exemplo disso. Até ás meias-finais, em 1987, com o Dinamo de Kiev (podem rever o jogo aqui, vale bem a pena), os nossos rivais tinham sido relativamente acessíveis. Malteses, checos e dinamarqueses, nenhum gigante. É a realidade dos factos. E ninguém nos ouve a embandeirar em arco por isso. Mas é precisamente, por isso mesmo – sobretudo por isso – que os números conquistados antes do aparecimento do novo formato Champions provocam resultados europeus que merecem ser analisado á lupa. É esse o caso do Benfica.


O clube da Luz reclama um historial europeu tremendo até aos anos oitenta. O clube com mais finais perdidas (esse, acho que não mencionam muito) cresceu internacionalmente (e isso é inequívoco) á base das suas “noites europeias”. Mas vamos lá ver com atenção o difícil que podia ser jogar nos anos sessenta contra as equipas que esse todo-poderoso Benfica eliminava.

Depois de fazer o ridículo, como qualquer equipa portuguesa fazia nos primeiros anos da Taça dos Campeões, o Benfica chegou á primeira final em 1961. Nesse ano tiveram de defrontar equipas temíveis do futebol mundial como o Hearts escocês (a aproveitar-se de um ano fraco do “Old Firm”), o Ujpest Dosza húngaro, o AGF dinamarquês (liga amadora) e o Rapid Wien. Não eliminaram nem o Real Madrid (isso fez o Barcelona), nem a Juventus (isso fez o CSKA Sofia), nem o Hamburgo (isso fez o Barcelona outra vez, que chatice), nem sequer o Burnley inglês (cortesia do Hamburgo). Numa meia-final tínhamos as equipas (Barcelona vs Hamburgo) que tinham eliminado os gigantes. Na outra estava o Benfica. Começam a perceber?

Voltaram á final nos dois anos seguintes e uma vez mais depois de batalhas asfixiantes como gigantes como o Austria Viena e o Nuremberga (em 61/62) e o Norkoping (liga amadora), o Dukla de Praga e o Feyenoord (uma equipa semi-profissional á época) em 62/63. Nesses anos houve grandes equipas europeias, não se enganem. Simplesmente nunca se cruzavam com o Benfica. Quando caíram numa fase a eliminar pela primeira vez em quatro anos foi com uma equipa que se tinha tornado profissional nesse ano, o Borussia de Dortmund (ultimo campeão alemão pre-Bundesliga) com um 5-0 no Westfallenstadion. Essa parte da história contam pouco. Lá voltaram a mais duas finais nessa década e, pasme-se, eliminando sempre a gigantes continentais como o Aris Luxemburgo, Le Chaux-des-Fonds suiço e o Vasas Gyor húngaro (em 1964/65) e os irlandeses do Glentoran, os franceses do Saint-Etienne, outra vez o Vasas húngaro e uma Juventus em profunda decadência (em 1967/68).




(ilustração do FC Porto de 1987 porque não me apetece por aqui nenhuma imagem do Benfica)


Durante os anos 60, salvo o duelo contra o Tottenham em 1962 (realmente uma grande equipa) e o Real Madrid em 1965 (ainda que com uma geração de quase quarentões) os jogos europeus do Benfica, tão celebres, tão míticos, foram realmente contra equipas de segunda e terceira linha que no contexto actual da Champions se ficam pelas pre-eliminatórias. Quando se cruzaram com equipas de nível como o Manchester United (em 1965/66), o Ajax de um ainda adolescente Cruyff (1968/69 e depois em 1971/72) ou o Celtic (69/70) o normal era serem eliminados. Nos anos setenta essa realidade foi ampliada e desapareceram praticamente do mapa – desde 72 a 88 não voltaram a uma meia-final durante toda a década e levaram algumas goleadas jeitosas pelo meio - e lá para finais dos oitenta voltaram a pairar, recuperando a presença em finais que ganharam (ah não, perderam outra vez!).Para lá chegarem, em 1988, eliminaram o Tirana albanês, o AGF dinamarquês (outra vez), um vetusto Anderlecht e o Steaua de Bucareste, uma equipa com o seu quê de talento mas longe de ser uma potência continental. Dois anos depois repetiram a dose contra o Derry City irlandês, o Honved, Dniepr (campeão soviético de uma liga em auto-destruição) e o Marselha. Essa ronda vale a pena relembrar, não só porque levaram um baile de bola em Marselha (o 2-1 foi claramente pouco para o merecido) como porque só chegaram a Viena via um desvio pouco habitual, a mão de Vata. 

A festa acabou aí. Á medida que o nível de dificuldade foi subindo os clubes europeus que frequentavam a Taça dos Campeões mas que não tinham nível para a exigência Champions foram sendo filtrados pelo caminho. Algum de vocês voltou a ouvir falar do Benfica numa final ou meia-final da Champions? Eu também não. Actualmente – é dizer, desde 1993 – o FC Porto chegou a uma final da Champions League (que ganhamos, mas deixem lá isso), uma meia-final (em 1994, perdida com o Barcelona) e quatro quartos-de-final (em 1996 com o Man Utd, em 2000 com o Bayern depois de uma dupla fase de grupos, em 2009 com o Man Utd de novo e agora). Nesse cenário moderno tivemos em seis ocasiões entre os oito melhores da Europa. Os oito melhores da Europa que eram, ás vezes, dois de Espanha, três de Itália, dois de Inglaterra e algum alemão, francês e holandês pelo meio. A elite das elites. No mesmo periodo de tempo o Benfica nunca passou dos quartos-de-final onde só chegou em duas ocasiões. Desde o formato clássico que passar dos Quartos passou a ser uma utopia. Então lembram-se de quando o conseguiam. E esqueciam-se que então entre os oito melhores da Europa só estava um espanhol, um italiano, um alemão, um francês e ás vezes turcos, checos, suíços, belgas, húngaros, austríacos e até gregos. Outro mundo.
O FC Porto não é só grande em casa. É muito grande lá fora. E é grande porque ombreia com os gigantes do futebol mundial, com orçamentos muito maiores, ligas muito mais competitivas e influentes. Nesse cenário não acredito que ninguém seja capaz de comparar a dificuldade de ser quarto-finalista na idade moderna com ser semi-finalista no modelo anterior. Por cada vez que algum jornalista com fraca memoria (já não falo dos vossos conhecidos benfiquistas) vos lembrar num artigo as míticas “noites europeias” do Benfica e as finais que já perderam (que como disse um dia o José Augusto "ser vice-campeão da Europa também é um titulo, doa a quem doer"!) repitam-lhes devagar, para entenderem bem, os tubarões que tiveram de ganhar para lá chegar… AGF, Derry City, Ujpest, Honved, Dniepr, Tirana, Anderlecht, Steaua, Austria Viena, Rapid Viena, Nuremberga, Norkoping, Hearts…

23 comentários:

Joaquim Lima disse...

Miguel, como é que o Benfica apanhou esses clubes e nunca clubes mais fortes? Era por sorteio?

Carrela disse...

Bom artigo!

Penta disse...

«O clube da Luz reclama um historial europeu tremendo até aos anos oitenta. O clube com mais finais perdidas (esse, acho que não mencionam muito)»

antes pelo contrário. conferir aqui.

abr@ço
Miguel | Tomo III

pedro disse...

Finalmente, a verdade!!!

Resta dizer que o melhor jogadores deles não os deixou bem cedinho por imposição governamental:património nacional, diziam eles...!!!

E, não sei se não são da época dos desempates por moeda ao ar...anedótico...

Pedro

DragoesJuntos disse...

Era sempre por sorteio.

senhor dos tropicos disse...

O Benfica venceu essas duas finais contra o Barcelona e Real Madrid, as maiores equipas do seu tempo. Nessa decada foi mais 4 vezes a final, tendo jogado pelo menos duas no campo do adversario (contra o Inter em Milao e contra o MU em Londres). Nao creio q tenha beneficiado de nada em relação aos outros clubes participantes, Nesses anos sombrios, o Benfica foi uma das poucas alegrias do nosso Povo. Querer apoucar isso demonstra um complexo de inferioridade que nao se justifica e que de certa forma nao prestigia o autor do artigo... Sou Benfiquista, mas em 1987 festejei nos Aliados a vitoria do FCP. Ctos.

Miguel Lourenço Pereira disse...

Joaquim,

Efectivamente na Taça dos Campeões Europeus funcionava o sorteio puro sem condicionantes. O Benfica apanhou esses rivais por sorteio. Foi sorte pura e absoluta. Por exemplo, em 1988 o Real Madrid teve de eliminar, para chegar ás meias-finais, o Napoli (com Maradona), o FC Porto (campeão europeu) e o Bayern Munchen (vice-campeão europeu) para depois cair com o PSV que tinha eliminado antes o Bordeaux. Entre estas duas equipas eliminaram-se TODOS os favoritos. O Benfica chegou á final a jogar, literalmente, com coxos!

RCBC disse...

Excelente post.

dragomad disse...

a enganar desde 1908, e o resto é o kkk se pode ler.:)

Mefistófeles disse...

Resta dizer que, para ser a alegria do povo, nesses anos sombrios, foi também sobejamente beneficiado internamente pois convinha ao Estado Novo dar fado, futebol e Fátima para manter o povo sossegado. E muito vinho.

Daniel Gonçalves disse...

Caro senhor dos trópicos,

convêm assinalar que os benfiquistas estão sempre a apoucar as proezas europeias do FC Porto, quer porque ganhou uma final ao Mónaco, e outra ao Braga, portanto em resposta contra-argumentamos que também muitas proezas europeias do seu clube não foram feitos fenomenais. A final ganha ao Braça foi um triunfo de sorte, as bolas rematadas - e não foram poucas - pelos catalães foram bater no poste e na trave enquanto o remate do José Águas foi ao poste e entrou. Ganhar ao Real Madrid em profunda decadência, embora um feito notável, não foi assim do outro mundo. E o seu clube só foi a mais 3 finais, nos anos 60, e não 4 como o Sr. refere.

O que o excelente artigo do Miguel Lourenço Pereira assinala é que nos anos 50/60 era mais fácil ganhar a Taça dos Clubes Campeões Europeus do que ganhá-la nos anos 70/80 quando se estabeleceu o predomínio das equipas "não-latinas" (talvez não o termo correcto, mas serve para exprimir a ideia). Sobretudo era muito mais fácil ganhar a Taça dos Campeões Europeus nos anos 50/60 do que chegar aos quartos-finais da actual Liga dos Campeões.

"Nesses anos sombrios, o Benfica foi uma das poucas alegrias do nosso Povo..." É verdade que o regime político de então se aproveitou das vitórias europeias do seu clube para se "vingar" de alguma rejeição diplomática que o País sentia. O benfica viveu de propaganda - no sentido pejorativo da palavra - e ainda procura viver nos nossos dias, agora querer aproveitar as vitórias - justas, mas não fenomenais pelos parâmetros actuais - do passado para ganhar predominância fora das 4 linhas e justificar vitórias do presente isso é que não honesto.

Miguel Lourenço Pereira disse...

Pedro,

São desse tempo e foram uma vez assim eliminados pelo Celtic!

Miguel Lourenço Pereira disse...

Senhor dos Tropicos,

Em nenhum momento se questiona neste artigo o mérito do Benfica em ganhar as duas finais que ganhou (ainda que a esmagadora dos adeptos de futebol saiba que a primeira das finais foi uma das mais afortunadas da história) nem a valia da equipa em geral. O que está em causa é a dificuldade de chegar a essas finais tendo em contas as equipas que eliminou. Como sempre, ser-se selectivo no que se quer dizer dá erro.

Pode voltar a ler o artigo se á primeira não percebeu. Já em relação a que os triunfos europeus do Benfica (e as derrotas em finais suponho também) tenham sido motivo de alegria do "nosso Povo", permita-me discordar porque conheço mais Povo que não se alegrou em absoluto do que Povo que sim se alegrou. Estaremos a falar de povos diferentes seguramente.

meirelesportuense disse...

1908? Correcto!... Desde 1904 só existia o Sport Lisboa com sede em Belém, que o Grupo Sport Benfica em sociedade com o Sport Lisboa só surgiu em Setembro de 1908, estando portanto muito longe ainda de atingir a primeira centena de anos!...São uns centenários mentirosos...Como sempre!
-Quanto à final disputada com o Real Madrid a verdade é que a equipa do Real era já à época uma equipa de veteranos!

Daniel Gonçalves disse...

Excelente artigo Miguel,

inserindo no contexto desportivo as proezas e vitórias do nosso rival, e respondendo à inveja com que eles olham para os nossos triunfos europeus.
Quando as equipas anglo-saxónicas/germânicas surgiram em pleno no palco europeu, o benfica foi destroçado ou desapareceu nas sombras, não só essa derrota por 5-0 frente ao Dortmund, como perder por 5-1 em pleno estádio da Luz frente ao Manchester United, para os quartos de final na temporada de 1966. Em 1967 na então Taça das Feiras, muito menos exigente e mais fácil de conquistar, ser eliminado pelo Lokomotiv de Leipzig nos oitavos. Basta também recordar o histórico da década de 70 para contextualizar as proezas do benfica, com derrotas pesadas (5-1) face a Bayern Munique, Liverpool (derrotado nos 2 jogos, um deles por 4-1), clubes que dominaram essa década, juntamente com o Ajax. Seria preciso esperar pelo ano de 1985, para a Juve – com a ajuda da arbitragem – conseguir quebrar essa hegemonia dos clubes anglo-saxónicos/germânicos.
Ainda lembrar que no embate “Inter-continental”, o benfica foi destroçado pelo Penarol (5-0) e depois pelo Santos (5-2) no estádio da Luz.

Unknown disse...

Muito bom artigo, aplaudo de pé, mas em contraponto podia referir o trofeu Juan Gamper organizado pelo Barcelona e com muito mais relevo que o trofeu teresa herrera ou o ramon carranza, em que eram convidados aleatoriamente e não os campeões ibéricos como os benfiquistas querem que tenha sido, pois se lembrarão o Belenenses participou num desses torneios 10 ou 16 anos depois de ter sido campeão nacional, desmistifiquem lá isso por favor. Voltando ao Juan Gamper, onde participava o Barcelona como organizador, o campeão europeu, o F.C. do Porto, o vice-campeão europeu, o Bayern de Munique e a 4ª equipa uma das melhores nessa altura, calhando essa honra ao Dínamo de Kiev, que por coincidência foi eliminado pelos portistas na meia final, e pasme-se, o F.C. do Porto venceu o trofeu apenas com vitórias, derrotando os rivais e onde vi o Madjer marcar contra o Bayern (2-0) um dos golos mais belos que eu presenciei. Obrigado e bem hajam.

Unknown disse...

Muito bom artigo, aplaudo de pé, mas em contraponto podia referir o trofeu Juan Gamper organizado pelo Barcelona e com muito mais relevo que o trofeu teresa herrera ou o ramon carranza, em que eram convidados aleatoriamente e não os campeões ibéricos como os benfiquistas querem que tenha sido, pois se lembrarão o Belenenses participou num desses torneios 10 ou 16 anos depois de ter sido campeão nacional, desmistifiquem lá isso por favor. Voltando ao Juan Gamper, onde participava o Barcelona como organizador, o campeão europeu, o F.C. do Porto, o vice-campeão europeu, o Bayern de Munique e a 4ª equipa uma das melhores nessa altura, calhando essa honra ao Dínamo de Kiev, que por coincidência foi eliminado pelos portistas na meia final, e pasme-se, o F.C. do Porto venceu o trofeu apenas com vitórias, derrotando os rivais e onde vi o Madjer marcar contra o Bayern (2-0) um dos golos mais belos que eu presenciei. Obrigado e bem hajam.

Mancini disse...

este jogo :

https://www.youtube.com/watch?v=4Aj_etU5J84

Cumprimentos

nonameslb disse...

A nivel Internacional o Porto e melhor.

senhor dos tropicos disse...

Caro MLP,
Em relação a sermos selectivos no q se quer dizer, posso devolver-lhe o encómio. Se aquilo q escreveu não é apoucar, nao sei o q será. Em relação ao vinho, Sr.Mefistofeles, é uma bebida que dá saúde e faz esquecer mágoas. Talvez vá precisar dele ainda este ano...Ctos.

senhor dos tropicos disse...

Caro Sr. Nao me incluo nesses grupos de adeptos q apoucam as vitorias do FCP. Como escrevi, em 1987 festejei nos Aliados a vossa vitoria, q muito prestigiou Portugal. e assisti tb ao grande feito na Intercontinental, com o campo coberto de neve! O q lamento é o teor do artigo, em q se procura diminuir a grandeza dos feitos alcançados pelo Benfica numa epoca sombria. Ou seja, este artigo faz o mesmo q aquilo q acusam certos adeptos do SLB. O regime da epoca foi sempre amigo, sim, do SCP, clube q desde 1974 apenas ganhou 3 campeonatos. já agora, note q o Benfica nunca teve como presidente pessoas dirigentes do regime de Salazar... Como Cesar Bonito, por exemplo. E dizer q nos anos 60 era mais facil ganhar a Taça dos Campeoes, bom, aqui ja estamos no campo da desonestidade intelectual, lamento dize-lo. Cts cordiais.

senhor dos tropicos disse...

Caro Sr.Meireles Portuense, nao vou maça-lo com a historia do SLB, mas mesmo assim permita que lhe diga que entre 1908 e 2015 ja se passaram 107 anos. E o fundador nunca mudou de nome no SLB...quanto ao Real Madrid ser, à epoca, uma equipa de veteranos, nao sei como chegou a final. Ctos.

Daniel Gonçalves disse...

"q o Benfica nunca teve como presidente pessoas dirigentes do regime de Salazar... Como Cesar Bonito, por exemplo..."

Desonestidade intelectual é afirmar que César Bonito foi «dirigente» - penso que o Sr. dos tropicos desconhece o significado desta palavra - do Estado Novo ou regime salazarista, foi sim Deputado à Assembleia Nacional da altura, facto que não implicava seguidismo ou concordância absoluta com o regime de então . Não, César Bonito não foi dirigente no Estado Novo. E quantos dirigentes/funcionários do seu benfica eram apoiantes de Salazar? Como por exemplo os fundadores do Jornal "O Século", benfiquistas, assim como salazaristas assumidos. Vou pensar que foi por inocência que o Sr. afirmou que César Bonito era salazarista.

Reconhecer que a antiga Taça dos Campeões Europeias era mais fácil de vencer do que a actual Liga dos Campeões não é desonestidade intelectual, mas sim um facto e um exercício de uma mente aberta.

Cumprimentos cordiais.