A minha opinião sobre a utilização de jogadores emprestados é simples: se o clube que empresta o jogador é o detentor do seu passe (leia-se, da maior parte dos direitos económicos) e, simultaneamente, é responsável pelo pagamento do respectivo ordenado, esse jogador não deve participar nos jogos contra a equipa da sua entidade patronal. É uma questão de conflito de interesses. Ponto.
Como é público, não era esta a situação de Miguel Rosa e Deyverson e daí o mistério...
Miguel Rosa e Deyverson (fonte: capa do Record) |
Mais. Entendo que os regulamentos da FPF deveriam prever um limite no número de jogadores emprestados a um clube da mesma divisão. Dois parece-me um número adequado para a dimensão de um plantel (a generalidade dos clubes têm planteis com 24 a 26 jogadores).
O “caso Tozé”
A propósito do FC Porto x Estoril de ontem, voltaram a levantar-se vozes, devido ao facto do Tozé não ter sido titular no Estádio do Dragão.
No meio destas vozes, há de tudo: os idiotas, os intelectualmente desonestos, os mal-informados, etc.
Eu não sei se a FC Porto SAD é responsável pelo pagamento da maior parte do ordenado do Tozé (vou partir do princípio que não).
O que eu sei é outra coisa. Desde que houve mudança de treinador no Estoril, o Tozé deixou de ser um dos titulares indiscutíveis. A prova disso é o facto de, nas quatro jornadas após a goleada sofrida na Luz, o Tozé só ter sido titular UMA vez (foi duas vezes suplente utilizado e uma vez suplente não utilizado).
Os novos treinadores do Estoril - Fabiano Soares e Hugo Leal |
Sendo esta a realidade dos factos e se já no outro jogo disputado fora de casa (Restelo, 25ª Jornada), o Tozé tinha sido suplente, qual é o escândalo por o Tozé não ter sido titular no Estádio do Dragão?
P.S. Ouvi, na rádio, um idiota escandalizado por o Kléber não ter jogado contra o FC Porto. Independentemente de outras razões (a maior parte do ordenado do Kléber é pago pela SAD do FC Porto), convinha que, antes de falarem, estes comentadores se informassem sobre o estado do físico dos jogadores. É que o Kléber já não jogou na jornada anterior (Estoril x Penafiel), precisamente por estar lesionado.
P.S.2 Alguém me sabe dizer qual foi o último jogador emprestado pelo SLB que, tendo jogado contra os encarnados, fez uma boa exibição, conquistou um penálti e/ou marcou um golo, contribuindo, decisivamente, para a perda de pontos do SLB?
8 comentários:
pimenta no cu dos outros é refresco...
e a diarreia do Tiago Rodrigues do nacional ... é fácil atirar as pedras... muito facil.
O assunto é que tanto SLB como FCP actuam da mesma forma.. condicionando.. tentando condicionar... e só não aceita isso... os adeptos de Penafiel de um qualquer clube...
O FCP se não condicionou o Tozé no primeiro jogo arrependeu-se e passou a condicionar todos os que pode condicionar...
Falta ver os emprestados ao Guimaráes na jornada 30...
Qual foi a parte deste artigo que o Nainho não percebeu?
Eu vou repetir para ver se percebe.
Na minha opinião, se o clube que empresta o jogador é o detentor do seu passe (leia-se, da maior parte dos direitos económicos) e, simultaneamente, é responsável pelo pagamento do respectivo ordenado, esse jogador não deve participar nos jogos contra a equipa da sua entidade patronal. É uma questão de conflito de interesses.
Por acaso, era esta a situação de Miguel Rosa e Deyverson, quando foram impedidos de jogar contra o SLB?
Provavelmente tiveram desconto na "compra" cada um faz os seus negócios.. eu posso vender um terreno ao senhor Correia mas posso impedir de fazer um campo de futebol.. se vc aceitar... quem esta de fora não tem nada com isso...
Não me lembro de ver o FCP contratar um jogador nas vésperas de um jogo, ou sequer lançar notícias cá para fora nesse sentido...e o Nainho, lembra-se ? Atuam da mesma forma ? Tem a certeza ? Ou é só muito "orgulho" ?
Concerteza que eu não tenho nada a ver com os negócios entre as SAD's do Belenenses e do SLB.
Mas não é isso que, na minha opinião, está em questão.
O que está em questão é as condições (regras) em que um jogador emprestado deveria, ou não, jogar contra o clube que o emprestou.
Eu acho que nenhum jogador devia jogar contra o clube que o emprestou.
Devia estar automaticamente proibido.
Acabavam as lesões nos momentos certos...
Por exemplo um assunto é jogadores contratados para o fim da época e neste caso temos possivelmente o Andre Andre...
e os que o SLB foi "contratar" ao Belenenses... Sobre jogadores contratos a meio mas que se mudam apenas no fim não consigo ter uma opinião que me pareça razoável.
Entre a desregulação quase total (actualmente, um clube pode emprestar o número de jogadores que quiser a outro clube e, praticamente, fazer desse clube um clube-satélite) e a proibição, haverá, concerteza, um meio termo aceitável, que não prejudique os jogadores e os clubes envolvidos.
Precisamente por isso, por não estar em nenhum dos extremos, é que defendo que os regulamentos da FPF deveriam prever um limite no número de jogadores emprestados a um clube da mesma divisão. Dois parece-me um número adequado para a dimensão de um plantel (a generalidade dos clubes têm planteis com 24 a 26 jogadores).
P.S.2??? Eu respondo!!!
Foi o "Zébio" quando jogava no Beira-Mar e defrontou o o 5LB.
Isto já vem de longa data!!!
Enviar um comentário