sábado, 5 de junho de 2010
Um limão espremido
Ontem, num Dragão Caixa quase cheio (1.868 espectadores, números oficiais) e com um ambiente vibrante, jogou-se o terceiro jogo da final do play-off, com mais uma vitória do SLB (97-101) após dois prolongamentos.
Foi um jogo que o FC Porto teve na mão, que podia e devia ter ganho, mas que infantilmente entregou de mão beijada. Vejamos:
À entrada para o quarto período do jogo, o FC Porto vencia por 66-61.
A 4.31 do final o FC Porto vencia por 78-68. Contudo, em menos de três minutos, o SLB fez um parcial de 11-0 (!!!) e, a 1.39 do final, passou para a frente do marcador por 78-79.
Já no primeiro prolongamento, a apenas 2.30 do final, o FC Porto teve novamente uma vantagem confortável (93-85) mas, mais uma vez, "desligou" e deixou que o SLB recuperasse.
Neste jogo, vieram ao de cima as principais fragilidades do plantel portista, entre as quais destaco, mais uma vez, a incapacidade que a equipa evidencia nos ressaltos. Mesmo sem Elvis Évora (lesionado), o SLB dominou as duas tabelas e foi quase caricato ver a forma como Will Frisby ganhava sucessivos ressaltos na tabela portista, incluindo na sequência de lances livres falhados por jogadores encarnados. Só nos últimos segundos do primeiro prolongamento houve três situações destas. Incrível!
De resto, Jeremy Hunt e Julian Terrell, sendo bons jogadores, não estão à altura dos americanos do SLB (Ben Reed, Heshimu Evans e Will Frisby). O único que está nesse patamar é Greg Stempin (26 pontos, 6 ressaltos, 3 assistências, 1 roubo de bola e 3 desarmes de lançamento). Quando Stempin foi excluído, a 44 segundos do final do 1º prolongamento, a queda de rendimento da equipa portista foi vertical.
E relativamente aos bases é bom nem falar. André Bessa e João Figueiredo não se comparam com Diogo Carreira, que marcou "apenas" 22 pontos e, nos momentos mais difíceis, andou com a equipa do SLB às costas.
O quarto jogo da final é no domingo, às 16h00. Eu irei estar lá novamente, mas com a consciência plena de que esta equipa do FC Porto é um limão espremido por Moncho López. Até podemos ganhar, pontualmente, um jogo ao SLB (este ano já ganhamos por duas vezes e ontem esteve por um fio) mas, apesar da melhoria que se registou esta época, ainda não temos plantel para na final de um play-off vencer quatro jogos. Isso é claro.
Foto: Record
Vi os prolongamentos, e pode-se dizer que perder é mau, mas assim é muitoooooooo mau!
ResponderEliminarTivemos o jogo na mão, mas a ineficácia defensiva / ofensiva em períodos onde só poderíamos aumentar a nossa vantagem ditaram o desfecho.
Infelizmente estamos com uma equipa de Basquetebol muito inferior à do nosso rival.
Já tinha feito um comentário a esta matéria num dos post's anteriores, foi muito penoso ver que a equipa do Porto não tinha capacidade física e psicológica para aguentar a pressão e manter a vantagem sobre o Benfica na parte final do encontro...E outro aspecto aqui apontado que notei foi a perda sucessiva nos ressaltos, mesmo ganhando algumas vezes esses ressaltos, o nervosismo era tanto que se perdia o seu controlo logo de seguida, parecia que a bola picava...Nos lances livres até me pareceu que "eles" falhavam propositadamente para assim obterem, três ou quatro pontos em vez de apenas dois...Isso proporcionou recuperações impensáveis.
ResponderEliminarE depois a teimosia em tentar sempre o lançamento de três pontos -em vantagem clara- mais difícil em todos os aspectos, inclusive na sua possível recuperação...Estive hoje no hoquéi e vi o Nuno Marçal, tive pena dele...
Gostei do profissionalismo evidenciado hoje no Pavilhão, com a presença de um corpo extenso de funcionários e funcionárias, aparentemente muito bem preparado...
ResponderEliminarQuem não tivesse acompanhado desde o início a época inteira do F. C. Porto e se baseasse apenas no que lesse neste post... ficaria com uma ideia relativamente negativa sobre a nossa equipa.
ResponderEliminarNem éramos tão bons, nem somos tão maus quanto o retratado.
Vencemos duas competiçoes, a Taça de Portugal e a Taça da "Liga", ambas em final-8, vencendo sucessivamente V. Guimarães, Ovarense e, pasme-se, a equipa de top, Benfica. Na fase regular também vencemos essa equipa de top. Equipa de top que quando viu as coisas mal paradas, leia-se, um adversário de respeito pronto para lhe retirar o título, decidiu, a meio da época, extender o já de si avultado "orçamento", com a integração de Heshimu.
É verdade que fizemos dois maus jogos em Lisboa, mas daí a generalizar e equivaler essas duas insuficientes prestações a uma duvidosa qualidade da equipa...
Também estivemos a perder por cerca de 10 pontos e recuperamos. Porque terá sido? Provavelmente deve ter sido por demérito (ou terá sido infantilidade?) da equipa de top e não por nosso mérito. Ou foi mesmo pela nossa qualidade?
Meu amigo, pelo que sei, um dos nossos jogadores mais importantes - Carlos Andrade - anda há várias semanas com problemas físicos, nas costas, e joga em esforço. A prestação dele baixou muito. Basta olhar as médias na pontuação. E para que conste, Hunt, outro dos nossos jogadores fundamentais, que, pelos vistos, na sua opinião, é de qualidade inferior aos americanos da equipa de top, sofreu duas perdas familiares nas últimas semanas. Quem acompanha a equipa, e segue a prestação individual de cada um dos jogadores, com certeza nota uma perda de rendimento efectivo em Hunt.
Perdemos na Sexta-feira, como poderíamos ter ganho. Estivemos com o jogo praticamente ganho, e depois praticamente perdido. No 1º prolongamento novamente praticamente ganho e acabamos por deixá-lo fugir a segundos do final e, no 2ª prolongamento, sem os nossos dois postes americanos, tornou-se impossível aguentar.
Estranho não ter referido às 2 ou 3 faltas técnicas que nos foram averbadas, nem as que não se viram aplicadas a Henrique Vieira e ao grande jogador americano, muito melhor que Hunt, de nome Reed.
Quantos aos bases, sim, concordo consigo. Não temos à altura dos restantes "titulares".
A nossa equipa foi construída praticamente de raíz. Por mim, fez e está a fazer uma excelente época. E se compararmos com as últimas, então a diferença, para melhor, é descomunal.
Quem tem Nuno Marçal, Carlos Andrade, Hunt, Stempin, Terrell, e uma segunda linha de portugueses, todos internacionais, como João Figueiredo, Rui Mota, Jorge Coelho e David Gomes, não pode ser considerado de qualidade tão inferior, pois não?
Não esquecemos também de Paulo Cunha, que tanta falta nos faz, e da infelicidade que o tem assolado...
Talvez na próxima época, eventualmente com Francisco Machado, João Santos e Rodrigo Mascarenhas, o limão não fique tão espremido e, talvez, os nossos americanos possam ser analisados não apenas por dois ou três jogos menos conseguidos, mas sim por uma época inteira.
A realidade e q os gajos sao melhores
ResponderEliminarTemos 1 excelente plantel mas volta e meia parecemos uma equipa de juniores
A perda de ressaltos defensivos foi um ESCANDALO
Os mouros chegavam a fazer 6 pontos na mesma jogada
Nao percebo como nos deixamos empatar no 1º prolongamento(lançar triplos com 8 pontos vantagem?para q??!!faltavam 3 minutos.) e tb n percebo onde tinham a cabeça no 2º.
Carlos Andrade ATINA
Mto rookies ainda
Para o ano estaremos melhores certamente
nem e bom lembrar aqueles 2 bases de sonho(americanos) q tinhamos ha 2/3 anos..
ResponderEliminarnossos muito fraquinhos
Rogério Paulo Almeida disse...
ResponderEliminar«Quem não tivesse acompanhado desde o início a época inteira do F. C. Porto e se baseasse apenas no que lesse neste post... ficaria com uma ideia relativamente negativa sobre a nossa equipa»
Caro Rogério Almeida, não sei há quantos anos acompanha de perto o basquetebol do FC Porto e quantos jogos viu esta época. Eu posso dizer-lhe que vi bastantes e já por mais do que uma vez me referi ao assunto aqui no 'Reflexão Portista' (da sua parte é a primeira vez que vejo aqui um comentário).
Por exemplo, recomendo-lhe que leia o que escrevi a seguir a um jogo a que assisti ao vivo - FC Porto x Ginásio Figueirense. Apesar do FC Porto ter dominado esse jogo completamente e vencido por 21 pontos (77-56), escrevi um texto intitulado "Há muito a melhorar", onde, entre outros aspectos, referi:
«O plantel deste ano é muito melhor e mais profundo que o das últimas épocas. Contudo, parece-me que falta um jogador possante para a luta e ressaltos debaixo das tabelas.»
«Durante alguns momentos do jogo, a equipa parece que se desconcentra e perde a atitude competitiva que se exige a jogadores profissionais.»
Rogério Paulo Almeida disse...
ResponderEliminar«Vencemos duas competiçoes, a Taça de Portugal e a Taça da "Liga", ambas em final-8, vencendo sucessivamente V. Guimarães, Ovarense e, pasme-se, a equipa de top, Benfica.»
Talvez o Rogério Almeida não tenha reparado, mas eu publiquei dois artigos acerca disso, salientando essas vitórias.
Contudo, mesmo quando vencemos a Taça da Liga (Taça Hugo Santos), independentemente de ter salientado o enorme mérito da equipa portista e de Moncho Lopez, voltei a chamar à atenção para o seguinte:
«o plantel deste ano é muito melhor e mais profundo que o das últimas épocas mas, apesar da vitória, voltaram a ser evidentes as dificuldades no jogo interior e, nomeadamente, a falta de um jogador possante para a luta e ressaltos debaixo das tabelas».
E já nos play-off, a seguir à terceira vitória sobre a Ovarense, voltei a escrever:
ResponderEliminar«o plantel deste ano é muito melhor e mais profundo que o das últimas épocas. Contudo, parece-me que falta um jogador mais forte para a luta e ressaltos debaixo das tabelas, conforme se viu na dificuldade em parar Christopher Lee, o possante poste da Ovarense».
Como vê, caro Rogério Almeida, a minha opinião sobre as lacunas do plantel portista não é de hoje nem de ontem, e muito menos por termos perdido com o SLB.
A derrota da última sexta-feira à noite e a forma como aconteceu, veio apenas confirmar aquilo que para mim é evidente há muito tempo.
Rogério Paulo Almeida disse...
ResponderEliminar«A nossa equipa foi construída praticamente de raíz. Por mim, fez e está a fazer uma excelente época. E se compararmos com as últimas, então a diferença, para melhor, é descomunal.»
Conforme aqui escrevi na altura, a época passada foi o ano horribilis do basquetebol portista e para esta época foi feita uma aposta forte no basket azul-e-branco.
Espero que esta evolução seja para continuar na próxima época. Ou seja, manter o que temos de bom e colmatar as duas principais lacunas:
- um base que comande a equipa, controle o jogo e faça pontos;
- um poste que nos permita equilibrar/ganhar os duelos nas tabelas.
90-58
ResponderEliminarAHAHAHAHAH
Massacre
Hunt a base,Andrade mais esclarecido,Stempin e Marçal em altas e 1 benfas completamente a toa com Reed a fazer a diferença no marasmo mouro.
Ate 4f