Entre os dias 29 a 31 de Janeiro, disputou-se em Lagoa a Taça Hugo Santos, competição que reuniu os oito primeiros classificados da Liga de Basquetebol, após se terem cumprido 11 jornadas. Esta competição vem substituir a antiga Taça da Liga e visa homenagear o antigo presidente da Federação Portuguesa de Basquetebol, General Hugo Santos.
O FC Porto não teve um calendário fácil (aliás, não podia ter sido mais difícil).
Nos quartos-de-final defrontou o Vitória de Guimarães, 4º classificado da Liga e, num jogo com parciais muito equilibrados, venceu por 71-69.
Nas meias-finais o adversário foi o Benfica, líder invicto na Liga portuguesa e que antes deste jogo somava 11 vitórias no campeonato e mais uma na Supertaça, alcançada diante da Ovarense. Os dragões estiveram sempre na frente do marcador, ao intervalo venciam por 9 pontos (45-36) e no final venceram por 78-72. Lá se foi a invencibilidade encarnada e ficou provado que os dragões terão uma palavra a dizer nos play-offs de disputa do título de campeão.
Na final, disputada no domingo passado, os azuis-e-brancos enfrentaram a Ovarense, 2º classificado da Liga, e venceram por uns claros 74-53 (com parciais de 20-21, 18-10, 19-12 e 17-10).
Jogaram e marcaram: João Figueiredo (5), Carlos Andrade (15), Nuno Marçal (8), Greg Stempin (4) e Julian Terrell (17); André Bessa (5), David Gomes (2), Rui Mota (11), Jorge Coelho (3), José Almeida (0), Paulo Cunha (2), João Soares (2).
O americano Jeremy Hunt ficou de fora por estar lesionado.
Conforme já tinha escrito aqui, o plantel deste ano é muito melhor e mais profundo que o das últimas épocas mas, apesar da vitória, voltaram a ser evidentes as dificuldades no jogo interior e, nomeadamente, a falta de um jogador possante para a luta e ressaltos debaixo das tabelas.
Para além de termos colocado um ponto final na invencibilidade do SLB e conquistado a Taça Hugo dos Santos, o aspecto mais positivo a salientar é o trabalho do treinador Moncho Lopez com este conjunto de jogadores. Temos equipa, a qual joga com uma grande agressividade em termos defensivos, suportada numa boa capacidade física e grande rotação de jogadores.“Cada dia que passa estamos melhores. Tivemos o calendário mais complicado, ultrapassando o quarto, o primeiro e o segundo classificados da Liga para ganhar esta Taça. (...) Mostrámos muita disciplina táctica e muita disciplina defensiva, com grande coração, um coração de dragão. O que se pode esperar do FC Porto? Vamos continuar a trabalhar. A época é longa e outros objectivos se apresentam nos próximos meses. Precisámos de melhorar alguns pormenores e manter o patamar de intensidade e esforço.”
Moncho Lopez, treinador do FC Porto
Só tenho pena que não haja mais gente no Dragão Caixa a ver e a apoiar esta equipa. E, já agora, também nos jogos das equipas de Andebol e Hóquei em Patins, as quais lideram os respectivos campeonatos.
Fotos: A Bola, Record
1 comentário:
Boa matéria de reflexão, Zé Correia.
Eu que entendo mal de básquete, se me surpreendi foi por não ter visto nada nas tv's a anunciar o vencedor desse troféu. Nada. Zero. Assim, que divulgação pode ter a modalidade? E o clube ajuda nisso?
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