terça-feira, 14 de dezembro de 2010

António Feliciano


Morreu António Feliciano, antigo internacional português, ex-jogador do Belenenses e do FC Porto. Tinha 88 anos de idade.

Como jogador, fez parte das Torres de Belém – defesa composta por ele, Vasco e Serafim -, e contribuiu para a conquista do único título de campeão nacional do Belenenses (em 1945/46).

Ao serviço do FC Porto, onde permaneceu durante muitos anos, destacou-se como treinador e mais tarde coordenador nas camadas jovens.

Paz à sua alma.

9 comentários:

Alexandre Burmester disse...

É já com muita saudade que vejo partir este grande homem e formador de homens.

Várias gerações de jogadores do FCP passaram pelas suas sábias mãos.

O seu maior achado foi sem dúvida o Pavão, mas inúmeros jogadores do FCP tiveram a sorte e o privilégio de o encontrarem.

Que descanse em Paz.

meirelesportuense disse...

Via-o frequentemente com a esposa no Dolce-Vita. Parecia-me OK.
-Os meus respeitosos pêsames pela sua morte, à família e amigos.

José Correia disse...

«Após a carreira de jogador, Feliciano abraçou a de treinador nas camadas jovens do FC Porto – clube do qual recebia uma pensão vitalícia –, tendo conquistado vários títulos e moldado craques como Fernando Gomes, Domingos e Vítor Baía (além de orientar também José Mota, atual técnico do Belenenses). A ligação à cidade era tão forte, que desejava ser cremado para as cinzas serem espalhadas pelo Campo da Constituição.»
in record.pt

Zé_dopipo disse...

Que o Pavão tenha sido "achado" pelo Feliciano, desconhecia. Agora, e mais uma vez, a memória muito selectiva do Alexandre esqueceu-se de referir o "bi-bota" Fernando Gomes como, esse sim, uma das maiores "medalhas" que um homem da formação do FCP poderia envergar. E essa medalha, tenho a certeza porque estava lá, ninguém pode retirar ao grande Homem que foi António Feliciano.

Alexandre Burmester disse...

Zé Lucas,

Não sei em que se baseia para chamar à minha memória "muito selectiva", nem de facto isso me interessa muito.

Mas a verdade é que eu não sei quem descobriu o Fernando Gomes, mas sei que o Pavão foi descoberto pelo Feliciano no próprio Desportivo de Chaves, onde chegou a trabalhar.

Mas já que fala n Gomes, eu poderia dizer que a sua memória é selectiva, pois poderia ter falado também no Oliveira.

Enfim, é uma pena cair-se naquela verdade muito portuguesa segundo a qual, em Portugal, as homenagens são sempre contra alguém... Eu apenas pretendi recordar o Feliciano, mas logo alguém tinha de vir descobrir segundas intenções no meu simples comentário.

O defeito não é meu.

Fernando B. disse...

Muito bem Burmester...

Feliciano descobriu Pavão, porque jogou no Chaves, com rinta e muitos anos, onde também jogava Pavão com 15/16 anos. O Pai de Pavão era Sargento nos Caçadores em Chaves...
Sou de Vila Real, grandes rivais do Chaves, mas sempre grande respeito por Feliciano, da parte dos Vilarealenses...

Zé_dopipo disse...

"António Feliciano, a mais famosa das torres de Belém,
treinava o Desportivo de Chaves. Como decidira fazer no clube uma escola de jogadores
— era paixão que já lhe fervia... — cirandou pela cidade, espiolhando os jogos vadios da
petizada, à cata de talentos. Depressa se encantou do jeito de Pavão, levando-o,
naturalmente, para a sua escola. Tinha 13 anos."
Sendo isto verdade, nem Feliciano jogava no Chaves - era treinador - nem o miúdo Pavão o fazia. De qualquer forma, é interessante para mim ter ficado a saber isso.
Quanto ao Alexandre e ao seu exemplo, anacrónico é o minimo que se pode chamar. Porquê referir apenas o nome de um jogador, infelizmente já desaparecido, com tantos vivinhos da silva, fornadas consecutivas da escola da Constituição e, descontando a tragédia da morte, simbolos muito mais importantes do moderno FCP do que o do malogrado Pavão?
Porque não "O clube dos atletas vivos"? Porque não o clube que se orgulha dos seus mais importantes jogadores, não os condenando ao ostracismo?

Alexandre Burmester disse...

"Porquê referir apenas o nome de um jogador, infelizmente já desaparecido..."

Porque foi o que me veio à cabeça na altura, porque o Pavão eu sabia que foi mesmo descoberto pelo Feliciano (coisa diferente de ter apenas sido seu treinador, mesmo na formação), porque escrevi ao correr da pena e sem cuidados de maior - até porque se tratava de um simples comentário e não de um artigo - e, finalmente, porque me apeteceu. Se acha que fui discriminatório nada posso fazer.

José Correia disse...

«O corpo de António Feliciano, falecido aos 89 anos, em Maceda, foi ontem cremado em Ourense, na Galiza.
As exéquias fúnebres destinaram-se a familiares mais chegados, particularmente esposa e filha.
O antigo defesa-central do Belenenses, pelo qual foi campeão nacional em 1945/46, e técnico de relevo durante vários anos na formação do FC Porto, pediu para que as suas cinzas fossem espalhadas no campo da Constituição, no Porto.
Esse será, então, o momento para que todos os amigos feitos no futebol, possam prestar a sua sentida despedida e homenagem a alguém que deixou uma marca indiscutível de seriedade, profissionalismo e disciplina.»
in abola.pt