1. Dentro do recinto de jogo, uma equipa de basquetebol azul-e-branca 100% vitoriosa no campeonato. A vitória sobre a Ovarense (94-69) foi a oitava em oito jogos, a sexta por mais de 20 pontos. À volta do recinto umas bancadas semi-vazias, apesar dos bilhetes custarem um euro para associados e dois euros para o público.
Esta equipa, que esta época já ganhou o Troféu António Pratas, que está nos quartos-de-final da Taça de Portugal e lidera isolada o campeonato, merece mais apoio dos adeptos portistas, merece um pavilhão cheio e vibrante.
Em termos de público, a bancada Nascente estava bem composta e o topo Norte estaria a um terço da sua lotação. O topo Sul, a “bancada das claques” estava praticamente vazia. Vi uma pequena bandeira do Colectivo e absolutamente nada dos Super Dragões.
O que se passa, as claques portistas só gostam de futebol? No domingo nem sequer houve futebol… As claques portistas apoiam fortemente a equipa de futebol, e ainda bem que o fazem, mas nas modalidades parece que só lhes interessa os jogos contra o slb. E eu estive numa AG em que houve quem dissesse que o pavilhão era pequeno…
2. No início da 2ª parte (faltavam cerca de 8 minutos para o final do 3º período), o FC Porto tinha um jogador com 4 faltas e três jogadores com 3 faltas. Na mesma altura, a Ovarense tinha três jogadores com 2 faltas.
Fruto do critério da arbitragem, dois jogadores absolutamente cruciais na equipa do FC Porto – Greg Stempin e Julian Terrell – passaram grande parte do jogo sentados no banco de suplentes. Em jogos mais difíceis e de resultado apertado, este factor pode fazer a diferença.
3. Moncho López prepara a equipa durante a semana, para os jogadores darem tudo dentro de campo, mas durante os jogos mantém uma postura serena e educada, mesmo quando as decisões dos árbitros são de modo a porem em pé os cabelos de um careca! Moncho López é um senhor do basquetebol e, na maneira como se comporta, faz-me lembrar o Professor Jorge Araújo.
O treinador da Ovarense, Mário Leite, disputa com o treinador do slb – Henrique Vieira – o troféu para o treinador que mais pressiona os árbitros. Desde o primeiro segundo de jogo, é vê-los a falar, esbracejar e protestar, quer com os árbitros, quer com a mesa. É impressionante, e até na saída para os balneários ao intervalo, foi barafustar com os árbitros.
A muito custo, Mário Leite lá foi punido com uma falta técnica.
4. Neste jogo, os dois bases do FC Porto – Sean Ogirri e José Costa – marcaram ambos 12 pontos. Contudo, o português voltou a demonstrar que tem características de 1º base, enquanto o americano é muito mais um atirador, com dificuldades ao nível da defesa e da organização do jogo da equipa.
5. Sobre o jogo em si, o FC Porto superou a Ovarense em todos os períodos da partida, com particular destaque para o terceiro período: 23-21, 18-17, 30-16 e 23-15.
7 comentários:
Grande post, muito bem apanhado.
Falta dizer isto: qualquer vitoria sobre o Ovar por mais de vinte pontos tem de nos deixar confiantes e contentes.
"E eu estive numa AG em que houve quem dissesse que o pavilhão era pequeno…"
Nem mais.
Fora o que se escreveu por essa blogosfera fora e nao so, que era a "caixa de fosforos", etc e tal...Enfim, afinal...
Velasquez disse...
"Grande post, muito bem apanhado."
Quando mudamos das Antas para o Dragão, as melhores condições de conforto fizeram com que a assistência média aumentasse cerca de 10 mil espectadores por jogo.
O Dragão Caixa tem excelentes condições de acesso e conforto e, inclusivamente, permite a quem vai de carro estacionar no parque do estádio. Por isso, custa-me ver bancadas semi-vazias, quando a lotação é de apenas dois mil lugares.
O número de adeptos portistas cresceu significativamente nos últimos 20 anos, mas apenas uma pequena parte acompanha as modalidades com regularidade e menos ainda são os que se dispõem a ir ao pavilhão para assistir a jogos ao vivo.
Quantos adeptos e sócios portistas saberão os nomes dos jogadores das equipas de basquetebol, andebol e hóquei em patins?
Caros,
ia levantar o assunto do futsal - para quando uma equipa - mas se houver a perspectiva de falta de apoio não sei se vale a pena. Talvez fosse uma modalidade que convidasse mais as pessoas a assistir, por se jogar com os pés.
Uma coisa é certa, não é possível obrigar os adeptos a gostarem de todas as modalidades por igual. As próprias equipas das modalidades deverão de ser capaz de conquistar o seu espaço e de mobilizar as pessoas em torno do seu espectáculo.
Bem hajam.
Em relação às modalidades, temos discutido isso bastante. Inclusive quanto ao Pavilhão e à fraca adesão dos sócios. Deixo-te esta pregunta: onde nadam os Golfinhos e pagam a renda a quem? O novo estádio sabias que tem piscinas lá dentro, imagino. É uma questão ampla, e completamente lógica e identificável. Os sócios são co-responsáveis.
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