[Focus]: Os êxitos do FC Porto devem-se à existência de alguém que explique o que é o clube?
[Vítor Baía]: Não tenham dúvidas. O meu único receio e medo é que se descaracterize isto por uma conjuntura actual do futebol mundial, de irmos buscar jogadores de todo o lado e sem qualquer tipo de problema, principalmente da zona europeia, e isso compromete este acompanhamento, porque são os jogadores portugueses que transmitem o que é ser jogador do FCP. A tal mística é difícil de explicar, só mesmo assistindo. A forma como explicamos o que é ser do FCP, que é realmente diferente, o que é ganhar, atitude, agressividade q.b., o facto de gostarmos do clube como se ele fosse nosso. E era isso que passava aos outros e conseguia. A ideia de vamos defender isto como se fosse nosso. Isto é o nosso castelo, aqui ninguém entra. E espero que não se perca. Isto só se consegue com os valores portugueses, porque nós contagiávamos os jogadores que vinham, como Aloísio, Kostadinov, Deco, Lucho e Derlei. E posteriormente, o Derlei já contagiava toda a gente. E não nasceram aqui. Se deixarmos de explicar o que é isso... Esse é o meu único receio e espero que nunca se perca essa identidade.
Dos 13 jogadores que jogaram contra a Académica:
- 7 estão na sua primeira época no FCP (Beto, Miguel Lopes, Alvaro Pereira, Belluschi, Ruben Micael, Varela, Falcao)
- 3 estão na segunda época (Rolando, Rodriguez, Tomás Costa)
Dos 14 jogadores que jogaram em Londres:
- 5 estão na sua primeira época no FCP (Alvaro Pereira, Nuno André Coelho, Ruben Micael, Varela, Falcao)
- 4 estão na segunda época (Rolando, Hulk, Rodriguez, Guarin)
Dos 14 jogadores que jogaram contra o Olhanense:
- 8 estão na sua primeira época no FCP (Miguel Lopes, Maicon, Álvaro Pereira, Belluschi, Rúben Micael, Falcao, Valeri, Varela)
- 3 estão na segunda época (Tomás Costa, Rodríguez, Guarín)
Os números falam por si.
Este é um dos principais problemas do FC Porto e não tem nada a ver com o treinador. Decorre do modelo de negócio que a SAD implementou de há uns anos para cá.
E se esta elevadíssima rotatividade do plantel continuar, adeus identidade. Mais, neste cenário, qualquer treinador, chame-se Jesualdo, António ou Joaquim, irá ter sempre grandes dificuldades em formar uma EQUIPA à Porto.
Foto: Revista Focus Nº 541, 24/02/2010
16 comentários:
Meus caros amigos, desculpem lá, mas estive a pensar, a olhar para o calendário, a acreditar numa possível reviravolta draconiana (que consideraria impossível, de facto, se não tivéssemos ontem marcado o segundo golo à Académica) e cheguei à conclusão que, sendo bastante optimista, o campeonato ainda é possível. Seria um pouco um passo de magia, mas olhem bem para o calendário dos milhafres... Deixo-vos aqui a mais optimista das previsões, e peço-vos que me digam se isto é optimismo ou se é sonhar alto demais.
23ª jornada
Nacional - benfica - Derrota do benfica
------
Braga 55 pontos
benfica 55
Porto 47
24ª jornada
benfica - Braga - Empate
Belenenses - Porto - Vitória do Porto
------
Braga 56
benfica 56
Porto 50
25ª jornada
Naval - benfica - Empate
Braga - Guimarães - Vitória do Braga
Porto - Maritimo - Vitória do Porto
------
Braga 59
benfica 57
Porto 53
26ª jornada
benfica - Sporting - Derrota do benfica
Leiria - Braga - Empate
Rio Ave - porto - Vitória do Porto
------
Braga 60
benfica 57
Porto 56
27ª jornada
Académica - benfica - Empate
Braga - Leixões - Vitória do Braga
Porto - Guimarães - Vitória do Porto
------
Braga 63
Porto 59
benfica 58
28ª jornada
benfica - Olhanense - Vitória do benfica
Naval - Braga - Empate
Setúbal - Porto - Vitória do Porto
------
Braga 64
Porto 62
benfica 61
29ª jornada
Porto - benfica - Vitória do Porto
Braga - p. ferreira - Vitória do Braga
------
Braga 67
Porto 65
benfica 61
30ª jornada
benfica - Rio Ave - Vitória do benfica
Nacional - Braga - Empate
Leiria - Porto - Vitória do Porto
------
Porto 68
Braga 68
benfica 64
É difícil? É. É muito difícil? É. É mesmo muito muito difícil? É sim senhor. É impossível? Nem pensar.
Miguel,por amor de Deus,acreditas mesmo no que escreveste??????
Achas que era agora que o benfica ia ficar 5 jogos consecutivos sem ganhar,que o Braga perdia pontos quando convinha e,ao mesmo tempo,o Porto ganhava os jogos todos até ao fim do campeonato??
Acreditas no pai natal também?
Mesmo que o benfica tenha alguma quebra,haverá sempre "alguma coisa" ou "alguém" a ajudar.O andor não está a dormir...
Desculpa se fui demasiado agressiva,de facto,matemáticamente é possível,mas na prática,não passa de um desejo utópico.
Desce à terra caro Dragão
Quanto ao post,vamos ter fé no Baía e em mais uns quantos que lá andam,há sempre alguém que fica...
Bem apanhado este post que mostra uma evidência importante e com que o FC Porto sempre contou.
A presença do Nuno é algo ainda importante, também do Bruno, ontem vi-o a ser realmente Capitão, com raiva.
O Porto tem de contar com esse aspecto e inflectir na política de contratações ao quilo e apostar também na prata da casa mantendo alguns que podem passar essa mística e até nem que seja preciso levar o Baía ao balneário.
Por falar nisso, será que ele est´a ser bem aproveitado pelo Clube???
Quanto ao comentário do Miguel, achei-o também excelente.
Nunca se diga nunca... Fica um exercício interessante que todos fazemos por certo nos nossos sonhos.
É utópico? pois é mas... sonhar não custa dinheiro.
Acredito no que escrevi, foi mesmo por isso que escrevi, e também para ver a vossa opinião. Agradeço-te a tua. No entanto, serviu aquela exposição do calendário também para mostrar que, sendo o título quase impossível, chegar ao segundo lugar e consequente posto na Champions League é um objectivo plausível (bem sei que ser segundo é, para nós, ser o primeiro dos últimos, mas a importância da CL é enorme).
Contudo, a questão do campeonato nem sequer é assim tão decisiva. Desde que somos a força superior que somos, a média tem sido mais ou menos esta: 3 ou 4 anos de supremacia, 1 de "recuperação". O exemplo mais evidente disto é a época de 2004/2005, que se seguiu ao período do Mourinho. Não vencemos o campeonato, fizemos uma época deplorável em termos exibicionais (se bem que, mesmo aqui, tenhamos levantado 2 taças, uma delas internacional), mas lançamos uma parte da base de um novo plantel que nos deu quatro campeonatos seguidos (Quaresma, Meireles, Pepe), o que se complementou no ano seguinte, com Adriaanse (Lucho, Lisandro, Assunção, Bruno Alves, Helton). Em 2003/2004 arrasámos a Europa. Dois anos depois, tínhamos um onze completamente novo, com qualidade equiparável, fomos campeões e não foi só uma vez. Foram 4.
E depois, em cinco competições que podíamos vencer este ano, uma já está (Supertaça), outra está a caminho (Taça, sem desprimor para os clubes ainda em competição), outra TEMOS que vencer (contra o benfica), o campeonato é o que se sabe e chegámos aos oitavos-de-final da prova europeia que disputámos. Vencer 3 títulos em 5 possíveis, arrecadando quase 20 milhões de euros da participação europeia, pode ser considerado uma época falhada? Em termos puramente numerais, em termos de objectivos líquidos, pode? Não creio... Quem dera a muitos poder ganhar metade disto, ou até menos.
O que preocupa, de facto, o que me preocupa a mim e a muitos outros portistas, como se pode ver, é a quebra na identidade que se vem verificando de há alguns anos para cá. De facto, quem se habituou a ter plantéis e onzes de luxo, que praticavam futebol tão fluído como eficaz, sobretudo nos anos 90, fica triste quando compara isso com a equipa actual. Fica triste quando vê que dantes o Porto fazia 10 contratações, acertava em 7 e falhava 3. Hoje em dia, sobretudo nos defesos de 2007, 2008 e 2009, os números são bastante diferentes: acertamos 3 e erramos 7. Esta preocupação já não é de agora. A preocupação com os Marianos, Guaríns, Valeris, Tomáses Costas, Farías, Benítezes, Predigers e afins não surgiu apenas este ano. O Porto desbaratou jogadores de grande qualidade nesse mesmo período (Ibson, Bolatti, Paulo Machado, Leandro, Kazmierczak, Vieirinha, Edson, só para mencionar os mais evidentes). É necessário . Era bom também perceber qual é que é a quota de responsabilidade da SAD, por um lado, e da equipa técnica, na pessoa do Jesualdo, por outro (foi a SAD que os comprou e Jesualdo aceitou? Foi Jesualdo que indicou e a SAD aceitou comprar? Foram ambos a apontar, erradamente, para a mesma direcção?) O ciclo de Jesualdo terminou, quanto mais não seja pelo desgaste e erosão que (também não começou agora) a figura de Jesualdo vem tendo. Basta de Jesualdo, queremos uma cara nova, ou um homem com pulso firme e conhecimentos avançados (estrangeiro, provavelmente) ou um técnico com futuro, mas de qualidade comprovada (há vários portugueses que se inserem nesta categoria). A formação do próximo plantel é muito importante. É preciso recuperar o tempo perdido e lançar as bases do futuro Porto. Confio na direcção para isso, e como confio na direcção confio na sua escolha para a equipa técnica, por isso confio também na futura equipa técnica. De resto, Jesualdo deu-nos alegrias, soube integrar jogadores que foram campeões no ano passado (Hulk, Cissokho, Fernando, Rolando, Rodríguez), soube tirar rendimento máximo a outros e venceu connosco. Estamos-lhe gratos, e ele estará grato ao clube. Avance-se, e vença-se, o quanto mais cedo possível. Temos meio plantel de grande qualidade. Se lhe dermos sangue azul (Castro e Ukra, pelo menos) e trouxermos pelo menos uma real mais-valia e complementarmos tudo isto com um banco e umas reservas de qualidade mínima e, de preferência, baratos e portugueses, não vejo porque não havemos de ganhar já no ano que se segue. Porque a estrutura ainda funciona. Porque o Porto ainda é Porto. Só precisou de respirar durante um ano, como quem vence tudo durante 4 anos e precisa de um ano para recuperar o fôlego e ganhar nos 4 que se seguem.
Muito oportuno este artigo. É exactamente isto que não tem nada a ver com o treinador.
Tem a palavra a SAD. Quem tiver dúvidas, que peça à SAD que se explique.
Se não temos dinheiro para comprar o Ronaldo, o Messi, o Drogba, Ricardo Carvalho, o Lucho, o Eto, o Kaka, o Iniesta, só lá vamos com GARRA. MUITA GARRA! Jogadores à PORTO que saibam e sintam o que significa vestir aquela camisola.
Realmente, pondo as coisas nesses termos, é difícil arranjar argumentos, mas para dar o benefício da dúvida à SAD, registe-se a existência de um projecto de formação activo (ainda que até agora não tenha dado muitos frutos activos no plantel sénior do FC Porto, e o facto de que ultimamente as contratações também têm passado pelo mercado nacional (Ruben Micael, Orlando Sá, Miguel Lopes).
Diz Wenger, mestre da formação, que prefere ter os melhores jogadores, independentemente da sua origem, do que estar "preso" por quotas de jogadores formados localmente.
Até que ponto os gestores do plantel têm de equilibrar a necessidade de qualidade com a necessidade de identidade?
Este "post" explica quase tudo.
Baía serviu a PdC como o Rui Costa serviu o LFV. Espero apenas que o grande Baía não seja uma marioneta na mão de alguns e que se assuma como o Homem que irá mudar o FCP para melhor.
Nesta entrevista o Baía demonstra (de forma elegante) estar em desacordo com a SAD no q diz respeito à política de contratações.
Tal como o M Teixeira espero q venha a demonstrar carácter e vontade própria, não se deixando utilizar pelos restantes dirigentes como uma "bandeira" sem responsabilidades ou qualquer poder de decisão ou influência no q verdadeiramente interessa.
Eu concordo imenso com ele, já por diversas vezes abordei esse assunto. A % cada vez mais baixa de jogadores da casa no plantel, a % cada vez mais alta de jogadores estrangeiros e a muito alta rotatividade do plantel (bem exemplificada pelos exemplos do J Correia) levam não só a uma maior dificuldade na criação de rotinas como a um plantel q cada vez menos sente verdadeiramente o clube.
Sem dúvida que, como diz o Wenger, o mais importante é a qualidade do plantel. Mas nós não temos o dinheiro q ele tem e cada contratação de um Prediger é dinheiro q faz muita falta em outro lado; e não deixa de ser inegável q o "comer a relva" tem uma certa correlação com a origem dos jogadores, podendo fazer a diferença em certos jogos.
Os jogadores da casa devem ser bem tratados. E têm sido. Não conheço quem tenha recusado representar equipas de outros países para integrar projecto$ mais interessantes. Aconteceu com Futre, Rui Barros, Fernando Couto, Sérgio Conceição, Vítor Baia, Domingos, Jorge Andrade, Paulo Ferreira, Ricardo Carvalho, Postiga, Bosingwa, Maniche, Nuno Valente, Costinha, Nuno, Quaresma e etc.
Com o devido respeito este comentário do VB peca por ser parcial. Então o Vítor Baia não "exigiu" sair para o Barcelona ? E quando foi resgatado não exigiu ao FCP o mais alto salário praticado na Liga portuguesa ?
E Domingos que foi caçado quando viajava para Lisboa para assinar pelo SCP, depois de se ter desvinculado do Tenerife, não foi em nome do passado ( e dessa identidade) que o fomos recuperar ?
O Cissokho tinha feito meia dúzia de jogos e já sonhava em sair. E o Lisandro foi empurrado ou foi a SAD que foi obrigada a vender porque o atleta não queria ficar ?
E o Bruno Alves porque anda irritado ? Será porque a SAD lhe aumentou o salário para lhe fazer a vontade de continuar no FCP ?
O VB foi demagogo. Os clubes estão reféns dos jogadores. Se são bons depressa têm mercado e querem sair. Andersson é um exemplo e que levou ao esfriamento da relação com Jorge Mendes. Até aos miúdos já é preciso ponderar clausulas de rescisão altíssimas para evitar a saída prematura. Se os jogadores são medíocres ou suficientes não têm mercado e resta o empréstimo e aguentar os custos até que o contrato expire.
Se acrescermos a esta vontade de sair dos jogadores mais valiosos para ligas mais atraentes o facto da qualidade das nossas camadas jovens andar pelas ruas da amargura, encontramos também aí um menor recurso ao produto nacional.
Apesar disso, este ano fomos contratar : Falcão, Prediger, Beluschi, Álvaro, Varela, Miguel Lopes, Orlando Sá, Beto e regressou Nuno André Coelho. Maioria portuguesa. Ontem jogámos com Beto, Miguel Lopes, Rolando, Bruno Alves, Meireles, Ruben e Varela : sete de nacionalidade portuguesa. Não é por aí que falta a identidade.
Onde andou a identidade do FCP após o penta ? O JM foi o mestre da reconstrução. A identidade voltou. A SAD tem cometido muitos erros, mas não lhe pode ser assacado que é indiferente aos que são da Casa, pelo contrário O futebol mudou e as velhas fórmulas raramente serão exequíveis, como em qualquer outra actividade, principalmente nos países com pequeno mercado.
M. Faria disse: "A SAD tem cometido muitos erros, mas não lhe pode ser assacado que é indiferente aos que são da Casa, pelo contrário"
?? Importas-te de repetir?
A evidência é q a SAD (e treinador) é de facto indiferente aos q são da casa, para não dizer mesmo algo hostil (no q diz respeito aos jovens; o mesmo não é verdade no q diz respeito aos "estabelecidos").
No q diz respeito a titulares (a nível de salários, etc) B Alves tem sido melhor tratado do q foi um Lucho ou um Lisandro? Não vejo diferenças, penso q têm sido tratados de igual forma (o q não me parece mal, mas corresponde de facto a um tratamento indiferenciado).
No q diz respeito a decisões na formação do plantel, entre ir buscar um jogador ao estrangeiro com "potencial" (mas com um CV muito modesto) e aproveitar um jogador da casa com "potencial", está mais do q visto q a predilecção vai pela 1a hipótese.
"O VB foi demagogo. Os clubes estão reféns dos jogadores. Se são bons depressa têm mercado e querem sair. "
Infelizmente é verdade, clubes como o FC Porto que viviam essencialmente da formação e de incutirem um espirito muito próprio estão desarmados contra a vontade dos jogadores. Baías, F. Coutos, Decos, Pepes e companhia, todos eles sao exemplos perfeitos de jogadores que utilizaram o clube como trampolim para altos voos, mesmo tendo chegado à equipa muito novos (sendo ou nao da casa). Já nao se fala só de casos como o do Lisandro ou do Zahovic, que foram claramente portistas quando lhes convinha.
No entanto uma coisa o Baía tem razão. Quando tens uma estrutura forte, apostada na formação e no espirito de grupo, a equipa pode permitir-se que um ou dois desses jogadores por ano tenha essa mesma postura. Porque o colectivo é forte, tem uma raíz caseira e está em constante renovaçao. Quando o F. Couto exigiu sair, já o Jorge Costa tinha a "biblia azul". O mesmo passou depois com o Jorge Andrade e o Ricardo Carvalho, do Paulinho Santos e o Costinha, do Sergio Conceiçao e o Capucho...Foram casos de transições tranquilas.
O problema é que há uma larga década que isso não se verifica. O Meireles foi contratado pelo Mourinho para suceder ao Maniche a médio prazo. O Pepe para suceder ao Costinha. O Bosingwa para o P. Ferreira e assim sucessivamente. Estava a seguir a filosofia do clube. Mas com a politica da SAD em destroçar a equipa com selo do Mourinho (nunca irei perceber uma venda como a do Pedro Mendes ou do Nuno Valente quando nao havia alternativas) tudo se desmoronou. O Mourinho nao era propriamente um técnico amigo da cantera - nunca o foi. Mas tinha olho para contratar jogadores jovens de outros clubes e incutir-lhes a filosofia azul. Hoje isso nao se faz. O Nuno, o Pedro Emanuel, o Meireles, o Pepe, todos esses vieram de outros clubes. Todos esses sao hoje catalogados como "jogadores à Porto".
Nao é preciso ir ao Olival para encontrar jogadores à Porto. Essa mentalidade está no balneário e tanto serve para os Castro, Ukra, Sergios Oliveiras, como serviu para os Meireles, Decos, Pepes ou Jorge Andrades do passado. Sempre fui contra esse malabarismo mediático de que mais vale da casa certo, que de fora por desconfiar. E não é por aí que devemos ir. Há jogadores com potencial em Portugal, devemos simplesmente fazer o que sempre fizemos. Escolher os melhores e montar um colectivo. À Porto!
um abraço
100% de acordo com o Miguel Pereira.
hmocc...
aí é que pôs o dedo na ferida: é que os jogadores vêm de todos os lados, mas o treinador fica e é sempre o mesmo. quer se fique em 3º ou 5º ou 1º...
Concordo em parte com o teor deste post, mas só até ao ponto em que tenta ilibar o treinador actual do que é indesculpavel:
com jogadores de casa ou de fora, este insiste no "modelo" esgotado e limitadissimo que temos vindo a asistir, de colocar a equipa a jogar sem posse de bola e em pressão baixa ou inesistente, assente em tentativas de transições rápidas (vulgo contra-ataque), despindo por essa via a equipa de um factor essencial ao FCP que sempre conhecemos, que é o de jogar de igual para igual em qualquer lado, sem medos nem contemplações.
Penso que isto é um facto incontornavel e que nos (longos) tempos de Jesualdo passou a ser a excepção quando deveria ser a regra! Contam-se pelos dedos das mãos (talvez uma chegue) aqueles jogos ao longos dos últimos 4 anos em que pudemos chegar ao fim e dizer "isto sim é um jogo á porto!"
Enviar um comentário