sábado, 31 de janeiro de 2015

O especialista… em penáltis

Jackson, Jackson, Jackson, …, Jackson, Danilo, Quaresma, Josué, Maicon, Fernando, Jackson, Jackson, Quintero, Brahimi, Jackson, Jackson, …

Nos últimos anos, foram tantas as grandes penalidades falhadas por diferentes jogadores do FC Porto, que até lhe perdi a conta.

Ora, num clube em que a marcação de penáltis se transformou num problema, é impressionante ver a calma e a eficácia de Evandro na execução deste tipo de lances.

Evandro na marcação de um penálti (FC Porto x Académica)
Até parece simples…

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

"mainde gaimes" a la Jesus

Hoje, no JN, Jesus, referindo-se à recente derrota e desvalorizando os seus efeitos, diz que, apesar de tudo, "os outros é que têm que olhar para trás". Não nos deixemos iludir e continuemos a olhar para a frente...
   

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

O outro avançado já cá estava


O JOGO, 23-01-2015

Em 123 minutos ao serviço da equipa principal – 31 no Campeonato e 92 na Taça da Liga –, distribuídos por três jogos (SC Braga x FC Porto, Marítimo x FC Porto e FC Porto x Académica), Gonçalo Paciência marcou 1 golo e conquistou 2 grandes penalidades. Além disso, fruto da sua movimentação, sofreu várias faltas que deram origem a uma expulsão e, se Cosme Machado não tivesse diferentes critérios disciplinares, consoante os jogadores eram do FC Porto ou do SC Braga, deveriam ter dado origem à mostragem de mais dois cartões vermelhos (2º cartão amarelo).

Gonçalo Paciência no FC Porto x Académica (Taça da Liga)

Entretanto, deixou de se falar na necessidade urgente da SAD ir ao mercado contratar outro avançado, devido à lesão de Adrián López.

Estes 123 minutos, do menino que está no FC Porto desde os 6 anos, devem ter convencido alguém…

Mais um “artista” da AF Lisboa

Tiago Martins e os seus auxiliares

No dia 16 de Dezembro passado, o Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, liderado pelo lisboeta Vítor Pereira, anunciou que o lisboeta Tiago Martins é o substituto de Olegário Benquerença (atingiu o limite de idade) na lista de nove árbitros internacionais portugueses.

Na senda de outros “artistas” da AF Lisboa, como Duarte Gomes ou João Capela, digam lá se este jovem árbitro, de 34 anos, não tem um grande futuro à sua frente?

FC Porto x Académica, Tribunal de O JOGO

Depois do que se viu ontem…


P.S. Há cerca de 10 meses atrás, a propósito de um Feirense x FC Porto B, eu já tinha chamado à atenção para o futuro promissor deste Tiago Martins.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Desalento e dúvida


Quando a coisa corre mal (o que tem sido recorrente para uma equipa que quer ser campeã) é natural que se façam críticas a tudo o que mexe e o seu contrário. Os adeptos têm o direito e o dever de ser exigentes e de assumir o seu descontentamento. Com inteligência e contenção, de preferência. Estrutura, equipa técnica e jogadores são pagos a preço de ouro. Devem cumprir as suas obrigações de forma diligente e competente. Normalmente, é o treinador que paga a fava: despede-se o mister e a esperança renasce como a fénix, como se a equipa libertada do obsesso se revigorasse automaticamente ao ponto do pessoal se convencer facilmente que com um bom treinador a melhoria é imediata e que com algumas mudanças a próxima época vais ser de desforra (com juros) pelas "humilhações" sofridas.


Não aconteceu no FCP, apesar do terramoto que a vinda de Lopetegui provocou. O plantel foi reformulado com a entrada de gente nova. Uma revolução. A meio da época podemos fazer um balanço do que aconteceu até agora. Não estamos melhore do que a época passada nas provas caseiras, na CL atingimos dois objetivos importantes ao passarmos o play-off e ao atingirmos os oitavos. E não só isso: mais prestígio e €uros. Mas, a fasquia foi colocada muita alta e o último tombo deixou pisaduras que se juntaram a algumas nódoas de batalhas anteriores. Sempre me pareceu que Jullen era o homem certo no lugar certo. Acho-o um homem inteligente e, aos que julgo assim, tendo a dar o benefício da dúvida. Por isso, continuo a considerar que será um erro não terminar a época em paz e sem assobiadelas a mais, se for possível. Depois, deverá ser julgado por quem de direito sobre a forma como exerceu o seu mandato. Pela minha parte, ainda não desisti de  confiar nas suas capacidades.

















Das entradas de jogadores na presente época, considero que o falhanço maior foi na aquisição de Ádrian Lopez: tanto dinheiro para tão pouca serventia. Mas, houve outras lacunas: não nos reforçámos com um guarde redes de topo, nem com um número 6 de qualidade. Tirando isso, considero o plantel razoável e com soluções de qualidade. Tem potencial para mais e melhor, apesar de nesta fase do campeonato, me parecer que falta explosão, velocidade, intensidade a agressividade ao jogo do FCP. Talvez por isso, a nossa equipa raramente ganha vantagem nos "corredores" e centra com conta, peso e medida ou tem presença na área para provocar o perigo e o pânico na defesa adversária e provocar desequilíbrios e instabilidade táctica. Ontem, no golo sofrido, os jogadores do FCP perderam os duelos individuais (Martinez, Indi e Maicon), enquanto outros assistiram a todo o desenvolvimento da transição sem capacidade de reacção. Recordo que o central do Marítimo, antes de lançar o ala que centrou para área, onde estava Maazou que venceu na raça, correu uns bons metros sem ser incomodado. Depois, faltou-nos capacidade para montar um ataque vigoroso e continuado para virar o resultado. Tivemos oportunidades de golo, mas não foram assim tantas. A equipa parece enredada (e acomodada) ao sistema de ter bola, como se isso bastasse para chegar ao golo. Os primeiros 20 minutos foram interessantes, porque a bola rodou e reagimos sempre bem à sua perda. Mas ficou-se por aí e  o FCP saturou-se da repetição do ritmo baixo; o adversário, após a adaptação, ficou mais tranquilo e seguro. Não chega em muitos jogos, este passar e repassar sem substância. Termos que nos libertar do bonito e aceder à velocidade e à luta. Pusemos toda a carne no assador, mas não houve jeito nem raiva suficientes. Mas, não é de admirar: Tello não só não é agressivo como tem medo da sombra; Quintero que poderia ser muito útil no jogo interior (com uma missão muito idêntica ao que James cumpria) foi zero. Quintero parece um jogador incapaz de cumprir uma missão e de interagir com os colegas. Os laterais e alas foram quase sempre inconsequentes e os centros raramente saíram a preceito. Apesar de tudo, a derrota foi uma injustiça brutal e poderíamos ter chegado ao golo: pelo menos uma oportunidade de baliza aberta, outra ao poste e mais uma que bateu na cabeça de um defesa quase por acaso. Mas, quem não marca, não ganha. Martinez não fez um jogo de encher o olho, recuou muito para receber a bola e fazer jogar, mas raramente esse espaço foi ocupado por um outro avançado e poucas vezes entrámos na área adversária pela zona central.

Quando os nossos jogadores se exibem ao nível do seu melhor a equipa do FCP é capaz de atingir um excelente rendimento. O que acontece é que este plantel é servido por muitos elementos com prestações demasiado irregulares e por isso, confesso que assisto aos jogos sempre com o credo na boca. Não sei onde está o nó górdio, mas que existe, existe e não notei que tivesse sido identificado. 

Acho que o FCP deveria ter estado mais activo na abertura do mercado, quer para colmatar as saídas de dois atletas para o CAN, quer para a posição 6, quer para colocar alguns excedentários que carecem de evoluir numa primeira liga com regularidade. Não sei, se nesta fase do campeonato, ainda vamos a tempo de recompor um pouco o plantel.

Terei toda a paciência para acolher os desaires e ultrapassarei a azia. Porém, com o SLB na frente de forma consistente, o SCP a morde-nos os calcanhares e o VSG e o SCB por perto, estamos obrigados a uma atenção e rigor acrescidos. Chegar ao segundo lugar e aos quartos da CL são os alvos possíveis. Tal objectivo deve ser cumprido com consistência: não salvará a época, mas mitigará os danos e renovará a esperança.
Portanto, vamos a isso!

Nota: este artigo foi escrito antes do jogo do SLB.
   

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

A pouca vergonha do SL Paixão

Capa de O JOGO de 27-01-2015

«Num jogo com muito que analisar em termos de arbitragem (…)
Centro de Jonas, a bola bate na mão de Ricardo e Bruno Paixão assinala penálti. Este é o relato fiel. (…)
Chegou, então, o momento que decidiu o jogo. Abordagem displicente de Eliseu e penalti inequívoco sobre Hurtado, lançado minutos antes pelo Paços de Ferreira. Bruno Paixão hesitou segundos confrangedores, quando todos pareciam ter visto. Olhou na direção contrária ao lance (Manuel Mota, o quarto árbitro, ou o assistente?) e então apitou. Sérgio Oliveira marcou o golo que decidiu o jogo e manteve acesa a disputa pelo campeonato.
Ainda sobre o árbitro, uma última nota: medíocre como quase sempre. Dúvidas em dois lances com Cícero na área encarnada e o tom repetitivo de apitos que todos percebem ser de alguém com pouca mão no jogo. A Liga e um jogo tão vivo como este mereciam melhor.»


«Hurtado passou, correu, Sérgio devolveu a bola, ela chegou ao peruano e o lateral do Benfica esticou a perna. Estava na beira da grande área e acabou por rasteirar o avançado do Paços. De início não se ouviu apito — até ao auxiliar avisar Bruno Paixão e o árbitro, aí sim, soprar no apito. Era penálti.»


Bruno Paixão em acção: take 1 (fonte: Record)

Bruno Paixão em acção: take 2 (fonte: Record)

«A indicação do penálti que decidiu a partida terá sido dada pelo 4.º árbitro, Manuel Mota que, curiosamente, estava mais longe do lance do que Bruno Paixão e o seu auxiliar, Rodrigo Pereira.
O juiz hesitou após a falta de Eliseu e olhou para o seu assistente. Bruno Paixão só marcou a infração quando recebeu a indicação de Manuel Mota. Esta situação acabou por ser analisada por Jesus. “Não sei quem deu a indicação. O árbitro auxiliar do lado da bola não deu, o árbitro também não, e, passado alguns segundos, há a confirmação de que é penálti”.»
in record.pt


Jorge Maia, O JOGO, 27-01-2015

Não há muito a dizer sobre a escandaleira do FC Paços Ferreira x SL Paixão de ontem à noite. As decisões, as hesitações, as imagens, os FACTOS falam por si.

Ontem, em Paços de Ferreira, apesar da derrota do clube do regime, assistiu-se a um novo episódio do campeonato mais fraudulento dos últimos 30 anos (pelo menos).

E, perante a fraude, perante a falsificação de resultados, perante a instituição da mentira desportiva, o chefe dos árbitros, o senhor Vítor Pereira, continua como se nada fosse, sem dizer uma palavra.


"Apetecia-me mas não vou falar da arbitragem [de Bruno Paixão]"
Paulo Fonseca, 26-01-2015


P.S. Os intermináveis minutos de desconto dados por Bruno Calabote… perdão, por Bruno Paixão, após o Paços Ferreira ter marcado ao minuto 89…


segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

SMS do dia

Paulo Fonseca expulso por Bruno Paixão enquanto é segurado por Manuel Mota (fonte: LUSA)

O maldito Paulo Fonseca já fez mais pelo FC Porto este ano do que o amigo Julen Lopetegui. Ganhar ao Benfica! As ironias da vida são tramadas.

Sete longos meses sem fins-de-semana



Agora que, salvo algo de monstruoso que ninguém acredita que possa suceder, tudo ficou resolvido, vão ser sete longos meses (até ao início da próxima época) em que, jogos mesmo a sério, só iremos ter dois (ok, quatro se eliminarmos o Basileia e partindo do princípio que temos realmente equipa para discutir uns quartos-de-final de Liga dos Campeões).
Se quisermos ser bondosos, poderemos acrescentar uma eventual final da taça da Liga (a tal que ninguém gostava) a esta pequena lista de jogos minimamente interessantes até ao final de Agosto.
Muito argumentarão que, dada a nossa inacreditável vantagem de apenas um ponto em relação ao scp, os jogos continuarão todos a ser a sério até final. Bem, falar em lutas pelo segundo-lugar soa até ofensivo para um clube com o nosso palmarés nos últimos 30 anos. Por muito aborrecido que seja ter que jogar uma pré-eliminatória para aceder à "Champions", a grande verdade é que ficar em segundo ou terceiro não aquece nem arrefece ninguém.
Na verdade, podemos até evitar falar em "travessias do deserto" mas de uma seca monumental já ninguém nos livra. De repente, nos próximos fins-de-semana, as ligas estrangeiras tornar-se-ão ainda mais cativantes e até as outras modalidades terão um renovado interesse aos nossos olhos.
O mais penoso nisto tudo é que diferença futebolística está longe de estar reflectida nestes largos pontos que nos separam do nosso rival. Habitualmente, tamanho "buraco" traduz uma série de insuficiências de um dos lados, algo que está longe de ser verdade na presente época. Tirando os fanatismos habituais, este slb parece inferior às recentes versões passadas.
Por isso mesmo, não é tarefa fácil explicar estes últimos acontecimentos. Tendo a presente temporada como ponto inicial de análise, existirão obviamente vários erros próprios mas nenhum com tamanho suficiente para que alguém possa acreditar, com toda a convicção, que tudo poderia ter sido diferente.
Mas vamos lá a esses "pormenores" que, não tendo sido decisivos, foram erros que nos deverão servir de lição:
Ghilas é melhor que Adrián, ponto. O primeiro deveria ter ficado e o segundo não deveria ter sido adquirido em mais uma das nossas "confusas" contas com o Atlético Madrid.
Tozé, se é que a equipa B realmente serve para algo, teria também lugar neste plantel. Não existe esse abismo, como muitos acreditam, em relação a Óliver. No fundo, é tudo uma questão de apostas. O espanhol, mesmo vindo emprestado, é aposta assumida desde a primeira hora, já o português foi sempre olhado de lado. E é nesta falta de confiança que muitos se perdem.
Já a saída de Josué, embora num patamar mais debatível, deixou também dúvidas. E deixemos, por agora, a eterna questão-Kelvin para outras núpcias.
Mas, tendo assim o plantel sido escolhido, haveria melhor "11" que aquele habitualmente colocado em campo, excessivas rotações à parte?
Bem, se olharmos com cuidado para os quase 11 meses de titularidade de Fabiano, quantos pontos ou vitórias lhe devemos? Certo que, não havendo Hélton por largos meses, as alternativas eram praticamente nulas. Mas, e agora com o capitão de regresso e em grande forma? Que desculpa pode haver? Que motivação terá, daqui em diante, um jogador a quem for dada uma "oportunidade" na taça da Liga, sabendo ele que nem uma exibição de qualidade máxima lhe abrirá as portas da equipa principal?
Já quanto a Alex Sandro, há mais de ano e meio que joga metade daquilo que rendia quando alcançou a titularidade. Danilo, que até começou bem, parece de regresso ao seu habitual modo de "não te rales muito", que ele sempre acciona quando os resultados deixam de aparecer. 
Mas, lá está, com Ricardo e José Ángel teríamos agora mais pontos? Nenhumas garantias de tal, se quisermos ser absolutamente honestos. 
E quanto ao resto? Bem, Maicon continua a ser Maicon, como aquela oportunidade desperdiçada logo nos minutos iniciais no Funchal nos relembrou. O nosso adversário directo não falharia aquela oportunidade madrugadora para ficar logo em (decisiva) vantagem.
De resto, confirma-se que Casemiro e Tello são úteis mas nada do outro mundo, como a qualidade dos seus clubes de origem poderia fazer crer. Pelo menos, ainda estão num patamar inferior àquele onde se situam Jackson, Brahimi e até mesmo Quaresma. E é este patamar que se exige a quem quer ser titular de longa duração num clube como o nosso.
Por fim, e basta olhar para o seu rosto, Quintero passou de jovem alegre e cheio de potencial para alguém a quem as mordaças tácticas transformaram num jogador apavorado pelo receio de falhar. Bem escondido continua ele pelas extremidades do campo, e isto quando joga. Quem ficou a ganhar com esta sua "domesticação"? Pois, ninguém ao certo saberá responder.
Mas estaria o FCP a discutir, ombro-a-ombro, o primeiro lugar se o atrás descrito tivesse acontecido de outra forma? Provavelmente não, e é isto que mais assusta: do ponto em que se iniciou a presente temporada, não se vislumbra grandes alternativas para um futuro diferente. Isto porque, sem "fundos", os empréstimos vindos dos "grandes" europeus tenderão a aumentar ainda mais e, em termos de liderança, como se tem visto, é cada vez mais difícil arranjar melhor.
Poderemos, então, melhorar em quê, durante estes penosos meses que se avizinham? A nossa obsessão pela posse de bola, ao contrário do que se apregoa, soa a excessiva. Reparemos que o nosso rival abriu o marcador em dois lances de futebol directo nas suas duas últimas saídas (Penafiel e Marítimo). Já nós, nem no último segundo contra um Marítimo, com tudo praticamente perdido, o nosso guarda-redes foi autorizado a avançar para a área contrária, num lance de bola parada.
Na liga portuguesa, exagerar na posse e num futebol "rendilhado", especialmente fora de portas, pode ser contra-produtivo. É uma lição que levamos desta temporada. As nossas habituais e tão elogiadas estatísticas, ao invés de serem motivo para orgulho, podem muito bem ser a mais clara expressão do nosso falhanço. Isto porque as nossas oportunidades reais de golo são em número vergonhoso para tamanho "controlo" das partidas. E o inverso sucede com praticamente todos os adversários que encontramos pela frente: por menos oportunidades que tenham, conseguem sempre criar perigo.
Por último, o factor-sorte. Todos sabemos que esta se conquista e dará mesmo muito trabalho alcançá-la, mas temos que honestamente reconhecer que a sorte, em 2014/15, nada quer connosco. Não que, alguma vez, se a deva usar como principal desculpa.

domingo, 25 de janeiro de 2015

100% culpa própria

Lopetegui no final do Marítimo x FC Porto

Hoje, no Funchal, jogando os últimos 15 minutos em superioridade numérica, o FC Porto perdeu com o Marítimo (1-0) e foi incapaz de sequer marcar UM golo a uma equipa banal que, há apenas uma semana atrás, perdeu 0-4 com o SL Benfica no mesmo estádio.

E, desta vez, nem sequer há a desculpa da arbitragem.

Hoje, a equipa do FC Porto teve 10 cantos a seu favor e N livres perto da área do Marítimo mas, mais uma vez, veio ao de cima a enorme incapacidade desta equipa nos lances de bola parada.

Hoje, a equipa azul-e-branca fez mais de duas dezenas de remates, mas quantos foram enquadrados com a baliza? Quantos foram remates dignos desse nome?
Em termos de remates, o que mais se viu foram pontapés disparatados ou remates à figura do guarda-redes do Marítimo, alguns dos quais mais pareciam passes.

Justificar a incapacidade da equipa nas bolas paradas e toda esta ineficácia com o "azar", com o estado do relvado ou dizendo que isto é futebol, parece-me francamente curto.

O "azar", este tipo de "azar", resolve-se com competência, do treinador e dos jogadores.

E, por falar em competência, o que dizer de uma dupla de defesas centrais, que permite ao "poderoso" ataque do Marítimo marcar um golo (na única oportunidade criada), após dois toques na área portista? Aliás, em vez de dar a entender que a derrota do FC Porto se deveu ao aleatório do futebol, talvez fosse melhor Lopetegui rever o posicionamento e a movimentação de toda a defesa portista no lance do golo do Marítimo.

E, por falar em competência, Tello voltou a falhar um golo cantado, num lance em que estava completamente isolado. Depois de Alvalade e de Braga (para a Taça da Liga) esta foi a terceira vez que Tello falhou uma oportunidade flagrante que, a ser concretizada, poderia ter ajudado o FC Porto a ganhar três jogos que empatou ou perdeu.
Não acredito que o Barça queira Tello de volta mas, se assim for, este Tello, o Tello que temos visto no FC Porto, não irá deixar saudades.

Previsivelmente, o FC Porto irá ficar a 9 pontos do SL Benfica (que, na prática, serão 10). A confirmar-se tamanha distância do 1º lugar, isso significa que, pelo segundo ano consecutivo, o FC Porto diz adeus ao título a meio do campeonato. Não há palavras...

Uma delas eu já tinha a certeza

Disse Pedro Proença: "Sou do Benfica, heterossexual e de esquerda". Vi provas de uma delas. Quanto às outras, não sei...

sábado, 24 de janeiro de 2015

Da “estrumeira de porcos” ao “campo lavrado”

«… a verdadeira Gala dos 100 anos da FPF aconteceu três dias depois, em Penafiel. Aí, num jogo de futebol profissional da 1ª Liga do campeonato português, o Penafiel recebeu o FC Porto numa espécie de estrumeira de porcos, com algumas ervas à mistura, onde era suposto disputar-se um jogo de futebol.»
Miguel Sousa Tavares, A BOLA, 20-01-2015


Hoje, no Estádio Carlos Osório, em Oliveira de Azeméis, o FC Porto B disputou um jogo de futebol profissional da II Liga numa espécie de campo lavrado.


Oliveirense x FC Porto B

Enquanto a Liga de Clubes e a FPF continuarem a permitir que se disputem jogos, de competições profissionais, em “estrumeiras de porcos”, “campos lavrados” ou “areais pintados de verde”, será completamente impossível atrair mais gente para os estádios. Nem que ofereçam os bilhetes…


P.S. Mesmo sem qualquer jogador do plantel principal e sem poder contar com os castigados Igor Lichnovsky e Francisco Ramos, os emprestados Tiago Rodrigues (emprestado ao Nacional) e Kayembe (emprestado ao Arouca), bem como, Ivo Rodrigues (lesionado) e Gonçalo Paciência (incluído nos convocados da equipa principal), o FC Porto B, apesar de ter perdido, foi melhor que a Oliveirense (atual líder da II Liga). Isto diz muito do nível desta competição.

P.S.2 Em Novembro passado chamei à atenção para ele. Ponham os olhos em Rául Gudiño. Ainda tem idade de júnior, mas já é titular indiscutível da equipa B. E, por aquilo que tenho visto, não ficaria demasiado surpreendido se, dentro de uma ou duas épocas, fosse titular da equipa principal do FC Porto.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Sim, ele está bem vivo


Quem diria que um jogo para a Taça da Liga se iria tornar num dos mais marcantes da época? Quem diria que, não uma vitória mas sim um empate, originaria festejos no regresso dos jogadores ao Dragão? Pois tudo isto aconteceu mesmo, cortesia do "trio" do Sr.Cosme.

E agora, depois deste verdadeiro vendaval de acontecimentos da última quarta-feira, o que poderá ser diferente daqui para a frente?
Por exemplo, deve Hélton assumir a titularidade de imediato? Apetece dizer que sim. Sendo verdade que Fabiano poderá ficar algo perturbado, é também certo que mais vale sair assim do "11" do que após um erro grave.
Por outro lado, e após esta grande exibição de Hélton, Fabiano sabe que estaria sempre a prazo.
Ficará, muito provavelmente, em baixo psicologicamente mas saberá também que, dados os 36 anos de Hélton, o mais certo será a titularidade regressar, mais dia menos dia. Deve é trabalhar cada vez mais e, entretanto, ir aprendendo com o mestre.
Só deve existir um único critério para se entrar no "11" titular: a qualidade. Hoje por hoje, Hélton ainda é melhor que Fabiano.

Hélton que chegou mesmo a "despedir-se" através das redes (anti) sociais no início da presente época, acaba por realizar, e após quase um ano de afastamento, uma das sua maiores exibições ao serviço do nosso clube. Quando um dia ele realmente pendurar mesmo as chuteiras, este jogo será, para muitos, aquele que virá imediatamente à memória.
Trata-se efectivamente de um jogador muito especial. A sua forma calma de estar dentro e fora de campo, será mesmo a sua maior qualidade. Aliás, por mais que nos solidarizemos com a fúria de Antero Henrique no final dos primeiros 45 minutos em Braga (poderia ser qualquer um dos nós), temos de louvar a atitude de apaziguamento por parte do nosso capitão.

Hélton e Jackson, dois capitães a liderar pelo seu próprio exemplo, nas duas mais recentes partidas. E é assim mesmo que tem que ser.

Olá Opare, adeus Opare

O defesa direito ganês Daniel Opare foi contratado pelo FC Porto no Verão. O defesa direito ganês Daniel Opare foi emprestado pelo FC Porto ao Bessiktas no Inverno. Pelo meio, o ganês Opare não disputou um só jogo pelo clube. Nem vai disputar no que resta de temporada. Mais um desses negócios dificeis de explicar mas, infelizmente para um clube que tem um curioso overbooking para quem acumula tanto passivo, recorrente.

Opare chegou a custo zero mas tanto os seus salários como comissões algo custaram ás arcas do clube. Que tivesse chegado depois de ter passado pelo Standard Liege, o clube do velho amigo Onofrio, não deve surpreender ninguém. Há seis anos atrás o lateral era uma das grandes promessas africanas. Assinou em 2008 pelo Real Madrid depois de ter despontado na selecção sub-17 ganesa. No clube espanhol cruzou-se com Julen Lopetegui mas o clube não ficou demasiado impressionado. A sua adaptação ao futebol europeu foi lenta e pouco convincente e acabou dispensado depois de dois anos no Castilla. Esse cenário só por si quer dizer pouco se tivermos em consideração todos os bons jogadores que a formação merengue dispensa de tempos a tempos. Mas com a carta na mão, Opare rumou ao Liege, uma liga acessivel e que serve muitas vezes de porta de entrada para os futebolistas africanos na Europa. Essa era a sua prova de ferro. Não se pode dizer que a tenha superado. Não encantou, não deslumbrou e foi perdendo protagonismo até mesmo na sua equipa nacional quando todos apontavam-no como o lateral direito titular para a década dos "Black Stars". Ainda assim esteve no Mundial do Brasil (jogou apenas o primeiro encontro) e poucos dias depois de abandonar o torneio assinou pelo FC Porto. Por recomendação de Lopetegui? Por insistência de Onofrio? Não creio que alguma vez o saberemos.

Opare vai agora emprestado para o Bessiktas porque na realidade encontrou-se com três cenários.
O primeiro e mais cruel de todos foi uma larga lesão que o manteve afastado da equipa. Um infortúnio sem dúvida que não o deixou provar seguramente tudo aquilo que quem o contratou pensou que iria ver nele. Mas, sem dúvida, mesmo recuperado, Opare teria tido de medir-se com um enorme Danilo - que grande, grande temporada - e um Ricardo Pereira habilmente recuperado para a posiçaõ de lateral. Tem um futuro tremendo o internacional sub-21, tanto como lateral como a jogar a extremo. Quem viu jogar Secretário e Conceição nas duas posições sabe bem do que falo. É antiga a tendência do FC Porto reconverter extremos em laterais e vice-versa.
Mas, seguramente, o grande problema de Opare no FC Porto foi que nunca devia ter sido contratado. O seu destino estava escrito mal aterrou na Invicta. A sua chegada como a de tantos jogadores de um perfil similar responde pouco a critérios desportivos. Numa posição coberta por um dos melhores do Mundo com uma jovem promessa como "understudy" (e Ricardo já tinha sido testado no passado nesse posto) que sentido faria adquirir um jogador que nem tinha condições para estar ao nivel de Danilo se este fosse vendido como, seguramente, não seria o melhor dos suplentes para Ricardo no caso deste ter de agarrar a titularidade. Opare, aos 24 anos, está na terra de ninguém, um momento complicado para a carreira de qualquer jogador. O empréstimo é uma boa opção (na equipa B há Victor Garcia que tem de crescer e jogar) mas parece-me evidente que nos próximos três anos o seu nome continuará todos os anos a fazer parte do plantel mas a sua utilidade desportiva será escassa.



Sempre comentamos que o problema do passivo só se resolve com grandes vendas mas a verdade é que são os pequenos detalhes que contam. Ter um plantel grande para uma equipa que disputa uma média de 45 jogos ao ano, muitos dos quais com um nivel de exigência médio-baixo, e que tem um passivo importante e uma equipa B e umas camadas jovens a quem recorrer parece-me um erro. E esses planteis ficam de tamanhos desproporcionados por contratações como as de Ricardo (guarda-redes), de Opare ou dos Prediguers, Kazmierkzaques, Mareques e afins do passado. É uma licção que ainda ninguém pareceu aprender. Ao jogador a melhor das sortes na Turquia, a quem dirige o clube um alerta mais, como tantos outros, que há dias em que mais vale guardar a caneta no bolso e não assinar contratos que saem mais caros do que aquilo que parece.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

H-E-L-T-O-N

A revolta de Antero Henrique perante Cosme Machado

Afinal, a Taça Cosme Damião…, perdão, a Taça da Liga serviu para algo verdadeiramente importante: revoltar e unir jogadores, treinador, dirigentes e adeptos portistas contra aquele que é o verdadeiro adversário do FC Porto nesta época – o SISTEMA ENCARNADO, suportado num lote de árbitros (in)competentes, subservientes e alinhados com o “desígnio nacional” de levar o SL Benfica ao colo até aos títulos pretendidos.

Não vale a pena falar nos muitos casos deste SC Braga x FC Porto e, muito menos, na escandalosa dualidade de critérios de Cosme Machado. Aliás, contrariamente ao pretendido, o árbitro da AF Braga acabou por prestar um favor ao FC Porto.

Em primeiro lugar, com a sua inenarrável exibição de hoje, tornou impossível ser nomeado para qualquer outro jogo do FC Porto até ao final desta época. Ora, sabendo que ainda há 17 jogos do campeonato 2014/2015 para disputar, é um alívio.

Em segundo lugar, a escandalosa arbitragem de hoje, deverá fazer com que, pelo menos nas próximas duas ou três semanas, seja um bocadinho mais difícil prejudicar o FC Porto. Parece que não, mas isto começa a dar demasiado nas vistas.

Em terceiro lugar, ao obrigar os DRAGÕES a jogarem 55 minutos com menos dois jogadores, transformou os restantes em “heróis”, pelo espirito de luta e sacrifício que demonstraram (Rúben Neves jogou os últimos 10-15 minutos a mancar!).

Helton!

Finalmente, ao inferiorizar (em número) o “exército” portista, possibilitou que o “guardião do castelo azul-e-branco” – Helton – brilhasse a grande altura, fizesse uma das melhores exibições da sua carreira e, depois da grave lesão que sofreu, mostrasse a todos que está vivo e bem vivo.

ENORME HELTON!

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Não convocados... para a Taça da Liga

Sentimos que todas as competições são importantes. Para os títulos, para a afirmação dos clubes…claro que há títulos mais importantes do que outros, e o título nacional é o mais importante em qualquer país. Há outros adversários que pensam de outra maneira, que nesta competição apostam nos juniores e na equipa B. Nós vamos fazer desta competição uma prova séria, como estamos habituados a fazer
Jorge Jesus, 20-01-2015, em declarações à Benfica TV

Ou seja, Jorge Jesus quer muito juntar mais uma Taça Lucílio Baptista… perdão, mais uma Taça da Liga ao seu currículo.

Por sua vez, o treinador do SC Braga, Sérgio Conceição, convocou todos os jogadores disponíveis da equipa principal, para a receção ao FC Porto.

Quanto a Julen Lopetegui…

Para o SC Braga x FC Porto de hoje, Lopetegui não convocou: Fabiano, Danilo, Maicon, Alex Sandro, Casemiro, Quaresma, Jackson Martínez e, naturalmente (porque estão na CAN), também Brahimi e Aboubakar.

Isto é um sinal evidente de que, para o FC Porto (e para Lopetegui), a Taça da Liga é uma “prioridade”…

Assim sendo, e olhando para os 18 convocados, o meu onze inicial seria o seguinte:

O JOGO, 20-01-2015
GR: Helton
Defesas: Ricardo, Reyes, Marcano, José Ángel
Médios: Campaña, Rúben Neves, Evandro
Avançados: Quintero, Gonçalo Paciência, Adrián López

Por exclusão de partes, os sete suplentes seriam: Andrés Fernández, Víctor García, Martins Indi, Herrera, Óliver Torres, Kayembe, Tello

E, evidentemente, jogava com este onze porque é para ganhar…

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

O decisivo minuto 44

Talisca pisa jogador adversário (transmissão do Marítimo x SL Benfica)

Ao minuto 44 do último Marítimo x SL Benfica, quando os encarnados de Lisboa venciam por apenas 1-0, Talisca teve uma entrada imprudente, de sola, cravando os pitões da sua chuteira no pé de um jogador adversário.

A BOLA (fonte: blogue Tomo II)
Para além da extrema virilidade do lance, a roçar a violência, com esta entrada Talisca impediu a saída para o ataque da equipa do Marítimo conforme, inclusivamente, é reconhecido no jornal… A BOLA!

Pesando tudo isto, a única dúvida era se este lance seria merecedor de um cartão vermelho directo ou, apenas, de um cartão amarelo, no caso, o segundo para Talisca.

Qual foi a decisão do árbitro Carlos Xistra? É fácil adivinhar…

Nem vermelho direto, nem 2º cartão amarelo. O senhor Xistra limitou-se a interromper o jogo, assinalou a falta (o que significa que viu o lance) e mandou seguir.
Para o ramalhete ser completo, eu diria que só faltou o senhor Xistra dar uma palmadinha nas costas do Talisca e aconselhar o rapaz a ter calma…

Esta decisão do senhor Xistra só pode ser classificada de uma maneira: foi mais uma ROUBALHEIRA DESCOMUNAL…, perdão, mais um pequeno lapso de um árbitro a favor do clube do regime.

O que aconteceria se os encarnados de Lisboa tivessem ficado a jogar com menos um a partir do minuto 44?

Não sabemos. Às tantas, a jogar com menos um, o SL Benfica até poderia ganhar o jogo por 8-0, mas o que a experiência demonstra é que é mais complicado jogar em inferioridade numérica.

Aliás, basta recordar como se desenrolaram três jogos dos encarnados neste campeonato – SL Benfica x Moreirense (5ª Jornada), Estoril x SL Benfica (6ª Jornada) e Penafiel x SL Benfica (15ª Jornada) – para se aquilatar da influência que as expulsões de jogadores adversários tiveram nessas três vitórias do clube do regime.

Em resumo, jornada após jornada, sempre que necessário, os árbitros não hesitam em “inclinar o campo” a favor do SL Benfica e isto quer o árbitro de serviço se chame Carlos Xistra, Bruno Paixão, João Capela, Bruno Esteves, Paulo Baptista, Manuel Mota, Duarte Gomes, Vasco Santos, etc., etc.

É por estas e por muitas outras (felizmente os jogos dão na televisão!), que eu já o disse, mas não me canso de o repetir: este é o campeonato mais fraudulento dos últimos 30 anos (pelo menos).

E só não digo que este bi-campeonato do SL Benfica é (será) vergonhoso, porque a generalidade dos benfiquistas não sente qualquer vergonha em ganhar campeonatos desta maneira.

Charlie Hebdo


"Um jornal emblemático, desejado e amado pelos portugueses"

domingo, 18 de janeiro de 2015

Tello


Há alguns jogadores que, mesmo quando não convencem (ainda?), ou quando protagonizam jogos menos conseguidos, têm momentos do jogo em que espantam o estádio com as suas características.

O Tello é dono de uma velocidade explosiva.

Dá um gozo enorme vê-lo a arrancar com a bola atrás do defesa; depois fica ao lado dele; em seguida o defesa, vendo-o ao seu lado, convence-se que dominou o lance; e, por fim, o Tello mete o turbo e arranca...infelizmente, por norma,  até à parede mais próxima...

Estes pequenos momentos de gozo são, no entanto, muito pouco quando comparados com aquilo que ele deveria fazer.

Em primeiro lugar, tendo qualidade técnica, deveria conseguir resolver melhor as finalizações dos lances: os centros, as assistências e os remates.

Em segundo lugar, e talvez mais importante, deveria começar a demonstrar que tem a cabeça, ainda que temporariamente, no FC Porto. Ontem, em Penafiel, houve três ou quatro lances de bola dividida em que o Tello tirou o pé, quando o jogo ainda não estava decidido.
Considero isso completamente inadmissível, não pelas jogadas em si, mas pelo que revelam de por onde anda a cabeça do jogador.


Infelizmente, parece-me que nem o treinador, nem a estrutura, têm coragem para lhe fazerem uma chamada de atenção. Espero que, no Dragão, não o repita, sob pena de ser, seguramente, alvo de grande assobiadela.

Faz-nos falta um extremo com a sua velocidade, com qualidade de centro e último passe e com eficácia no remate. Será que Tello chega lá?
   

Geometria para Totós

Eu sei, que a maior parte dos jornalistas e comentadores desportivos não têm a mínima noção de Geometria Projectiva, Perspectiva, Ponto de Fuga, Linhas de Fuga, etc.

E também não é minha intenção dar aqui um curso rápido de Geometria para Totós (quem quiser que volte à escola ou pague umas explicações de Geometria Descritiva ou Desenho Técnico).

Contudo, para aqueles que afirmam, com toda a certeza e sem qualquer sombra de dúvida, que o Casemiro estava em posição de fora-de-jogo no momento do passe de Jackson Martinez (na jogada que antecedeu o 1º golo do FC Porto), apresento, de seguida, duas imagens para reflectirem.

Distância da margem ao eixo de uma via rodoviária (clique na imagem para ampliar)

Na imagem anterior, as três linhas horizontais representam a distância da margem ao eixo da via, em três pontos distintos da estrada.

Sabemos que a distância é sensivelmente a mesma nas três medições. Contudo, a linha vermelha é maior que a linha amarela, a qual, por sua vez, é maior que a linha azul clara.
Porquê?

Linhas, projecções e distâncias no momento do passe de Jackson (clique na imagem para ampliar)

Na imagem anterior, as três linhas horizontais representam a distância de Casemiro, de Ferreira (Nº 6 e capitão do Penafiel) e de Dani Coelho (Nº 20 do Penafiel) à linha limite da grande área do Penafiel.

Tal como no exemplo da estrada, a linha vermelha é maior que a linha amarela, a qual, por sua vez, é maior que a linha azul clara.

Perante esta imagem, alguém pode dizer, com toda a certeza, que Casemiro é o jogador que está a uma menor distância da linha limite da grande área do Penafiel?

E, em casos como este, o que devem fazer os árbitros auxiliares?

sábado, 17 de janeiro de 2015

Como é possível?

Lopetegui no meio do dilúvio de Penafiel (fonte: LUSA / José Coelho)

Como é possível, em 2015, disputarem-se jogos do campeonato português em estádios com “relvados” destes?

Perante a intempérie que caiu em Penafiel e constatando-se o agravamento, minuto a minuto, do estado do “lamaçal”, como é possível que o jogo tenha sido reatado após o intervalo, quando eram visíveis vastas zonas do pretenso “relvado” completamente alagadas e onde a bola não rolava?

A equipa do FC Porto venceu no lamaçal de Penafiel (clicar na imagem para ampliar)

Como é possível que, quer o jornalista, quer o comentador da SportTv, tenham afirmado, de forma quase indignada, que o 1º golo do FC Porto tinha sido precedido de um fora-de-jogo clamoroso de Casemiro quando, parando a imagem no momento do passe de Jackson, vê-se que o médio brasileiro do FC Porto está em linha com o último defensor penafidelense?

Nota: É justo dizer que, durante a 2ª Parte e no final do jogo, o comentador da SportTv – Luís Freitas Lobo – após rever as imagens do lance, rectificou o que tinha dito antes e assumiu que o 1º golo do FC Porto era perfeitamente legal.

Como é possível, que o jornalista que a SportTv enviou para Penafiel – Rui Pedro Rocha –, tenha levantado dúvidas da legalidade dos três golos do FC Porto e, mesmo após as imagens televisivas terem comprovado que os golos não tinham sido precedidos por qualquer irregularidade, esse senhor tenha continuado a querer alimentar as dúvidas?

Como é possível, que um “minorca levezinho” como Óliver, não se tenha “afogado” na piscina de Penafiel e, pelo contrário, tenha sido um dos melhores em campo, com uma assistência, um golo e muito mais?

Cha Cha Cha deu espectáculo no “lamaçal” Penafiel (fonte: LUSA / José Coelho)

Como é possível, um ponta-de-lança da categoria de Jackson (mais uma vez, o MVP do encontro), ainda estar a disputar o miserável campeonato português?

P.S. Quem diria que um dos momentos mais importantes do jogo, iria ser a substituição de Quaresma por Marcano?

O DEVE e o HAVER das arbitragens

O caso (fonte: Tempo Extra, 13-01-2015)

Após as primeiras 10 jornadas deste campeonato, publiquei um artigo sobre a Liga Real e a Liga Mentirosa.

Nessa altura, de acordo com um jornalista desportivo insuspeito de ver os jogos com óculos azuis-e-brancos, (Rui Santos, ex-jornalista de A BOLA onde, durante 26 anos, ocupou diversos lugares de chefia), o SL Benfica já tinha 4 pontos a mais e o FC Porto 4 pontos a menos, devido a erros de arbitragem com influência nos resultados dos respectivos jogos.

Dois meses depois, constata-se que a coisa piorou e, sempre que necessário, lá surgiu o andor que, seguramente, levará o SLB ao bi-campeonato.

Assim, após a 16ª jornada do campeonato, de acordo com o analista/comentador principal da SIC para assuntos relacionados com o futebol, o FC Porto continua a ter a “haver” 4 pontos que lhe foram “subtraídos” por erros de arbitragens

Liga Real 2014/15, 16ª Jornada - FC Porto (fonte: SIC Notícias)

… enquanto que o SL Benfica passou a “dever” 6 pontos à “ajuda” dos filiados da APAF que, semanalmente, são nomeados para os seus jogos pelo homem (Vítor Pereira), que Luís Filipe Vieira fez (faz!) questão de ver na presidência ao Conselho de Arbitragem da FPF.

Liga Real 2014/15, 16ª Jornada - SL Benfica (fonte: SIC Notícias)

Em resumo, de acordo com a análise feita jornada a jornada, por Rui Santos, ao impacto dos erros das arbitragens nos resultados dos jogos, a classificação do campeonato, após a 16ª Jornada, deveria ser a seguinte:

1º FC Porto: 41 pontos (em vez dos 37 pontos oficiais)
2º SL Benfica: 37 pontos (em vez dos 43 pontos oficiais)
3º Sporting: 34 pontos (em vez dos 33 pontos oficiais)


Alguém se lembra de outra época, em que as arbitragens tenham influenciado e adulterado, de um modo tão evidente, a classificação de um campeonato?

A tese de alguns (por exemplo, do jornalista/comentador Bruno Prata) de que, no final deste campeonato, haverá um equilíbrio entre os três grandes, no que diz respeito aos erros dos árbitros, não passa de wishful thinking.

Ou seja, como ninguém, minimamente sério, pode negar os factos que todos vêem (felizmente os jogos são transmitidos pela televisão!), vão-se fazendo previsões de que, um dia destes, os encarnados irão perder pontos devido a erros dos árbitros e que também há-de chegar o dia em que os azuis e brancos serão “compensados”, em relação aos “prejuízos acumulados”.

Pois, eu também acredito que isso irá acontecer. Talvez no dia de São Nunca, ao fim da tarde…

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

1993



Numa noite de insónia pouco habitual, pus-me a viajar pelos muitos canais televisivos à disposição, até que desaguei no RTP Memória que retransmitia o Farense-FCP do ano da graça de 1993. Essa jornada, segundo percebi do saboroso relato de Gabriel Alves, realizou-se já no fecho do campeonato e com o quase certo primeiro lugar no bornal do FCP. O jogo fez-se à luz do dia, estava muito vento e foi arbitrado por Donato Ramos.
O FCP alinhou: Baía; Bandeirinha, Fernando Couto, Aloísio, Vlk; Jaime Magalhães (Jorge Couto), Rui Filipe, André, Semedo; Domingos e Kostadinov. O treinador era o brasileiro Carlos Alberto Silva. O resultado final: 1-0 a favor da equipa algarvia, num jogo horrível, feito de colisão e muito pontapé sem arte nem jeito e demasiadas vezes dirigidos às canetas do adversário. Não jogávamos em “posse”, não saímos do 4x4x2, o meio campo foi demasiado lento, aqui e acolá com algumas acelerações do mal-amado Semedo e a única receita foi jogar para o Kostadinov que ainda incomodou, apesar da marcação impiedosa do brasileiro Luisão. Domingos foi muito castigado o que o condicionou. Apenas Aloísio e Vlk estiveram bem. Os restantes estiveram a um nível pouco condizente com os seus pergaminhos. A nossa equipa apenas incluiu três estrangeiros e dos portugueses só o André não veio da formação. A arbitragem foi um horror e permitiu ao Farense uma postura de violência inadmissível, nomeadamente no primeiro tempo. O comentador era hilariante e julgou sempre as agressões claras do nosso opositor como sendo involuntárias.
21 anos separam-nos daqueles tempos; o futebol mudou substancialmente e para melhor: na construção e qualidade do jogo, no preparo físico, na intensidade e velocidade,  com  arbitragens de melhor qualidade e muito menos violento. Pela negativa, o colossal recurso a jogadores estrangeiros em relação a esses tempos e a míngua de atletas da formação na constituição da nossa equipa principal. Outro contraste: o estádio do Farense estava cheio. Muito idêntica ao que se passa  nos nossos dias,  a mediocridade do comentário que não mudou a matriz: a falta de qualidade sustentada no duopólio que fornece a grande maioria dos comentadores da nossa praça: SLB e SCP e, ainda por cima, mauzinhos, mauzinhos.

Sou o mais velho do RP o que não é mérito para além das fragilidades que o envelhecimento provoca e continuarmos com vontade de andor por aí. Apesar disso, não tenho saudades do passado nem do futuro. Fala-se muito nestes tempos, na ausência de mística e aponta-se que nos falta na nossa equipa actual mais amor à camisola e dá-se como exemplos maiores dessa ligação clubista íntima, Vítor Baia e Jorge Costa. Gosto de ambos, mas na bola o atleta, não raramente, cede às circunstâncias. VB não hesitou em emigrar para o Barcelona, regressar depois de rejeitado no clube catalão com a garantia do mais alto vencimento praticado no nosso país e, hoje, colabora com o incrível Record, enquanto JC fugiu duas vezes, na primeira por ter atirado a braçadeira de capitão para o relvado a segunda por não ter tido a capacidade de reconhecer que já não reunia condições para ser titular. Um dos jogadores que mais aprecio no actual plantel é Óliver Torres que sem qualquer ligação ao clube e à cidade se comporta como sempre cá tivesse vivido ou saído da formação. O amor ao clube é importante, mas não é decisivo: a qualidade e o profissionalismo estão primeiro, digo eu.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Andor daqui


Os SD estão absolutamente certos na mensagem que quiseram passar sobre o "andor" a que vimos assistindo na liga portuguesa. Contudo, aquilo que escreveram nas suas tarjas tem mais que se lhe diga.

O jogo de palavras entre "igreja" e "catedral", sendo já antigo, continua a ter a sua graça, mesmo se assim estamos, implicitamente, a fazer o jogo "deles" ao concordar que a Luz é algo mais que um simples estádio de futebol. Por outro lado, o "andor" tem sido democrático: tanto passa por ali, como em qualquer outro local do país onde seja necessário. Mas não é bem nisso que está o busílis da questão.
Na realidade, ao contrário do que frequentemente sucedia nos anos 80 e em boa parte da década de 90 em que os "erros" passavam por penalties ou foras-de-jogo escandalosos, as actuais ajudas arbitrais ao nosso rival, são bem mais da espécie "roubos de igreja". Aliás é mesmo aqui que reside a explicação para o seu êxito: dando menos nas vistas do que aqueles de "catedral", podem assim acontecer em maior número e, no fundo, acabam por causar os mesmos estragos.
Nesta presente temporada, na maioria dos lances em que os árbitros apitaram mal em favor do slb, ambas as decisões (contra ou a favor) poderiam, em teoria, ser aceitáveis. O problema é que em todas elas os homens de negro, inclinaram-se para o lado que menos danos colaterais lhes causa. Ou seja, quando numa mesma partida e em 3 ou 4 lances duvidosos, em todos eles se decide em favor dos mesmos, algo de muito errado se passa.

Aliás, ironia das ironias, a maior prova de que a coisa está também a ser feita "pelo outro lado", nesta época, aconteceu num lance em que o trio de arbitragem esteve, por mera sorte, certo: foi naquele célebre fora-de-jogo assinalado ao Rio Ave no jogo da Luz.
O "auxiliar" não poderia ter visto aquilo que diz ter acontecido. Estando atrasado no lance, jamais poderia garantir que o jogador vila-condense estivesse deslocado. E por que razão, então, levantou ele a bandeira? Pura e simplesmente porque, assim o fazendo, evitaria meter-se em "alhadas". Tão prosaico quanto isto.

Tudo ao monte e fé em deus


 

A bluegosfera deu pouca relevância à efeméride, salvo pontuais excepções, mas nem é isso que mais importa. O que se devia perguntar, é se ainda resta algo de Pedroto no aburguesado e unanimista FC Porto da actualidade, e porque é que desgraçadamente isso não interessa a ninguém? Porto é Pinto da Costa, e mais nada; o criador sobrepõe-se à obra, faz-lhe sombra e até dá origem a um culto encarniçado - o que diria Pedroto a isso?

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

SMS do Dia

O anunciado empréstimo do Kelvin a um clube brasileiro, não tem ponta por onde se lhe pegue. Sabendo-se que nestes casos, é habitual ser o Porto a arcar com os salários, não havia um - um! - clube português que quisesse os préstimos do jogador? Nem unzinho?

Regresso de Helton e estreia de Ivo

Os 18 convocados do FC Porto

Onze inicial do FC Porto sem nenhum dos habituais titulares

O regresso de Helton após 10 meses sem sujar as luvas

A estreia (pouco feliz) de Ivo Rodrigues na equipa principal

Jovens adeptos portistas

Foram poucos (11510 espectadores) os adeptos que assistiram ao vivo

Resultado final deste FC Porto x União Madeira