domingo, 31 de agosto de 2008

ben7ica 1 - FC Porto 1

Um dia, já lá vão quase 13 anos, após um FC Porto - Tirsense que ficou 5-0, Bobby Robson aparece na conferência de imprensa com cara de poucos amigos e diz mais coisa menos coisa - mas antes convém dizer que ao intervalo já estava 5-0 (vou fazer de Mourinho e traduzo):

Os jogadores estão ali no balneário contentes porque ganhámos 5-0, eu estou aqui furioso porque só ganhámos 5-0, temos de ter killer instinct.


Mais tarde diria em entrevista à revista Dragões: Procuramos estar sempre em boa posição durante todo o jogo. (...) É claro que isso é importante, mas não é suficiente para o FCPorto, já que pretendemos dar pelo menos a ideia de que vamos ganhar. É evidente que nem sempre resulta mas a intenção está lá e é só uma: ganhar. Então, se marcamos um golo está bem, é óptimo, mas vamos lá tentar outro. E se obtivermos outro, excelente, mas o jogo continua e vamos procurar ainda outro golo. Temos de continuar a atacar e atacar, para obtermos tantos golos quanto pudermos.

Hoje, 1-1 na casa de um dos tradicionais candidatos ao título parece ser um bom resultado, se virmos o historial até o é, se virmos que estamos no início da uma maratona até o pode ser. Eu próprio até tinha prognosticado que o resultado ia ser um empate, mas ...

Mas um jogo de futebol são 90 minutos, e após estes 90 minutos sinto que falta qualquer coisa - a vitória, e que esta estava mesmo ali à mão, faltou o tal killer instinct.


foto: Record

Podia falar nas alterações na equipa inicial, que pela primeira vez até "resultaram", muito por culpa da introdução de um trinco. Esta época, se queremos fazer alguma coisa na europa temos de resolver rapidamente esta posição, a jogar com adaptados podemos safar-nos por cá, mas não nos safamos lá fora.

Podia falar no regresso do Fucile, por mais voltas que se dê e por mais jogadores que se contratem, voltamos sempre ao mesmo.

Podia falar nos agarrões, e na constante protecção aos defesas. Se o árbitro e bem marcou a grande penalidade, irritam-me as constantes chamadas de atenção antes da marcação de livres e cantos, marca-se o canto e se o defesa estiver a agarrar o avançado marca-se grande penalidade. Simples! não? É só cumprir as leis de jogo.

Mas vem-me sempre à cabeça o Killer Instinct. Tenho a certeza que hoje Sir Bobby Robson estaria furioso.

Destaque positivo:

Lucho - Quase que diria: aumentem-lhe o ordenado. E vamos rezando para que o Basile o continue a preservar de viagens à Argentina.

Destaque negativo:

Lisandro - O 2º jogo consecutivo que falha golos de brandar aos céus. O 2º jogo consecutivo que vê um amarelo por protestos. Continua com a mesma vontade e com a mesma garra, mas as coisas não estão a sair como saíram o ano passado. Anda a precisar de voltar a beber Leite?

ps: Nos últimos anos almocei regularmente num café em Gaia, gente simpática, comida barata e uma francesinha bem aceitável, que tinha por lá um fornecedor de tabaco e ao mesmo tempo cliente benfiquista, a quem muitas vezes me apeteceu mandá-lo à merda. Por respeito aos donos do café e por nunca ter sido gajo de me meter em confusões, nunca respondi a provocações que ele ia fazendo.
Hoje revi-o. Foi "cumprimentar" o bandeirinha. O que eu gostava de ser bófia naquele momento.

sábado, 30 de agosto de 2008

Um Benfica-Porto há 30 Anos


O mês de Janeiro de 1979 foi particularmente chuvoso. Aliás, todo aquele Outono/Inverno o foi. De tal modo que o Rio Douro nos presenteou com cheias nos meses de Novembro de 1978 e, logo a seguir, Março de 1979. Se o sol quando nasce é para todos, já a chuva é menos pródiga, mas dessa vez os nossos compatriotas do sul do país não se puderam queixar, nem dizerem que o Porto é a terra da chuva e local impróprio para jogos da selecção por causa desse factor climático. Convém não lhes ligar muito. Como alguém um dia bem disse, trata-se da inveja dos povos meridionais que, enquanto nós temos os poços cheios e os campos viçosos, vêm as suas mentes estiolarem e as suas línguas adquirirem o aspecto e o sabor do papel de música por falta do precioso líquido.

Vem isto a propósito do Benfica-Porto de 1978/79, disputado sob chuva inclemente, coisa para que, convém realçar, os relvados dos nossos rivais da capital nunca estiveram devidamente apetrechados. Estávamos no início da segunda volta e a luta pelo título seguia renhida entre os dois clubes – e assim continuaria até final, com o F.C. Porto a vencer com um ponto de avanço.

Entre 15.000 e 20.000 portistas rumaram à Luz. Não havia televisão em directo naqueles tempos. Também não havia claques, nem percursos para o estádio com escolta policial, nem lançamento de petardos. Havia apenas a ocasional e salutar escaramuça, muitas vezes acicatada pelo verde tinto, que pouco antes fizera companhia a uns panados ou a umas bifanas. A inimizade entre portistas e benfiquistas era profunda, claro, mas ainda era possível ir-se a um jogo à capital sem se ter a sensação de se estar a caminho da Bósnia-Herzegovina - ela própria à época anonimamente engolida e adormecida num estado artificial chamado Jugoslávia.


Uma hora antes do jogo, os jogadores do F.C. Porto, ainda à “paisana”, subiram ao relvado na companhia do homem à altura mais detestado em Lisboa: o grande José Maria Pedroto. No antigo Estádio da Luz a entrada dos jogadores fazia-se pelo lado oposto ao 3º anel, e logo daquele alcandorado ninho de milhafres ecoou uma assobiadela tremenda, enquanto que os adeptos portistas faziam ouvir os seus aplausos e desatavam a cantar uma versão especialmente produzida para o efeito da famosa canção “Cheira bem, cheira a Lisboa”, em que a palavra “bem” era substituída pelo seu antónimo.

O Zé do Boné não era de modas, claro, e ao ouvir o coro dos milhafres chamou o capitão Rodolfo e com ele encetou uma marcha a passo lento mas determinado, atravessando o campo precisamente na direcção do 3º anel, finda a qual se postou em frente àquela bancada, olhando para cima em ar de desafio. Os assobios redobraram mas o Zé manteve-se a pé firme.

E iniciou-se o jogo, debaixo da mesma impiedosa chuva que, afinal de contas, até nos fazia sentir em casa. A primeira parte foi equilibrada e o relvado ainda estava mais ou menos operacional. Por volta dos 20’ o nosso defesa Freitas jogou a bola com o braço na área, e do penalty daí resultante João Alves, “o luvas pretas”, inaugurou o marcador. Sobre nós, portistas caiu algum desalento, enquanto que a equipa tentava reagir. E reagiu mesmo na segunda parte. Foi o que se chama “cair em cima deles”. Com o deteriorar das condições do relvado os jogadores do F.C. Porto adaptaram-se melhor: frequentemente levantavam a bola, mesmo quando apenas a tentavam passar a um colega. Como diria no fim o Zé do Boné, tínhamos “uma equipa anfíbia”. E a uns 20 minutos do fim o extremo Costa esgueirou-se pela esquerda, cruzou atrasado e o ponta-de-lança brasileiro Duda, vindo de trás, com oportunidade marcou o golo do empate. A partir daí, tanto no campo como nas bancadas, só dava azul-branco. E quando o F.C. Porto, continuando a demonstrar clara superioridade, parecia poder vir a vencer o jogo, deu-se o lance determinante do mesmo: aparentando estar de cabeça perdida, Toni, o conhecido médio benfiquista várias vezes treinador do clube em anos posteriores, teve uma entrada violentíssima sobre o brasileiro Marco Aurélio, um dos melhores jogadores em campo e o típico caso em que, de um jogador normal, o Zé do Boné fazia um excelente jogador. Resultado: factura tripla exposta da perna. Marco Aurélio nunca mais seria o mesmo jogador. Pouco depois Toni seria substituído e sairia do campo sob um coro de invectivas dos adeptos portistas, que entoavam: “Assassino! Assassino!” (aqui, literalmente, um parêntesis, para referir que A Bola do dia seguinte dava mais ênfase ao “arrependimento” de Toni que ao infortúnio de Marco Aurélio.).

Reduzido a dez jogadores o F.C. Porto até final da partida procurou apenas o controlo da mesma e o desafio terminaria com 1-1. Saímos de Lisboa com um sabor amargo na boca. Sentíamos que poderíamos ter vencido e pensávamos no Marco Aurélio. De qualquer modo, estava aberta a porta do segundo título consecutivo (o FC Porto vencera nas Antas por 2-1). A síndrome-FCP começava a criar raízes para as bandas da Luz. A chuva, essa, continuava a cair sem parar, mas os pobres alfacinhas, no seu desalento, nem conseguiam agradecer aos elementos aquela dádiva revigorante.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

O nosso carro e piloto da corrida de clubes

Começa neste fim de semana a temporada da nova modalidade do desporto automobilístico que tenta aliar a emoção da velocidade com o fanatismo dos adeptos de futebol. Sob o slogan "The Beautiful Race - Football at 300km/h", esta modalidade reúne em 6 pistas europeias de renome - Donington Park 30/31 de Agosto, Nürburgring 20/21 de Setembro, Zolder 4/5 de Outubro, Estoril 18/19 de Outubro, Vallelunga 1/2 de Novembro e Jerez 22/23 de Novembro - os carros de 17 dos melhores clubes mundiais de futebol - AC Milan, PSV Eindhoven, Olympiacos, Borussia Dortmund, RSC Anderlecht, Flamengo, FC Basel, FC Porto, Sevilla FC, Corinthians, Galatasaray SK, Rangers, Al Ain, Beijing Gouan FC, AS Roma, Tottenham Hotspurs e Liverpool FC (não deixa de ser surpreendente o facto de não estar neste logo o clube que tem o seu nome inscrito no Guiness Book of Records).


Os carros
Os carros são iguais para todas as equipas, tentando garantir desta forma uma maior competitividade, dando outra emoção às corridas. São carros criados pela Panoz em colaboração com a Élan Motorsport Technologies.

Detalhes do chassi:
Carbon fibre tub for extreme strength / lightness
Under-body aerodynamics to facilitate nose-to-tail driving/overtaking
“X-Trac” six-speed gearbox + “Megaline” paddle operated gear shift
Pi “SIGMA” based dashboard / data logging system
‘Slick’ racing style tyres with no grooves or tread

Detalhes do motor:
Nº de Cilindros: 12
Cilindrada: 4.2 Litros
Configuração: 60º em V
Peso: 140KG (seco)
Potência: 750 cv @ 11,750 rpm
Rotações Máximas: 12,000 rpm
Torque: 510 N/M 9,500 10,500


Os pilotos
Devido ao facto referido acima de os carros serem todos iguais, vão ser os pilotos vão fazer a (principal) diferença. Como tal, é importante fazer uma pequena análise à experiência e ao curriculum dos pilotos.


O piloto do FC Porto vai ser o francês Tristan Gommendy piloto já com alguma experiência no automobilismo (com 29, terá começado a sua carreira em 1999), apesar de não ser muito conhecido do público em geral. Tem como principais conquistas o campeonato francês de Formula 3 no ano de 2002 e o Grande Prémio de Macau no mesmo ano.

Os principais adversários, baseando-me exclusivamente no curriculum, são o piloto italiano Enrico Toccacelo, o brasileiro António Pizzonia, e o holandês Robert Doornbos. Todos eles participaram em corridas da modalidade rainha da velocidade, a Formula 1, sendo pilotos com algum traquejo.
Os restantes pilotos, são maioritariamente ilustres desconhecidos, mas havendo no grupo pilotos que participaram A1 Grand Prix (3), GP2 (2), na Formula 3 (4) e na Fórmula 1 (os três referidos mais acima).

As corridas
O fim de semana de corrida é constituido por uma ronda de Testes Livres e uma de Qualificação no Sábado, e duas corridas (a segunda com grelha invertida) no Domingo.

A qualificação promete ser um dos eventos mais interessantes, tendo um conjunto de regras que estimula a competitividade e empolga os espectadores. Os pilotos são divididos em dois grupos que procuram fazer o melhor tempo, sendo que os 4 melhores de cada grupo vão fazer um playoff para decidir os 8 primeiros lugares. São feitas então corridas de uma volta, dois a dois, por eliminatórias: Quartos-Final, Meia-Final e Final.

As corridas têm a duração de uma hora, ao invés da habitual número de voltas caracteristico da Formula 1.


Nota: A primeira prova tem lugar em Donington Park, estando assegurada a transmissão televisiva pela TVI às 14h. Segundo o programa da prova, a primeira corrida é as 12.30 e a segunda corrida às 14.30. Aparentemente a TVI vai apenas transmitir a segunda corrida, esquecendo (para já) os testes livres, a qualificação e a primeira corrida.

Fonte: wikipedia.org e SuperLeague Formula

Algumas notas ao acaso

Hermínio Loureiro não apareceu à entrega da Taça de Campeão Nacional, no jogo entre o FCP e o Belenenses. Provavelmente terá estado muito ocupado. Nessa noite entrou no programa Domingo Desportivo, na RTP1, que deixei de ver quando absorvei bem aquela carantonha de homem muito feliz consigo próprio pela obra manhosa que tem realizado na presidência da Liga e pelos lugares comuns que dita e reedita de forma pretensiosa, como se fosse um génio. Está à espera da saída de Madaíl para se transferir para a FPF.
O homem subiu na política a pulso (nunca se cansou de “seguir” os homens certos nos momentos azados), porque não o há-de saber fazer da mesma forma no futebol? Em fórmula que ganha não se mexe.
O homem é um ganhador e, como tal, foge sempre que a situação não é favorável. E segue o princípio de Scolari: se queres ter êxito em Portugal afronta e confronta o FCP, que o resto vem por acréscimo. E é o que tem feito. Doucement. Com êxito, diga-se.

Madaíl apanhou com a “fúria” dos portistas. Também foi merecido, pois não esquecemos como fomos tratados pela FPF e pelo famoso bando dos cinco, que devia estar muito bem “aconselhado” e “apadrinhado” quando tomou de assalto o CJ, pois Freitas do Amaral não teve dúvidas em validar o golpe de mão.

A cidade do Porto esteve em todos os jornais há uns tempos atrás. A guerra entre gangs dos “homens” da noite mereceu um grande destaque e a nossa cidade, segundo as autoridades e a comunicação social, parecia uma versão tripeira de Chicago dos anos trinta.


O PGR, sempre muito atento, a tudo o que diz respeito ao Porto, ao FCP, ao DIAP e à PJ do Porto, resolveu intervir para pôr tudo na ordem. Não se poupa a esforços para continuar a ter uma óptima imprensa.

Entretanto, e nos dias que correm, o país é assolado por uma onda de violência e criminalidade sem memória neste país, predominantemente a sul do país.

Este PGR deixou-se envolver pelo futebol, tomou partido, tal como o fez relativamente a uma proclamada incapacidade e falta de profissionalismo das forças que administram a ordem e a lei, nesta cidade. E agora Senhor PGR? Não será a altura de formar um novo dream team para mais um big show, para acabar com a criminalidade de vez? Ficamos à espera. Pela minha parte, conto com mais do mesmo: muita parra e pouca uva.

O (ex) presidente do Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), António Gonçalves Pereira (AGP), parece ser um homem só contra todas as suspeitas que lhe foram lançadas. Não tenho qualquer simpatia particular por AGP, mas não alinho em lutas desiguais. Nessas alturas, sou sempre pelo elo mais fraco. Aparentemente ficou sem amigos e quem o acompanhe na sua defesa. Como lamento.

Em comunicado passado, AGP disse ter ficado "bastante surpreendido" com o teor do parecer de Freitas do Amaral e revela que vai reunir "opiniões de reputadas personalidades do Direito" para demonstrar o que considera ser um "inequívoco". "Repudio totalmente as passagens e conclusões do parecer que são desfavoráveis às posições que assumi na condução da única reunião que existiu do CJ e à qual me vi forçado a pôr termo, na medida em que tais passagens e conclusões não incorporam factos, mas meros processos de intenção, alguns dos quais são até ofensivos para a minha pessoa", defende o (ex) líder do CJ. "Entendo que o mesmo padece de múltiplas e manifestas fragilidades (que a própria extensão do parecer pode camuflar...), as quais, oportunamente e no local certo, serão seguramente evidenciadas".

As reuniões do CJ baixaram à PGR e a Dra. Morgado ficou encarregada do inquérito sobre o possível uso e abuso do poder de AGP, ao coagir os membros do órgão para obter uma tese favorável ao FC Porto e Boavista.

Entretanto, AGP interpôs em 9 de Julho duas providências cautelares, no sentido de suspender a eficácia das decisões tomadas pelos cinco conselheiros na reunião da madrugada de sábado.

Sabe-se que vai haver eleições em 4 de Outubro para o CJ da FPF. Gostava que, por uma vez, os interpretes desta farsa, os tribunais e o MP fossem céleres, para acabar de vez com os julgamentos públicos que se eternizam e passam a sentença definitiva, ainda que depois haja prova em contrário, estabelecida e decidida em sede própria.


No Domingo, vamos à Luz para nos defrontarmos com o SLB. Até ao momento os dirigentes têm-se mantido silenciosos, o que acho adequado. Que o resultado se decida no terreno do jogo e não haja violência de nenhuma espécie. E que o FCP mostre uma atitude séria, concentrada, sem medo da luta e da derrota, para poder ficar mais próximo de ganhar. Espero ver um Porto à Porto. Que se bata e deixe a pele em campo, como em certa visita à Luz referiu Artur Jorge para explicar o que não fizemos, depois de termos sido vencidos por 3-1. Nesse mesmo ano, fomos campeões europeus.

Qual a melhor opção para médio-defensivo?


Raul Meireles foi eleito por maioria (44%, correspondendo a 68 votos) como "a melhor opção para médio-defensivo" para esta época no FC Porto.

Num honorável segundo lugar, a grande distância tanto do primeiro, como de todas as outra opções, surge Fernando com 43 votos (28% das opções). A terceira opção mais votada vai para a "Outro (a contratar)" com 13% das votações (20). Ibson com 8 votos (5%), Tomás Costa com 6 votos (3%) e Guarín com 5 (3%) ficaram com as posições seguintes.
Destaque para o último lugar de Bolatti que parece ter caído em descrédito, tendo obtido apenas 1 voto. Com um voto também fica a opção "Outro (do plantel)" que previa o desvio de outro atleta para aquele lugar.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Análise ao sorteio da LC 2008/09

Decorreu hoje no Mónaco mais um sorteio para a fase de grupos da UEFA Champions League. O FC Porto vai disputar o apuramento para os oitavos de final no Grupo G com o Arsenal, o Fenerbahçe e o Dinamo Kiev. Vamos assim reencontrar os “gunners” depois de um empate e uma derrota verificados na fase de grupos da época 2006/07. Os jogos realizam-se a a 17 de Setembro, 30 de Setembro, 21 de Outubro, 5 de Novembro, 25 de Novembro e 10 de Dezembro.


É um grupo complicado para o FC Porto. O Arsenal é o favorito para o primeiro lugar do grupo. Já os conhecemos bem, é uma equipa muito forte, com o mesmo treinador há largos anos, e pratica um excelente futebol. No entanto, não é invencível, mas se os conseguirmos vencer no Dragão já nos podemos dar por satisfeitos com o duplo confronto. É sempre uma equipa muito forte nas fases de grupos, mas costumam falhar depois na fase das eliminatórias. Na época passada ficaram em segundo no grupo com 13 pontos, atrás do Sevilha (15 pontos), com quem perderam um jogo (tendo empatado outro com o Slavia Praga).


Sendo o Dínamo de Kiev uma incógnita - pela forma como eliminou o Spartak de Moscovo com um duplo 4-1 na pré-eliminatória que lhes garantiu a qualificação, e pela mísera prestação do ano passado onde coleccionou 6 derrotas em outros tantos jogos – podemos considerar o Fenerbahçe o nosso grande adversário para a passagem aos oitavos de final. Os turcos terminaram a fase de grupos de 2007/2008 em segundo lugar com 11 pontos, mas venceram os 3 jogos em casa contra Inter de Milão, CSKA Moscovo e PSV Eindhoven. Na época passada o Fenerbahçe era treinado por Zico e a edição de Janeiro da revista francesa ONZE destacou a equipa turca apelidando-a de “o novo-rico”. Esta época a equipa começou a ser treinada pelo ex-seleccionador espanhol, campeão europeu, Luis Aragonés.


Ontem o Fenerbahce, que tinha empatado 2-2 em Belgrado, venceu em casa o Partizan por 2-1, o que ditou a participação na fase de grupos da Liga dos Campeões, tendo alinhado com a seguinte equipa: Volkan Demirel , Gökhan Gönül , Lugano , Yasin (Deniz min. 88), Roberto Carlos , Uğur Boral , Alex , Maldonado (Gürhan min. 90), Kazım , Semih (Önder min. 77 ) e Güiza, com golos de Semih e Alex.
O Fenerbahce é uma equipa que tem como imagem de marca o pressing e que ataca forte até meio da primeira parte, tentando depois controlar o jogo, aproveitando lances de contra-ataque.

Calendário:
17 Setembro: F.C. Porto-Fenerbahçe
30 Setembro: Arsenal-F.C. Porto
21 Outubro: F.C. Porto-Dínamo Kiev
5 Novembro: Dínamo Kiev-F.C. Porto
25 Novembro: Fenerbahçe-F.C. Porto
10 Dezembro: F.C. Porto-Arsenal

A final da competição está agendada para o Stadio Olimpico de Roma, a 27 de Maio de 2009.

PS- Lamentavelmente foi ainda possível ouvir os habituais dislates do franciú presidente da UEFA.

Pressão sobre os árbitros (II)

Cartoon: O JOGO, 25/08/2008

O campeonato começou no passado fim-de-semana e, como habitualmente, os "calimeros", apesar de terem homens da sua confiança, e sportinguistas, na presidência da Liga (Hermínio Loureiro) e da Comissão de Arbitragem (Vítor Pereira), não perderam tempo a pressionar os árbitros, antes e depois do jogo.

«Sobre a expulsão poderei dar o benefício da dúvida ao árbitro, mas que é fora da área não tenho dúvidas. O que disse ontem, tenho hoje ainda mais segurança e convicção. Alguns disseram que fui um mau exemplo, mas alertei para o que aí vinha
Paulo Bento, 23/08/2008, na conferência de imprensa após o Sporting x Trofense

«Estou muito preocupado com as arbitragens. Não acredito que mudem. O Sporting vai ter de lutar também contra isso»
Paulo Bento, 23/08/2008, em declarações à SportTV


Perante tamanha "deixa", os "jornalistas" sportinguistas decidiram também entrar em campo e trataram de imediatamente cavalgar a onda:
«O Sporting e a equipa de arbitragem iniciaram mal a sua relação em 2008/09, depois de, na noite de anteontem, os leões terem visto Luís Ramos, um dos assistentes de Paulo Baptista, dar indicação para um penálti a favor do Trofense, por falta de Polga sobre Zé Carlos fora da área, aos 58' do Sporting-Trofense. O lance suscitou grande indignação e mereceu duras críticas por parte dos responsáveis leoninos, que agora prometem envidar todos os esforços para agir legalmente contra o árbitro auxiliar em questão, recusando ficar impávidos ante o que consideram um erro grosseiro que lesou nitidamente a equipa verde e branca.
O juiz portalegrense Paulo Baptista apontou livre directo a favor do Trofense, mas Luís Ramos comunicou com o seu chefe de equipa, dando-lhe a indicação para aplicar o castigo máximo, o que se veio a verificar. O descontentamento leonino no final foi manifestado pelo grupo de trabalho e agora terá uma enérgica reacção por parte dos seus dirigentes. Os leões aguardam apenas pelo relatório do observador da Liga, Soares Pinto, para agir em conformidade.»
in O JOGO, 25/08/2008


Como se não bastassem as declarações dos jogadores e do treinador no final do jogo, a que se seguiu a choradeira dos "jornalistas", comentadores e opinadores leoninos, veio também o presidente juntar-se ao coro de protestos:

Foto: Record

«Esta época os clubes deixaram de poder reclamar sobre as notas dos árbitros. Na época passada, sempre que o fez, o Sporting teve razão em 80 ou 90 por cento dos casos. Era o único instrumento que possuíamos. Tenho pena que estas decisões proteccionistas sucedam. (...)
Merecemos ganhar [ao Trofense]. Jogámos bem, fizemos uma belíssima primeira parte. Infelizmente, tivemos um infortúnio de ver um penálti mal assinalado. As coisas não começaram bem. Se devemos dar algum benefício da dúvida, também há que se lançar uma mensagem de cautela

Felipe Soares Franco, 27/08/2008



Analisando o lance, constata-se que a expulsão do Polga é absolutamente inquestionável, não tem discussão. Portanto, aquilo que os calimeros consideram “um erro grosseiro que lesou nitidamente a equipa” teve, como implicações, transformar um resultado de 3-0 para 3-1 a favor do Sporting. Gravíssimo, conforme toda a gente percebe...

Sobre a dimensão do protesto sportinguista e o estardalhaço que estão a fazer com este caso, o inenarrável Rui Cartaxana escreveu o seguinte no Record de 25 de Agosto:
«O mais surpreendente em tudo isto foram as proporções do protesto “oficial” leonino em relação a uma jogada quando a equipa já ganhava, não ao FC Porto ou ao Benfica, mas ao Trofense, e por uma margem folgada (3-0), uma jogada, como se viu, sem consequências para os donos da casa (a expulsão de Polga era inevitável, em qualquer circunstância). Mas eis que, de súbito, como se se tratasse do principal jogo da jornada, colunistas, especialistas e alguns jornalistas apareceram a fazer amém às queixas de Paulo Bento, arrasando, não o árbitro Paulo Baptista, que pôs o rabinho de fora, reconhecendo um erro que não cometeu, mas o pobre juiz auxiliar Luís Ramos.»


Foto: Record

Registo, também, que ao contrário do que é habitual, o árbitro do jogo não se remeteu ao silêncio. Assim, Paulo Baptista, quando questionado sobre se já tinha visto o lance na televisão, afirmou: “Sim, já vi o lance na televisão. Se considero que é grande penalidade? Claro que não


Entretanto, o “erro gravíssimo” de Alvalade fez eclipsar um outro erro, talvez ainda mais escandaloso, que ocorreu no Estádio do Dragão, no FC Porto x Belenenses.
Jogava-se o minuto 37 e o FC Porto vencia pela margem mínima, quando Sapunaru, vindo de trás, surge completamente isolado na cara do guarda-redes, podendo marcar ou passar para o lado (que foi o que fez), de modo a Lisandro empurrar a bola para a baliza deserta.
O árbitro auxiliar assinalou fora-de-jogo mas as imagens televisivas são evidentes. No momento do passe, Sapunaru estava cerca de três metros atrás do último defesa do Belenenses!

Sapunaru cerca de 3 metros atrás do último defesa do Belenenses


Lisandro isolado, na marca de penalty, com a baliza escancarada


Esta jogada, que garantidamente daria o 2-0 e tranquilizaria a equipa para o resto do jogo, pondo-a a salvo de qualquer imponderável, pode ser vista no resumo do jogo, entre os instantes 1:12 e 1:19.




Alguém sabe o nome do árbitro auxiliar que cometeu este erro grosseiro?
Algum jogador, treinador ou dirigente do FC Porto se referiu a este lance no final do jogo?

Não tenho dúvidas que o clube dos viscondes irá, mais uma vez, tirar dividendos desta sua estratégia de pressão descarada e continuada sobre os árbitros. Aliás, ontem, Filipe Soares Franco não se esqueceu de lembrar o seguinte: "Este ano, toda a gente sabe, os três grandes querem ir à Liga dos Campeões e, para isso, precisam vencer o campeonato".

Quanto ao FC Porto, tudo indica que iremos continuar a assistir ao habitual come e cala, com a honrosa excepção do treinador em algumas ocasiões.

P.S. Ai do árbitro Jorge Sousa se, no próximo sábado, tiver alguma decisão a favor do FC Porto que, nem que seja ao de leve, influencie o resultado. O árbitro do Porto (conforme a comunicação social de Lisboa não se tem cansado de repetir) será crucificado e, muito provavelmente, teremos a reedição da santa aliança verde-e-vermelha.

Isn't it ironic?

Fonte: Ojogo

Parece que o V. Guimarães, clube que (a par do "parceiro" slb) tentou nos últimos meses e por todos os meios possíveis estar presente na "Liga Milionária", coisa que não conseguiu em campo na época passada, perdeu ontem a possibilidade de estar presente na mais importante prova europeia de clubes ao ser derrotado por 2-1 pelo Basileia, em St.-Jakob Park, com... um erro grosseiro de arbitragem. O assistente do árbitro holandês Pieter Vink anulou um golo limpo a Roberto, aos 87 minutos e que seria o golo do empate, permitindo a passagem da equipa portuguesa.

Fonte: Record

Não deixa de ser irónico que um clube que tenha tentado obter na secretaria aquilo que não conseguiu alcançar em campo (tendo mesmo sido derrotado no TAS e repreendido pela UEFA para deixar de enviar correspondência não solicitada), seja derrotado na pré-eliminatória da prova que tanto desejava com um erro grosseiro de arbitragem. Oh, que pena...

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Parabéns, mágico!

Anderson Luis de Souza, o "nosso" Deco, completa hoje 31 anos (nasceu a 27 de Agosto de 1977, em São Bernardo do Campo, Brasil).

Dado como acabado para o futebol em Barcelona, Deco precisou apenas de dois jogos pelo seu novo clube para deixar os ingleses de boca aberta, a falar de art deco, e a imprensa, quer a mais séria, quer a mais popular, rendida à sua enorme classe.

Ainda com alguns anos pela frente até ao final da sua carreira (assim o espero), o palmarés que já ostenta fala por si.

FC Porto
- Campeão Português: 1998/99, 2002/03 e 2003/04
- Taça Portugal: 1999/2000, 2000/01 e 2002/03
- Supertaça de Portugal: 2001/02 e 2003/04
- Taça UEFA: 2002/03
- Liga dos Campeões: 2003/04


FC Barcelona
- Campeão Espanhol: 2004/05 e 2005/06
- Liga dos Campeões: 2005/06
- Supertaça de Espanha: 2005/06 e 2006/07
- Vice-campeão do Mundo: 2006


Distinções individuais
- 2003/04: Man of the Match award, da Final da Liga dos Campeões
- 2004: UEFA Best Midfielder Award
- 2004: Melhor jogador europeu do ano para a UEFA
- 2004: terceiro lugar no Prémio FIFA Player of the Year
- 2004: segundo no Ballon D'Or do jornal France Football
- 2006: UEFA Best Midfielder Award
- 2006: Man of the Match award, da Final do Campeonato Mundial de Clubes

FC Porto, 1998/99 a 2003/04, 144 jogos, 33 golos
Barcelona, 2004/05 a 2007/08, 112 jogos, 13 golos
Chelsea, 2008/09 a ???, 2 jogos, 2 golos

Foto: The Sun

Aos 31 anos, depois de uma última época conturbada em Barcelona, a magia de Deco está de volta aos relvados.

Requiem pelo futebol na cidade do Porto

Para além de ser portista sou também portuense (ou "tripeiro") de gema. E com a situação atribulada actual do Boavista dei comigo a pensar para com os meus botões que o futebol na cidade parece atravessar um declínio irreversível, com a notável excepção do FCP.

A cidade do Porto conta com vários clubes de futebol históricos a nível nacional: 3 são centenários (FC Porto, Boavista FC e Sport Progresso) e dois para lá caminham, apesar de já não contarem com o futebol sénior entre as modalidades actualmente practicadas (falo do SC Salgueiros e do Académico FC).

O FC Porto é o clube mais antigo da cidade (e do país) e a sua história é sobejamente conhecida. A seguir temos o Boavista FC (fundado em 1903), também bem conhecido, seguido do menos conhecido Sport Progresso (fundado em 1908 e actualmente na 1a divisão distrital), do Salgueiros e Académico FC (fundados em 1911, hoje sem futebol sénior mas ainda "vivos"), do Ramaldense FC (fundado em 1922, actualmente na 2a divisão distrital), do Clube Desportivo de Portugal (fundando em 1925, também na 2a divisão distrital), do FC Foz (fundado em 1934, actualmente na 1a divisão distrital) e finalmente, entre os clubes que participam nos campeonatos distritais ou nacionais, do Pasteleira (o mais "delfim" tendo sido fundado "apenas" em 1962, actualmente na 1a divisão distrital). Isto para além de clubes que disputam competições amadoras (tal como um Passarinhos da Ribeira).

Para além do Boavista e do Salgueiros muito pouca gente terá conhecimento da dimensão que o Progresso e o Académico chegaram a atingir a nível nacional: o Académico teve o primeiro estádio relvado do país (em 1937) - o antigo campo do Lima, à direita - onde o FCP chegou a disputar vários jogos "em casa", tal como a selecção nacional (estádio que foi também o grande palco para várias provas nacionais de ciclismo); e disputou 5 campeonatos nacionais da 1a divisão nas décadas de 1930 e 1940 (mais do que, por exemplo, um outro "Académico" bem mais conhecido, nomeadamente o Académico de Viseu).

Já o Progresso participou por diversas vezes (sem grande destaque) no Campeonato de Portugal (instítuido em 1921), a única competição nacional (por eliminatórias) antes de se instituir o primeiro verdadeiro campeonato nacional em 1934. Curiosamente, o Progresso está indirectamente ligado à alcunha "Andrades" atribuída aos portistas, aquando de uma disputa por uns terrenos em que ambos os clubes disputavam os seus jogos na década de 20.

Uma palavra ainda para o Ramaldense, que sem nunca ter atingido uma presença a nível nacional está também bem inscrito na memória colectiva dos portuenses, sendo ainda hoje bem comum assistir-se a comentários do género "jogar à Ramaldense" quando uma equipa "despeja" bolas para o meio-campo adversário.
Com um eventual desaparecimento do Boavista, a cidade do Porto passaria a ter apenas o FCP como representante em campeonatos nacionais, depois de já ter tido quatro... para bem da cidade espero bem que não, mesmo não morrendo de amores por este clube da freguesia de Ramalde. Por muito que os principais culpados do declínio de equipas competitivas de futebol na cidade sejam acima de tudo os dirigentes que foram passando por esses clubes...

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Pressão sobre os árbitros (I)


A propósito dos comentários feitos sobre a actuação de Bruno Alves no jogo com o Sporting, Jesualdo Ferreira afirmou o seguinte, na conferência de imprensa que antecedeu o jogo com o Belenenses:
Viu [Bruno Alves] dois amarelos em toda a Liga e na Champions, nos 16 jogos que já fizemos nessa competição desde que estou no FC Porto, também só viu dois amarelos. E um deles foi num jogo na Turquia, contra o Besiktas, em situação de ajuda a um colega. (...)
Vamos ser claros: durante um jogo, ele sofre mais faltas do que as que faz. A falta pela qual foi censurado no jogo com o Sporting não pode ser criticada. Temos de pedir a um expert nesta matéria para provar que, à luz da biomecânica, é impossível saltar com tamanho grau de impulsão e ficar imune a tocar em alguém. Já percebemos que a forma de jogar
contra o Bruno Alves é não saltar. (...)
Vejo-o discutir os lances com energia e virilidade. Ele é um atleta leal mas muito forte. Há uma campanha desde a época passada, chegou-se a perguntar como era possível este indivíduo andar a jogar. É uma forma pouco honesta de tentar aniquilar um jogador



«Bruno Alves é um defesa duro, intratável e faltoso como reclamam alguns adversários ou apenas um bom rapaz, incompreendido, como defende o treinador do F.C. Porto?
Maisfutebol passou 90 minutos a olhar para o número 2 portista.
(...)
O Belenenses sai poucas vezes para o ataque. Talvez por isso a única falta de Bruno Alves em todo o jogo aconteça perto da grande área dos de Lisboa. Tinha ido lá à frente à procura da sorte, opta por impedir o contra-ataque. Uma falta ligeira, quase a pedir desculpa. (...)
Quem tivesse mais do que fazer do que desperdiçar um jogo a olhar apenas para um futebolista poderia muito bem não ter reparado em Bruno Alves. A partir dos 59 minutos deixou de ser possível. Raul Meireles fez uma falta a meio-campo, o «2» ia a passar e resolve chutar a bola para longe. Cartão amarelo. Estava assinalado na ficha do jogo.
(...)
Conclusão: foi um dia mau para olhar para Bruno Alves. O Belenenses evitou sempre incomodar o centro da defesa portista e por isso o «2» entregou-se a outras tarefas. Com tranquilidade, quase sempre bem e sem precisar de um único daqueles saltos que dividem opiniões.»
Luis Sobral, maisFutebol, 25/08/2008


«Bruno Alves viu um cartão amarelo, mas devido a anti-jogo (pontapeou a bola quando o jogo estava parado). Uma amarelo, depois de uma semana polémica devido às críticas levantadas em torno da forma de actuar do central, sobretudo no jogo aéreo.
Washington Alves [pai e agente do jogador], pede neste início de campeonato que os árbitros entendam a forma de defender do jogador. Bruno Alves é viril mas leal.
Washington Alves, em entrevista a Bola Branca, não esconde alguma preocupação pela forma como os árbitros poderão influenciar o rendimento do jogador ao longo da temporada
in www.rr.pt/


O Bruno Alves tem três grandes defeitos:

1) É o melhor defesa-central a jogar no campeonato português;

2) Tem uma capacidade de elevação fora do normal;

3) É jogador do FC Porto.

A partir daqui, não admira que tudo seja feito para condicionar o jogador e, principalmente, a forma como os árbitros analisam as bolas que ele discute (e ganha quase sempre) lá nas alturas.
Não tem que saber: rua com ele!

Um aspecto curioso é haver jogadores que se estão a especializar em meter por baixo do Bruno Alves quando ele salta para disputar uma bola. Um dos maiores especialistas é o Derlei. Estejam atentos ao próximo Sporting x FC Porto.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Entrar a ganhar, a lume brando...


Estreia do FC Porto a ganhar na Liga 2008/09, como se quer, logo com o adversário que foi responsável pela perda dos primeiros pontos da equipa portista no campeonato transato. O resultado foi o antídoto ideal na recuperação anímica após o desaire algarvio e em vésperas de um grande classico. Soube bem melhor que a exibição, tremida e algo sensaborona em largos periodos, a denotar ainda alguma desarticulação na maquina azul e branca.

Ainda assim, Jesualdo corrigiu o erro de “casting” em relação ao primeiro jogo oficial. Meireles baixou para a posição mais recuada do meio campo, introduzindo um elemento novo mais à frente, Tomás Costa, que foi deambulando entre o lado direito e esquerdo, em trocas constantes com Lucho.

Mas nem só no sector intermédio se debatem duvidas. Na defesa, os laterais ainda emanam desconfiança e maiores dificuldades na integração de construção de jogo. E na disposição defensiva das bolas paradas, o que se viu não foi agradável. Muitos calafrios que por manifesta felicidade não se tornaram em verdadeiros amargos de boca.

Ficou contudo adiada para a estreia da Liga o “novo” Mariano. Mais forte, mais agil, mais motivado, mais determinado, predicados que o levaram a acreditar naquela bola perdida e marcar o primeiro golo dos Dragões nesta temporada. O seu melhor momento surgiría já perto do intervalo, quando numa iniciativa individual atira forte ao poste da equipa de Belém.



Só a meio do segundo tempo, quando Hulk entrou para o lugar do discreto Rodriguez, foi capaz de ombrear com a exibição do Argentino. O seu estilo algo irrequieto e irreverente, conferiu uma nova dinâmica à equipa portista, até então estática e algo amorfa. Seria mesmo dos pés do “Super Heroi” do Dragão, que surgiria o momento mágico da noite, um grande golo que tinha tanto intenção como de colocação.

Destaque Positivo: Mariano Gonzalez


Quem o viu e quem o vê. Longe vão os tempos de um Mariano desanimado e desmotivado. Este corre e intusiasma tudo em seu redor. O que lhe falta em magia, acrescenta em raça. A chamada inesperada à Selecção, ter-lhe-á feito bem.

Destaque Negativo: Bolas paradas, como as defender e marcar?


Se há manual do futebol que este FC Porto precisa urgentemente de assimilar é marcação e defesa de bolas paradas. Na pré época ainda se virão uns quantos de ensaios bem sucedidos na marcação de livres e cantos, mas agora pouco mais que nada. Na defesa deste tipo de situações a insegurança mantêm-se na bitola dos anos anteriores.

Fotos: fcporto.pt e Lusa

domingo, 24 de agosto de 2008

A relva preocupa mais do que os adeptos


«Um dos maiores obstáculos que vamos ter, que para mim é muito importante, é a relva do FC Porto, que é uma relva muito rápida. Faz com que o jogo seja muito veloz e intenso.
Esse aspecto é muito importante até porque não estamos habituados a esse relvado. Nos primeiros 15 minutos vai ser muito difícil para nós»
Silas, capitão do Belenenses, 20/08/2008

Pelos vistos os nossos adversários não estão muito preocupados com os jogadores que vão constituir o onze do Tri-Campeão nacional.
Também não estão preocupados com o ambiente que existe no Estádio do Dragão. Não admira. Há quem diga que temos um "estádio manso", quer para os adversários, que não sentem a pressão das bancadas, quer para os árbitros, que se sentem à vontade em "errar" contra a equipa da casa.

Pelos vistos, o que preocupa o capitão do Belenenses é... a relva!

Depois de um Verão quente, hoje vai começar uma maratona de 30 jogos. Espero que os sócios e adeptos do FC Porto, em vez de assobiarem os jogadores azuis-e-brancos de que gostam menos (há alguns que eu também acho que não têm a qualidade desejável), transformem, isso sim, o Estádio do Dragão num mini-inferno para os nossos adversários.

Numa altura em que fomos e somos atacados por todos os lados, temos de deixar as dúvidas e discussões internas para os dias em que não há jogos.
Quando os jogadores do FC Porto entrarem em campo, é preciso que eles (principalmente os novos), os adversários e também os árbitros sintam a força do Dragão!

Seria lindo (é um sonho!) se, um dia, o ambiente no Estádio do Dragão se aproximasse do que vemos em alguns estádios, por exemplo, em Hampton Park.


P.S. «Seria lindo termos o Estádio do Dragão cheio e com todos os adeptos a puxarem por nós»
Cristian Rodriguez, 22/08/2008

sábado, 23 de agosto de 2008

Petições de adeptos do Inter de Milão





Para aceder às petições é só clicar nas imagens...

Terá Jesualdo atingido o “patamar” de Peter?

Por estes dias muitos portistas se questionam se Jesualdo conseguirá vencer alguma final ao serviço do FC Porto. Oportunidades não lhe têm faltado, diga-se. Nas três últimas, Supertaça, Taça e de novo Supertaça, defrontamos o mesmo adversário e, apesar das más arbitragens das duas primeiras, nunca demonstrámos capacidade para ultrapassar o Sporting de Paulo Bento.

Indo um pouco mais longe, é possível verificar que o FC Porto de Jesualdo, excluindo os jogos de provas regulares (como aqueles disputados no campeonato nacional e na fase de grupos da Liga dos Campeões), é uma equipa “quase vencedora”. Digo isto porque em duas edições consecutivas da Liga dos Campeões “quase” conseguimos ultrapassar o Chelsea e “quase” conseguimos ultrapassar o Schalke04. Para já não dizer que “quase” conseguimos vencer o Sporting nas sucessivas finais em que os defrontamos.


Não sei o que faltará a este FC Porto para passar do quase à vitória. E nem sei se o problema é dos jogadores, do clube, ou do treinador. O que sei é que já serão coincidências a mais desde que Jesualdo é treinador do FC Porto. O treinador parece conseguir explorar ao máximo as potencialidades do plantel ao longo da época no campeonato, com níveis elevados de rendimento físico e anímico. No entanto, quando se trata de um só jogo – uma final – as equipas treinadas pelo Professor demonstram baixos níveis de concentração, motivação e capacidade competitiva, não sendo os capitães (P. Emanuel e Bruno Alves) capazes de compensar no balneário esse défice motivacional do treinador. O problema não está, decididamente, nos esquemas tácticos utilizados ou nas substituições efectuadas, ou até na (falta de) sorte, o problema está na atitude e na garra e empenho dos jogadores em campo.


Assim pergunto-me se terá o Professor atingido o seu nível de Peter, treinando o FC Porto – que tem uma massa associativa extremamente exigente, diga-se – e conseguindo “apenas” gerir de forma competente o plantel para alcançar campeonatos regulares e vencedores mas falhando na vertente emocional na influência sobre os seus jogadores nos jogos decisivos (ou a eliminar). O FC Porto não tem jogado “à Porto” nesses jogos decisivos. São jogos em que é preciso entrar forte a mandar no jogo, pressionando e atacando sem descansar até chegar ao golo.


Não basta chegar à conferência de imprensa no final do jogo da Supertaça e dizer que estivemos “menos bem” do que nos anteriores jogos de pré-época, como se nada fosse ou como se fosse a coisa mais normal do mundo perder consecutivamente contra o mesmo adversário. Para além de que não se deve dizer na conferência de imprensa que antecede uma final que “não a queremos perder” (Rui Barros dixit). O que deveria ter sido dito em público e a mensagem que se deveria ter passado aos jogadores é que se queria (tinha de) ganhar.

Espero estar enganado e que o FC Porto e o professor Jesualdo Ferreira me provem nesta época que estou enganado. Isso seria para mim uma grande satisfação.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Os nossos olímpicos - IV

E a participação azul e branca nos jogos acabou.


Pode-se dizer que começou bem melhor do que acabou, com o 40º lugar do Augusto Cardoso nos 50 Km Marcha, um lugar bem longe dos ambicionados 16 primeiros e com um tempo também longe da melhor marca pessoal (+15 minutos).

As declarações dele no final: "Eu trabalho oito horas por dia e depois treino. Pinto gruas e a minha empresa deixou-me treinar para estes jogos. Pagou-me dois meses de ordenado para eu ir fazer estágio e eu queria-lhes agradecer. Se eu estou aqui é graças a eles", mostram bem que existem dois mundos no desporto português.

Parabéns!




Fotos: Record