domingo, 30 de dezembro de 2018

Sporting de Braga - clube amigo

É sempre difícil jogar contra o Sp. Braga, não é? Geralmente é o caso, a não ser que se seja um clube amigo, que depois de os derrotar por 6-2 ainda ficam com um sorriso palerma escarrapachado nas trombas. Vide:


O Sp. Braga tem uma excelente defesa, mas parece-me que os jogadores todos ou são daltónicos ou confundem os adversários por colegas de equipa (quando os adversários equipam de encarnado).

Reparem só no número de golos sofridos pelo Sp. Braga nos últimos 6 jogos:

0 - 0 - 0 - 0 - 6 - 0

Agora reparem no número de golos marcados pelo SLB nos últimos 6 jogos:

1 - 1 - 1 - 1 - 6 - 1

Veio bem a calhar. Por mim este clube bem que pode descer que não faz cá falta nenhuma!

sábado, 29 de dezembro de 2018

Que a Final Four não seja um presente envenenado


«O jogo com o Belenenses, no Jamor, é o primeiro de uma série terrível para os dragões, com seis desafios nos próximos 20 dias, que podem vir a ser nove nos próximos 30, se a Taça da Liga, entretanto, correr bem.»


Correr bem? Na Taça da Liga (este ano designada Allianz Cup) o que é correr bem?

Na minha opinião, correr bem é não haver lesões, nem acentuar o desgaste dos jogadores com mais minutos nas pernas, de modo a não comprometer o seu desempenho nas competições que realmente interessam.

A Taça da Liga deve ser o palco, por excelência, dos jogadores menos utilizados, que têm nesta competição oportunidade para mostrarem não ser por acaso que integram o plantel da equipa principal do FC Porto.

Por exemplo, os laterais João Pedro e Jorge ou os centrais Mbemba e Diogo Leite, se não jogarem na Taça da Liga, vão jogar quando?

Já agora, o que dizem os regulamentos?

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«Artigo 15.º do REGULAMENTO DA ALLIANZ CUP
Obrigatoriedade de participação de jogadores

1. A partir da segunda fase, inclusive, os clubes são obrigados a fazer participar nas suas equipas em cada jogo pelo menos cinco jogadores que tenham sido incluídos na ficha técnica (efetivos ou suplentes) em um dos dois jogos oficiais imediatamente anteriores da época em curso, salvo caso de força maior, comunicado à Liga Portugal com a antecedência mínima de cinco dias antes da realização do respetivo jogo e, desde que, os motivos invocados sejam considerados pela Liga
Portugal como justificados.

2. Os clubes são também obrigados a incluir na ficha técnica como efetivos, em cada jogo disputado, pelo menos dois jogadores formados localmente, tal como definidos no Regulamento das Competições (atual n.º 11 do artigo 77.º).

3. Os jogadores incluídos na ficha técnica nos termos do número anterior têm que ser utilizados em pelo menos 45 minutos do jogo, salvo em caso de força maior.»


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Os dois jogos oficiais imediatamente anteriores ao Belenenses SAD x FC Porto de amanhã, foram:

18-12-2018, FC Porto x Moreirense, para a Taça de Portugal
23-12-2018, FC Porto x Rio Ave, para o Campeonato

Nestes dois jogos, foram incluídos na ficha técnica (efetivos ou suplentes), os seguintes jogadores:

Casillas, Fabiano, Vaná, Maxi, Felipe, Militão, Mbemba, Alex Telles, Danilo, Herrera, Óliver, Sérgio Oliveira, Otávio, Brahimi, Hernâni, Corona, Marega, Soares, Adrián López. André Pereira

Destes 20 jogadores, dois deles contam como formados localmente: Sérgio Oliveira e André Pereira.

Dito isto, ganhar é o nosso destino.

Eu também quero ganhar sempre e uma 16ª vitória seguida seria um feito bonito, mas se isso implicar chegar à Vila das Aves, no dia 3 de janeiro, com um onze menos capaz para um jogo que será uma batalha, não, obrigado.

Sérgio Conceição tem feito “milagres” com o plantel à sua disposição, mas a equipa denota cansaço e isso foi bem visível na 2ª parte do último jogo (FC Porto x Rio Ave).

Ponderando tudo isto, e já com dois jogadores indisponíveis por lesão (Aboubakar e Otávio), Felipe, Militão, Alex Telles, Danilo, Brahimi e Marega nem deviam ser convocados.

E, nas vésperas do mercado reabrir, o jogo de amanhã é uma boa oportunidade para um conjunto de jogadores – Vaná, Fabiano, João Pedro, Mbemba, Diogo Leite, Jorge, Chidozie, Sérgio Oliveira, Bruno Costa, Hernâni, Adrián López, André Pereira – se mostrarem ao treinador (e convencerem-no!) e/ou para ganharem ritmo de competição, que batalhas duras se avizinham.

Se este lote de jogadores, “reforçados” com Maxi, Herrera, Óliver, Corona e Soares, não chegar para ganhar a uma equipa do Belenenses SAD já sem qualquer hipótese de apuramento, paciência.

A consequência é que, provavelmente, não teríamos de ir a Braga jogar a Final Four da Taça Lucílio Baptista…

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Sim, mas cuidado...


Passámos com distinção e louvor esta fase de grupos da presente edição da Liga dos Campeões mas, para sermos justos, vivemos, esta noite em Istambul, um verdadeiro pesadelo defensivo e o resultado foi melhor que a exibição sofrível.

Sim, Conceição fez 6 mexidas no "11" mas isso só explica metade do nosso problema. A verdade é que habituais titulares como Telles (irreconhecível) e, até mesmo, Felipe, estiveram abaixo do habitual.
Maxi e Diogo Leite também se afundaram quase por completo, numa equipa que anda a oferecer penalties a mais aos adversários.
E por falar em grandes penalidades, também aqueles que são a nosso favor merecem reflexão: Marega marcou mas voltou a deixar a sensação que não é grande especialista da marca dos 11 metros. Telles, apesar de também já ter falhado, parece ser, ainda assim, o menos mau.

E quanto tardou Conceição hoje a mexer na equipa. E, atipicamente, esta noite fez três alterações que não empurraram a equipa para a frente. Este jogo pedia um Brahimi nos minutos finais. Certo que o nosso treinador não queria correr o mínimo risco de eventuais lesões e, no fim, a história terminou bem e deu-lhe razão aparente, mas é experiência a não repetir.

Houve pouca de positivo nesta partida. Talvez mesmo só os golos. Marcámos 3 golos em 4 oportunidades e isso é de realçar. No primeiro, salto de Felipe é muito bom e Hernâni esteve excelente na assistência para Sérgio Oliveira e no cavar do penalty convertido por Marega que, deste modo, bateu o record de golos que pertencia a Jardel.

De qualquer das formas, um balanço amplamente positivo na Europa, até ao momento, mas Conceição leva trabalho de casa para Portugal.

sábado, 8 de dezembro de 2018

Há sempre solução...


...mesmo quando o adversário apresenta um ataque com Jackson Martinez (ainda teve um remate, daqueles dos tempos antigos, que Casillas defendeu) e um verdadeiro mini-Brahimi que dá pelo nome de Nakajima. O japonês estará de saída para a Liga Inglesa mas, antes disso, ainda teve tempo para mais uma performance de qualidade acima da média.

Juntou-se a isso um Óliver, a passar tão completamente ao lado da partida, que teve que receber ordem de saida ainda dentro dos primeiros 45 minutos (a tal falta de um rendimento constante, ao longo de uma série mais longa de partidas, que muitos portistas temem no médio espanhol).

Com Telles e Otávio também em noite apagada, valeu-nos, ontem mais uma vez, os suspeitos do costume: Brahimi a jogar e Marega a marcar.
O argelino esteve imparável no criar de situações de golo. E até marcou dois, também, um deles bem anulado pelo árbitro e VAR. Aproveitemos ao máximo o facto de ainda podermos contar com um fabuloso futebolista como Brahimi. Então aquele seu controlo do esférico, só encontra mesmo paralelo num Rabah Madjer.
E, claro, Marega. O homem do Mali foi ele mesmo: a falhar lances e lances, de forma a deixar qualquer um de cabelos em pé, até chegar aquele tradicional momento de ser ele a decidir o jogo. Dois golos e ainda uma assistência. Pedir mais, seria um abuso.

Nota também alta para a grande jogada de Danilo, no terceiro golo, que matou o encontro. Além de ter passado de forma brilhante por um defesa contrário, tudo a alta velocidade, só descansou quando a bola chegou a quem ele queria mesmo que chegasse: a Brahimi, claro está.