sábado, 30 de novembro de 2013

Paulo Fonseca, o papa recordes

Há muitos portistas que nunca tinham visto o seu clube perder com a Académica, num jogo em Coimbra para o campeonato. A última vez tinha sido no dia 15-11-1970, antes da revolução de Abril... e antes de Pedroto e Pinto da Costa terem "enterrado" os andrades e despertado o dragão.

Há 43 anos (!), na Académica jogavam Artur Correia, Carlos Alhinho, Gervásio (cap.), Vítor Campos, Manuel António...
E no FC Porto jogavam Rolando, Pavão (cap.), Nóbrega, Custódio Pinto, Lemos...
Em 1970/71, o FC Porto era treinado por António Teixeira (José Maria Pedroto era treinador do Vitória Setúbal) e chegou ao final desse campeonato com 16 vitórias, 5 empates e 5 derrotas.

Mais recentemente, nos últimos três campeonatos, o FC Porto (treinado por André Villas-Boas e Vítor Pereira) perdeu apenas uma vez. Foi no dia 29-01-2012, na 17ª jornada da época 2011/12, num célebre Gil Vicente x FC Porto, com uma arbitragem escandalosa de... Bruno Paixão.
Depois desse jogo, disputaram-se 53 jogos para o campeonato, sem os dragões conhecerem o sabor amargo da derrota, mas hoje, ao 54º, o FC Porto voltou a ser derrotado (e, desta vez, sem poder queixar-se da equipa de arbitragem).


As coisas há muito que não estavam bem, particularmente na Liga dos Campeões, mas os maus resultados estenderam-se também ao campeonato e, nos últimos três jogos (que, convém notar, foram contra os "colossos" Belenenses, Nacional e Académica), o FC Porto somou apenas dois pontos em nove possíveis, correspondentes a dois empates e uma derrota.
Alguém se lembra, há quantas épocas é que o FC Porto estava três jogos seguidos do campeonato sem ganhar?

Pior. Nos últimos seis jogos oficiais, o FC Porto venceu apenas um, para... a Taça de Portugal.
Aliás, Paulo Fonseca não estará a mentir se disser que, esta época, o FC Porto ainda não perdeu qualquer jogo para a Taça de Portugal e para a Taça da Liga...

Chegados a este ponto, de nada interessa dizer "eu bem avisei", mas tenho uma dúvida: até onde irá este descalabro?

Contestação de adeptos portistas no final do Académica x FC Porto

P.S. Não fosse o excelente relacionamento que existe entre a Direção do FC Porto e as claques, particularmente com os Super Dragões e, nesta altura, o nível de contestação e os problemas seriam bem maiores.

P.S.2 Afinal...
«Enorme tensão à chegada do F. C. Porto ao Estádio do Dragão, após a derrota, por 1-0, com a Académica, em Coimbra. Cerca de 250 adeptos portistas esperaram pela comitiva e atiraram três tochas e um petardo contra o autocarro dos dragões, quando este se dirigia para a garagem do anfiteatro azul e branco. Foi nesse momento que um polícia de serviço sofreu ferimentos, ao ser atingido, na face, por uma das tochas. Os adeptos, insatisfeitos com os últimos resultados da equipa, mostraram toda a sua indignação, com cânticos de "joguem à bola, palhaços". O mesmo já se tinha registado à saída de Coimbra, mas apenas através de palavras dirigidas ao treinador e aos jogadores.», in JN.pt

P.S.3 Aguardo com alguma expectativa a capa do jornal O JOGO de amanhã (domingo) e o que irá escrever o respetivo diretor, José Manuel Ribeiro.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Carlos Eduardo e os intocáveis

Que me lembre, dentro do modelo 4-3-3, Paulo Fonseca já experimentou, em diferentes momentos dos jogos, os seguintes trios no meio campo portista:
i) Fernando – Defour – Lucho
ii) Fernando – Herrera – Lucho
iii) Fernando – Josué – Lucho
iv) Fernando – Lucho – Quintero

Mas, cinco meses após o arranque da época, o meio campo portista continua em “obras” e continua a ser um dos problemas da equipa azul e branca.

De fora das opções tem estado Carlos Eduardo (ex-Estoril), um médio ofensivo brasileiro que tem dado boas respostas quando é chamado à equipa B. Foi o caso na passada quarta-feira, no Oliveirense x FC Porto (1-4).


Oliveirense x FC Porto (O JOGO, 28-11-2013)

Contudo, Carlos Eduardo não fez parte da lista de 21 jogadores inscritos na Liga dos Campeões e as oportunidades dadas por Paulo Fonseca nos dez jogos do campeonato já realizados limitaram-se a 17 minutos (14 minutos no FC Porto x Guimarães e 3 minutos no Belenenses x FC Porto).

Pelo que se tem visto, quer nos jogos da equipa A, quer nos da equipa B, penso que Carlos Eduardo mais do que justifica uma oportunidade a sério na equipa principal.
O problema é que Lucho parece ser intocável, Defour avisou que precisa de jogar (para manter a titularidade na seleção belga) e, no caso de Herrera, a SAD investiu 8 milhões em 80% do passe.
E já nem falo em Josué e em Quintero que, devido ao excesso de candidatos a um dos três lugares no meio campo (os outros dois “pertencem” a Fernando e Lucho), têm sido remetidos, à vez, para uma das alas do trio de ataque.

Quando as coisas não funcionam, talvez não fosse má ideia experimentar alternativas, em vez de continuar a apostar nas mesmas receitas e nos mesmos “intocáveis”.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

O silêncio das cadeiras vazias

Nas horas e dias seguintes ao FC Porto x Austria Viena, a comunicação social fez eco dos assobios e, principalmente, dos lenços brancos dirigidos a Paulo Fonseca (algo semelhante ao que já tinha acontecido uns dias antes, no final do FC Porto x Nacional).

Lenços brancos no FC Porto x Austria Viena

Eu percebo que, para a comunicação social, acenar com lenços brancos ao treinador do FC Porto seja notícia. Contudo, mais do que o folclore dos lenços brancos (de que não sou grande apreciador), a mim o que me impressiona é o silêncio, cada vez mais ensurdecedor, que vem das dezenas de milhares de cadeiras vazias do Estádio do Dragão.

24809 espectadores, os números oficiais do FC Porto x Austria Viena, são a pior assistência de sempre no Estádio do Dragão em jogos para a Liga dos Campeões (o anterior recorde negativo era de 27603 espectadores, no FC Porto x Dinamo Zagreb da época passada).
Descontando os austríacos, as ofertas, os convites dos sponsors e os lugares anuais, quantos bilhetes terão sido realmente vendidos para este decisivo FC Porto x Austria Viena?
Pior. Quantos portistas, que investiram o seu (pouco) dinheiro em lugares anuais, preferiram ficar em casa?
E não estamos a falar de um jogo que seja uma excepção.
No jogo anterior, FC Porto x Nacional, estiveram apenas 26404 espectadores (números oficiais).

Eu sei que há a crise, mas nunca, como nesta época, houve tantas iniciativas, campanhas e promoções para levar mais gente aos jogos disputados no Estádio do Dragão.

A Administração da SAD deve tirar as suas ilações.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

O pior FC Porto de sempre


Resultados do FC Porto, nos jogos em casa, na(s) fase(s) de grupos da Liga dos Campeões:

1992/93 (Carlos Alberto Silva): E-D-V, 4 pontos
1993/94 (Tomislav Ivic): V-V-E, 7 pontos
1995/96 (Bobby Robson): V-D-E, 4 pontos
1996/97 (António Oliveira): V-V-E, 7 pontos
1997/98 (António Oliveira): D-E-V, 4 pontos
1998/99 (Fernando Santos): E-V-V, 7 pontos
1999/00, 1ª Fase de grupos (Fernando Santos): V-V-V, 9 pontos
1999/00, 2ª Fase de grupos (Fernando Santos): V-D-E, 4 pontos
2001/02, 1ª Fase de grupos (Octávio Machado): E-V-V, 7 pontos
2001/02, 2ª Fase de grupos (José Mourinho): D-D-V, 3 pontos
2003/04 (José Mourinho): D-V-V, 6 pontos
2004/05 (Víctor Fernández): E-E-V, 5 pontos
2005/06 (Co Adriaanse): D-V-E, 4 pontos
2006/07 (Jesualdo Ferreira): E-V-E, 5 pontos
2007/08 (Jesualdo Ferreira): E-V-V, 7 pontos
2008/09 (Jesualdo Ferreira): V-D-V, 6 pontos
2009/10 (Jesualdo Ferreira): V-V-D, 6 pontos
2011/12 (Vítor Pereira): V-E-E, 5 pontos
2012/13 (Vítor Pereira): V-V-V, 9 pontos
2013/14 (Paulo Fonseca): D-D-E, 1 ponto

Os números mostram que, da época passada para esta, o FC Porto passou do seu melhor para o pior desempenho de sempre, nos jogos disputados em casa para fases de grupos da Liga dos Campeões.

E a única não-derrota no trajeto desta época foi um empate, contra uma equipa estreante na fase de grupos da Liga dos Campeões e que marcou no Estádio do Dragão o seu primeiro golo nos moldes atuais da competição!
Mais. Ao 5º jogo, foi a primeira vez que o Áustria de Viena não perdeu numa deslocação a Portugal.

Austria Viena (O JOGO, 27-11-2013)

Três jogos em casa sem uma única vitória é algo tristemente inédito no historial do FC Porto na Liga dos Campeões e só espero que passem muitos anos até a equipa azul-e-branca voltar a ter um desempenho tão miseravelmente mau.

Nota: Agradeço que se detetarem algum erro nos dados estatísticos que constam deste artigo, o favor de o comunicarem na caixa de comentários.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

SMS do dia

Quando escrevi aqui, depois do jogo com o Atlético de Madrid, que era vergonhoso que o FC Porto perdesse dois jogos em casa na fase de grupos da Champions, muitos disseram que era só estatística. Hoje, com este magnífico resultado, fechamos a fase de grupos sem qualquer vitória. Algo inédito por certo. Ainda é estatística ou afinal já temos um problema?
Só para saber...

É a táctica, estúpido!

E a dada altura, Jackson Martínez, cruza a bola para a pequena área do Nacional, onde ... não estava um único jogador do Porto - nem podia estar, obviamente, o ponta-de-lança, o próprio Jackson.

Algo me diz que esta jogada demonstra qualquer coisa, mas não consigo perceber o quê...

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Paulo e o “lobo”

Tivemos dificuldades em vencer este mesmo adversário na Áustria, é uma equipa em crescendo, com três vitórias em três jogos, que defende bem – mas nós temos a obrigação de ter aqui uma postura que nos leve a vencer o jogo e estamos motivados

Eu li estas declarações de Paulo Fonseca, esfreguei os olhos e fui rever o trajeto do Fußball Klub Austria Wien desde que jogou contra o FC Porto, em 18-09-2013.

Jogos do Áustria Viena entre 18-09-2013 e 23-11-2013 (fonte: zerozero)

Então é assim: nos últimos 13 jogos, o Áustria Viena tem 4 vitórias, 2 empates e 7 derrotas! Que equipa fantástica!
Mas atenção, é preciso ter muuuuito cuidado, porque destas quatro vitórias (em 13 jogos…), três foram no mês de Novembro (pelo meio levaram 4 secos em Madrid, precisamente para a Liga dos Campeões, mas isso deve ser um pormenor irrelevante…).

Portanto, depois da recepção à “besta negra”, amanhã, novamente em casa, vamos jogar com “uma equipa em crescendo”…

P.S. Penso que todos conhecem a história de Pedro e o Lobo. Pois bem, o “nosso” Paulo, de tanto repetir a lengalenga de que o próximo adversário é uma equipa forte, difícil, que defende bem e contra-ataca melhor, em crescendo de forma, etc., etc., quando o FC Porto tiver mesmo de enfrentar uma equipa de top, ninguém o vai levar a sério.

Barça goleado no Dragão Caixa

Para além das tristezas do futebol (que esta época, infelizmente, têm sido habituais), este fim de semana a equipa de hóquei em patins do FC Porto esteve em grande, recebendo e goleando aquela que é considerada a melhor equipa do Mundo. Ora, isso é algo que não pode passar sem uma referência, até porque esta vitória foi alcançada sem o contributo do capitão Reinaldo Ventura, que saiu lesionado nos minutos iniciais do encontro.

FC Porto x FC Barcelona (O JOGO, 24-11-2013)


Caio, o "herói" deste jogo

Alguns dos indefectíveis, sempre presentes, desta vez num pavilhão a abarrotar

GRANDE ESPÍRITO DE EQUIPA!

O abraço da equipa ao capitão lesionado

GRANDE PORTO!

Equipa + Adeptos = Vitórias

domingo, 24 de novembro de 2013

Quem não mata...


Não houve grandes surpresas na convocatória, sabido que eram as ausências de Mangala e Gillas. Voltaram Licá, Reyes e Quintero ao lote dos escolhidos e saiu Kelvin que demora a ganhar maturidade. Os treinadores são muito importantes para definir a identidade, desenhar no papel a sua tradução e testar no treino as vias para lá chegar com proveito e qualidade. Mas, senhores treinadores não embirrem com a criatividade e a iniciativa individual, porque há riscos que vale a pena correr. E quem não arrisca …

A presença de Herrera constituiu meia surpresa. A equipa infelizmente manteve a sua identidade: muita bola, muitos cantos, remates, poucos golos e alguma inadaptabilidade quando o adversário se atreve um pouco mais e passa a ser capaz de chegar mais perto da nossa baliza, em contra ataques rápidos e apoiados. Tem sucedido, desde o primeiro jogo do campeonato. Aconteceu, ontem, com um certo afrouxamento, a partir do momento que marcámos o primeiro golo e, claramente, desde que Lucho falhou uma boa oportunidade de matar o jogo. E, mais uma vez sofremos um golo, em que Otamendi ficou mal na fotografia. Mas não só ele errou. Mateus nunca mereceu cuidados especiais, dada a sua rapidez, capacidade, influência e experiência.

Entrámos bem no jogo, tivemos 30 minutos animados e, até ao fim do primeiro tempo, fomos perdendo discernimento e presença junto da grande área adversária.  O Nacional tinha ultrapassado a fase difícil e a sua defesa, diga-se, esteve quase sempre bem.

Na segunda parte, reentrámos bem e marcámos. O resto, insisto, foi mais do mesmo. Os assobios e aquele falso controlo do tempo e do jogo, foram sinais evidentes que o FCP estava maduro para estremecer. E foi o que aconteceu, mais uma vez. O treinador seguiu o guião das substituições: saiu Josué e entrou Quintero, depois Varela foi trocado por Licá e já no período do tudo ou nada, tirou  Herrera e colocou Ricardo para alargar mais o jogo.
Não calhou bem e Martinez falhou um golo no fecho do tempo de jogo. Causou-me alguma estranheza o funcionamento daquele duplo pivot, porque frequentemente era Herrera que jogava mais atrasado e sempre com muita parcimónia em assumir o jogo e usar uma maior verticalidade para desequilibrar o adversário. Não creio que o mexicano possa render mais que Defour sujeito a esse espartilho táctico que não condiz  com o seu perfil e retira Fernando da zona em que é claramente mais influente.

De resto, Varela esteve mal e PF não fez as melhores opções para um controlo mais capaz do jogo, dado o empertigamento do Nacional. Herrera e Varela deveriam ter saído na mesma altura e Defour não deveria ter ficado no banco.

PF não parece ser muito arguto no momento e na escolha das substituições a introduzir na equipa. Pior só os constantes e irritante assobios dos adeptos portistas. Para rematar o comentário, só me falta acrescentar que depois deste desaire só temos que levantar a cabeça, pois a CL seque dentro de momentos.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

O regresso do “filho pródigo”?

O FC Porto era a minha segunda casa e foi um clube que me ensinou a amar. Voltei a demonstrar o que sou, ganhei títulos, fora dos adeptos era tratado quase como um rei ou um menino-bonito da cidade. Ainda hoje é assim.
Ricardo Quaresma, numa entrevista ao jornal i, publicada em 16 de Maio de 2009


Wikipedia, 21-11-2013
Desde a altura em que forçou a sua saída do FC Porto (“se eu soubesse o que sei hoje e que ia passar pelo que passei, não tinha feito tanta guerra, nem tinha entrado em guerra com tantas pessoas que se calhar não mereciam...”, Maio de 2009) e proferiu palavras pouco simpáticas quando assinou pelo Inter (qualquer coisa do estilo, “tinha o desejo de voltar a jogar por um grande clube”), a carreira de Ricardo Quaresma não parou de andar para trás.

Daí que não surpreenda a regularidade com que surgem notícias acerca do “regresso do filho pródigo”.

Foi assim em finais de 2009, meio ano antes do Mundial da África do Sul…

«O jornal espanhol Mundo Deportivo avança na sua edição de hoje que o Atlético de Madrid está na corrida pelo extremo, para além do Génova, Nápoles, Everton e... Sporting. Recorde-se que o clube de Simão Sabrosa já tentou a contratação de Quaresma em 2006 e 2007, esbarrando na altura no alto preço pedido pelo FC Porto. O regresso aos campeões nacionais é também uma forte hipótese para o jogador prosseguir a carreira, garante o diário La Gazzetta dello Sport
in Record, 12/11/2009

Foi assim há um ano atrás, o que me levou a escrever o seguinte:

«Desvinculado do Besiktas desde o dia 20 de Dezembro, teoricamente seria a melhor solução (no imediato e a médio prazo). Para Quaresma, que regressaria a uma casa onde foi acarinhado, ganhou títulos, atingiu o apogeu da sua carreira e que lhe abriria as portas para voltar a jogar na Liga dos Campeões e para regressar à Seleção. E para o FC Porto, que receberia um jogador de top, conhecedor das regras e cultura do clube e que não precisaria de tempo para se adaptar à cidade e ao país.»

(entre a hipótese de voltar a jogar na Liga dos Campeões, com o bónus de um eventual regresso à Seleção portuguesa, e os milhões do Al-Ahli, o jogador preferiu ir jogar para os Emirados Árabes Unidos…)

E, aparentemente, o regresso volta agora a ser uma hipótese em cima da mesa, numa altura em que Quaresma está sem clube e com o Mundial do Brasil daqui a pouco mais de seis meses.

O JOGO, 21-11-2013

Será que, finalmente, o Ricardo Quaresma percebeu que na vida de um futebolista o dinheiro não é tudo?

Será que, aos 30 anos, após cinco anos e meio a vegetar pelo banco de suplentes de “grandes clubes”, ou por clubes do terceiro mundo futebolístico, Quaresma pode voltar a ser um jogador de topo?

José Manuel Ribeiro (Diretor de O JOGO), 21-11-2013

Sinceramente, olhando para o perfil psicológico do Quaresma e para aquilo que foi a sua decisão há um ano atrás (que, confesso, me desiludiu bastante), receio que a sua eventual contratação possa ser um remake dos fiascos Liedson e Izmaylov.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Uma questão de respeito

O Futebol Clube do Porto soube fazer-se forte a partir do final dos anos 70 porque se soube fazer respeitar. Perante os rivais, perante os adeptos neutrais e perante os seus próprios seguidores. Os sócios e adeptos do clube sabiam que eram tratados com o respeito que lhes era devido e que quem geria o clube o fazia em comunhão com eles, tomando as melhores das decisões.

Foi com essa política que se ultrapassaram os rivais de Lisboa a velocidade cruzeiro e foi dessa forma que o FCP se transformou no maior clube de Portugal e um dos grandes nomes do futebol europeu. Mas onde está agora esse respeito?

O Futebol Clube do Porto tem há dois meses um jogador desaparecido.
Desaparecido.
Um profissional, pago a peso de ouro, contratado em Janeiro do ano passado e inscrito este ano na Champions League à frente de jogadores como Kelvin, o autor dos golos mais importantes do final da época passada (Braga e Benfica). Um sinal claro do staff técnico que o preferia a Iturbe (emprestado) e a Kelvin (relegado para a equipa B) como opção de ataque, sobretudo na zona mais deficitária da equipa. Paulo Fonseca teria os seus motivos. Esse jogador foi até utilizado no primeiro jogo da fase de grupos da Champions, em Viena. E depois, desapareceu!


Marat Izmailov não aparece no centro de estágios do Olival há mais de 60 dias.
Ninguém sabe verdadeiramente onde está. Uns dizem na Rússia, outros em Lisboa. Muitos já o viram no aeroporto Sá Carneiro, outros pelas ruas da capital. Não está com nenhum problema médico identificado pelo clube. Tem 31 anos, não é um adolescente. É um profissional e com um historial complexo que o clube já conhecia quando o pescou em Alvalade (sem muito sentido, segundo a minha opinião pessoal) e no entanto nenhum adepto ou sócio do clube seria capaz de imaginar que esta situação seria possível.

Será que o FC Porto de Jorge Nuno Pinto da Costa nos anos 80, na década de 90 e nos primeiros anos da década passada permitiria este comportamento a um assalariado como é o russo? Será que os adeptos do clube teriam este tratamento quase de despeito, sem que sejam informados sobre o que se passa com este futebolista? Faz algum sentido, face à história recente e brilhante do clube, pactuar com atitudes destas?

Izmailov é jogador do FC Porto apenas no salário que lhe chega todos os meses. Não o prova (ou provou) em campo, não o prova treinando-se ou "recuperando-se" ao lado dos seus colegas. Não sei, sinceramente, que vinculo existe ainda com este jogador que não impeça a rescisão unilateral de contrato ou a exigência imediata de quem manda no clube da sua reincorporação ao grupo.

Como sócio e adepto do FC Porto acho que é uma questão de respeito que esta situação se esclareça e que se existem motivos lógicos (o que seria dificil) para justificar este abandono das suas funções durante dois largos meses, que sejam explicados. Caso contrário só ficará a sensação de que Izmailov anda por aí perdido, a rir-se do clube e dos seus adeptos!

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Mortes nos relvados

A propósito do falecimento do jovem futebolista do Tourizense Alex Marques (o qual jogou nas camadas jovens do FC Porto até 2010), o jornalista António Magalhães, do Record, recordou no seu blogue um dos dias mais tristes da história do FC Porto: «Foi a 16 de dezembro de 1973, em pleno estádio das Antas, ao minuto 13 do FC Porto-Vitória de Setúbal. Pavão tinha 26 anos».

Record, 18-11-2013

Apesar desta trágica lista ser cada vez mais extensa, ainda me custa a perceber como é que situações destas ocorrem, de um momento para o outro, com atletas profissionais ou semiprofissionais que, ao longo da respetiva atividade desportiva, são sujeitos a N exames médico-desportivos.

domingo, 17 de novembro de 2013

O Dragão

Quando vejo espectáculos que me agradam e me tocam muito particularmente, sejam filmes, peças de teatro, com a música em geral e a ópera em particular, fico com pele de galinha e imensamente feliz. Em estado de exaltação, achámos o mundo melhor: chegámos a comover-nos perante a presença do belo. Somos compelidos a ter bons sentimentos. A harmonia paira no ar. O ambiente é invulgarmente sereno e silencioso, para não perturbar: nada se pode perder. O prazer tem de ser total. São momentos raros esses, mas inesquecíveis.


O Estádio do Dragão é, na feliz citação de MST, um palco próprio para recitais. Deslumbro-me sempre que lá vou e não me canso de lá ir. É muito belo, por ser muito simples. Sinto-me bem. É um estádio que nos honra. Quando atravesso a alameda e revejo o estádio, não fujo à atracção de o ir espreitar de perto e de segui-lo ao longo do passeio da fama. É que à beleza do estádio junta-se um enquadramento único. O Estádio é o centro daquele pequeno universo. Lindo de ver. Próximo ou longe, de terra ou do ar, é um estádio que merece honras de monumento.

Tenho saudades da Constituição, das Antas dos jogos no estádio do Lima, algumas até de Vidal Pinheiro, com muita pena pelo "desaparecimento" do Salgueiros. Mas, sou um apaixonado pelo Dragão. Sinto-me bem, aprecio os cânticos, conheço a vizinhança com quem troco impressões e pormenores tácticos. Quando o estádio irrompe num uníssono berro, gritando “Gooolo”, sinto uma enorme alegria, um paixão enorme, um misto de satisfação e orgulho, felicidade e regozijo, que me deixa rouco e me põe aos saltos como tantos. Esquece-se quase tudo: a enxaqueca, as letras, os desaforos, sei lá que mais. A emoção paira no ar e é contagiante. Somos todos irmãos, naquele momento. O minuto 92 que as imagens mostram e os testemunhos comprovam, é o melhor exemplo dessa louca euforia.


O estádio Dragão é um monumento onde se joga à bola. O Dragão Caixa e o Museu vieram animar o novo centro desportivo do FCP. O Dragão é um digno sucessor do velhinho estádio das Antas.

10 anos depois, continuo a gostar muito do Dragão: foi amor à primeira vista e vai-me acompanhar-me pelo resta da vida fora. Nesta época de incertezas, tenho a certeza que deve ser preservado como pertença do FCP. Um lugar para admirar. Nosso. Como dizia um articulista do PUBLICO: “…vir ao Porto e não visitar o Dragão por dentro e por fora e pelas suas redondezas é um pecado imperdoável.

sábado, 16 de novembro de 2013

10 anos, 10 jogos no Dragão

Faz hoje 10 anos que o Estádio do Dragão foi inaugurado (no dia 16 de Novembro de 2003) e em que um tal de Lionel Messi se estreou pela equipa principal do FC Barcelona.

Eu fui um dos cerca de 52 mil privilegiados cujo nome ficou numa placa no Estádio do Dragão para a posteridade mas, ao longo destes 10 anos, viveram-se muitos outros momentos de gloria portista, naquele que é o mais belo, funcional e eficiente estádio português.

Qual o jogo mais marcante em cada uma destas 10 épocas?

A minha escolha é a seguinte:

Época 2003/04 (fonte: zerozero)

25-02-2004, FC Porto x Manchester United (2-1), [oitavos-de-final da LC 2003/04]

Época 2004/05 (fonte: zerozero)

07-12-2004, FC Porto x Chelsea (2-1), [fase de grupos da LC 2004/05]

Época 2005/06 (fonte: zerozero)

22-03-2006, FC Porto x Sporting (1-1, +g.p.), [meia-final da Taça Portugal 2005/06]

Época 2006/07 (fonte: zerozero)

28-10-2006, FC Porto x Benfica (3-2), [campeonato nacional 2006/07, jornada 8]

Época 2007/08 (fonte: zerozero)

05-03-2008, FC Porto x Schalke 04 (1-0, +g.p.), [oitavos-de-final da LC 2007/08]

Época 2008/09 (fonte: zerozero)

15-04-2009, FC Porto x Manchester United (0-1), [quartos-de-final da LC 2008/09]

Época 2009/10 (fonte: zerozero)

02-05-2010, FC Porto x Benfica (3-1), [campeonato nacional 2009/10, jornada 29]

Época 2010/11 (fonte: zerozero)

07-11-2010, FC Porto x Benfica (5-0), [campeonato nacional 2010/11, jornada 10]

Época 2011/12 (fonte: zerozero)

05-05-2012, FC Porto x Sporting (2-0), [campeonato nacional 2011/12, jornada 29]

Época 2012/13 (fonte: zerozero)

11-05-2013, FC Porto x Benfica (2-1), [campeonato nacional 2012/13, jornada 29]


Algumas curiosidades:

- O FC Porto disputou 221 jogos oficiais e 15 particulares. (fonte: JN)

- Nos 221 jogos oficiais, o FC Porto obteve 167 vitórias, 34 empates e 20 derrotas. (fonte: O JOGO)

O JOGO, 16-11-2013

- Só houve duas épocas em que o FC Porto não perdeu qualquer jogo oficial disputado no Estádio do Dragão: na época de estreia, com José Mourinho, e na época passada (2012/13), com Vítor Pereira.

- O Estádio do Dragão é quase uma "fortaleza inexpugnável", mas a época 2004/05 foi anormal e contrariou esta tendência. Em 21 jogos oficiais, registaram-se 8 vitórias, 9 empates e 4 derrotas dos azuis-e-brancos!

- Os melhores marcadores no Dragão: Hulk, 46 golos (2 em jogos particulares); Falcao, 40 golos; Lisandro Lopez, 38 golos (2 em jogos particulares).


quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Opiniões sobre Defour

No mesmo dia (ontem), li três opiniões sobre Defour.

A opinião do conhecido portista Miguel Sousa Tavares (MST):

Extracto da crónica de MST em A BOLA

A opinião do selecionador da Bélgica:

O JOGO, 12-11-2013

A opinião do ‘Termómetro de O JOGO’:

O JOGO, 12-11-2013

terça-feira, 12 de novembro de 2013

A Taça transbordou!

No domingo passado desloquei-me ao Dragão Caixa, para assistir ao jogo dos 16-avos-de-final da Taça de Portugal de Basquetebol, entre a equipa do FC Porto (Dragon Force) e a Oliveirense.

Pedro Bastos (fonte: www.fcporto.pt)

Como é sabido, na época passada a muito jovem equipa do FC Porto disputou o campeonato nacional de Sub-20, cuja final ganhou brilhantemente em pleno pavilhão da Luz e, em paralelo, também disputou o CNB2 (correspondente à 4ª divisão), tendo perdido a final para o Imortal de Albufeira.

Esta época, a equipa sénior do FC Porto está a disputar o campeonato da Proliga (correspondente à 2ª divisão) e, até agora, tem um trajeto 100% vitorioso na fase regular (4 jogos, 4 vitórias).

Miguel Queiroz (fonte: www.fcporto.pt)

Contudo, o jogo deste domingo era contra uma equipa da Liga principal – a Oliveirense –, a qual está a fazer um bom inicio de campeonato e que tem atletas experientes no jogo interior (talvez o aspeto menos forte da jovem equipa do FC Porto), com destaque para o norte-americano Aaron Fuller, que foi nomeado MVP Global das duas primeiras jornadas da Liga.

Embora acreditasse na vitória da equipa do FC Porto (antes dos jogos acredito sempre!), sabia que o desafio tinha um grau de dificuldade elevado e que era um teste muito sério para uma equipa que tem um único atleta estrangeiro (o base espanhol Ferrán Ventura, de 17 anos) e apenas três jogadores com mais de 20 anos (o mais experiente é André Bessa, formado nas escolas do FC Porto, um “velho” de 24 anos).

André Bessa (fonte: www.fcporto.pt)

O jogo foi disputado do primeiro ao 55º minuto e excedeu todas as minhas expectativas.

Em primeiro lugar, nunca tinha assistido a um jogo de basquetebol com três prolongamentos.

Depois, vi um produto da formação portista – João Soares –, agora ao serviço da Oliveirense, a brilhar a grande altura naquela que foi a sua "casa" durante anos. Marcou 44 pontos (!), foi o MVP do jogo e no final não deixou de ser cumprimentado por vários adeptos portistas.

Mas o que mais me impressionou e chegou a ser emocionante foi a garra, o acreditar sempre, a enorme alma de dragão desta jovem equipa portista, superiormente orientada por Moncho López, um galego que adoptou o Porto e o FC Porto como a sua cidade e o seu clube do coração. Grande Moncho!

Moncho e alguns dos "seus" jovens dragões (fonte: www.fcporto.pt)

O resultado final (116-110) faz lembrar a NBA mas, no futuro, este jogo será recordado como o da prova de vida de uma equipa de dragões, maioritariamente baseada em atletas Sub-20, de regresso aos grandes jogos do basquetebol português. E eu estive lá.

Para memória futura…
Sob o comando de Moncho López, alinharam e marcaram: Hugo Sotta (10), André Bessa (5), João Grosso, Eduardo Guimarães (6), João Gallina (4), Ferrán Ventura (16), Pedro Bastos (31), José Miranda (15), João Ribeiro, João Torrie (2), Pedro Figueiredo (5) e Miguel Queiroz (22).

Dragon Force x Oliveirense (fonte: O JOGO, 11-11-2013)

P.S. O acesso a este jogo era gratuito para sócios do FC Porto, bastando para tal levantar o bilhete numa das Lojas do Associado (Estádio do Dragão ou Vitalis Park), numa das FC Porto Stores (ArrábidaShopping, NorteShopping, Baixa ou Shopping Cidade do Porto), ou na bilheteira do Dragão Caixa, no dia do encontro. Pois apesar disso, as bancadas do Dragão Caixa estavam cheias… de cadeiras vazias (dos Super Dragões e do Coletivo não vi ninguém) e nem a bancada lateral (Bancada Nascente) encheu. Uma pena…

P.S.2 O Porto Canal transmite, e bem, os jogos de Andebol e Hóquei em Patins disputados no Dragão Caixa. Por que razão não transmite os jogos de Basquetebol?

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Apenas uma vitória


Foi um jogo que repetiu as qualidades e os defeitos actuais da equipa. Entrámos bem, com boa circulação de bola e algumas boas iniciativas que levaram a dois golos e a umas quantas oportunidades, não flagrantes, mas interessantes quer pela sua construção, quer pela sua finalização. Desta vez, o Josué começou na ala esquerda e Varela no flanco direito. Desta vez, o Varela e os laterais (principalmente Alex) não estiveram tão interventivos, e foi o Fernando, o Defour, o Lucho e o Josué os pivots de toda a movimentação da equipa. Martinez também esteve ligeiramente melhor, e marcou um golo numa excelente iniciativa de Defour, seguida de uma assistência perfeita de Lucho.

No segundo tempo, jogámos mais em contenção, tirando partido do pecúlio amealhado, mas se o adversário não importunou muito, teve demasiada bola e o FCP mostrou nesse período dificuldades de controlar o jogo; o VG esteve demasiado tempo no nosso meio campo e raramente conseguimos sair com bola e chegar à baliza adversária com perigo. E este insistente bloqueio incomoda, porque denota alguma incapacidade de tornear as iniciativas de equipas que nem são fortes a jogar em ataque continuado. Denota ainda uma preocupante quebra física que retira discernimento e confiança, e por isso, passámos a jogar com as linhas mais baixas e a sofrer forte pressão logo na primeira fase de construção. E o jogo torna-se irritante e aborrecido.

Kelvin e Carlos Eduardo não acrescentaram muito ao jogo, Mangala foi (mal) expulso e a arbitragem foi má.
Uma vitória é uma vitória mas não fiquei muito entusiasmado porque temo que contra equipas mais valiosas possamos ter alguns desgostos. O PF tem de estudar bem as causas para evitar estes efeitos. Se calhar com mais treino ?

sábado, 9 de novembro de 2013

Paulo Fonseca igual a Vítor Pereira?

O jornal O JOGO, talvez o jornal que mais "atacou" e criticou as opções de Vítor Pereira nos dois anos em que o espinhense foi o treinador principal do FC Porto, publicou hoje um artigo onde compara o actual FC Porto, de Paulo Fonseca, com o FC Porto de Vítor Pereira.

É absolutamente normal comparar a evolução de uma equipa entre duas épocas seguidas (quer o treinador se mantenha ou não), analisando os aspectos em que melhorou e aqueles em que piorou.
A equipa é mais ou menos ofensiva? Ataca mais pelas alas ou pelo meio? Defende melhor? Pressiona mais à frente? Joga com as linhas mais juntas? É mais eficaz nas bolas paradas? Utiliza o mesmo modelo de jogo? Marca mais golos? Sofre menos golos? etc.

Mas não foi isso que o jornal O JOGO fez.
Para o jornal O JOGO não interessa comparar a evolução, positiva ou negativa, que a equipa do FC Porto registou da época passada (2012/13) para esta (2013/14). E, como não lhes interessa, decidiram fazer outra comparação.
Qual?
Comparar os primeiros 15 jogos oficiais (abrangendo a supertaça, o campeonato, as competições europeias e a taça de Portugal) de Paulo Fonseca e de Vítor Pereira, como treinadores principais do FC Porto.

Paulo Fonseca versus Vítor Pereira (fonte: O JOGO, 09-11-2013)

Muito haveria para dizer da "validade" desta comparação. Por exemplo, um dos "pormenores" que O JOGO se esqueceu de referir são os jogadores, equipas-tipo e planteis de ambos os períodos.

De facto, enquanto que da época passada para esta permanecem 9 jogadores da equipa-tipo, o que reforça a pertinência das comparações, se a comparação for com o inicio da época 2011/12 apenas permanecem 3 jogadores da equipa-tipo (Helton, Otamendi e Fernando).

O JOGO "esqueceu-se" de o dizer, mas eu recordo que nos primeiros 15 jogos oficiais da época 2011/12, em vez dos actuais Danilo, Mangala, Alex Sandro, Defour, Lucho ou Jackson, havia Sapunaru, Rolando, Fucile, Alvaro Pereira, Souza, Guarin, Belluschi ou Kleber.
Ou seja, comparar os 15 primeiros jogos oficiais desta época com os 15 primeiros jogos da época 2011/12 é comparar realidades muito diferentes e só se compreende quando o objectivo pretendido é chegar a determinadas conclusões ("PAULO FONSECA IGUAL A VÍTOR PEREIRA").

Já agora, por que razão é que O JOGO não se deu ao trabalho de comparar os 15 primeiros jogos oficiais desta época, com os 15 primeiros jogos da época 2002/03 (José Mourinho), 2006/07 (Jesualdo Ferreira) ou 2010/11 (André Villas-Boas)?

E, para que não fiquem duvidas do que O JOGO pretende, o destaque no meio do artigo é o seguinte: «Pereira ganhou o quinto jogo da Liga dos Campeões e, a precisar de ganhar o sexto, falhou»

Pois, Vítor Pereira falhou (só não percebo por que razão a SAD fez uma "limpeza de balneário" umas semanas depois, em Janeiro de 2012, em vez de o despachar a ele...) mas, como as vitorias de Paulo Fonseca serão as vitorias de todos os portistas (no caso de Vítor Pereira parece que houve quem engolisse uns sapos...), espero que Paulo Fonseca faça melhor, ganhando o quinto e o sexto jogo da fase de grupos da Liga dos Campeões e consiga o apuramento para os oitavos de final.

De resto, ficamos à espera de mais comparações de O JOGO, a próxima já em Dezembro mas, principalmente, em Maio do próximo ano.

Volta Ricardo Costa

«A palmada e os insultos alegados não são referidos nos Relatórios Oficiais do Jogo; são mencionados no Relatório das Forças de Segurança mas apenas na medida em que assim foram relatados pelo Sr. Dr. Nuno Lobo; não foram presenciados (vistos ou escutados) por nenhuma das sete pessoas que vieram aos autos prestar declarações para além do Sr. Dr. Nuno Lobo. Questionados todos os oito inquiridos sobre se sabiam de alguém que tivesse visto a palmada ou ouvido os insultos, responderam que não.»


O JOGO, 09-11-2013

«Compulsada toda a prova apreciada durante este inquérito, verifica-se que não existem indícios suficientes da ocorrência de infracção disciplinar».

Pois é, não houve um único dos inquiridos (todos presentes na Tribuna Presidencial do estádio da Amoreira), que confirmasse as acusações do Nuninho.
Não me surpreende. Imagino que as testemunhas chamadas a depor estivessem todas aterrorizadas e com medo de serem espancadas pelo "musculado" Adelino Caldeira...

Claro que se fosse no tempo do saudoso Dr. Ricardo Costa, o homem que o slb colocou no CD da Liga..., perdão, o "corajoso" homem do 'Apito Final' e herói dos stewards do Túnel da Luz, outro galo cantaria.
De facto, a falta que tu, Ricardo, fazes para que haja "justiça" (a verdadeira "justiça", a justiça defendida e propalada pelos benfiquistas...) no futebol português.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Jornalista da benfica TV derrotado em Tribunal

Em Novembro de 2011, Valdemar Duarte, na altura jornalista da TVI (agora é jornalista da benfica TV...), alegou ter sido insultado e agredido por Pinto da Costa e outros elementos do FC Porto, no final do FC Porto x SC Braga (3-2), disputado no Estádio do Dragão, e apresentou queixa.

O caso foi para Tribunal, foram ouvidas as duas Partes e respectivas testemunhas e, soube-se hoje, todos os elementos do FC Porto acusados pelo Valdemar - Pinto da Costa, Rui Carvalho (team manager da equipa B), Fernando Brandão (técnico de equipamentos) e Joaquim Pinheiro (responsável pelos escalões de formação dos dragões) - foram absolvidos.

E porquê?

Basicamente, porque o Tribunal não deu como provadas, devido à discrepância de testemunhos e contradições entre os mesmos, as acusações de injúrias e ofensa à honra do Valdemar.
Mais. O único facto dado como provado foi a interpelação feita por Pinto da Costa a Valdemar Duarte - "Está aqui como jornalista ou como benfiquista?" -, que foi assumida pelo próprio presidente do FC Porto.

E agora Valdemar?
"Agora quero é trabalhar", disse Valdemar Duarte à saída do Tribunal.

Mais uma vez, Pinto da Costa ganha em Tribunal um caso contra um elemento do Grupo benfica.
Acho que, para os lados da Luz, já deviam estar habituados a desfechos destes, até porque, em Tribunal, os casos não são decididos pelo Dr. Ricardo Costa...

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Bom jogo, resultado justo !


Excelente jogo, muito bem disputado e de domínio partilhado. Entrámos bem e com uma clara superioridade sobre o Zenit, com um bloco baixo e mais na expectativa, a ver no que o jogo dava. Posse, mobilidade e boa circulação de bola foram as nossas armas; faltou um pouco mais de capacidade de ruptura e o último passe sair mais trabalhado, e não tanto com o centro como arma de recurso à falta de um pouco mais de jeito para colocar a bola junto do companheiro melhor posicionado, como aconteceu no primeiro golo, muito bem conseguido pela equipa.

Uma espécie de fatalismo acompanha a equipa e sofremos o empate, cinco minuto depois, num lance em que houve demasiadas hesitações entre Helton e Alex, e Hulk não perdoou. Apesar do golpe, mantivemo-nos por cima, mas aos poucos o Zenit mostrava-se melhor posicionado e a prometer uma segunda parte mais dinâmica.

E foi o que aconteceu. Mais subido e pressionante, e ganhando mais segundas bolas, aproximou-se muito mais da nossa baliza, e quase sempre com perigo. Otamendi fez grande penalidade – embora sem qualquer intenção de jogar a bola com a mão – que Hulk não converteu. Durante toda a segunda parte, o Zenit foi superior, criou mais perigo e veio ao de cima de forma clara que o Zenit tem um plantel mais rico que o nosso e com melhores soluções no banco.

PF demorou a fazer as substituições, mas diga-se que não dispunha de gente que garantisse não tremer naquela altura crucial em que estávamos por baixo. Na minha perspectiva, deveria recorrer a Maicon, colocar Alex na ala e Mangala na lateral. Percebo, porém, que não sendo o empate um resultado positivo, PF optasse por Licá para tentar jogar mais pelas alas, mas o jovem ainda treme muito nestes jogos de grandes decisões.

Acabámos por empatar. Não foi mau, e o jogo foi muito interessante. Gostei do FCP, apesar de não ter tido pulmão para jogar os 90 minutos em alta intensidade. Quanto às substituições, com Fernando, Defour e Lucho desgastados, é minha opinião que precisávamos de mais pulmão e músculo. Não havia disso no banco.

Laterais em ritmo altíssimo, Josué, Varela, Lucho, Defour e Fernando muito bem. Martinez esforçado, mas sem grande brilho. Otamendi tem oscilado demais e Mangala esteve regular sem deslumbrar. Ficou um pouco a ideia que não fomos capazes de gerir o tempo e a bola, no segundo tempo, mas foi sobretudo pelo mérito da reacção do Zenit.

Este jogo, deixou-me menos “abatido” pelos sinais positivos que mostrou. Apesar dos reforços contratados, considero que para a CL temos um banco frágil. No domingo há mais!

Vitórias morais...

A BOLA, 06-11-2013

Viram a espectacular vitória moral do slb no jogo de ontem contra o Olympiakos, esse "colosso europeu" que, há um mês e meio atrás, foi goleado (1-4) em casa pelo PSG e que tem como titular (e um dos seus melhores jogadores) o nosso bem conhecido Leandro Salino?

Pois bem, eu não quero vitórias morais (nem que seja a jogar com 10).

O JOGO, 23-10-2013

Quero vitórias reais.
Deixem as vitórias morais para os benfiquistas e para o Jorge Jesus, esse grande especialista em... vitórias morais.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

LMS do Dia

Um dos motivos invocados para a não-renovação do contrato com o Vítor Pereira - pois é, sempre ele ... - era o facto de não saber valorizar ou fazer evoluir jogadores, sendo o Maicon, muitas vezes apontado como exemplo. Assim como assim, não será melhor um treinador que não valoriza, a um treinador que só desvaloriza? Longe vão os tempos em que o Mangala - e nem vou citar outros casos - era cobiçado pelo Barcelona; actualmente, não o quererá nem de borla.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Deixem jogar o Caballero!



Quem marca golos destes tem qualquer coisa de especial.
Claro que quem marca golos destes, sendo ainda muito jovem, tem de ser devidamente acompanhado e bem trabalhado, para não se perder um possível avançado de eleição.
Mas, quem marca golos destes tem, necessariamente, de ter mais oportunidades, quer na equipa B, quer em jogos menos importantes da equipa principal (por exemplo, na Taça da Liga).
Porque quem marca golos destes, não pode passar os jogos da equipa B sentado no banco de suplentes ou na bancada.

Utilização de Mauro Caballero na época 2013/14 (fonte: zerozero)

Caro Luís Castro, deixe-nos ver jogar o Caballero!