segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
O Inocêncio Calabote do século XXI
I. O roubo ao raio-x:
45'+2': O único golo do jogo, marcado por David Luiz
Verdade dos factos: No momento do livre de Aimar, David Luiz encontrava-se em claríssima posição de fora-de-jogo. É impossível o árbitro auxiliar não ter visto, não só por ser um lance de bola parada, mas também porque as linhas da grande área ajudam a perceber a posição completamente irregular do jogador do SLB.
56': Paulo Baptista assinala penalty a favor do SLB, punindo uma pretensa falta de Mossoró sobre Di Maria
Verdade dos factos: Mossoró não comete qualquer falta sobre Di Maria, o qual, até pela forma como reage após a decisão do árbitro, deveria ter visto um cartão amarelo por simular um penalty.
61': Alan cai na grande área do SLB, após disputa de bola com Katsouranis, mas o árbitro nada assinala
Verdade dos factos: Katsouranis agarra Alan, primeiro pelas costas e depois por um braço em plena grande área do SLB. Penalty claro contra o SLB (e cartão amarelo para Katsouranis) que ficou por assinalar.
70': Matheus entra na área do SLB e quando se esgueirava em direcção à baliza dos encarnados é varrido por Luisão, mas o árbitro nada assinala
Verdade dos factos: Ficou por marcar um penalty mais do que evidente, ao ponto de até A BOLA (jornal semi-oficial do SLB) o reconhecer. Além do penalty, Luisão teria de ser admoestado, no mínimo, com o cartão amarelo.
Em resumo: A equipa de arbitragem validou um golo que não era, marcou uma grande penalidade a favor do SLB que não era e não assinalou duas grandes penalidades claras contra o Benfica.
Para além disto, cantos transformados em pontapés de baliza, lançamentos assinalados ao contrário e, pasme-se, o Luisão e o David Luiz chegaram ao fim do jogo sem verem sequer um cartão amarelo.
Notável!
Tal como em 2004/05 é desta forma que o apito encarnado constroi um campeão com pés de barro.
II. As reacções
"O resultado não foi justo. O Braga foi superior ao Benfica em todos os aspectos do jogo.
Sofremos um golo com um fora-de-jogo de três metros. E quando o cruzamento partiu, o David Luiz já lá estava! É um posicionamento para tentar enganar árbitros auxiliares como este, que não percebe nada disto!
O árbitro inventou um golo. Eu vi duas grandes penalidades sobre Alan e Matheus! Já vi na cabina e no campo.
Tenho 20 anos de carreira, nunca me tinha acontecido isto.
Alguns lances podiam deixar dúvida. Mas o golo não deixa dúvida. No penálti do Luisão, não tenho dúvidas. No do Katsouranis, que está a puxar o Alan, ainda dou o benefício da dúvida...
O que se passou aqui hoje é alguma verdade desportiva? Dou os parabéns aos jogadores do Sp. Braga.
Quando aparecem equipas melhores, não há hipótese. A equipa de arbitragem não deixa. Como resolvo isto? Só resolvo na playstation!
Eu sei que há seis milhões de benfiquistas e se calhar você (dirigindo-se a um jornalista, que lhe perguntara quem é que não deixa o Sp. Braga ganhar) é um deles..."
Jorge Jesus, treinador do Sp. Braga
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"O que se passou aqui na Luz vai ficar na história do século XXI, porque o árbitro conseguiu fazer uma arbitragem totalmente tendenciosa.
Fomos roubados e isto é um roubo em qualquer parte do mundo!
Estamos revoltados porque o que se passou aqui é uma vergonha, um escândalo!
O Paulo Baptista vai ficar na história como o Inocêncio Calabote do século XXI!
Gostava que o presidente da APAF e o senhor Vítor Pereira comentassem já hoje [ontem] o trabalho do árbitro."
António Salvador, presidente do Sp. Braga
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"Foi um roubo de catedral! Comparada com a arbitragem do senhor Pedro Henriques, isto foi de verdadeiro profissional.
Só é de esperar que aqueles que crucificaram Pedro Henriques tenham agora a coragem, pela isenção que apelam, e façam o mesmo com este árbitro.
Mais levado ao colo deve ser difícil.
Os investimentos na arbitragem e nalguma comunicação social começam a dar frutos.
Verdadeira vergonha aquilo que se passou na Luz e desta vez está demonstrado perante a evidência. E não há desculpas do trio de arbitragem que tem altas responsabilidades."
Paulo Abreu, presidente do grupo Stromp, ex-vice-presidente do Sporting
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«Paulo Baptista assinou a arbitragem com maior influência no resultado a que assisti nos últimos anos.
É inaceitável que uma equipa de arbitragem possa demonstrar tamanha incompetência.
(...)
P.S.: Seria importante que depois de um jogo como este os responsáveis do Benfica dissessem publicamente o que pensam. Como fizeram depois do Benfica-Nacional, a propósito de uma decisão de Pedro Henriques. Se o fizerem poderão ser levados a sério.»
Luís Sobral, jornalista
in Maisfutebol, 11/01/2009/
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«Um golo obtido em nítida posição irregular, aliado à não marcação de uma grande penalidade cometida por Luisão, esteve na origem da vitória (sofrida e injusta) do Benfica diante do Sp. Braga.
(...) se os principais emblemas cá do burgo não fossem, ao mesmo tempo ou à vez, “empurrados” pelas “distrações” dos homens do apito, os pontos perdidos podiam ser mais. Nesta última ronda foi o Benfica quem “encheu a barriga”. Foi beneficiado directa e indirectamente, pois no empate do FC Porto também existiu vista grossa a uma penalidade cometida sobre Lisandro.»
Luis Avelãs, jornalista
in Record, 12/01/2009
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"Os árbitros têm uma profissão difícil. Se se enganou nalguma situação, estou convencido de que não era essa a sua intenção..."
Quique Flores, treinador do SLB
"Não vejo que tenhamos sido beneficiados neste jogo"
Miguel Vítor, jogador do SLB
"Falar dos árbitros é uma parvoíce. Se foram prejudicados ou não, não vale a pena falarmos sobre isso"
José António Reyes, jogador do SLB
III. Notas finais
i) Como é sabido, o observador do SLB-Nacional, Ernesto Pereira, penalizou o árbitro Pedro Henriques com uma nota negativa (2,3 numa escala de 0 a 5) por, num lance altamente discutível, o árbitro de Lisboa ter, supostamente, cometido um erro grave.
Ora, perante a enxurrada de erros graves no SLB-Braga, qual será a nota de Paulo Baptista? Para haver o mínimo de coerência e a Liga de Clubes não perder toda a credibilidade só pode ser zero.
ii) O árbitro Paulo Baptista já cumpriu, e com elevada distinção, a sua missão neste campeonato e, por isso, é mais ou menos irrelevante o número de jornadas que irá para a "jarra". Contudo, irá ser clarificador verificar qual vai ser a decisão do presidente da Comissão de Arbitragem da Liga, Vítor Pereira, a este respeito.
iii) O Sporting de Braga anunciou hoje que vai apresentar uma queixa-crime ao Ministério Público contra o árbitro Paulo Baptista.
Os arsenalistas também irão enviar à Liga de Clubes uma participação contra o árbitro de Portalegre.
iv) Aguardo com alguma expectativa as declarações que Pinto da Costa irá fazer logo à noite na Casa do FC Porto de Espinho.
Nota: Os destaques no texto a negrito são da minha responsabilidade.
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25 comentários:
Expectativa para as declarações de Pinto da Costa?
Logo ele...so falo quem tem telhados de vidro, tenham juizinho...
Sim, expectativa pelas declarações de Pinto da Costa que, espero, arrase a corja que tomou conta da Liga de Clubes.
Aliás, neste aspecto - pressão desavergonhada sobre os árbitros e sobre quem os nomeia e observa - o FC Porto tem muito a aprender com os dois clubes da 2ª circular.
Conforme se pôde ver no Guimarães-SLB e no SLB-Braga, a campanha que jogadores, treinador e dirigentes do SLB fizeram a seguir ao jogo com o Nacional teve um retorno imediato e, provavelmente, até acima das expectativas dos próprios.
Mesquita Machado, presidente da Câmara Municipal de Braga e da Assembleia Geral da FPF, teceu violentas críticas à arbitragem de Paulo Baptista no jogo entre Benfica e Sporting de Braga, que terminou com a vitória dos lisboetas.
"Acho muito bem que a direcção do clube tenha apresentado uma queixa-crime contra o árbitro. O que se passou lá foi um assalto à mão armada, um roubo, e os roubos têm que ser investigados", referiu o autarca em declarações à Agência Lusa.
Para Mesquita Machado, também antigo presidente do clube minhoto, "os erros foram premeditados" e foi mesmo mais longe, dando a entender que o árbitro de Portalegre não terá sido a primeira escolha do Conselho de Arbitragem, acreditando terem existido "influências exteriores para que fosse aquele árbitro".
O líder da Assembleia Geral da FPF não quis aprofundar as acusações, revelando ter ouvido tais informações "nos corredores, no 'diz que disse'", mas frisou que, "pelos vistos, essas suspeitas tinham fundamento".
Além disso, Mesquita Machado adiantou também que lhe transmitiram que Paulo Baptista "é um grande benfiquista" e deixou uma palavra de apoio ao treinador bracarense Jorge Jesus, a quem elogiou a "coragem".
"Tem inteira razão nas críticas que fez e demonstrou muita coragem. Só espero que não apanhe nenhum castigo por isso. Se quiserem castigar alguém, que me castiguem a mim. Estou disponível para enfrentar um processo disciplinar por dizer aquilo que penso", concluiu.
in Record, 12/01/2009
Amei a escolha do título do post. Falar em Calabote, numa jornada onde o Porto teve direito a 5 minutos de tempo extra, que se extenderam no entanto a 7, muito mais que o tempo extra que calabote deu na altura dele. Sim pq se o jogo começa mais tarde tem de ver os 90 minutos reduzidos?
César disse...
«Amei a escolha do título do post»
Caro César, se estivesse atento teria verificado que o título corresponde a uma citação do presidente do Braga.
Aliás, poderia ter escolhido outras citações para título:
"Roubo de catedral!" (Paulo Abreu)
"Roubo de igreja!" (Mesquita Machado)
etc.
A ideia é sempre a mesma e, desta vez, nem o jornal semi-oficial do SLB - A BOLA - teve dúvidas em o dizer na sua primeira página.
César disse...
«Falar em Calabote, numa jornada onde o Porto teve direito a 5 minutos de tempo extra, que se extenderam no entanto a 7»
Pois, este tipo de comentários é o problema de quem gosta de mandar uns palpites e, provavelmente, nem sequer viu o jogo.
Eu explico.
Na 2ª parte houve 6 substituições. Ora, isto significa que se os árbitros foram competentes e seguirem as indicações da FIFA, só devido a isto devem dar 3 minutos de desconto.
Contudo, para além disto, os jogadores do Trofense usaram e abusaram das quedas para o relvado e simulação de lesões, tendo na 2ª parte a maca entrado em campo 5 vezes.
Se por cada uma das vezes que a maca entrou no relvado o árbitro tivesse dado um minuto de desconto (que seria o mínimo dos mínimos), então o árbitro deveria ter dado 8 minutos (3+5) de descontos.
E neste número não estou a contar com todas as outras formas que os jogadores do Trofense usaram para queimar tempo, como por exemplo na marcação de faltas, na reposição da bola em jogo ou nos pontapés de baliza.
Ou seja, 8 minutos de descontos seria o mínimo que um árbitro honesto e competente deveria ter dado. Mas este árbitro chama-se Reforço e toda a gente percebeu de que equipa ele era reforço...
Quanto aos dois minutos extra de descontos, devem-se à rábula da expulsão do jogador Milton do Ó ao minuto 91. Para além dos protestos com o árbitro e árbitro auxiliar e da aglomeração de jogadores que se formou, o tal Milton do Ó (que era o capitão de equipa) andou a passear pela relvado, para trás e para a frente, de braçadeira na mão para a entregar a outro jogador.
Tudo isto foi feito com a total complacência do tal Reforço...
Mas eu percebo o comentário do César.
É típico do benfiquista que não viu, não sabe, nem quer saber. Ouviu dizer...
COMUNICADO, 2009-01-12
A Sporting Clube de Braga - Futebol SAD, vai apresentar uma queixa no Ministério Público contra a equipa de arbitragem, liderada por Paulo Baptista, do jogo que se desenrolou no último domingo, dia 11 de Janeiro, frente ao Sport Lisboa e Benfica, SAD, no Estádio da Luz.
Para além dessa queixa, será ainda apresentada uma participação disciplinar na Liga de Portuguesa Futebol Profissional, contra a referida equipa de arbitragem.
Na base destas queixas, está a actuação desastrosa da equipa de arbitragem, que declaradamente prejudicou a SC Braga – Futebol SAD e que teve intervenção directa no resultado final do encontro.
A SC Braga – Futebol SAD não acredita que a lamentável actuação da referida equipa de arbitragem, tenha sido casual. Na verdade, da análise ao jogo facilmente se constata que foram vários os erros perpetrados pela equipa de arbitragem sendo todos sempre num sentido, ou seja, prejudicando os interesses da SC Braga – Futebol SAD.
Os analistas desportivos, logo no próprio dia do referido encontro, afirmaram que esta equipa de arbitragem estava condicionada, e que isso mesmo transpareceu claramente na actuação da equipa.
Nessa medida, a SC Braga – Futebol SAD vai apresentar a queixa junto do MP, no sentido de ver apurada a eventual responsabilidade criminal da equipa de arbitragem e de se averiguar qual (ou quais) o condicionalismo(s) que ocorreu(ram) e que levou(aram) a equipa de arbitragem a actuar da forma descrita.
A SC Braga – Futebol SAD pretende ainda que a Comissão de Arbitragem LPFP analise a actuação da referida equipa da arbitragem e que aja em conformidade face ao desempenho da mesma no jogo em causa, de forma a restabelecer a confiança da SC Braga – Futebol SAD na arbitragem portuguesa, bem como nos órgãos que a presidem.
BRAGA, 12 DE JANEIRO DE 2009
O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
in scbraga.pt
"Mas eu percebo o comentário do César. É típico do benfiquista que não viu, não sabe, nem quer saber. Ouviu dizer..."
De facto, não admira.
A cultura demagógica e propagandista do universo benfiquista é tal, que ainda hoje tive um amigo lampião que me disse que a bola nem sequer chegou a bater no braço ou na mão do Miguel Vítor no slb - Nacional!
Pensando bem, eu até tenho dúvidas q a bola tenha tocado nele de todo...
E é com esta cultura que se calhar daqui a uns anos ainda vão dizer que foram roubados neste jogo contra o Braga...
"Pois, este tipo de comentários é o problema de quem gosta de mandar uns palpites e, provavelmente, nem sequer viu o jogo."
Exactamente! E quem viu o jogo de calabote? Obviamente o meu comentário irónico não dizia respeito ao tempo de desconto, mas ao facto de o nome de Calabote (e do Benfica) continuar a ser denegrido por pessoas que não viram, nem estavam cá para ver o que se passou.
Estão todos a supor que eu não devia comentar por não ter visto o jogo...
Quem aqui viu o jogo de Calabote?
E já agora agredecia que deixassem o estereótipo de "cultura demagógica e propagandista" de lado. Não vim aqui discutir a arbitragem do caso A ou B.
E demagogia é pegar em imagens da SportTV e admitir que são adulteradas, apenas porque não percebemos muito de perspectivas captação de imagem...
Boa cesar...
César disse...
«Obviamente o meu comentário irónico não dizia respeito ao tempo de desconto, mas ao facto de o nome de Calabote (e do Benfica) continuar a ser denegrido por pessoas que não viram, nem estavam cá para ver o que se passou.»
Sobre o tempo de descontos do FC Porto x Trofense estamos, pelos vistos, conversados. Ficou claro que, no mínimo, deveriam ter sido 8 minutos (e não 5).
Sobre o Calabote e as poucas vergonhas do futebol português nas décadas de 40, 50, 60 e 70, vamos aos factos.
Facto 1: Durante a semana que antecedeu o jogo, o Torreense transformou-se numa espécie de Benfica B, com os treinos a serem orientados por elementos dos encarnados, tendo-se chegado ao cúmulo de, durante o jogo, um treinador do Benfica – o argentino Valdivieso – se ter sentado no banco do Torreense.
Facto 2: Apesar dos regulamentos dizerem que os jogos tinham de começar à mesma hora, o Benfica x CUF começou com sete minutos de atraso em relação ao Torreense x FC Porto.
Facto 3: O guarda-redes da CUF – um tal de Gama (que nome tão apropriado!) - de tão “infeliz” que estava a ser nesse jogo, foi substituído a pedido dos próprios colegas.
Facto 4: O árbitro alentejano Inocêncio Calabote, entre outras decisões polémicas, marcou três penalties a favor do Benfica e prolongou o jogo por mais oito minutos.
Facto 5: Apesar de vivermos em pleno Estado Novo e de, nesse tempo, o futebol português ser uma espécie de coutada dos senhores de Lisboa, não foi possível abafar tamanho escândalo (em grande parte graças à força política da família Mello, donos da CUF), e o árbitro “inocente” Calabote foi irradiado em 11 de Outubro de 1959.
Isto são factos e não é preciso ter estado lá para o comprovar.
Nota: Eu não estive lá, mas sei que em 25 de Outubro de 1147 D. Afonso Henriques conquistou Lisboa aos mouros...
Testemunho de quem viveu por dentro o Benfica x CUF:
Manuel de Oliveira, que viria a ser um dos mais cotados treinadores portugueses, era na altura jogador da CUF. Em declarações ao jornal RECORD de 23/01/2006, não teve dúvidas em afirmar:
“Estava tudo feito. Foram assinaladas três grandes penalidades contra nós e nenhuma delas existiu. (...) O jogo foi preparado muito antes (...) Para começar, o Benfica promoveu um atraso de 7 minutos para o recomeço do jogo e depois confirmou-se o momento mau pelo qual passava o nosso guarda-redes, Gama, que foi muito pressionado durante a semana por elementos ligados ao adversário. E a verdade é que ele não foi feliz. (...) O jogo obedeceu a um arranjo e, quanto a isso, não tenho a menor dúvida”.
Caros César, Littleperverse, maestro e restantes benfiquistas que gostam de nos visitar, os factos acima referidos (facilmente comprováveis) e o testemunho do jogador/treinador Manuel de Oliveira serão uma invenção do maquiavélico Pinto da Costa?
Até hoje perdura uma questão: se o árbitro “inocente” Calabote foi irradiado por, supostamente, ter sido subornado, porque razão nada aconteceu a quem o subornou?
Ainda bem, que num programa actual, alguém que esteve no jogo, disse que assistiu em directo, e que o jogo foi normal, para um jogo da época. Esse alguém é comentador respresentatante do Sporting...
Tendo em conta que aqui disseram que são factos, certos acontecimentos que não aconteceram isso dá-me a legitimidade de vos chamar mentirosos (a alguns de vocês).
"Facto 4: O árbitro alentejano Inocêncio Calabote, entre outras decisões polémicas, marcou três penalties a favor do Benfica e prolongou o jogo por mais oito minutos."
A mentira é que na realidade em relação aos 90 minutos de jogo, o árbitro não prolongou o jogo por mais de 4 minutos. Foram 3 minutos e picos.
O que aconteceu foi que o Benfica, atrasou a entrada em campo o mais que pode, para benefeciar do conhecimento do jogo do Porto. Chamem-lhe mau perder, falta de fair-play, batotice o que quiserem, mas foi isso que aconteceu, e o Benfica foi na altura punido pelo atraso, que não foi responsabilidade do árbitro.
Em relação aos 3 penalties, dizem os jornais, e programas desportivos da época, que 2 deles existiram sem dúvidas, e um deles foi duvidoso.
Convem dizer que estas coisas de pegarem e dizer "3 penaltys" admitindo logo que foram mal assinalados só porque foram muitos é que é demagogia. A tal de que me acusaram.
E acrescento que usando o mesmo raciocinio que vós, podia dizer que no jogo do Porto, foram dois adversários expulsos, e que o Porto marcou os seus últimos dois golos a 2 minutos do final.
E já agora quem disse e toda a gente que disse que o jogo teve mais que 4 minutos de prolongamento mente. E até tenho recortes de jornais da altura para provar.
César disse...
«Ainda bem, que num programa actual, alguém que esteve no jogo, disse que assistiu em directo, e que o jogo foi normal, para um jogo da época. Esse alguém é comentador respresentatante do Sporting...»
MENTIRA!
O Rui Oliveira e Costa não disse nada disso.
Mas mesmo que o tivesse dito, não seria por ele o dizer que era verdade.
César disse:
«Em relação aos 3 penalties, dizem os jornais, e programas desportivos da época, que 2 deles existiram sem dúvidas, e um deles foi duvidoso.»
Quais jornais da época?
A BOLA? O Record?
Não me faças rir...
E quem assinou tão "isentas" crónicas do jogo?
O Aurélio Márcio?
O Alfredo Farinha?
O Silva Resende?
Quais programas desportivos da época?
Na altura ainda não havia os 'Porcos da Bola'...
Na altura (finais dos anos 50) as transmissões de jogos de futebol eram rarissimas e as poucas que havia eram de jogos internacionais.
A primeira transmissão de um jogo de futebol foi em 1958, entre o Sporting e o F.C. Áustria, no Estádio José de Alvalade.
César disse:
"Facto 4: O árbitro alentejano Inocêncio Calabote, entre outras decisões polémicas, marcou três penalties a favor do Benfica e prolongou o jogo por mais oito minutos."
A mentira é que na realidade em relação aos 90 minutos de jogo, o árbitro não prolongou o jogo por mais de 4 minutos. Foram 3 minutos e picos.
Saliento e registo que não contestas os restantes 5 (cinco!) factos que apresentei.
Quanto aos minutos de descontos, já lá vamos.
César disse:
«E já agora quem disse e toda a gente que disse que o jogo teve mais que 4 minutos de prolongamento mente. E até tenho recortes de jornais da altura para provar.»
«Haviam dois jogos: o Benfica-CUF e o Torreense-FC Porto. O Benfica começou o seu jogo mais tarde para poder acompanhar o que se passava em Torres Vedras. Nesse dia eu estava no Restelo a assistir ao Belenenses-Sporting. Acabou o jogo e, depois, fiquei a ouvir o que se passava no Benfica - CUF, pela rádio, ouvindo a reportagem de Artur Agostinho para a Emissora Nacional. E ele ia dizendo que passavam dois, quatro, seis minutos... quando o jogo acabou, passavam oito minutos da hora.»
Dr. Coelho da Fonseca, Presidente da Comissão Central de Árbitros (na época)
Afinal quem é que mente?
O Artur Agostinho?
A Emissora Nacional?
O Presidente da Comissão Central de Árbitros da época?
Ou será o benfiquista que se esconde por trás do nickname 'César' e que desesperadamente tenta reescrever a história?
«Estava tudo feito. Foram assinaladas três grandes penalidades contra nós e nenhuma delas existiu. (...) O jogo foi preparado muito antes (...) Para começar, o Benfica promoveu um atraso de 7 minutos para o recomeço do jogo e depois confirmou-se o momento mau pelo qual passava o nosso guarda-redes, Gama, que foi muito pressionado durante a semana por elementos ligados ao adversário. E a verdade é que ele não foi feliz. (...) O jogo obedeceu a um arranjo e, quanto a isso, não tenho a menor dúvida».
Manuel de Oliveira, ex-jogador da CUF
E estas declarações de Manuel de Oliveira, que viria a ser um dos mais cotados treinadores portugueses, também são mentira?
Será que são uma invenção forjada pelo Pinto da Costa?...
Pois é, os factos não batem certo com a "verdade" que alguns benfiquistas fanáticos querem impingir, reescrevendo uma história de um período negro do futebol português.
Até agora continuo só a ouvir... "diz que disse".
Aqui vão os textos da Bola e do Record onde ambos os jornais falam do tempo complementar:
"http://www.megagaleria.com/pictures/Pic_7991_23.jpg"
"http://www.megagaleria.com/pictures/Pic_7991_26.jpg"
E agora um último até critico em relação ao árbitro, diz que os "3 minutos" que foram dados foram em excesso. Três e não 8...
Agora quem é o demagogo?
Mas imagino que fales e percebas de futebol, com a mesma arrogância e conhecimento, que falas de geometria descritica, perspectivas de imagem, e realização e montagem de imagens desportivas.
César disse...
«Aqui vão os textos da Bola e do Record onde ambos os jornais falam do tempo complementar»
Os textos da Bola e do Record?!!
É essa a fonte credível dos benfiquistas?!
Ahahahahahahahahahahah
Já agora, porque razão te esqueceste de dizer que o "isento jornalista" que assinou a crónica de A BOLA se chamava Alfredo Farinha?
Nota: Continua atento ao 'Reflexão Portista', porque brevemente irá ser publicado um ou dois artigos detalhados sobre este assunto.
Sim estou á espera de artigos com a qualidade, conhecimento de causa e isenção a que nos habituaste, a começar por aquele artigo cheio e conteúdo em relação a uma suposta manipulação de imagens da SporTV.
Felizmente não apresentei só um texto do jornal A Bola, mas 3 textos de recortes da altura.
Obviamente por alguma razão todos os jornalistas tinham relógios avariados ou estavam a soldo dos interesses do Benfica.
Isto tudo é claro, num ano que foi o Porto campeão.
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