segunda-feira, 21 de junho de 2010

Estrangeiros nos juniores


«Sou um adepto incondicional da Selecção Nacional. Sou dos que ainda acreditam numa presença honrosa neste Mundial de futebol. Sou, contudo, dos que lamentam que, face à irresponsabilidade da maioria dos dirigentes do nosso futebol, estejamos na iminência de já não ter Selecção digna desse nome para jogar o próximo Europeu - veja-se a panóplia ridícula de dezenas de jovens estrangeiros com que Benfica, F. C. Porto e Sporting entram em campo no campeonato nacional de juniores que agora está a terminar!
Como é que este tipo de opções é compreensível num país que com as suas gentes gerou nos últimos 25 anos atletas que nos conduziram a dois quartos-de-final de Europeus - 1996 e 2008, quatro meias-finais de campeonatos da Europa e do Mundo - 1984, 2000, 2004, 2006, a uma final do Campeonato Europeu - 2004, à final de três taças UEFA, à final e à vitória em duas Ligas dos Campeões Europeus. Um país que na última década gerou dois jogadores considerados os melhores do Mundo pela FIFA - Luís Figo e Cristiano Ronaldo, que conduziu um treinador ao patamar de ser considerado o melhor do continente africano - Manuel José, e outro, José Mourinho, ao estrelato de ser reconhecido como o "Especial" e único à escala planetária. O que se pode dizer de uma geração de dirigentes que está a delapidar na maior das impunidades este legado?»
Luís Filipe Meneses, JN, 20/06/2010

O artigo de opinião completo pode ser lido aqui.

Não sei se é possível impor alguma limitação ao número de estrangeiros que integram os planteis das equipas juniores mas, sem qualquer tipo de xenofobia, penso que é algo que deveria ser pensado.

Foto: Campeões nacionais de juniores 2006/07 (fonte: blogue 'Jorge Nuno Pinto da Costa')

5 comentários:

Pedro Vale disse...

Sr. Luis Filipe Meneses, 2010-25 não chega a 1984! Vamos lá a voltar para a instrução primária e rever essas contas de mais e de menos (somas e subtracções para os meninos crescidos).

Quanto ao resto do conteúdo, tenho de estar de acordo. O número de estrangeiros nas equipas descaracteriza completamente as equipas e tira o interesse especialmente às competições de equipas de formação.

Anónimo disse...

Nesses êxitos de "clubes" a que se referiu, o conhecido médico esqueceu-se de que os Madjers, Derleis e Alenitchevs também não eram portugueses.

Quanto aos estrangeiros na formação, ainda se ao menos se vise lá algum de jeito, estou como o outro. Enfim, eu imagino que o lobby dos agentes FIFA seja em boa parte responsável por esta situação.

Anónimo disse...

"se visse", claro.

eumargotdasilva disse...

Ora, José Correia, trazer o depoimento deste barra em futebol não sei se vem reforçar a sua tese!...
(Na boca dos políticos a opinião sincera do adepto, transforma-se em nacionalismo demagógico, sempre muito perigoso!)

Daniel Gonçalves disse...

Como já foi falado no post anterior "A Política de formação azul e branca" a questão é saber se vamos tirar proveito desses jovens estrangeiros no futuro (para a equipa sénior) que estamos a formar nos escalões. Lembro que clubes como o Barça e o Arsenal usam este política, casos como o Mesi que foi muito jovem para as escolas do Barça e vejam o jogador que ele é nos dias de hoje.