domingo, 13 de junho de 2010
Uma vitória anunciada
O Campeonato Nacional de Clubes deste ano trouxe uma novidade, a estreia da vitória colectiva do Futebol Clube do Porto (...)
No final Fernando Oliveira (director da secção de atletismo do FC Porto) estava contente. “A primeira vitória é sempre importante”, referindo-se à vitória feminina da equipa portista. Considerando que é já um trabalho que vem da Pista Coberta, Fernando Oliveira considera que cumpriu o regulamento e pretende prosseguir com o investimento no próximo ano, no mercando nacional, já que as novas regras prometem não permitir o uso de tantas estrangeiras. Segundo o mesmo, o FC Porto tentou contratar atletas portuguesas, nomeadamente Vera Barbosa e Lecabela Quaresma, mas que após não cumprirem os requisitos de treinarem com técnicos do clube, houve quebra do acordo e recurso às atletas estrangeiras. (...)
Por parte do Prof. Moniz Pereira, histórico director do atletismo leonino, considerou que a queda de Mónica Lopes dificultou a luta pela classificação feminina e quanto à vitória colectiva do Porto fazendo recurso a estrangeiras, foi directo “Cumpre o regulamento, não tenho nada a opor. O que eu critico é o Governo português...”.
in Atleta-Digital.com
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11 comentários:
Como portista estou contente ( sem enusiasmo).
Como ex atleta, dos anos 70, não gosto nada desta política de contratações cirúrgicas de estrangeiras, basta ver os nomes das vencedoras das várias provas pelo FCP.
Mas é uma política da secção e se for para dar novo alento à modalidade,obter patrocínios, compreendo, senão...
Porque não detectar talentos econdidos que andam por aí e formar atletas portugueses e jovens?
Conheço muita boa gente que anda aí a ser treinada por carolas, umas vezes bem, outras mal e que se perdem.
E se há dinheiro, contratar bons portugueses como sempre fizeram os da 2ª circular que não perdiam por nada os melhores para as suas fileiras.
Bons tempos em que às vezes, só para ir a Coimbra correr,não havia carrinha do Clube disponível e tinham de ser os Pais ou os carros dos mais velhos a transportar o pessoal, a expensas próprias..
Mas isso era outro tempo...
Não é difícil recordar que para conseguirmos resultados em várias modalidades, recorremos ao concurso de estrangeiros, por exemplo o Braga conseguiu durante muito tempo hegemonia no Andebol Português, por requerer os serviços de estrangeiros, no Basquete o FCPorto contratou Dale Dover e deu a volta por cima para as vitórias Nacionais, as Selecções Nacionais de Basquete e de Andebol, jogaram com vários estrangeiros...O Obiqwella é Português ou estrangeiro, Liedson, Pepe e Deco idem, aspas, aspas?...Quantos norte-americanos jogam nas equipas de Basquete Portuguesas?...Não foi assim que a Ovarense ganhou vários títulos Nacionais e o Benfica idem?...Pois eu percebo, o Sporting teve sempre os melhores atletas sob o seu controle e ganhava tudo, agora o Porto foi contratar estrangeiros e segundo Moniz Pereira, já não vale?...É batota?...É tão batota como levar a troco de dinheiro, para o seu grupo de trabalho, todos os atletas que mostrem algum valor...Sendo assim, voltamos à estaca zero em todos os domínios do Desporto?...Não acredito.
-Deve haver regulamentos, mas eles não existem já?...Será que um Esloveno é mais estrangeiro que um Nigeriano?...
não sendo do Futebol Clube do Porto, queria deixar aqui os meus parabéns e com votos para que a modalidade de facto possa beber mais dos nossos jovens valores! Sob o risco de acabar!
Os encornados foram campeões em futebol com 20 estrangeiros... sendo que 9 são titulares e um dos portugueses já foi mandado porta fora....
Jorge Aragão disse...
«Como ex atleta, dos anos 70, não gosto nada desta política de contratações cirúrgicas de estrangeiras, basta ver os nomes das vencedoras das várias provas pelo FCP.»
Admito que é uma política discutível, com prós e contras, mas é absolutamente legal. Não é um "crime" de lesa pátria, como alguns jornalistas e agentes da modalidade, ligados aos clubes da 2ª circular, quiseram fazer crer.
Jorge Aragão disse...
«Porque não detectar talentos escondidos que andam por aí e formar atletas portugueses e jovens? Conheço muita boa gente que anda aí a ser treinada por carolas, umas vezes bem, outras mal e que se perdem.»
Essa política já foi tentada (lembram-se dos casos emblemáticos dos atletas olímpicos António Pinto e José Regalo?) mas foi absolutamente torpedeada pelos clubes da 2ª circular e por um clube satélite do SLB – o Maratona Clube de Portugal – cujo presidente (Carlos Móia) é (era?) também dirigente do SLB.
Quantos desses talentos, depois de virem para o FC Porto, foram aliciados ($$$) por esses clubes?
Como é evidente não ponho em causa a legalidade nem dou para o peditório do benfica e sporting que sempre dominaram a modalidade,com processos pouco transparentes, sei isso muito bem, bastava aparecer um talento nos escolares ou noutro clube e estava logo contratado, com boas condições.Conheci muitos deles...
Não me repugna a contratação de estangeiros mas sim a sua "massificação" e se calhar, na modalidade, estou algo preso ao meu passado no Clube.
Mas fiquei contente pela vitória e por se falar de novo no Atletismo que andava clandestino.
Isso já me faz feliz...
Gostava de ver de novo uma boa equipa com prata da casa e portuguesa.
A propósito das declarações do Moniz Pereira, eu gostava de saber que é que o governo tem a ver com isto. É matéria da estrita competência das federações.
Concordo com o Jorge Aragão -um abraço, amigo!- que julga ser preferível ter apenas valores Nacionais e construí-los desde o início, desde meninos...Talvez seja preferível fazer paulatinamente atletas, que comprar títulos, porque contratar estrangeiros maduros é querer títulos no imediato...Mas a lógica imposta é esta, se queremos ganhar já...Se quisermos apenas fazer escola, temos que saber esperar por resultados, que até podem nunca chegar, porque logo que haja atletas de qualidade por aqui, vêm outros cá busca-los e nós ficamos a vê-los voar.
«O atletismo do FC Porto conseguiu um dos seus maiores feitos ao nível da pista. Apesar de ser um histórico na modalidade, nunca tinha conquistado um título colectivo feminino. E este, por ter interrompido uma série de 15 campeonatos seguidos do Sporting, acaba por ter um sabor diferente.
Fernando Oliveira, director da secção portista e principal obreiro do triunfo, destacou a relevância do feito. "A primeira vitória é sempre importante. Tivemos os nossos problemas, mas conseguimos colmatar as deficiências ao longo do campeonato", disse Oliveira que, sobre a questão, polémica, da contratação das oito atletas estrangeiras (cinco lituanas e três letãs), esclareceu: "No início da época assinamos contrato com algumas portuguesas que, à última da hora, voltaram atrás com a palavra. Tivemos que resolver a questão da forma como foi resolvida. Quem não tem cão, caça com gato", explicou o dirigente que garantiu ser bem menos dispendioso… apostar no mercado internacional! "O Sporting inflacionou muito o mercado. É bem menos oneroso contratar oito estrangeiras do que portuguesas", acrescenta Fernando Oliveira que não escondeu as dificuldades orçamentais. "Não foi só o atletismo, aconteceu com todas as modalidades do FC Porto."
Mas agora as atenções viram-se para 2011. Os dragões terão pela frente uma tarefa árdua, que será fazer uma equipa competitiva para a Taça dos Campeões, sendo que só poderá utilizar duas atletas estrangeiras. "Já temos a nossa estratégia montada. Pode ser que algumas atletas portuguesas se sintam entusiasmadas para representar o FC Porto na Taça dos Campeões", disse, esperançado, Fernando Oliveira, que sublinhou a excelente época que o seu clube está a fazer. "Até à data atingimos os nossos objectivos. Falta-nos só o Nacional de juniores, em que, só com atletas portugueses, seremos os principais candidatos ao título, o que prova que continuamos a apostar na formação."
As oito atletas de Leste que o FC Porto contratou no início da temporada renderam 100 dos 144 pontos com que o clube conseguiu o título. As oito atletas, sozinhas, somaram tantos pontos quantos os alcançados pela JOMA, terceiro, e pelo Benfica, quarto. É evidente que não o poderiam fazer sozinhas, uma vez que o regulamento obriga a que sejam utilizadas pelo menos dez atletas. No entanto, o peso das estrangeiras no somatório final portista foi de 69,4%, o que diz bem da sua importância no título alcançado.»
in O JOGO, 15/06/2010
Pois como vimos o Director Portista deu a devida resposta, temos formação e a prova disso é que somos os principais candidatos ao título de juniores só com atletas portugueses, nos seniores o Sporting açambarca tudo o que mexe...De quem é a culpa?...
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