A selecção trabalha como eu quero, agora é que não falham sete a zero. Este era o refrão de uma lenga-lenga antiga, cantarolada como paródia às derrotas sistemáticas e gordas da nossa selecção principal nos anos 50. Desta vez, tem sentido contrário e serve para glorificar uma vitória concludente que me deixou feliz.
De bestas a bestiais e vice-versa, é um pequeno passo no futebol. Houve melhorias na equipa, mas não dá para euforias. Meireles, com um golo e uma assistência primorosa para Simão, abriu as portas da goleada. Mostrou a sua valia e demonstrou que é na montra da selecção que se exibe em todo o seu esplendor.
Não há fome que não dê fartura. Foi uma boa vitória, a equipa esteve melhor e os coreanos abriram-se todos depois dos dois zero. Na primeira parte chegaram a incomodar e, depois de um começo mais activo de Portugal, não raras vezes se aproximaram com perigo da nossa baliza, experimentando com frequência o remate de meia distância que usaram a preceito e quase sempre com algum perigo.
Destaco as excelentes exibições de Ricardo Carvalho, Meireles, Tiago e Coentrão. Dizia um comentador na TV que o núcleo duro da selecção eram os dois centrais, o Meireles e o Ronaldo. Acrescentou que o Fábio Coentrão, entretanto, tinha agarrado o lugar de forma indiscutível. A rotação dos restantes não traria grande diferença à selecção. Estou, basicamente, de acordo com o homem atendendo à deficiente condição física de Deco.
Está tudo em aberto e o Brasil-Portugal vai ser complicado, mas os oitavos estão mais próximos. Talvez o segundo lugar no grupo nos conceda um prémio de consolação: o de evitarmos a Espanha na fase seguinte.
Sem espinhas, sem Scolari e sem a bênção de Jesus & Cia., esta vitória dá um gozo especial e uma satisfação que normalmente só dedicamos às vitórias do FCP.
12 comentários:
Será que também irão entrevistar o atrasado mental do Manuel José?! Ou o gajo irá estar "indisponivel"?
Mantenho o que disse em conversa com amigos: não somos assim tão bons, nem eramos assim tão maus...somos razoaveis e por vezes o razoavel chega para fazer grandes coisas.
Meireles tem sido sempre um dos melhores da Selecção onde, ao bom estilo dos médios box-to-box, tem mantido uma regularidade assinalável a aparecer em zona de remate, a marcar golos e a fazer assistências.
Se continuar assim, é provável que chegue aos escritórios do estádio do Dragão a tal proposta (acima dos 15 milhões de euros?) que convença a SAD a deixá-lo sair.
Nota: Falo em 15 milhões de euros, porque há um ano atrás o Lucho saiu por 18 milhões.
Se a Espanha ganhar por 2 golos de diferença às Honduras, ganha o grupo!
Temos de comer o Brasil!!
Calma! Não está dito que a Espanha ganha ao Chile!;-)
E se o nosso FCP vender o Prediger, Stepanov, e outros assim bons, dá pra ir buscar o Tiago? Ganhava o meio-campo e os galináceos espumavam pela boca...novamente! Que saudades de Lucho e de Alenitchev...
O Raúl, esse, está prontinho para o futebol inglês... será?
Decisivo na fase inicial do jogo com uma exibição notável, coroada com a obtenção do golo inaugural sempre o mais difícil e mais motivador. Enquanto jogou foi o Melhor do Jogo.
O Raul, a continuar com este nível, vai acabar o mundial como o verdadeiro Raulnaldo.
Isso era ouro sobre azul Vitor. Infelizmente, com a política de contratações dos últimos tempos, duvido que jogadores com essa reputação cheguem ao nosso plantel, mas esperoe star redondamente enganado.
Raul Meireles 8 (Figura do Jogo)
Divide com Tiago o estatuto de melhor em campo. É um dos jogadores fetiche de Carlos Queiroz e justifica cada vez mais esse estatuto, que fez dele o jogador mais utilizado na fase de qualificação. Depois do golo decisivo na Bósnia-Herzegovina, foi ele a fazer o golo mais importante do triunfo frente à Coreia do Norte, o primeiro e que abriu a defesa da formação asiática. E ainda fez a assistência para o 2-0, marcado por Simão. É certo que ainda não estará na melhor forma física (voltou a ser substituído), mas a sua dinâmica contamina a equipa, que rende cada vez mais à imagem do médio do FC Porto. Já tem seis golos com a camisola da selecção e a sua tendência para golos decisivos fazem dele o candidato a desempenhar o papel que Maniche teve noutras grandes competições: o de médio providencial, que está na hora certo no sítio certo.
in PUBLICO.PT
Raúl Meireles
Autor do golo que selou a qualificação portuguesa, na Bósnia, foi agora o primeiro a marcar pela equipa das quinas, no Mundial 2010. Já tinha sido um dos mais inconformados frente à Costa do Marfim, mas agora tem mais motivos para sorrir. Procurou os movimentos de ruptura para o interior da área, como tanto gosta, e assim conseguiu marcar. Seis minutos depois até podia ter bisado, mas o remate saiu então torto. Já no início da segunda parte fez a assistência para o golo da tranquilidade, apontado por Simão.
in Maisfutebol.iol.pt
estes ainda deram mais gozo do que os de Vigo :D
tamos quase na fase seguinte, mas é preciso acalmar... nem Queiróz virou Mourinho nem os "navegadores" viraram invencíveis...
é preciso inteligência e sorte, pois duvido muito que ganhemos ao Brasil, mesmo que eles queiram evitar a Espanha
Oh P. Cardoso, mas tu tás doido? :D
Alguma vez as derrotas dos lampiões são menos importantes? Nunca... Há lá coisa melhor... Grande Victor Fernandez, por uma vez acertou, mas acertou em cheio na passarada! Era caso pra dizer: Cada tiro, cada milhafre...
Mas de resto, concordo contigo. Agora temos de ir com calma e martelar os brazucas e depois, venha lá a Espanha... Até os comemos!
Bem, para variar os lamps estão do lado q festeja 7 "batatas" (não foi só em Vigo; tb me lembro bem das 7 batatas q o SCP lhes deu em 86)... mas foi preciso a selecção para isso.
O mais importante para um portista é q o valor de mercado do Meireles deve ter subido um bocadinho. Tendo em conta q está na pole position para jogadores a ser vendidos, calha muito bem.
De resto não estou em Portugal mas aposto q à boa maneira tuga passámos do 8 para o 80... antes éramos uma merda, agora já vamos lutar pelo título. A realidade como de costume está algures pelo meio: somos uma selecção de 2o patamar (ao nível de, digamos, uma Inglaterra, mas acima das Suíças e Uruguais deste mundo e abaixo dos Brasis e Espanhas).
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